Cidades afundam em dias normais

Cidades afundam em dias normais Aline Valek




Resenhas - Cidades afundam em dias normais


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Jacqueline.Carvalho 30/03/2023

Este livro narra a história da cidade de Alto do Oeste, que um dia começa a submergir e posteriormente devido à seca, ressurge, trazendo de volta antigos habitantes.

Uma dessas antigas moradoras é a fotógrafa Kênia, que retorna junto com seu amigo jornalista, para fotografar a cidade e resgatar memórias com o intuito de produzirem um documentário.

A narrativa do livro está longe de ser cansativa. Os capítulos são curtos e nos envolvem com as memórias dos personagens. Esse livro me surpreendeu!
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Gio 09/03/2023

Impecável
Esse livro acaba de entrar na lista dos melhores livros que já li.
A construção da história, dos personagens e até a ausência de um desfecho em específico fazem desse um livro único.
Não consigo escrever uma resenha que faça jus então me limito a recomendar a leitura.
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Anny 26/01/2023

Eu sou apaixonada demais pela literatura brasileira, a forma que você consegue se conectar com as histórias é uma sensação única.
A autora tem uma escrita fluída, fácil de ler e rápida de devorar. É melancólico e poético, eu que também saí da minha cidade natal me vi diversas vezes em vários trechos nos momentos que volto pra minha terrinha. As metáforas utilizadas pela Aline deixaram o livro mais encantador ainda, e realmente, a reconstrução de uma memória às vezes faz com que ele ganhe a mesma consistência que um sonho.
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Ana 16/01/2023

É um livro verdadeiramente gostoso de ler, ele flui tão rápido que quando você percebe o livro já acabou.
Eu achei a ideia toda muito boa, a escrita da Aline me surpreende sempre, é com certeza o que torna essa experiência incrível. Eu leria muito mais sobre esse história, livros que misturam passado e presente sempre serão meus preferidos.
Não se assustem com os 67 capítulos, acho que o maior capítulo desse livro tinha 4 páginas, o que eu achei maravilhoso.
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footsal 05/01/2023

bicho híbrido
desafia a nossa imaginação numa exposição sem fotos.

sobre memórias e sobre diferentes formas de lidar com elas.
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Jane 57821 28/12/2022

Estou sem palavras
Este é um livro que cada vez que eu penso nele, mais eu não sei o que dizer a respeito... Eu lembro que quando virei a última página do livro me senti uma pessoa completamente diferente da pessoa que abriu ele pela primeira vez, e acho que isso diz muito sobre qualquer história.
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Aegla.Benevides 28/12/2022

?Cidades afundam em dias normais? une diversos elementos que são a cara dos interiores brasileiros, dentre eles uma cidade pequena, Alto do Oeste, onde todos os habitantes se conhecem, e que fica submersa por um rio - mas não só isso: depois de quase 20 anos, a cidade ressurge e os antigos moradores voltam em busca do que deixaram para trás.

Tendo como principal narradora Kênia, uma ex-habitante da cidade que descobre o retorno da cidade à superfície e decide preparar um material jornalístico sobre isso, o romance não possui grandes acontecimentos além da submersão, então caminha a passos lentos e proveitosos. A autora desenvolve diversos núcleos narrativos além do de Kênia, dentre os quais se destaca o de Tainara, melhor amiga de infância da protagonista.

Como discutimos no encontro, as passagens sobre o passado - ou seja, sobre a vida antes do grande acontecimento - me chamaram bem mais atenção. É através delas que entendemos não só o fator histórico e curioso que norteia o livro, mas como as pessoas se relacionavam entre si naquela época (em contraste com o quase completo esquecimento do presente).

É um livro tranquilo, em sua maioria, mas que não deixa de desafiar o leitor ao longo de suas páginas - principalmente no final, que gera uma grande desconfiança e/ou curiosidade em quem o lê.
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Monique Rochneski 06/11/2022

A vida real não é extraordinária mas mesmo assim é incrível.
O que nos faz ser quem somos? Qual o acontecimento que decide o nosso futuro?
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Diego Rodrigues 21/10/2022

"Acho que são essas coisas que ficam na memória. Tudo o que desapareceu para sempre da nossa vida, todas as coisas que só existem enquanto a gente se lembra delas."
Filha de poeta e de professora, Aline Valek é escritora e ilustradora mineira-brasiliense: nascida em Governador Valadares e criada em Brasília. Entre blog, zines, newsletters e livros, vive da escrita desde 2009 e também está à frente do podcast "Bobagens Imperdíveis". Publicou de forma independente dois livros de contos: "Hipersonia Crônica" (2013) e "Pequenas Tiranias" (2015); e pela editora Rocco dois romances: "As Águas-Vivas Não Sabem de Si" (2016) e "Cidades Afundam em Dias Normais" (2020), obra sobre a qual vamos tratar aqui hoje.

Essa é a história de uma cidadezinha do Cerrado que foi, de forma lenta e gradual, engolida pela água. Anos depois veio a seca e Alto do Oeste emergiu, revelando mais que destroços cobertos de lama, resquícios de vidas interrompidas ou alteradas para sempre. A notícia logo se espalha: um milagre aconteceu, a "Atlântida do Cerrado" se reergueu! Entre devotos e turistas, a região também atrai antigos moradores, gente que perdeu algo (ou tudo) na inundação. Lares, amores, infâncias, sonhos, vidas... Todos parecem voltar ali em busca de algo. Não é diferente para Kênia. De volta ao local onde viveu a infância, a fotógrafa chega com o intuito de registrar a tragédia, mas logo se vê atraída pelo fluxo de lembranças e descobre que, às vezes, a memória é tudo o que nos resta, o "único lugar onde podemos permanecer."

