Frankenstein - Drácula - O Médico e o Monstro

Frankenstein - Drácula - O Médico e o Monstro Bram Stoker
Robert Louis Stevenson
Mary Shelley




Resenhas - Frankenstein, Drácula, O Médico e o Monstro


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z..... 28/10/2018

O volume de "Clássicos da Literatura Disney" em homenagem a Drácula, Frankenstein e o Médico e o Monstro. Lembrando que não é adaptação, apenas brincadeira através de algum elo inusitado que, nessa edição, são toscos demais em leitura que não curti.
Stevenson foi referenciado em duas HQs (absolutamente sem graça); o livro de Mary Shelley em quadrinho com Morcego Vermelho e Superpato (ingredientes atrativos, mas é curtinha e pouco aproveitada no potencial hilário) e o clássico de Bram Stoker numa aventura com Tio Patinhas e Donald (a melhor, com Donald viajando para a Transilvânia para encontrar um parente distante, em correlação com a ambição, capaz de ser monstruosa e sanguessuga pelas riquezas).
Registrando algo curioso, Morcego Vermelho e Morcego Verde são criações de brasileiros na Disney.
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Tamirez | @resenhandosonhos 17/10/2018

FRANKENSTEIN; O MÉDICO E O MONSTRO; DRÁCULA
Independente de você ser um leitor mais antigo ou mais jovem, é impossível não saber que essas três obras representam muito bem o mundo clássico do terror. Escrito há quase 200 anos, Frankenstein é o mais antigo entre eles, sendo considerado por muitos o primeiro livro de ficção científica da história. E um outro adendo é o fato de ter autoria feminina, em uma época onde o sucesso nesse âmbito não era algo comum ou esperado.

Quase 70 anos depois temos a publicação de O Médico e Monstro, um sucesso instantâneo com a crítica que gerou peças teatrais e derivados apenas um ano depois de sua publicação, concedendo assim notoriedade ao autor escocês e sendo o seu romance de maior sucesso.

Não muito depois Bram Stoker nos presenteou com o vampiro mais famoso do mundo. O personagem fictício, que supostamente foi inspirado na personalidade de Vlad III, está inclusive registrado no Guiness como o vampiro que mais recebeu menções ou referências nas mídias durante a sua existência. E, claro, inspirou todas as outras criaturas da mesma “espécie” que vieram depois. Todas as três obras receberam diversas adaptações, seja no cinema, no teatro ou na literatura.

Nessa edição em capa dura, com uma caixa que cerca o livro principal evidenciando alguns detalhes, a editora Martin Claret reuniu os três títulos com textos revisados e divididos a conceder uma boa experiência de leitura. A edição está muito bonita e foi um adendo especial a minha coleção.

Eu já tinha lido Drácula em uma versão pocket, muito anos atrás, mas estava com a história muito apagada na minha memória, assim como as outras duas também. Sendo clássicos dentro do seu gênero e inspirações para muitas obras que vieram depois, acabam se tornando leituras essenciais para qualquer leitor conhecer e, também, encontrar as referências.

FRANKENSTEIN
Em 1818 Frankenstein ganhou o mundo através das palavras de Mary Wollstonecraft Shelley, uma mulher a frente de seu tempo que também escreveu contos, ensaios, biografias e literatura de viagens. Considerado o pioneiro dentro do gênero, a obra gótica foi um marco na história da literatura e encanta os leitores até hoje.

O livro conta a história de Victor Frankenstein, um médico que sempre se interessou fortemente pelas ciências naturais e tudo o que poderia ser conquistado com o seu estudo. A narrativa é conduzida através de cartas do capitão Robert Walton para sua irmã, já que ele estava em viagem quando avistou Victor em um trenó puxado por cães. Ao ser acolhido no navio à beira da morte, o homem começa a narrar a Robert sua jornada desde a infância até o momento onde começou a fazer experimentos controversos que abalaram para frente sua vida.

Imagino que a grande maioria de vocês saibam exatamente a que experimentos estou me referindo e o que surgiu de sua tentativa de “brincar de Deus”. O que muitos leitores desconhecem é a real trama da história que já foi contada, recontada e adaptada muitas vezes. Por mais que eu já tivesse tido contato com a obra, ainda fui pega de surpresa em descobrir os detalhes e a real motivação do que aconteceu na história original de Mary Shelley. É por isso que a leitura das obras em sua integridade é importante, pois ao longo do tempo muito vai sendo mudado e nem sempre o que vemos em um filme, série ou qualquer que seja a plataforma, está representando a história de forma fiel.

Aqui digo pra vocês que me surpreendi um pouco, pois quando comecei a leitura não tinha nenhuma recordação de ela ser contada através de cartas, muito menos por esse capitão. Nos primeiros momentos até achei que estava lendo a história errada. Depois, bem situada, pude aproveitar o andamento dos fatos e perceber que muito do que eu achava conhecer por certo, estava na verdade um pouco distorcido.

O MÉDICO E O MONSTRO
Robert Louis Stevenson lançou O Médico e o Monstro em 1886 e logo de cara já cativou muitos leitores. A trama é uma narrativa curta, com menos de 100 páginas, mas que mexe e muito com o nosso psicológico. Nela é trabalhada o conceito de distúrbio de personalidade e o desenvolvimento suscita diversas discussões.

Aqui, teremos Richard Enfield contando ao advogado Gabriel Utterson o encontro que teve com um homem estranho, o Mr. Hyde. O caso é que o homem agrediu uma jovem e, para se livrar da situação e “pagar” algo à família, usa um cheque de um respeitável médico da cidade, criando uma estranha e inesperada conexão.

