Quincas Borba

Quincas Borba Machado de Assis




Resenhas -


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Renata1004 07/12/2020

"Ao vencedor, as batatas!" Só que não!

O que me pareceu interessante nesse livro foi o pensamento Humanitas, que para mim, não passa de uma forma rebuscada de afirmar que os meios justificam os fins, ou a lei do mais forte, semelhantemente a teoria evolucionista, ou como uma extensão da mesma. Fiquei pensando se Machado de Assis, realmente concordava com esse pensamento. Até pelo fato de que há certa incongruência, no fato de que um autor que era negro, aceitar essa afirmação, como correta; a lei do mais forte sobre o mais fraco, ideia essa, até comum no período colonialista, e que justificava a escravização. Se essa filosofia pareceu engraçada ou inofensiva, vou mostrar um trecho que exemplifica sordidez desse pensamento. Em que o Rubião finalmente entende a tal filosofia Humanitas, que o Quincas Borba tanto falava: " Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão." De certa forma, a história gradativamente desconstrói essa afirmação, evidenciando o real posicionamento do autor, acerca dessa afirmação.

A história é crítica, mas com um bom humor sutil, e muita ironia. O que inicialmente não foi tão perceptível pra mim, visto que pausei a leitura, por achar a mesma desconfortável. Porém, só após ler Memórias Póstumas de Brás Cubas, pude voltar a lê-lo, e dessa forma, pude apreciar melhor a história. E sugiro que, quem pretende ler o livro "Quincas Borba"; se ainda não leu "Memórias Póstumas...", que inicie por este último. Visto que, você só entende o que acontece com o Quincas, e um trecho do passado desse personagem, quando conhece a história de "...Brás Cubas", até porque os dois personagens dos dois livros são amigos de infância rs.

De todo modo, ambos os livros são muito bons, mas senti que a leitura fluiu muito mais com "Quincas Borba". O livro que apresenta o nome Quincas Borba, como título, mas que na verdade retrata a a ascensão econômica de Rubião, ao se tornar herdeiro de Quincas Borba. Faz várias críticas ao comportamento social da época, à hipocrisia e fingimentos, sendo bem retratados pelos personagens: Carlos Maria, Sofia e Palha. "amigos" estes, que se apoiavam da generosidade de Rubião, e que por fim de toda a história, percebeu que não se adequava à sociedade carioca, sendo ele um mineiro, simples. Rubião tem um triste fim, mas ao longo da história é possível rir, e se encantar com várias outras histórias que ocorrem simultâneas ao desfecho da vida de Rubião.
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Lucas.Gabriel 23/12/2020

Uma boa obra de Machado
Mesmo que não esteja no nível de "Dom Casmurro", ainda traz uma leitura divertida e com uma história de muitas reviravoltas.
Além disso, apresenta um protagonista super cativante e histórias secundárias bem interessantes.
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leuu_lima 22/04/2021

Machado escreve com um riso no canto da boca
Quincas Borba é uma novela do século XIX com a Corte carioca de pano de fundo para um história crua sobre a sociedsde brasileira. Aparentemente nada de novo sobre Machado, né? Mas não é bem assim. Este é o quarto romance que leio do Bruxo do Come Velho e difere de todos os outros não por tratar de novos contextos, mas por nos fazer mergulhar ainda mais fundo neles. E é claro que não tem como ler Machado de Assis desconsiderando sua estrutura narrativa como uma obra em si, totalmente moderna e inovadora - até hoje! Cada linha tem poesia e piada, coisas belíssimas e sarcásticas. Acredite quando digo que nem nós leitores escapamos da forma jocosa com que Machado olha para um hipócrita e ri, com gosto.
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hmbelino 26/02/2021

Em um dos primeiros capítulos do livro, o narrador, de forma descontraída, dizia que alguns homens choram e outros riem, no fim dele, eu ri. Agora, no final, ele repete essa mesma frase, e desceu 2 ou 3 lágrimas solitárias dos meus olhos. Machadinho era perfeito em tudo que fazia.
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Edu 19/03/2021

Quincas Borba - Machado de Assis
O realismo, movimento pós romantismo, vem se contrapondo a esse, retratando na cara dura a parte suja, a parte não ficcional e não idealizada da realidade humana (costumo dizer que é o "exposed" do cotidiano das pessoas hahahaha).

Uma coisa interessante de "Quincas Borba" é que ele se encontra no mesmo universo de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (quem já leu sabe que os personagens Quincas Borba e Brás Cubas eram amigos), ou seja, em algumas partes do livro (mais pro começo) as duas realidades se encontram, ocorrendo uma intertextualidade muito grande na prosa.

Bom, diferentemente do que eu pensava no intróito, a história não gira centralmente em torno de Quincas Borba, mas esse só aparece no início da narrativa. O personagem principal do livro é o Rubião, que foi servir de enfermeiro ao Quincas, já no final de sua vida, pois esse se encontrava doente e com indícios de sandice.

Como Quincas Borba era um homem muito solitário, não tinha filhos e nem muitos amigos, ele deixa como testamento toda a sua fortuna ao Rubião, que se tornou bem próximo a ele nos últimos dias.

Com Rubião rico com toda a herança de Quincas, ele decide sair de Barbacena e ir morar na capital da época, o Rio de Janeiro.

No trem de ida, ele conhece o Palha e sua esposa, Sofia, mulher muito atraente e sedutora. E eles conversando, Palha diz que estava passando por momentos complicados financeiramente e Rubião lhe diz "não seja por isso, eu lhe empresto dinheiro!". Então, os dois amigos se tornam sócios um do outro.

