Cidades afundam em dias normais

Cidades afundam em dias normais Aline Valek




Resenhas - Cidades afundam em dias normais


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Luiza 13/08/2022

"Submersas por muito tempo, as memórias ganham a mesma consistência dos sonhos."

A cidade de Alto do Oeste, localizada no meio do Cerrado, afundou aos poucos em um lago durante uma época de enchentes e, quase 20 anos depois, emergiu novamente. Com esse plano de fundo, conhecemos Kênia, uma fotógrafa que cresceu em Alto do Oeste e agora está de volta na cidade para trabalhar em um projeto de documentário.

Em "Cidades afundam em dias normais", Aline Valek intercala o presente, em que Kênia redescobre e explora a cidade que emergiu, com memórias do passado dela e de outros personagens, como Tainara, Érica e Tiago. Conhecemos Tainara através da leitura de memórias que ela escreveu para um trabalho do colégio e os outros personagens por meio de entrevistas para o documentário de Kênia.

Alguns trechos podem parecer deslocados no início do livro, mas no final tudo se encaixa como uma colcha de retalhos. Eu já tinha lido alguns textos da Aline Valek no Twitter, mas esse foi o meu primeiro romance. Eu estava com expectativas altas - tanto por já gostar do estilo de escrita da Aline quanto por ter adorado a sinopse do livro - e, felizmente, não me decepcionei!

Aline consegue criar uma narrativa poética e melancólica, mas de uma forma que a leitura continua leve e fluida. Os personagens são muito interessantes e o cenário é mais ainda. Adorei esse livro e estou ansiosa para conhecer outros trabalhos da autora!
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Maju 08/08/2022

Melancólico, tocante, poético, maravilhoso, perfeito.
A escrita desse livro é uma das mais cativantes que já tive o prazer de ler. Os fatos vão sendo revelados não como se estivessem sendo escondidos do leitor, mas como se apenas coincidentemente ainda não tivessem sido abordados. Já que a narrativa decorre como uma conversa particular e íntima entre antigos conhecidos. Me tornei íntima de todos os personagens e amo isso. Simplesmente inesquecível.

Escrevo essa resenha aos prantos e digo que com apenas um livro já vendi minha alma para Aline Valek.
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Maitê 08/08/2022

Gosto bastante da história e das analogias que a autora faz, apesar de ter sentido dificuldades em continuar a leitura no meio do caminho, perdi o ritmo e precisei de um esforço para terminar. Mesmo assim ainda consigo dizer que no fim das contas é um livro que vale a pena.
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Elizabeth 26/07/2022

Três estrelas
"sabia que ser adulto era
continuar sem saber, e apenas fingir muito bem que estava no controle da
situação num mundo em que ninguém, ninguém mesmo, sabia o que estava
fazendo."

A leitura foi boa parte do livro bem arrastada pra mim. Até a metade do livro não sabia direito o foco da história, se era a cidade, a Tainara, a Kênia ou alguma metáfora, etc.

Depois da metade do livro comecei a gostar um pouco mais, porém terminei a leitura sem saber se gostei ou não. Enfim, o livro tem várias frases boas, mas às vezes são meio clichês. Realmente terminei a leitura confusa sobre o que gostei ou não kk mas a premissa da história em si é bem interessante, talvez tenha me frustrado pelo fato da autora não ter explorado mais o livro como uma ficção científica por exemplo ou algo do tipo e ter ido por outro caminho.
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malu 26/07/2022

Cidades Afundam Em Dias Normais e o retrato do apego
"Cidades Afundam Em Dias Normais", é o segundo romance da escritora Aline Valek, autora também de "As Águas Vivas Não Sabem De Si" - um favorito, confesso. Lançado pela Rocco em 2020, é um livro bem curto até: 252 páginas de pura nostalgia.