Na companhia do amigo argentino, Kênia começa a entrevistar os antigos moradores e a evocar as memórias do que faziam enquanto a cidade afundava. A menina que fazia o trabalho da escola, o grafiteiro que perseguia seu sonho, o padre náufrago que se agarrava a sua fé, a professora determinada a preservar memórias. A narrativa se dá de forma entrecortada e, aos poucos, conforme vamos encaixando as peças, esses dramas do cotidiano vão formando o que é a vida, o que é o Brasil. Mesmo poética, a obra também traz um fundo de descaso político, corrupção, violência e chama a atenção para as causas ambientais. Partindo para uma terceira camada, o livro também discute o papel da fotografia, no melhor estilo Sontag.

Temos aqui uma obra completa e atualíssima. Fácil de ler e rápida de devorar, mas densa em conteúdo. Ao longo da leitura, a gente também acaba se voltando a episódios da infância e deixando emergir lembranças. É um livro que fala muito de memória, abandono, escolhas e trajetória de vida. Mexe muito com o leitor e por isso acho difícil que alguém passar batido por essa leitura, ela vai te tocar em algum ponto. Todos nós abandonamos algo ao longo do caminho e, por mais que sejam dolorosas, essas perdas são intrínsecas a nossa existência, nos moldam e nos faz ser quem somos hoje.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Patricia 10/10/2022

Por que retornar ao que já se foi?
Uma bela narrativa imagética. A história ensina a ver beleza em destroços, em ruínas, no abandono. A reconstrução da memória coletiva que os personagens buscam, mostra o poder criativo que também habita a destruição. História linda.
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Beat.Rossi 22/09/2022

Ai eu amei demaiss. A história, os diferentes relatos, a cidade afundada, a fotografia, a maneira como foi contada tudo combinaram e deram super certo pra mim. Com certeza vou ler mais da autora.
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Ramon.Amorim 04/09/2022

"Nenhum lugar é para sempre"
Quando alguém publica um romance baseado sobretudo em reminiscências da adolescência, corre um risco enorme de produzir uma literatura piegas, sem provocar nenhum efeito relevante em quem o ler. Não é o caso desse livro da autora Aline Valek. Sua protagonista, a fotógrafa Kênia, retorna à cidade onde viveu as primeiras experiências puras da vida, quando a magia ainda não está desbotada pelo realismo que, a partir de uma certa fase da existência, atropela à sua frente tudo o que há de sublime. A pequena cidade no centro-oeste ficara submersa por anos, agora alguns dos seus antigos moradores estão retornando e o lugar virou atrativo turístico. Kênia chega com um amigo argentino para juntos produzirem um documentário.

O ponto crucial desse retorno à cidade é o momento em que Kênia reencontra sua antiga professora de história, Érica Xavante, que deixa com a ex-aluna uma redação escrita por Tainara, de quem Kênia foi, por algum tempo, melhor amiga. A partir de então, somos tragados mais fortemente pelas recordações e é como resultado delas que, de certo modo, vamos também nos tornando parte desse jogo que, além de nostálgico, revela um aspecto universal, o elo que nos une em semelhantes memórias afetivas.

Nada ou quase nada está faltando nesses registros. Os tipos de personalidade que você encontra no colégio de Tainara e Kênia são universais; não é difícil que cada leitor vá percebendo em si, com diferenças meramente incrementais, os mesmos desejos, esperanças, aflições, coragens, tristezas e decepções que as meninas encontram na cidadezinha. E digo incrementais porque é muito provável que o sentimento que encontramos no livro nos afete de modo semelhante, a despeito de nossas experiências serem marcadas por cenas diferentes. Importa aqui a formação das emoções, numa fase em que construímos nossas forças e reconhecemos - ou ao menos sentimos - nossas fraquezas.

Há muita beleza e profundidade evocadas nas páginas desse livro. No meu caso, esse romance reavivou memórias sobre lugares e pessoas de uma forma generosa e delicada e sua leitura não poderia ser mais recompensadora do que isso.
Maju 04/09/2022minha estante
Finalmente encontrei outra pessoa que leu!


Ramon.Amorim 04/09/2022minha estante
hahaha




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Mari M. 14/02/2023minha estante
Também senti isso. E o caderno da Tainara muito bem escrito pra uma jovem que estava na escola...não senti diferença no texto dela pra narrativa geral


Alexia 20/03/2023minha estante
Senti falta de um desfecho para a tainara. Ficou muito aberto


camiscaarvalho 22/10/2023minha estante
Concordo totalmente. Temos mais empatia por Tainara do que pela Kênia. Muitas histórias paralelas que não são aprofundadas... O livro tem uma boa premissa, acredito que se fosse revisado numa reedição seria uma boa guinada.




DAbora311 16/08/2022

Eu era muito nova quando entendi que a gente carrega aqui dentro a nossa própria destruição, o potencial de nos despedaçar aos poucos. Nascemos para a morte, essa é a natureza.
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