Resenhas - O sol mais brilhante

Conça 13/06/2020

Minhas impressões, opniões e sentimentos...
Dessa vez, tentarei ser breve e objetiva. Confesso que, não sei fazer nem uma coisa e nem outra.
Vou tentar...

O livro trata da maternidade, pertencimento e cultura africana. Mas, ao aprofundar na leitura, percebi que transporta o leitor para outros temas, como: preconceito, racismo, violência doméstica, abuso de menor indefeso...uma mistura que deu certo e consegue envolver o leitor. Pelo menos, assim aconteceu comigo.

Na abordagem desses assuntos, o que mais me deixou consternada foram as diversas frases que denotavam o racismo e o preconceito.

Um aspecto relevante da obra que eu desconhecia, foi a circuncisão feminina. Uma mutilação de menores através de uma cerimônia. Tardiamente, o Quênia proibiu esse ato em 2011. Um choque que fico sem palavras para descrever.

A autora aponta os mistérios entorno das tribos do Quênia, e tem a intenção de passar aos leitores as curiosidades sobre os Massai. Achei que, nesse quesito, foi tratado de forma superficial, poderia aprofundar mais. Ela tinha conhecimentos prévios para isso, uma vez que, teve suas lembranças marcada na infância, enquanto viveu na África. Apesar que, a revista da Tag me instigou para uma pesquisa além da obra.

Uma coisa que não posso refutar, é que Adrienne Benson, escreveu um livro para todo tipo de leitor.
Ao mesmo tempo, foi dado um tratamento ao tema de forma compreensiva na narrativa das três personagens protagonistas desse enredo. Na minha opinião, a personagem de Simi ficou como
coadjuvante, quando o enredo do livro tem como tema principal as origens africanas. Talvez, eu tenha criado expectativas, não sei. É notório que, a personagem de Leona foi bem mais explorada na composição da maior parte da trama.

Mas, o livro foi muito bem escrito, permitiu que o conteúdo ficasse organizado de um modo interessante e agradável, desde criação dos personagens, bem como, na construção dos capítulos e os flashbacks das memórias entre o passado e presente de cada uma.

Recomendo a obra por considerar bastante útil a forma envolvente que foi dado no tratamento dos assuntos tão polêmicos e pertinentes de vários temas. E, também, por proporcionar o conhecimento de outras culturas com pesquisas mais avançadas na internet.

Alessandra 04/06/2020

Profundo
Estamos tão acostumados a ler personagens fortes com poucos defeitos que esse livro impacta com a construção inteligente e real dos protagonistas. A autora consegue dar falhas e defeitos aos personagens e nos faz enxergar como isso é normal, e como isso é HUMANO. Que livro profundo, mostra lados diferentes da maternidade e nos revela o que mais temos dificuldade de aceitar: SOMOS HUMANOS E TEMOS DEFEITOS!

Sil 08/05/2020

SPOILER - RESUMO DO LIVRO
O livro relata a experiência de três mulheres e duas meninas na África: desafios pessoais de inserção e identificação.
Leona é uma antropóloga norte-americana. Teve uma infância difícil, com uma mãe ausente e um pai abusador. Sua ida para a África foi uma fuga da família.
Simi é uma mulher nativa (massai), que sofre por ser estéril. É uma das poucas mulheres com educação; sua mãe fez questão que tivesse instrução/conhecimento, pois seria lago que nunca poderia ser tirado dela.
Jane é uma bióloga norte-americana. Sua mãe morreu quando era criança. Seu irmão sofre de esquizofrenia. Sua ida para a África também foi uma fuga da família.
Adia é filha de Leona, fruto de uma noite de sexo casual com um queniano branco (descendente de britânicos).
Grace é filha de Jane e Paul. É uma TCK (Third Culture Kid). Filha de diplomáticos, passa sua vida entre vários países.
Leona quer envolvimento com o trabalho. Não tem o instinto maternal (até porque não quer repetir os erros da mãe). Ao mesmo tempo, não queria que a filha sofresse; queria um bom futuro para a filha.
Simi cuidou de Adia como se fosse sua filha. Depois, também cuidou das filhas órfãs de outra esposa do marido. Simi seguiu o mesmo raciocínio que sua mãe, e fez de tudo para que suas filhas estudassem.
Adia foi criada por Simi até a idade escolar. Depois, começou a frequentar a escola. Sentia-se deslocada, isolada e solitária. Até o dia em que fez amizade com Grace.
Grace tinha pai e mãe. Se encantou com a vida de Adia. Queria que a amiga desfrutasse de uma relação familiar como a dela. Na tentativa de encontrar o pai de Adia, acabou morrendo em um acidente.
Jane , que havia abandonado sua profissão para acompanhar o marido e ser mãe, viu seu mundo desabar com a morte da filha. Foi observando a força e a coragem da esposa grávida de seu empregado, que ela resgatou a energia para seguir em frente.
O pai de Leona morreu e deixou tudo para ela. Sua mãe, Joan, foi a África para conhecer a neta e se reconciliar com a filha.
Adia foi para os EUA para estudar. Voltou para a África nas férias. Foi levada para a casa do pai.
John, pai de Adia, que tinha um pai abusivo, um irmão morto na tentativa de fuga da mãe, também não referencial de boa família. Tinha que aprender a ser pai, e estava disposto a isso.
Leona, observando a vida ao seu redor, percebeu que tudo podia mudar. Então, estava pronta para tal.