Valek nos conduz na história de uma cidadezinha do interior do Nordeste, Alto do Oeste, que sem mais nem menos, foi engolida por um lago, ficando assim, debaixo d'água. Mas, impressionando a todos os ex-moradores e futuros visitantes, a cidade é redescoberta após a seca do rio, uns 20 anos depois.

Narrado principalmente pela Kênia, uma fotógrafa e antiga moradora da cidade, ela vê em Alto do Oeste uma oportunidade de trabalho, porém é notável ao decorrer da narrativa que quem voltou é por que esqueceu algo.

Sendo assim, acompanhamos as histórias e vivências de várias figuras da cidade e que de alguma forma tiveram influência na vida de Kênia, como a professora e a melhor amiga e até mesmo o padre que só deixou a cidade inundada após contrair dengue e quase morrer de febre.

Esta história curiosa é levada a outro patamar com a escrita belíssima da Aline. É poética sem cair no clichê de frases óbvias que impactam às primeiras impressões. É tão natural e mágica que conseguimos supor o que os personagens sentem apenas pelo jeito que eles contam suas histórias.

Além de realmente parecer uma entrevista, pois é um livro muito visual, que até me lembrou a aura de "As Virgens Suicidas", porém de um jeito bom - não sou muito fã. Confesso que fiquei imaginando como seria foda se realizassem um documentário e postassem no YouTube.

Mas como nem tudo são rosas, achei que a segunda parte foi meio vazia, não vazia sem conteúdo, e sim como se houvesse uma lacuna ou como se a autora tivesse presumido que soubéssemos de algo que ela não explicou e aí simplesmente finalizou o livro. Contudo, entretanto, todavia, não foi um fator que estragou minha experiência com a história, apenas algo que me decepcionou já que amei seu outro romance e esse, em minha opinião, não teve lacunas.

Portanto, Cidades Afundam Em Dias Normais é uma opção certeira de leitura cativante que consegue equilibrar bem sensações de angústia e leveza. Além de ser uma leitura rápida por ter capítulos curtíssimos, é também uma entrada para ler mais autorAs brasileiras!!
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Dani Bittencourt 21/07/2022

Terminei agora esta leitura - reflexiva, nostálgica e satisfeita por ter feito essa viagem com a autora e seus personagens. Fui entrando aos poucos na narrativa, como sendo levada devagar, a bordo do ônibus-balsa, pra dentro de Alto do Oeste. Quando percebi, já estava totalmente submersa nas memórias da Kênia, da Tainara, da Érica... Que delícia de livro!
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Samoel2 18/07/2022

Não é resenha
Eu te amo Aline valek mesmo q não seja vdd eu gostei do seu livro isso q importa, acho q vou ter ele em mente por muito tempo.
Isso nem é uma resenha, tá mais para um comentário em formato de fluxo de pensamento.
Adeus.
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Edkarl 18/07/2022

Uma cidade e suas pessoas reais
Surpreendida e, mais uma vez, maravilhada com as possibilidades literarias tão próximas, tão únicas. Aline Valek não é jornalista, mas, assim como Daniela Arbex me fez ter uma visão humana e encantadora de uma história real, e assim como Itamar Vieira Júnior me fez reviver memorias que se repetem a cada geração do norte e nordeste, e relembrar que nada disso aqui é conquista, essa terra é fruto de roubo. Sobre as varias histórias contadas da perspectiva de quem viveu, arrisco dizer que esses personagens são quase como lendas, folclore regional, tão real que eu me vi nessa história uma duzia de vezes, em todas as descricoes da cidade eu vi "minha cidade" itaporanga, e seu povo, meu povo, vi a casa da minha avó, vi o colegio que estudei, vi uma certa professora, vi a religião, a violência surgindo e crescendo com o avanço das drogas entre os jovens, me vi indo embora, buscando outros rumos, mas tive a certeza que as memorias ficam, que a cidade permanence, e tudo que deixamos lá, como que submersa, pronta para ser "descoberta" novamente.
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Wellington Kling 05/06/2022

Um livro sobre memórias e relações humanas
Quando eu vi o nome desse livro em algum canto da internet, logo fiquei curioso pelo que teria ali. “Cidades Afundam em Dias Normais” , da Aline Valek possui um título muito forte e chamativo.

