PolyFlores 11/02/2010Claroo que li este livro quando adolescente, principalmente pq minha mãe se inspirou nele para escolher meu nome. Mas mesmo adolescente, naquela época algumas coisas não me convenceram muito...
Bom, aqui temos como protagonista uma menina muito boazinha que sempre encontrava com pessoas que vivam uma vida triste e sem esperança... Então ela as ensinava o "jogo do contente".
Quando ela era bem menor, esperava ganhar uma boneca, mas seu pai lhe deu um par de muletas. A menina ficou muito triste (e com razão!!), mas o objetivo disso era uma lição: tudo na vida, no fundo, bemmm no fundo, tem o poder de tornar nos deixar contentes. Neste caso o motivo da felicidade seria ela ela não precisar de muletas.
Daí ela se basou neste fato para criar um jogo que consistia em encontrar o lado bom de tudo de ruim que lhe acontecesse, e ficar feliz, ao invés de ficar insatisfeita e tomar alguma atitude.
Que me perdoem os fãs dessa linda menininha, mas ainda adolescente já achava isso tudo demagogia pura e simples, uma leitura que impunha aos jovens um manual de conformismo declarado, de aceitar e baixar a cabeça, pois as coisas "são como são".
E o que fazer com quem sempre acreditou na iniciativa própria, na vontade de virar o jogo, de lutar pelo que quer... e tentar vencer? No fim das contas, não aceitei este tipo de pensamento, o que não me impede de me resignar em algumas situações, de aceitar derrotas e de dar a volta por cima, sem revoltas. Mas o conformismo muitas vezes se assemelha com acomodação, e nesse ponto eu e minha xará só temos mesmo o nome em comum.