Mima 15/03/2021

Terrivelmente incrível ??
O sol mais brilhante é um livro que aborda a história de três mulheres no deserto subsaariano. Três mulheres, três mães que têm vidas despedaçadas antes de experimentarem a maternagem e tentam sobreviver a dor, a tristeza de ter que continuar e encontrar desesperadamente um alívio para esse peso que carregam.
Leona é americana antropóloga e se vê grávida sem ter esse sentimento da maternidade, sem querer contato com o pai da criança. Simi se vê estéril em uma aldeia onde basicamente o seu propósito de vida é reproduzir. E Jane se vê fugindo da culpa de ter ignorado a mãe no leito de morte, começa a trabalhar no Quênia onde descobre que a vida é muito frágil e ali começa sua própria família.
Às 3 têm suas vidas entrelaçadas ao passarem por situações no deserto do Quênia.
Uma cultura completamente diferente, a autora descreve tristezas tão intensas que chegam a ser palpáveis.
Um livro que encanta, que entristece e que te mostra como a maternidade pode ser frágil mas como também te torna forte, como ela pode ser doce mas também consegue ser amarga, como cada uma vive a maternagem do seu jeito ou como aprende com ela.

Pati 27/03/2021

O sol mais brilhante
Esta experiência foi um pouco diferente do que imaginei, mas ao final da leitura fiquei grata pela experiência.
Por um ponto de vista diferente, o leitor tem a oportunidade de viajar por terras africanas através das experiências de cinco mulheres; sendo três delas as personagens principais.
Este livro vai abordar a maternidade real e suas culpas e medos, questões sobre pertencimento, lutos de uma forma delicada e profunda.

Paula 04/07/2020

A proposta do livro, inicialmente, me agradou muito. Três perspectivas de mulheres , no meio do Quênia e uma conversa sobre maternidade e laços.
O início fui gostando, achando interessante. Só que quando surge a Jane, achei um martírio. Já achava a Leona meio controversa, mas até queria saber onde ia, mas Jane , para mim, ficou perdida no rolê até determinado momento.
Achei a abordagem da maternidade interessante até, mas o contexto geral foi chato por conta das personagens.
É basicamente a história de duas mulheres brancas e chatas no Quenia. A única protagonista legal e que também é negra e nativa, é bem esquecida. Parece que colocou a Simi ali pra bater cota.
Eu queria MUITO ver mais da Simi e da vivência dela na tribo.

Esse livro deixou muito a desejar pra mim e terminei ainda achando a Leona e a Jane muito chatas.

Debora 24/05/2020

Dá pra entender pq é um best seller
A leitura deste livro é muito fluida e rápida. Ele é o que se chama de um vira-pagina, sabe, quando você não consegue parar de ler...
As histórias são interessantes, trazem muitas nuances da maternagem. Conhecer um pouco da geografia e história massai também tem seu grau de relevância.
Mas sabe quando a propaganda estraga sua experiência?? Aconteceu comigo...
A TAG anunciou este livro como um grande livro sobre a cultura massai, um livro pra conhecer a África. Se eu não esperasse isso, minha nota para o livro seria 1 estrela maior. Mas, ao esperar isso, e ler sobre a história de duas mães brancas na África, minhas expectativas foram frustradas. Tá, tem uma mãe massai... Mas ela é quase coadjuvante, não ocupa nem 1/3 do livro.
Então... Foi isso. Uma ótimo livro. Cuja propaganda atrapalhou minha experiência.

Wally.Mota 12/02/2021

Resenha publicada no @livrosdowally!
?? Alerta de gatilhos para abuso sexual e violência doméstica ??

NÃO REPITA COM SEUS FILHOS OS ERROS DOS SEUS PAIS!