Curioso com a situação, Utterson vai consultar o testamento de um velho amigo, e descobre que o Mr. Hyde em questão é o mesmo ao qual o Dr. Jekyll nomeia seu beneficiário em caso de morte. Devido aos fatos ele confronta Jekyll e fica atento a situação, pois acredita que há algo errado. Logo depois disso as coisas fogem do controle e todos são arrastados para uma história que desafia os princípios da ciência e também pode colocar muitas pessoas em risco.

Essa foi a história dentre as três que mais me surpreendeu. Eu sabia o que acontecia e mesmo assim me vi tão envolvida com a narrativa que praticamente esqueci já saber o final. E isso é algo incrível, pois mostra o verdadeiro peso que uma obra tem, já que a jornada é tão imersiva que fica até difícil se desprender para fora dela.

O livro sendo curto facilita isso ainda mais, pois os fatos não demoram a acontecer e a todo momento há algo em movimento, sendo explorado e mudando o rumo da história. Talvez pra quem não está acostumado com a linguagem mais antiga, começar por esse seja uma boa opção, afinal é mais curto e vai proporcionar também uma adaptação melhor.

DRÁCULA
Essa obra dispensa apresentações, né? Drácula é um ícone na literatura por ter nos trazido de forma forte essas criaturas sombrias e cruéis que muito anos depois virariam febre entre o jovens. Bram Stoker publicou o livro em 1897, e mesmo se acreditando que ele foi o criador dos vampiros, já haviam outras obras e contos que inspiraram-no a compor seu livro.

Escrito de forma epistolar, como os títulos anteriores, a obra remonta a história do Conde Drácula através dos olhos de Jonathan Harker, Mina Murray e também outros personagens. Harker, que é um advogado recém formato vai visitar o conde para ajudá-lo com tramites legais e acaba por descobrir que muitos mistérios cercam esse rico homem. As coisas que ele vê e vive marcam sua alma e ao reencontrar o Conde, algum tempo depois, aliado a situações bem estranhas, Jonathan volta a reviver seus piores tormentos.

Do outro lado temos Abraham Van Helsing, o antagonista de Drácula. Ele é um professor de antropologia, especialista em doenças obscuras e um cientista de métodos pouco ortodoxos, que ao se deparar com os efeitos causados nas pessoas sugadas por vampiros, empreende transfusões de sangue e outros métodos. Aqui os personagens se aliam, combinam suas histórias, redefinem duas crenças e partem em busca de uma caçada contra esse ser das trevas.

Nesse caso, digo a vocês, minha memória havia sido um pouco corrompida. Há tantas adaptações, tantos recontos, tantas coisas sobre Drácula que chega um ponto em que a história original se perde e se confunde. Então, foi ótimo ter feito essa releitura e posicionado novamente as peças. Porém, tirando o início, achei a trama menos sombria do que eu estava esperando. Imagino que se dê ao fato de que já não tenho mais tanto apego com essas criaturas quanto tive há uma década atrás.

Ler esses livros não estava nos meus planos em 2017, mas gostei muito de ter feito a leitura. Quando a gente fala de clássicos há sempre um medo envolvido, mas aqui, a barreira da linguagem não interfere tanto e não achei a leitura de nenhum deles de difícil compreensão.

Pra quem consome muita referência, poder conferir a história original é algo incrível pois põe uma nova perspectiva em pauta. Além, é claro, que todos eles possuem críticas à sociedade, nos fazem refletir sobre a natureza humana e escondem em suas tramas de ficção questões importantes a serem analisadas e que talvez não seriam tão facilmente absorvidas se apresentadas de forma não mascarada.

Então, caso você tenha curiosidade de ler pela primeira vez ou fazer uma releitura, essa edição está muito bacana. Não achei grandes problemas e o adendo de ter os três livros juntos é uma vantagem, ao meu ver.

site: http://resenhandosonhos.com/frankenstein-o-medico-e-o-monstro-e-dracula/
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Rick Finch 09/09/2018

