E eu não sou uma mulher?

E eu não sou uma mulher? bell hooks




Resenhas - Eu não sou uma mulher?


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Roxane 03/07/2021

Muito bom
Nesse livro, bell hooks traça um panorama da mulheridade negra dos Estados Unidos que remonta da época da escravização, passando pela guerra civil, libertação dos negros, segregação, trabalho industrial antes, durante e pós guerra, movimentos pelos direitos civis e movimentos feministas contemporâneos (da época em que o livro foi escrito). Embora trate da realidade estadunidense, é possível traçar paralelos sobre a construção da mulheridade negra no Brasil em vários momentos. Bastante interessante. Identifiquei momentos de repetição de argumentos, mas não tirou a qualidade do livro para mim. Recomendo essa leitura.
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Thais.Carvalho 27/11/2022

Uma leitura necessária.
Aborda a difícil realidade das mulheres negras nos Estados Unidos, que historicamente foram discriminadas pela sua cor e por serem mulheres.
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marayah0 20/03/2023

Um livro de extrema importância.
Não sei pôr em palavras o impacto que essa leitura teve em mim. Quando o Skoob sorteou esse livro para eu ler bem no dia 8 de março, sabia que não tinha erro. Esse livro desconstruiu completamente toda a visão que eu tinha sobre o que era feminismo e explicou muitas dúvidas e receios que tinha com o movimento no geral. Um livro que conseguiu reunir em 300 páginas uma visão completa e necessária que todos deviam conhecer.

Realmente não sei mais o que dizer sobre esse livro além de que com certeza recomendo pra qualquer ser humano e que com certeza lerei outros da Bell. Vou terminar essa resenha com uma citação da Sojourner Truth, presente no livro:

"Aqueles homens ali dizem que as mulheres precisam de ajuda para subir em carruagens, e devem ser carregadas para atravessar valas, e que merecem o melhor lugar onde quer que estejam. Ninguém jamais me ajudou a subir em carruagens, ou saltar sobre poças de lama, e nunca me ofereceram melhor lugar algum! E não sou uma mulher? Olhem para mim, olhem para meus braços! Eu arei e plantei, e homem algum poderia estar à minha frente. E não sou uma mulher? Eu poderia trabalhar tanto e comer tanto quanto qualquer homem ? desde que eu tivesse oportunidade para isso ? e suportar o açoite também! E não sou uma mulher? Eu pari treze filhos e vi a maioria ser vendida para a escravidão, e quando clamei com minha dor de mãe, ninguém além de Jesus me ouviu! E não sou uma mulher?".
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Ita 30/01/2023

Sou ou não sou feminista?
Difícil descrever a leitura desse livro porque comecei esperando uma coisa e bell hooks me entregou algo totalmente diferente.

É difícil enxergar o seu papel no feminismo branco quando você é uma mulher negra. Será que esse papel realmente existe?

"Ainda que a todas as mulheres tivesse sido negado acesso a vários empregos, resultado da discriminação sexista, o racismo garantiu que o destino da mulher branca sempre fosse melhor do que o da trabalhadora negra."

Me perguntaram se eu era feminista a um tempo atrás e eu disse que não, mas sempre afirmei a importância do movimento e continuaria afirmando não importa o que acontecesse. Desde então, venho me fazendo a mesma pergunta... Eu sou feminista? Então decidi estudar mais sobre o feminismo, principalmente aquele escrito por e para mulheres negras. Obrigada bell hooks, hoje eu sei o que responder quando me perguntarem se eu sou feminista.

"Ser 'feminista' em qualquer sentido autêntico do termo, é querer para todas as pessoas, mulheres e homens, a libertação dos padrões de papéis sociais, da dominação e da opressão sexistas."