Assim sendo, nós temos uma história inteira do Palha passando a perna em Rubião, usando seu dinheiro como bem entende, sem o consentimento do referido. E, como que para aproveitar a situação, Sofia se comporta muito gentilmente com ele para gerar mais simpatia e confiança. O problema é que Rubião acaba por se apaixonar por ela, não sendo correspondido.

E o livro inteiro retrata "amigos" de Rubião, que só estão próximos dele por interesse em sua fortuna, sendo gentis, amigáveis e assim caracterizados, apenas pelo interesse mesmo.

Conforme o tempo vai passando, a paixão de Rubião por Sofia só cresce a cada dia. E como Rubião é um homem muito sozinho, assim como o falecido Quincas Borba também era, ele foi começando a ter indícios de sandice, se auto proclamando Napoleão e acreditando fielmente que Sofia e ele tinham realmente um caso.

Bom, Rubião, por má administração monetária e pela má fé de seus "amigos", que só passavam a perna nele, acaba ficando sem nada, domado pela loucura.

Como dizia Quincas, o filósofo, "ao vencedor as batatas", que no final das contas foram o Palha e sua esposa, que mais se beneficiaram da herança de Rubião, e esse morreu logo, sândico e falido.

Como, no mundo em que vivemos, nós muitas vezes deixamos nosso instinto de sobrevivência decidir as estratégias e as malandragens da vida, como Palha que soube entrar nessa luta pela colheita e acabou levando as batatas.

Rubião, pra você as minhas humildes condolências. Mas você fez errado em querer agradar todo mundo, pois acabou na miséria. É o lema da vida: o triste legado de nossa miséria.
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bianca 21/03/2021

"Ao vendedor, as batatas."
Essa leitura foi difícil, não pela falta de entendimento, mas pela falta de interesse, o início foi ótimo e o fim também, mas todo o meio/desenvolvimento, foi extremamente arrastado, e não despertou a curiosidade e a vontade de ler.
Personagens nem um pouco cativantes, não foi possível ter empatia por nenhum, a não ser o Quincas Borba cão, esse sim merecia cuidado.
Mesmo em um livro mais massivo, Machado ainda trás discussões importes e demonstrações de ingenuidade e sagacidade que valem a pena ser lido.
Futuramente pretendo ler de novo para tentar entender melhor com outros olhos, no momento não funcionou para mim.
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Mariah.Battista 22/03/2021

Ok , vou começar pelo fato de ter me surpreendido dms (de forma positiva) , sai total da minha zona de conforto e mesmo assim me apeguei à história e me envolvi bastante.
Não é o tipo de livro que eu gosto e sentiria vontade de ler , há acontecimentos q me incomodam um pouco mas entendo que eram coisas normais da época.
O último cap me pegou dms e me deixou mei tristinha but amei a leitura !
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mafe 01/04/2021

Ao vencedor as batatas
Mais uma leitura da Fuvest, e se não fosse obrigatório eu não leria pois foge muito da minha zona de conforto.
O começo eu achei legal, e fluiu muito bem, tanto que eu até fiquei impressionada pq achei que seria desgastante. Mas a partir do meio eu achei a história meio parada e desinteressante. O final é bom também, mas nada que eu não esperava.
Conclui que eu não tenho a perspicácia que é necessária para ler Machado de Assis, que é um dos maiores nomes da literatura brasileira.
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Diego.Rates 02/04/2021

"Ao vencedor, as batatas!"
Mais uma obra excepcional de Machado de Assis, ainda abrangendo sua fase de Realismo brasileiro, somos apresentados a alguns personagens compartilhados com a genial obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas", que interagem com o novo protagonista Rubião.

Nessa obra, que até gostei, mas não tanto quanto as outras, alguns dos elementos mais metalinguísticos que foram os principais motivadores do meu amor a obra do autor, aqui são menos presentes, combinados a uma trama menos envolvente do que as que experienciei anteriormente, o que tornou essa leitura um pouco arrastada em alguns momentos. Ainda assim, o estilo Machadiano e as suas características formas de empregar a ironia e de desfiar a sua trama, ainda são empolgantes suficientes pra tornar essa obra deliciosamente única! "Ao vencedor, as batatas!"
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@camilas0a 09/04/2021

Não é uma resenha!
Como não amar Machado de Assis? Eu realmente não sei como não gostar de Machado...
Li Quincas Borba quando estava estudando para a prova da Fuvest, valeu muito a pena e hoje esse é um dos meu livros favoritos!!!
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rafa_._cardoso 11/04/2021

Quando a ingenuidade é prejudicial
O romance narra a história de Rubião, que após receber uma herança do filósofo Quincas Borba, se muda para o Rio de Janeiro, capital do Império na época.

Na viagem de trem para a capital, Rubião conhece o casal Sofia e Cristiano Palha, que percebe estar diante de um ingênuo e veem ali uma oportunidade.

As desventuras de Rubião com seus "amigos" parasitários dão o rumo da história, que critica a sociedade da corte, assim como os valores morais e éticos da época.

Quincas Borba é uma das obras da fase realista de Machado de Assis e explora os conflitos psicológicos de seus personagens e o modo de vida da corte com um senso de humor na medida.
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gabbie 11/04/2021

bom, mas achei muito arrastado a partir de 70%. adorei todas as críticas nesse livro. nunca pensei que fosse gostar tanto de realismo, obrigada machado de assis. e esse velho deixOU UM MONTE DE PERGUNTA SEM RESPOSTA MEU FILHO O NOME DO LIVRO EH PRO CACHORRO OU PRO FILÓSOFO???????? e mesmo eu não gostando do rubiao fiquei triste com a morte dele :( enfim, quero ler todos os livros do meu velhinho
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