Frankenstein, O Médico e o Monstro, Drácula
Frankenstein, O Médico e o Monstro, Drácula
Nesta resenha quero escrever de cada obra separadamente, sendo assim, a resenha será grande, por isso, para os leitores como eu (que têm preguiça de ler resenhas enormes) farei uma pequena palinha sobre todas as obras antes de dar início às outras resenhas que vocês também deveriam ler! Pois elas não têm spoilers e foram feitas com carinho ksksksks
Você deve ler estas obras e tantas outras escritas nos séculos passados, com o seguinte pensamento: Nunca devemos ler livros de terror esperando por terror, e sim por sentimentos tensos e tenebrosos que nos fazem questionar nossa própria índole e que nos traz uma psicologia profunda sobre o ser humano quando está em perigo: suas reações, as consequências, seus sentimentos, os preconceitos e a desforra. Por que você não deve ler estas obras esperando horror? Pois não irá encontrar! As pessoas de dois séculos atrás, não temiam as mesmas coisas que os indivíduos do século XXI temem! Quem hoje em dia teme a ciência?! A maioria dos adolescentes e adultos a consideram chatas. Quem teme um vampiro?! Hoje em dia todo mundo, vendo Crepúsculo ou The Vampire Diaries, já quis ser um vampiro! Quem hoje em dia teme sua parte má?! Ninguém! Pois o humanismo está aí para ajudar-nos a lidar com nossa própria psicologia, fingindo estar preocupada com o bem-estar alheio! Então não leiam estas obras esperando sentir aquele calafrio na espinha, pois não sentirá!
Contudo, os livros clássicos descrevem bem demais os sentimentos humanos, sendo assim, você, em cada personagem, refletir-se-á e temer-á, pois verá um pouco de si mesmo em suas ações -talvez ksksk. Eu mesmo, a cada momento, parei minha leitura e reescrevi determinada frase em meu caderno, pois é tão intensa que senti meus sentimentos serem representados ali! Eu nunca vi nenhuma das adaptações desses livros, mas, se a cinematografia conseguir fazer as pessoas sentirem o que senti, vale a pena assistir! Então, esta é minha dica: leem sem preconceito.
Frankenstein
Tenho uma coisa a dizer sobre Frankenstein: S-U-R-P-R-E-E-N-D-E-N-T-E. Eu li o livro com absoluta perplexidade, pois não é nada do que pensava que seria. A não ser que você viva dentro de um buraco, com toda a certeza já ouviu falar desta obra-prima, porém, assim como eu, talvez tenha ouvido a versão deturpada. Creio que a cultura pop tenha transformado as adaptações, toda a estória de Frankenstein em si, em algo completamente diferente da obra original de Mary Shelley. Nunca assisti sequer uma adaptação do livro, pois pensava, erroneamente, que era uma baboseira obsoleta sobre um monstro maligno criado por um médico louco. Rotulando desta forma, eu leria um livro desse jeito ksksks, seria interessante, porém, eu não gostava da imagem do monstro de Frankenstein em si, entendem? Achava-o super broxante e nada medonho; lembrava-me de um zumbi, e eu odeio zumbis, pois são criaturas chatas, monótonas e nauseantes. Por essas e outras, nunca pesquisara mais sobre Frankenstein e, pelos mesmos motivos, demorei tanto para começar seu livro. Agora agradeço por ter me esforçado a ler a primeira estrofe, pois a leitura fluiu de forma impressionante.
As primeiras coisas que quero deixar claro, e as que mais me importunam e acreditava serem verdade, são três: Frankenstein não é o nome do monstro, mas do médico que se chama Victor Frankenstein; o monstro criado por Frankenstein não é esverdeado, mas palidamente amarelado; o médico não é lunático, pirado, louco -ou qualquer outro sinônimo desses adjetivos. Essas três coisas, que você só descobrirá lendo o livro ou por alguém que lera o livro, são consideradas verdades absolutas na nossa cultura ignorante; principalmente a primeira sobre o suposto nome do monstro. Continuemos:
Se você estiver esperando um livro que narra monstruosidades, será decepcionado. Aqui não há cabeças rolando, mar de sangue ou estupro de belas garotas; e quando há mortes, não são narradas com uma descrição minuciosa que dá medo, e sim por apenas uma estrofe ou até mesmo uma linha. O que esse livro demonstra, o que acredito que realmente tenha dado medo nas pessoas passadas, levando o livro ascender na literatura universal e o que pode fazer você temer após uma reflexão intensa, são as seguintes situações: Mary Shelley, de uma forma impressionante, consegue criar uma conexão entre ambição e ascensão, entre a vontade de querer ser lembrado por um grande feito na humanidade, com as consequências catastróficas de tais atos que foram cegados pela ambição. Fazendo uma metáfora -o que você faria se, ao lançar um livro que virasse best-seller em todo o mundo, ele, ao mesmo tempo que te enriquecesse, te desse fãs e o fizesse ser lembrados por séculos, tornando sua obra e a si mesmo como alguém atemporal, também alienasse ou maculasse a mente dessas pessoas, fazendo-as matarem outros seres vivos? A sua primeira resposta, se você for um bom samaritano, será obviamente a de que erradicaria o livro da face da Terra, mas e se isso não tivesse efeito? Pois o mal da sua obra já fora enraizado entre as pessoas; como conviveria com o peso da morte de milhares de outros seres vivos por culpa da sua ambição cega? Outra coisa muito impressionante e revolucionária para a época em que o livro fora escrito é o fato da ciência perder as estribeiras, passar dos limites, e criar algo que possa destruir toda a humanidade.
Agora, analisando de um parâmetro diferente, as mortes ou os assassinatos não dão medo, porém a amargura que o protagonista sente ao perder seus entes queridos, é descrita profunda e minuciosamente. O luto, o desespero, a desforra, a melancolia, a cólera, o sofrimento em si é algo que tanto o monstro quanto o doutor Frankenstein sentem de modo constante e inexorável. Esses sentimentos o fazem sentir-se estranho de formas distintas (pelo menos eu me senti ora raivoso e confuso com o Frankenstein e ora hipócrita e amargo com o monstro). A escritora consegue fazer o leitor sentir o que os dois protagonistas sofrem -e isto é o ponto forte de sua narração.
Uma vez eu li que um estudo que comprova que as pessoas têm medo de robôs, múmias, zumbis, vampiros e demônios, porque eles dão certo reflexo aos homens: caminham sobre duas pernas, são racionais, e alguns podem até ser belos, mas seus atos são atrozes e o fato de serem "meio" humanos, nos fazem sentir algo estranho, pois como uma coisa tão horrível pode me fazer lembrar de minha própria espécie? Isso se comprova em Frankenstein, pois o médico, ao criar sua criatura (não o chamarei mais erroneamente de monstro, pois não o considero de forma alguma), sente asco dela e de si mesmo. Pois o ser é tão horrível, repelente e avesso a tudo que é belo, que ninguém consegue sequer conceber a ideia de que ele pode ser tão benevolente e sensível quanto o mais bondoso homem da Terra. A criatura não é humana, mas lembra fisicamente um homem deturpado, e isso explica porque as pessoas têm medo dele mesmo que ele não faça mal a elas. Eu próprio me senti um hipócrita ao perceber que rotulei a criatura de Frankenstein como sendo um monstro repugnante e ignorante e "lento", que não tem uma consciência própria e nenhuma fagulha de bondade em seu coração. A criatura é mais humana do que o homem que a criou. As coisas que ela, a criatura, faz, são apenas reflexos do que os homens fazem a ela, como diz em uma frase: "Não posso odiar quem me abomina?". Eu me apaixonei por essa criatura bondosa e horrenda assim como poderia me apaixonar pelo príncipe encantado de um conto de fadas, e devo dizer que meus capítulos preferidos foram os narrados por ela; que as frases mais simbólicas, são as ditas pelo até então "monstro"; que os atos mais contraditórios, os sentimentos mais intensos e verdadeiros, são, respectivamente, feitos e sentidos por esse ser de aparência tão horrenda mas de uma personalidade tão aversa ao seu exterior. A criatura de Frankenstein é um dos personagens mais injustiçados de toda a história da literatura, pois ele não apenas age como o homem, mas sente, e eu consegui imaginá-lo em sua caminhada desoladora, eu me vi torcendo por ele, e essas coisas me fazem odiar o fato de um personagem tão incrível ser visto como um monstro abominável por muitas pessoas ignorantes assim como eu o era.