"Nós, mulheres negras que defendemos a ideologia feminista, somos pioneiras. Estamos abrindo um caminho para nossas irmãs e para nós mesmas. Esperamos que, ao nos verem alcançar nosso objetivo - não mais vitimadas, não mais ignoradas, não mais amedrontadas - elas criarão coragem e nos seguirão."
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Livia.Sena 26/08/2020

Re - existência negra!
Um livro com quase 40 anos que foi escrito e altamente relevante e necessário.
O corpo do texto bell hooks fala sobre a invisibilidade das mulheres negras, o machismo, o imperialismo do patriarcado e sobre o movimento feminista. Possui diversos dados históricos que nos coloca em condição reflexiva sobre a escravidão, o mito da superioridade branca é a pirâmide social na qual as mulheres negras se encontram na base.
É um livro que torna elucidativo a maneira como as bandeiras de interesses pessoais tomam grande importância e separam os grupos divergentes de opinião e posição. As causas são diversas tal qual a diversidade dos povos.
Apenas ao estudar, buscar e entender seremos capazes de nos importar, lutar por mudanças, avanços e conquistas.
SER FORTE é diferente de SUPERAR
RESISTÊNCIA é diferente de TRANSFORMAÇÃO.
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Lilisane 15/01/2021

Muito importante!!
bell hooks faz uma construção histórica da trajetória da mulher negra, desde o período em que foram escravizadas até a transição da significância de ser uma mulher nega num mundo patriarcal. A divisão dos capítulos é muito bem feira, desse forma fica mais fácil de estabelecer um raciocínio para a leitura. Adorei o livro.
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Rafael 01/11/2020

CLASSICO
Bell Hooks já é uma autora fantástica , então você sabe que esse livro é foda . Maravilhoso .
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fad 11/11/2023

Eu, MULHER negra, também sou uma mulher
Amei esse livro da hooks, mas confesso que a leitura foi um tanto quanto pesarosa.

Várias questões sociais são mencionadas ao mesmo tempo. Se você não tiver familiaridade com os assuntos, não vai conseguir entender ou então vai ter que abrir o Google toda hora.

Foi o primeiro livro dela que li. Amei tudo, mas também não indico como primeira leitura pra ninguém, porque ele é muito denso.
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Suzana Monteiro 11/08/2020

Trecho pra guardar na mente pro resto da vida:
Para mim, o feminismo não é simplesmente uma luta para acabar com o chauvinismo masculino ou um movimento para garantir que as mulheres tenham direitos iguais aos dos homens; é um compromisso para erradicar a ideologia de dominação que permeia a cultura ocidental em vários níveis - sexo, raça e classe social, para citar alguns - e um comprometimento de reorganizar a sociedade [...] de maneira que o autodesenvolvimento das pessoas possa preceder o imperialismo, a expansão econômica e os desejos materiais. [...]
É uma contradição que as mulheres brancas tenham estruturado um movimento de libertação das mulheres que é racista e exclui várias mulheres não brancas. No entanto, a existência dessa contradição não deveria levar qualquer mulher a ignorar as questões feministas. Com frequência mulheres negras me pedem para explicar por que eu digo que sou feminista e, ao usar esse termo, aceito me aliar a um movimento que é racista. Digo, "a pergunta que devemos fazer repetidas vezes é como as mulheres racistas podem dizer que são feministas".
[...] escolho apropriar-me do termo 'feminismo', para focar no fato de que ser 'feminista', em qualquer sentido autêntico do termo, é querer para todas as pessoas a libertação dos padrões de papéis sociais da dominação e da opressão sexistas.(p.306-307)
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Paula 05/04/2022

Nossa senhora, apenas desorientada.
Muito, muito, muito aprendizado!!!
Todas as mulheres brancas que se dizem feministas precisam ler esse livro.
Só não dei o total de estrelas porque as vezes a autora é um pouco repetitiva.

?Com frequência mulheres negras me pedem para explicar por que eu digo que sou feminista e, ao usar esse termo, aceito me aliar a um movimento que é racista. Digo, a pergunta que devemos fazer repetidas vezes é como as mulheres racistas podem dizer que são feministas?

