isaazm_ 11/11/2023
[...] A mudança somente ocorre quando há ação, movimento, revolução [...]
Antes de iniciar essa leitura achava que a autora falaria em um contexto mais amplo, porém o livro é focado na experiência norte americana, o que é válido também considerando que lá a segregação era absolutamente escancarada, diferentemente do Brasil, como diria Darcy Ribeiro, com a sua tão proclamada quanto falsa democracia racial.
Em "E eu não sou uma mulher", Bell Hooks, destrincha o patriarcado, o sexismo e o racismo da sociedade estadunidense como, denuncia o racismo e o apoio das feministas brancas ao patriarcado e ao sexismo da sociedade e critica também o sexismo de grandes líderes do movimento negro, como Martin Luther King.
Esse livro me abriu a mente para questões profundas, não só raciais, mas para toda a estrutura da nossa sociedade, me fez refletir, sobre meu próprio apoio ao patriarcado, sobre o que é realmente o feminismo.
Foi uma leitura um pouco maçante e cansativa, talvez por ser repetitiva demais, mas não deixa de ser extremamente necessária e esclarecedora.