A relação de criatura e criador é como a de homens com Deus ou de filhos para com os seus pais, mas é uma relação amaldiçoada, que extermina de forma profunda, desoladora e sem qualquer pausa pra descanso, ambos os personagens, que vivem uma vida sem paz e cheia de infortúnios.
O Médico e o Monstro
Ele é o segundo livro desse volume de clássicos e, embora Frankenstein tenha me impressionado mais, não deixa de ser uma satisfatória leitura. Às vezes eu me frustrei e desejei que o escritor fosse mais detalhista nos acontecimentos desastrosos da estória, mas, no fim, ninguém pode negar o que o livro realmente é: um estudo sobre a bondade e a maldade inata ao ser humano; uma aula sobre o dualismo de nosso ser.
Robert Louis Stevenson criou dois personagens distintos e singulares: O dr. Henry Jekyll e o sr. Edward Hyde. O segundo é mais impressionante que o primeiro e, a sua descrição como pessoa, é realmente horripilante. O seu primeiro ato sórdido que o livro conta, e que envolve uma criança, embora seja até mesmo simplório, na minha imaginação fora infame. Hyde está envolvido de alguma forma misteriosa com Jekyll, e o advogado e amigo do médico, o benquisto sr. Utterson, tenta descobrir porque seu exímio amigo, uma pessoa tão boa e influente na sociedade, está entrelaçado com um simulacro tão deplorável quanto o sr. Hyde. Essa investigação torna o livro mais um thriller psicológico do que uma conto de terror, mas, como aconteceu em Frankenstein, eu compreendi porque as pessoas de outra época o viram como sendo uma obra de puro horror: Robert. L. Stevenson separa o mal do bem em dois personagens interligados, e nos revela que ambos existem dentro de nós. Este livro é sobre a lendária guerra entre as trevas e a luz, que se resume, de fato, a cada um de nós. O palco dessa guerra é nosso corpo e, mais especificamente, nossa mente.
Drácula
Dentre os três livros, este foi o que mais me fez sentir "dentro" da história -realmente fiz parte do universo de Drácula; talvez por ser mais longo ou mais intenso... não sei, mas devo afirmar: seus personagens são maravilhosos. Toda a história é narrada através de relatos, relatórios médicos, diários, telegramas, memorandos, jornais e cartas, e, embora haja cinco protagonistas (Professor Van Helsing, Lorde Godalming, Sr. Morris, Sra. Mina e Sr. Harker), as narrações são feitas apenas por: Jonathan e Mina Harker e pelo Dr. Seward -contudo, uma vez o outra, há algum personagem que toma partido em cartas e memorandos. Tomando o partido de que os personagens são a melhor parte do livro, irei focar neles:
Os meus queridinhos são consecutivamente: o paciente Renfield, Mina Harker e John Seward. Este trio me conquistou e, quando ficava irritado com a estória ou quando um deles me exasperava, tinha o outro para salvar e me fazer proceder na leitura que, em partes, ficava maçante. Renfield é um dos elementos mais interessantes do romance, pois traz consigo algo a mais para o livro: mistério, medicina, psicologia e horror. Ele me fez recordar os personagens do filme (pois ainda não li o livro) Um Estranho no Ninho. Para mim, é o personagem mais excitante do livro, pois é intrigante e envolvente com sua mente patológica. Mina fica em segundo lugar pois a considero a mais benquista dentre todos: é inteligente, notável, afável, benevolente, corajosa e muito apaixonante. Sua condescendência e seu raciocínio rápido me fizeram bater palmas para suas ações. O Dr. Seward ganha a medalha de bronze por me fazer lembrar de mim mesmo com seu ceticismo. De início, cativara-me com seus relatórios médicos e sua erudição, mas, quando é jogado no meio das tramoias de Drácula, demora para aceitar que tal monstro existe -e o mesmo aconteceria comigo se eu me encontrasse em seu lugar.
Como eu disse acima, todos os personagens são peculiares, e vi-me surpreso por Van Helsing realmente estar presente na obra original, pois pensei -em minha ignorância -, que tal personagem era uma invenção moderna americana, entretanto ele é bem diferente do que mostra nos filmes. Este personagem, de início, apresentou-se a mim como sendo um dos mais interessantes de todo o livro, porém, com o decorrer da narração, ele se tornou a causa que mais me exasperava. Creio que Bram Stoker tenha sido um homem beeeem religioso, pois Drácula não é um livro de horror, mas sim uma guerra entre o Mal e o bem cristão, é uma batalha travada e fermentada sobre correr o risco de cair na destruição do inferno e conseguir a salvação do paraíso. Van Helsing é um dos personagens mais religiosos dos quais já li em toda a minha vida, e, a cada fala sua, três tem menção a Deus, à bíblia ou a princípios religiosos, e isso fez com que -pelo menos para mim -o livro se tornasse maçante em vários aspectos. Creio que tenha dado medo nas pessoas do passado exatamente por isso: pelo simples fato de colocar a religião em primeiro patamar, criticando tacitamente os indivíduos que dela se afastam, encaminhando-se voluntariamente rumo ao inferno. Eu não sei nada sobre a vida do escritor para confirmar tal fato, mas, lendo livro dele, pressenti isto. Mas eu rio ao imaginar como Bram Stoker se sentiria se, nos tempos de hoje, visse a romantização de seu demônio nas telas de cinema. Eu mesmo, em minha pré-adolescência, já quis ser um vampiro! kskskks
Drácula é uma obra erudita e bem-feita e explica muitos aspectos dos seriados e filmes sobre vampiros dos dias atuais. Sempre considerei o fato de vampiros terem certos "poderes" nos filmes, como sendo nada ver, mas na obra original Drácula tem outras forças além do seu poder de hipnotizar as pessoas, sugar seu sangue e ser imortal. Também achei interessante a presença de lobos no livro, pois pensava, até então, que estes animais e os vampiros fossem inimigos naturais! Além de que é muito bom saber como a obra original aborda a transição para vampiro e como lida com a imortalidade! mas devo ressaltar que não gostei de uma coisa em determinado momento: ao decorrer da história, o escritor dá a entender que deixará Mina de escanteio só por ser mulher -pois isto era comum nesta época -, mas, graças aos Mestres do Horror, isto não se torna verídico. Também há uma leve critica sobre como as pessoas se vendem por dinheiro, pois sempre que um personagem precisa subornar alguém, eles comentam sobre o quão vil isto é.
Todos os personagens são extremamente inteligentes e corajosos, mas o Conde é o mais astuto e ardiloso de todos eles! Embora o vampiro que dá nome ao livro não seja muito mostrado por ele -só no início -, pois o foco se resume a luta do pequeno grupo virtuoso contra o Mal, dá para notar explicitamente o quanto tais criaturas são perigosas, poderosas e escorregadias! Mais para o fim do livro, parece que a narração mudara de horror para suspense: era uma caçada de gato e rato, principalmente no que se adere a erudição de Mina, à persistência dos homens e à sagacidade do Conde. Bem no final, o suspense se tonara mais investigativo, como um suspense policial, porém isto não tornou o livro ruim -mas também não o melhorou. A última e pequena nota da obra feita pelo personagem Jonathan Harker, é nostálgica e gloriosa! Pois, ao lê-la, lembrei-me de várias cenas memoráveis, pois há descrições tão bem-feitas e a saga desta luta é tão bem articulada, que há coisas que grudam à memória!
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Flavio 04/03/2018