?Não se pode falar sobre direitos das mulheres até incluirmos todas as mulheres. Quando vc nega direitos a uma mulher, vc nega a todas.?
Isa 05/04/2022minha estante
VRAUUUUUUUU LIVRÃO




Cy 02/05/2022

NÃO HÁ QUE SE FALAR EM FEMINISMO SEPARADO DE RAÇA E CLASSE!!!! Sem mais...

bell hooks, presente!
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Stephanie214 31/12/2022

Mulheres negras, o racismo e o feminismo.
A escritora e feminista Bell hooks começou a escrever esse livro sobre mulheres negras, feminismo e racismo pois não haviam pesquisas sobre esses assuntos, os livros feministas só focavam nas vivências de mulheres brancas e ignorando a vivência de mulheres negras porque além de sofrerem com o machismo e sexismo também sofriam com o racismo.
Aqui a autora fala sobre o racismo desde os tempos da escravidão como isso afetou cruelmente mulheres, homens e crianças negras, o quanto eles sofreram todos os tipos de violência e como a sociedade racista fez de tudo pra mostrar as pessoas negras como se fossem seres inferiores e pregaram o preconceito invés de união entre brancos e negros.
Ao longo do livro vamos passando por várias épocas da história americana que mostra como o racismo não ficou só na escravidão. Como os homens negros foram afetados mais principalmente as mulheres negras pelas imposições que a sociedade machista, patriarcal e racista impõe sobre elas, como eram excluídas pelas feministas brancas que não estavam nem aí para suas vivências e ainda eram racistas, então as mulheres negras além de sofrer machismo e sexismo pelos homens brancos e negros também sofriam racismo das mulheres brancas.
É extremamente interessante ler sobre a história negra, tudo que eles passaram e como a sociedade agiu de maneira negativa, preconceituosa e racista para com os negros e como os brancos racistas se aproveitaram disso.
Mesmo nos dias atuais infelizmente o racismo e o racismo estrutural ainda estão presentes na sociedade, é triste ver como depois de tanto tempo ainda não evoluímos como sociedade.
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Isy 26/01/2021

Elas por elas.
A leitura desse livro funcionou para mim (numa analogia barata), como pôr óculos após ter se acostumado com visões embaçadas.

Já imaginava que haveria muita crítica ao movimento feminista branco, mas foram os confrontos aos homens negros comuns e seus líderes de movimentos e como esses grupos estão distantes da realidade feminina negra que surpreendem por serem elucidativos.
?O homem negro foi inicialmente explorado como um trabalhador dos campos; a mulher negra foi explorada como uma trabalhadora dos campos, uma trabalhadora das tarefas domésticas, uma criadora de animais e como um objeto dos assaltos sexuais dos homens brancos.?
São questões raciais e sexuais que sempre estiveram ali, mas mantidas em segundo plano se comparadas às opressões sofridas por mulheres brancas e homens negros.

Faz refletir sob a perspectiva de que a mulher negra funcionou como um suporte a outros movimentos, mas teve suas necessidades completamente ignoradas é muito inquietante, principalmente pelo fato de que essas discussões não estão obtendo um grande avanço, e a luta feminista caminha lado a lado com ideias liberais e associadas cada vez mais à discursos capitalistas.
A ilusão de que o homem negro atua (ou atuava) como um defensor dessas mulheres também é facilmente contestada nessa obra da Bell Hooks.

Os paralelos entre as vivências das minorias aponta que elo mais facilmente quebrado é o das mulheres negras, e, na minha opinião, isso se dá principalmente pela dificuldade desse grupo em se reconhecer enquanto classe.

Muito do que parece ser senso comum sobre as mulheres negras, como a ideia de que são todas fortes, resilientes e com personalidades brutas, ou da constante sexualização de seus corpos como vênus hotentontes tem premissas unicamente racistas.

A narrativa reforça a premissa de que nada que mulheres e homens brancos ou mesmo homens negros façam e conquistem será um ganho igual ou uma abertura para mulheres negras.

A tradução é maravilhosa. O discurso que serviu como inspiração para o título é incrível. Um livro fundamental para entender o feminismo enquanto movimento político, antirracista e anticapitalista.
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