Para começar, adorei que o livro é organizado como se nos levasse para dentro de um museu em sua páginas, sendo a divisão do livro feito em duas partes, denominadas Galerias. “Galeria 1: Seca” e “Galeria 2: Água”. E essa organização faz total sentido na narrativa.

Acompanhamos Kênia, uma fótografa que cresceu em Alto do Oeste, cidade que também é em si um personagem da trama. A cidade, que sofreu um alagamento e obrigou seus habitantes a se deslocarem para outros lugares, reaparece depois de anos submersa, então Kênia retorna para tirar umas fotos e com o intuito de gravar um documentário. Ao chegar lá, se depara com alguns outros ex-moradores que retornam com o intuito de reconstruir a cidadezinha. Um padre que viveu anos sozinho na igreja ilhada antes dele próprio se mudar para depois retornar, uma professora que ao voltar planeja criar um museu na antiga escola, lugar em que ela carrega muitas memórias.

E ao meio das lembranças da cidade, vamos conhecendo o passado dos moradores, por meio de relatos e de um diário encontrado de uma menina que viveu ali e foi uma das últimas a saírem. Assim, vamos acompanhando o amadurecimento de todos, as relações humanas e sensação que aprisionamento que a cidade proporcionava aos personagens.

O livro me fez pensar sobre acontecimentos recentes, como o que aconteceu em Mariana e também aqui em Petrópolis, recentemente. Tragédias que mudaram a vida de várias pessoas e que deixaram marcas na histórias de tais cidades.
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J^! 25/05/2022

A magia de ler seu tempo
Adoro clássicos. Mas é na leitura de livros nos tempos atuais que exercito minha imaginação mais viva.
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Ferreira 16/05/2022

O que dizer deste livro? Em pouca palavras posso dizer que é encantador, é, eu amei bastante. Esse é um livro para ler, não esperando como vai terminar, demorei pra entender isso, mas aproveitando com calma cada parte do caminho. O encanto da história está nas entrelinhas, ir entendendo o que foi para aquelas pessoas ver sua cidade e lar sendo tomadas pelas águas de um rio e depois tudo reaparecer de volta sem mais nem menos trazendo várias recordações. Assim, o que vemos durante essa jornada é o reencontro dos moradores com a antiga cidade e a história, do ponto de vista de cada um deles, de como as coisas aconteceram. Os capítulos são intercalados entre o que está acontecendo na atualidade e essas memórias do que aconteceu. A narrativa do livro está longe de ser cansativa. É, sim, densa, pois cada página carrega o peso de muitas memórias. Os capítulos muitas vezes são curtos e dão certa agilidade à leitura sem abrir mão da profundidade do que estava sendo contado ali, adorei isso. O livro é emocionante, sensível e muito bonito em sua essência, as vezes melancólico, triste. Enfim, recomendo!
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carolmc_ 24/04/2022

Os altos e baixos da vida.
Indo e voltando no tempo, a história fala sobre acontecimentos da vida cotidiana, perdão, medo de enfrentamentos, rearranjos, ?voltas por cima? em meio a um problema coletivo enfrentado por todos da cidade.
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Priscila 16/04/2022

?Dentro daquela moldura Kênia via os dias se passarem e as pessoas seguirem suas rotinas, como se fingissem que nada tinha mudado, como se ignorassem que a distância entre elas aumentava. Continentes também pareciam estar no mesmo lugar, quando, na verdade, afastavam-se devagar.?
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Igor 13/04/2022

Crescer
Para mim o livro é sobre crescer. Vindo de uma cidade pequena vi em Alto Oeste um reflexo de uma realidade que eu mesmo observei e provei. É um livro sobre finais, recomeços e reticências da vida. Vale a leitura.
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