Sobre o Box Mestres do Terror
Juntar os três clássicos da literatura de terror do século XIX foi magnífico. A leitura casada das histórias deu todo um clima de fantasia, mistério, superstição e assombro por todo esse período de 1818 até 1897 (datas de publicação do primeiro e último livros do box). Deu vontade de viver nessa época, andar de cabriolé, trem, escunas, escrever diários, enviar cartas, telegramas, curtir as paisagens, ruínas, rios, castelos, florestas e geleiras magníficas da Rússia, Itália, Suíça, Alemanha, Inglaterra, Irlanda, Escócia, Romênia etc. Foi um passeio sinistro e sobrenatural pelas belezas culturais e naturais de todo um século. A vida dessa época foi muito bem retratada em todos os livros e apesar das histórias serem sobre monstros e o impossível, elas são tratadas com muita verdade e realismo e escritas de modo impecável. Falarei sobre cada uma na ordem cronológica de publicação, que foi a ordem que escolhi para ler.

"Frankenstein ou O Prometeu Moderno" de Mary Shelley (na minha opinião, o melhor dos três) foi publicado em 1818, e depois reeditado pela autora com algumas poucas alterações em 1831. Por sinal, completa 200 anos desde sua primeira publicação. O livro é fenomenal, pois trata do íntimo dos dois personagens principais: o estudioso da natureza Dr. Frankenstein e sua criação monstruosa. Ambos personagens narram a história em primeira pessoa e vemos desse modo seus pontos de vista. Então acompanhamos as esperanças, sonhos, devaneios, terrores e desgraças dentro da cabeça tanto do criador como da criatura. Maravilhoso ver em seu âmago, um homem íntegro e inteligente se corromper e se transformar psicologicamente num homem atormentado, assustado e vingativo. Melhor ainda é nos colocarmos dentro de uma criatura fisicamente monstruosa e entendermos seus mais puros sentimentos, que nada mais querem que a compaixão e o amor dos seres humanos. Frustrados seus desejos, vemos de perto sua raiva e sede por assassinato invadir todo o seu íntimo. Mary Shelley sabe como ninguém descrever minuciosamente o psicológico dos personagens e transformá-los natural e gradativamente enquanto o terror e o medo vai cercando suas vidas. Terror físico e psicológico de primeira!

"O Médico e o Monstro" de Robert Louis Stevenson, publicado em 1886, foi o mais inusitado para mim. Uma completa surpresa, pois toda a história, apesar de narrada em terceira pessoa, é toda a partir do ponto de vista do advogado e amigo do Dr. Jekyll, o Sr. Utterson. Diferente, acho, que de todas as adaptações já feitas para o cinema ou outra mídia. Tanto o filme de 1931, ou o de 1941 com Ingrid Bergman, ou " O Segredo de Mary Relley" de 1996 com Julia Roberts, não têm esse personagem advogado. E por sinal essas adaptações sempre teimam em colocar uma donzela em perigo diante do pavoroso Mr. Hyde, completamente diferente do livro que não tem personagens mulheres de destaque. A história é tratada com muito mistério, pois o advogado é bastante cético e nunca supõe algo de extraordinário nas atitudes de Jekyll ou Hyde. Sua motivação é apenas de livrar um grande amigo das mãos de um aproveitador e assassino. Na época do lançamento do livro, imagino que deva ter sido um final chocante e extraordinário descobrirem que o médico e o assassino eram a mesma pessoa. Hoje, porém, em que esse desfecho já é um clássico, é curioso ver o advogado supondo diversas explicações plausíveis para algo que já sabemos desde a primeira página. A grande vítima da história não é uma mulher indefesa e sim o próprio Dr. Jekyll que precisa ser salvo. O capítulo final é ótimo, o único narrado pelo médico contando ele próprio todo o seu tormento. Espero que um dia façam uma adaptação para o cinema mais fiel ao original como teve o "Frankenstein" de Mary Shelley e o" Drácula" de Bram Stoker que viraram clássicos do cinema. As adaptações cinematográficas que vi sobre essa história de longe se parecem com o livro.