Leona é uma mulher independente, que mora sozinha e que não quer se envolver com ninguém, pois tem dificuldades em lidar com relacionamentos. Por ser antropóloga, precisa passar uma temporada estudando a cultura e a vida da comunidade Massai, uma tribo nômade da África. Após um lance de uma noite só, acaba engravidando e vê sua vida virar do avesso!
~
Simi é uma das mulheres da tribo marcada como amaldiçoada, pois devido a sua infertilidade não pôde dar filhos a seu marido. Por ter se tornado a melhor amiga de Leona, ela acabará recebendo uma benção que jamais imaginou ser possível!
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Jane é esposa de um diplomata que vive viajando e precisa se mudar constantemente por conta das inúmeras transferências de seu marido. Sua filha Grace sempre lidou bem com essas mudanças, até se tornar melhor amiga de uma jovem criada totalmente diferente dela, o que acaba preocupando a mãe.
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Relações familiares problemáticas e infâncias destruídas por fatalidades marcaram as vidas dessas mulheres, fazendo com que elas precisassem buscar seus lugares no mundo. O problema é que as vezes essa busca pode terminar em tragédia!
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O Sol Mais Brilhante é um livro que apresenta a riqueza da cultura africana e algumas tradições dos povos Massai, enquanto trata sobre laços familiares, perdão e amor. Uma leitura sem grandes acontecimentos, mas que tem seu valor!

Até a próxima! ??

ogawajheniffer 06/06/2021

Viajei
De uma forma muito boa, aliás ?? Que delícia ler livros que nos tiram de casa. Amei conhecer uma nova cultura através de o Sol Mais Brilhante. Essa obra me fez refletir demais sobre os prováveis desafios da maternidade. Eu estou naquela fase em que, falou em ser mãe já me vem logo aquele pensamento : " Deus me livre, mas quem me dera". Porque bem no fundo, quando eu passo por moças que estão com barrigão ou quando li sobre o quão precioso as mulheres do livro descreveram os bebês, eu fiquei sim com aquela pitadinha de curiosidade e até vontade. Mas no mundo que vivemos hoje, ainda não sou corajosa como essas mulheres.
De qualquer forma, achei que casou muito bem com a fase de mudanças e adaptações que estou (acho que todos estão) vivendo e foi uma leitura super fluida. Recomendo com certeza ??

Ni 14/08/2020

Leitura rápida, mas achei o fim ruim
Livro fácil de ler, boa construção dos personagens, mas o final do livro deixou a desejar, na minha opinião.

Danielle 16/05/2020

Uma zebra e suas listras
O livro acompanha a trajetória de três mulheres, cujas histórias se cruzam nas savanas africanas, principalmente no Quênia.
Duas americanas que pretendem fugir das lembranças do passado e uma africana, originária de uma tribo massai, que não pode ter filhos.
Várias aspectos se destacam na leitura, tais como: as descrições das belezas naturais do lugar, a riqueza da floresta, a cultura massai, as relações familiares, os traumas do passado, o luto, a metáfora do lar com a "zebra e suas listras", a dificuldade de quem não tem um lar fixo, como no caso de Jane, que acompanha o marido diplomata. E o principal: a responsabilidade de criar um novo ser humano, o papel da mãe biológica ou adotiva. A história gira basicamente em torno disso, maternidade e escolhas.
A leitura é fluida e instigante, então dá pra devorar.

Gabi 30/12/2021

Minha última leitura do ano, O Sol Mais Brilhante estava na minha lista há um bom tempo, tinha altas expectativas. Apesar de ser um bom livro, não foi tudo que eu esperava. A autora trouxe histórias interessantes, mas acho que o estilo de escrita não funcionou tão bem comigo. Gostei, mas esperava mais.

Ariane / Goddess 27/06/2020

Apenas uma coisa a dizer: perfeito. Tudo perfeito.
O Sol mais Brilhante não é nem de longe o tipo de livro que costumo ler e mesmo assim estive mergulhada em cada palavra. As personagens são tão incrivelmente reais que fazem com que a gente se questione o tempo todo.
Maravilhosa leitura. 5 estrelinhas =)

Debora.Vieira 05/12/2021

Surpreendida
Comecei esse livro achando que não iria gostar. Se tivesse tido um pouco mais de tempo, teria lido mais rápido. Em algumas partes o livro ficou um pouco chato. Mas de alguma forma a autora conseguiu me prender mesmo assim, pois sua escrita é maravilhosa. Sai da minha área de conforto,romances e fantasias, e me surpreendi. As histórias se ligam de forma intensa. Cada personagem trazendo seus próprios traumas e tristezas. Achei desnecessário o acontecimento quase no fim do livro. Mas mesmo assim, gostei bastante do desfecho. Acredito que pelas migalhas de romance que recebi no final.

Alice Batista 07/02/2021

As vezes, uma criança precisa de duas mães.
Foi um livro que li aos poucos, digerindo cada parte da história das 3 protagonistas. São histórias tristes, pesadas e que me fez ter uma perspectiva de como cada uma lidou com a maternidade. De como esse assunto é amplo e que realmente não existe uma fórmula mágica para ser/se tornar mãe.
Gostei também da narrativa dos personagens secundários, principalmente do passado do John.
Infelizmente estava esperando conhecer muito mais a história de Simi (minha personagem favorita), acho que por ser a única nativa, seria muito mais interessante a leitura pelo ponto de vista dela, para conhecer mais sobre as tradições, costumes etc. Mas de qualquer forma foi uma leitura muito rica e interessante.