"Drácula" de Bram Stoker, publicado em 1897, foi o mais eletrizante. O romance é todo epistolar e como trata de uma história de terror sobrenatural, ele adquire uma pegada bem realista através das cartas, diários e notícias de vários personagens. Era o livro mais longo do box e o que li com mais velocidade pois não conseguia parar. A sequência de capítulos que se passa no castelo do Conde Drácula, narrado pelo diário de Jonathan, e a as passagens sobre a doença intermitente de Lucy mostrando o desespero dos doutores para salvá-la e que, por sinal, são de muita angustia e aflição, eu li devotadamente quase sem piscar. Após esse parte, consegui dar uma desacelerada na leitura, mas por pouco tempo, pois uma reviravolta, que se deu com Mina, trouxe uma urgência e um desespero tanto aos personagens quanto a mim e uma caçada ao conde Drácula se teve início. E essa perseguição, narrada por diversos diários, onde o Conde Drácula escapole a todo momento, e Mina cada vez mais perto de ter um destino terrível, me consumia página a página. Enfim, até terminar o livro não tive descanso. A amizade e afeição dos personagens uns aos outros foi bonito de se ver e estimulante, pois esse tipo de devoção não se vê muito hoje em dia, e foi o ponto crucial no desfecho da história. Ao terminar o livro, fiquei impregnado com tantas páginas de diários dos personagens que li (pois vivi suas vidas) que talvez eu mesmo comece a escrever um.

Além da qualidade literária, o box tem um acabamento de primeira. A Editora Nova Fronteira caprichou. A caixa é bem resistente e dura e não amassou nada durante o tirar e colocar livros dentro dele. Todos, por sinal, têm capa dura e paginas bem diagramadas e delicadas ao toque. Ponto alto para a arte visual das capas, com silhueta dos monstros e imagens icônicas tiradas do universo das histórias, e cada uma envolta numa matiz de cor. Recomendo muito a leitura dos três clássicos, especialmente nesse formato de capa dura que dá uma elegância peculiar as histórias impossíveis, trágicas e sangrentas guardadas em suas páginas.
Salomão N. 04/03/2018minha estante
As edições atuais da Nova Fronteira estão lindas mesmo(veja a coleção Clássicos de Ouro e as reedições de Guimarães Rosa). Ah, e você me deixou com vontade de ler "Drácula"!!!!! :)


Flavio 04/03/2018minha estante
Oba, leia Drácula! Você nao vai se arrepender, Salomao.




Na Nossa Estante 08/08/2017

Em 2011 a Editora Martin Claret publicou medo clássico 3 em 1, uma edição linda que contava com Frankenstein, ou o Prometeu Moderno de Mary Shelley, O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson e Drácula o Vampiro da Noite de Bram Stoker. Neste ano esses clássicos voltaram em uma edição impecável, capa dura com textura, laterais do livro envelhecidas, ilustrações e fita marca página, para ter orgulho de ver na estante e indispensável para os fãs de terror, suspense e aqueles que desejam conhecer esse mundo, já que essas histórias foram inspiração para todo o cenário desses gêneros.

O livro é iniciado por uma introdução de Mary Shelley, contado como chegou à criação de todo o terror psicológico que é Frankenstein com apenas 19 anos de idade. A autora, seu companheiro Percy Shelley, Lorde Byron e John Polidori estavam reunidos durante o verão de 1816 em Genebra e, em uma das noites discutindo e lendo contos de terror, Lorde Byron lançou o desafio de que cada um iria criar um conto, após uma noite de pesadelos, Mary Shelley, a única a terminar o desafio, criou a história que viria a ser uma das primeiras ficções científicas e clássico do terror.

A narrativa é composta pelas cartas de Robert Wanton, um capitão rumo ao Polo Norte, que escreve para sua irmã, Margareth Saville, pois não possui grande expectativa que sobreviva a aventura, no início acompanhamos nas cartas todo o sofrimento da expedição, até que relata ter visto um vulto grande em meio ao gelo, pouco depois encontra um jovem de aparência sofrida. Robert dá abrigo e alimento ao jovem, criando um laço afetivo com este, que após certo tempo se apresenta com Victor Frankenstein, que relata sua história a Robert, que escreve nas cartas para Margareth.

Victor nasceu na Suíça e aos 17 anos foi para a Alemanha estudar ciência moderna, na época vista como Alquimia, a busca do homem de dominar a matéria, vida e morte. Victor fica obcecado por criar um homem imortal, faz diversos estudos com cadáveres até que finalmente consegue reviver um homem, criado a partir de restos mortais. Porém, fica horrorizado com sua criação profana e o abandona, retornando a Genebra, dois anos depois é localizado por seu ser, que por sua aparência foi humilhado e maltratado e agora busca encontrar bondade em uma companheira que seja criada da mesma forma. Cabe a Victor decidir se deve ir contra a natureza, criando outra criatura desalmada ou recusar o pedido e sofrer as consequências de todo o mal que criou.

Dois corpos não ocupam o mesmo espaço, não é uma dúvida ou uma teoria, mas um fato científico. Em O Médico e o Monstro essa afirmação da física é posta em dúvida, poderiam Jekill e Hyde habitarem o mesmo corpo e estarem relacionados aos mesmos horríveis eventos?

O advogado Utterson conversando com um parente toma conhecimento de uma situação de crueldade contra uma criança, vinda de um homem que se parece com uma criatura, não é conhecido por ninguém em Londres, além de ser único herdeiro do médico Dr. Henry Jekyll. O advogado vai até o médico e amigo insistindo para que retire de seu testamento o agressor, no entanto, o médico não pretende realizar nenhuma modificação e após um assassinato, Utterson começa a desvendar a morte de seu amigo e os experimentos de Henry Jekyll na busca de separar-se de sua personalidade animalesca e não domesticada.

Se você assistiu a filmes e mais filmes que adaptaram a história do Conde Drácula, prepare-se, pois a leitura do conto é completamente diferente, extremamente detalhada, sem pontas soltas e muito bem desenvolvida, o vampiro de Bram Stoker não é referência para todas as histórias de terror e ponto de partida para toda a cultura vampiresca à toa.

É narrada por quase todos os personagens participantes, através de cartas, diários e anotações, aprofundando os personagens e apresentando diferentes pontos de vista de uma mesma história. O advogado Jonathan Harker viaja para a Transilvânia para encontrar com o Conde Drácula, um homem que busca mudar-se para Londres, um anfitrião simpático e hospitaleiro. Aos poucos Jonathan passa a notar coisas estranhas e descobre que além de ser um prisioneiro, seu anfitrião é um vampiro.

Sem noticias de seu noivo Jonathan, Mina em visita a sua amiga, Lucy, passa a acordar todas as noites com o sonambulismo da amiga, além de estar mais pálida a cada dia, buscando por ajuda encontram o Dr. Van Helsing, Lucy está cada vez mais pálida por uma perda excessiva de sangue, porém não apresenta qualquer ferimento de hemorragia, quando descobrem a causa decidem ir atrás do causador de todo o sofrimento.

Frankenstein, O médico e o Monstro e Drácula são livros de terror clássico, que abordam a natureza humana e a natureza do mal, em cenários sombrios e até mesmo góticos. Os três livros possuem um ritmo muito diferente, às vezes mais introspectivos, são extremamente detalhistas e exigem um tempo maior de reflexão e geram vários questionamentos de moral. Por mais que todos conheçam as três obras através de filmes, séries e referências, é completamente diferente ler e entrar nos mundos criados pelos autores, nos tormentos e agonias dos personagens, principalmente nessa edição da Martin Claret que completa toda a sensação de estar com histórias tão antigas e profanas nas mãos.



site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2017/07/frankenstein-o-medico-e-o-monstro.html
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Debora956 04/08/2017

Para os amantes da literatura gotica
Comprei esse livro quando eu tinha 15/16 anos, e na época, não lembro se não li ou se abandonei a leitura, mas agora com 31 anos, pude dar uma atenção melhor acabei me apaixonando. Que criatividade destes três autores! Nem mesmo a minha mente fértil chega neste nível. Alguém deveria ter dito para Stephen King que era pra escrever uma introdução, não um quase livro (hahaha). No inicio pensei em fazer a resenha separadamente mas depois pensei fazer uma só.
Mary Shelley - Frankenstein:
Nunca imaginei o monstro como uma criatura boa, como é representada nos filmes. Aliás, não entendo como distorcem tanto os personagens nas adaptações, gostaria de saber se foi uma má compreensão (o livro não é difícil) ou se foi de proposito. frankenstein não é o nome do monstro mas sim de quem o cria, ele não é do mal e se arrepende de ter criado o monstro, não tem intenção de criar o monstro para fazer maldade mas como uma experiencia para ver se ia dar certo ou não.
Dracula - Bram Stoker
Esperava mais por mais interação do Drácula, mas a história é focada nas situações causadas pelo vampiro envolvendo outros personagens. Porém a história tem seu horror, pra quem gosta é um prato cheio. Achei o final decepcionante.
O Medico e o Monstro - Robert Louis Stevenson
Achei a história curta, poderia ter um pouco mais de detalhes envolvendo o Dr. Jekyll. Mas fora isso, nunca tinha sabido o final da história, pois a maioria são parodias e adaptações que eu já tinha assistido ( a do Piu piu e Frajola é a melhor!).
Enfim, recomendo para os amantes de literatura e da cultura gótica e histórias de horror.
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Marcel Sano 31/12/2016

Clássicos da literatura
O que pode-se esperar de um clássico?
Imagine de três em um único livro!

Drácula, talvez um dos romances mais adaptados para o cinema. A história de amor que ultrapassa a barreira do tempo e da vida. Lindamente adaptado por Coppola em 1992.

O Médico e o Monstro, talvez seja o "piorzinho" dos três livros, por trazer pouca diferença às suas adaptações cinematográficas.

Agora Frankenstein, esse sim é surpreendente. Esqueça tudo que você já viu ou assistiu nos cinemas!

O livro de Mary Shelley é incrível, com uma história totalmente diferente daquilo que Hollywood nos apresentou. A história é linda, os personagens cativantes (incluindo o monstro) e quando você termina quer ler de novo.

Hoje, Frankenstein se tornou releitura obrigatória para todos os anos.
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Georgia 09/08/2016

?
Não tem como não se deixar envolver por esses três thrillers tão famosos, mas, ao mesmo tempo, tão pouco explorados pela nossa juventude. Três excelentes autores em histórias atemporais! Lindo de ler!
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Luisa Amélia 24/04/2016

Drácula
O livro é tão emocionante, cativante e quando chega no fim: tudo acaba de repente. Parece até que o autor ficou com preguiça de terminar e escreveu meia dúzia de páginas para finalizar logo a obra rs
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Marques 23/06/2015

Um amor que se confunde por posse.
A relação conflituosa de Criador e Criatura.
A dualidade do Homem.

Três grandes temas intrínsecos a condição humana.
A maneira como foram escritos e a história por detrás das obras já são motivos suficientes para se encantar com essa coletânea dos Clássicos do Horror que serviram de inspiração para inúmeros outros autores.
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Ana Beatriz 31/05/2015

Frankestein, O Médico e o Monstro, Drácula
Eu já tinha lido esses três livros em 2013 e não gostei, não me envolveu não achei um terror bom simplesmente não gostei e pronto.

Tive que reler Frankenstein pra fazer um trabalho da facul e continuo não gostando dessas histórias.

E eu continuo me frustrando com os clássicos :’

site: ultragirlandstuffblr.tumblr.com
Rick Finch 02/08/2018minha estante
Pra ler clássicos você deve ter em mente que os sentimentos, as sensações e as consequências são mais importantes que ao sustos, as ações e o convencionalismo moderno.


Rick Finch 02/08/2018minha estante
Pra ler clássicos você deve ter em mente que os sentimentos, as sensações e as consequências são mais importantes que os sustos, as ações e o convencionalismo contemporâneo.




Gabriel Aleksander 10/05/2015

Frankenstein: ou o Prometeu moderno
O Enredo

Victor Frankenstein se interessa por ciência desde muito cedo, começando com uma fixação por conhecimentos desenvolvidos na área da alquimia, posteriormente enveredando por outros ramos da ciência. Em meio aos seus estudos, Victor decide tentar criar vida e para isso reúne um conjunto de pedaços de corpos humanos que serviriam para constituir sua nova criatura. Entretanto, ao atingir o seu objetivo, Franskenstein se depara com um ser monstruoso que lhe causa repulsa e faz com que ele abandone todos os seus planos e até mesmo a sua criação.

Diante dessa primeira rejeição a criatura decide seguir uma jornada paralela a do seu criador, até perceber que em meio aos humanos ele nunca encontrará seu lugar, o que faz o mesmo partir em busca daquele que lhe deu vida em busca de um objetivo ao qual ele fará de tudo para alcançar, criando um rastro de eventos macabros e violentos que seguirão Franskenstein e todos aqueles que estão ao seu redor.
Narrativa

Assim como as histórias de terror que costumam nos assombrar durante a vida, essa é contada para um pessoa por alguém que ouviu essa história de outra pessoa. Robert Walton escreve um conjunto de cartas para sua irmã contando sobre uma expedição que o mesmo está fazendo a navio. Em um determinado momento de tal aventura, ele se vê como expectador de uma perseguição entre uma criatura gigantesca e um homem, e que acaba com o mesmo pedindo ajuda a Walton.

Essa forma de contar a história traz para o leitor um ar de incredibilidade, já que você não sabe até que ponto os fatos acontecidos foram alterados nesse incessante “telefone sem fio”.

A escrita da autora se mostra atemporal e não dará muito trabalho ao leitor na hora da leitura do texto. Entretanto, um ponto negativo na obra é a forma arrastada de contar a história. Apesar de conseguir envolver o leitor naquilo que está contando, Mary Shelley traz alguns momentos enfadonhos para a obra, deixando-a caracterizada pelo ritmo lento com o qual os fatos se desenrolam.

Personagens

O maniqueismo presente nas figuras dos protagonistas é sem dúvida o ponto alto da obra. Tanto Frankenstein quanto sua criatura mostram seu lado obscuro e perverso e também seu lado bondoso e muitas vezes incompreendido.

As duas figuras trazem essa ideia de transição entre os papéis de Lúcifer e Deus (analogia constantemente abordada na obra). Porém, quem realmente ganhou minha compaixão foi a própria criatura, que lida com a rejeição e o preconceito desde sua criação até suas tentativas de se relacionar em sociedade. Constantemente o leitor poderá comparar a criatura com o próprio Satanás, porém, devemos pensar que o personagem bíblico tinham seus seguidores e companheiros, enquanto o personagem do livro em questão não consegue construir laços com absolutamente ninguém, recebendo como resposta a seus atos apenas violência, o que o leva a entrar em um intenso estágio de cólera, alimentando seu sentimento de vingança e seu impulso por buscar a criação de um semelhante.

Enquanto isso, Victor Frankenstein se mostrou, para mim, um personagem confuso e indeciso demais, apesar da maioria de seus atos serem justificáveis, não consegui criar um laço com o personagem, o que me fez contar as páginas das partes que eram focadas apenas nele. (acho que ficou nítido que estou completamente apaixonado pela criatura).

Opinião Final

Esse é um livro que discute a incessante busca pelo conhecimento e até onde o ser humano vai até a busca pela evolução e o saber absoluto. Além de discutir a própria natureza dos seres humanos como seres sociais influenciados por aquilo que os cerca.

É a história de um homem que decide brincar de “Deus”, mas que ao mesmo tempo encarna a própria figura de Satã, assim como seu personagem que se vê rejeitado pelo seu criador, como o próprio Lúcifer foi, e ao mesmo tempo percebe que também possui a capacidade de brincar com a vida daqueles que o cercam, se assemelhando a figura divina.

Com tantos temas complexos e reflexivos, uma escrita atemporal e uma obscuridade deliciosa é que “Frankenstein: Ou o Prometeu moderno” se tornou o melhor clássico que já li na vida. Recomendo para todos que gostem de romances góticos, com uma pitada de ficção científica (já que alguns alegam que essa foi a primeira obra do gênero).

site: fatalityliterario.wordpress.com
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Francisco 11/11/2014

Solidão
Ao contrário do que vemos nos filmes adaptados, o livro não tem como tema o terror, mas a solidão. Até hoje não vi um filme fiel à obra.
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Di 26/10/2014

Que tal uma volta aos clássicos? quem me acompanha...?

A histórias já não metem mais medo mas ainda sim vale a leitura. O meu personagem preferido é Jonathan Harker.
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Cris 23/10/2014

Ao meu ver os melhores livros já escritos, mais o meu favorito e Drácula, simplesmente perfeito.
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