Uma terra prometida

Uma terra prometida Barack Obama




Resenhas - Uma Terra Prometida


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Flavia.Oliveira 03/02/2022

Um livro pra quem gosta de bastidores de política! Muito interessante acompanhar os eventos que ocorreram durante a presidência do Obama. Para mim, um ser humano único!
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israelstedile 23/01/2022

Muito bom
Gostei bastante do livro. Apesar de ser uma bibliografia, o livro não foca na infância e juventude, mas na carreira política. A primeira parte do livro dá uma introdução a vida dele e foca em seu período no Senado. Depois tudo gira em torno da campanha a presidência e em seu primeiro mandato, finalizando com a morte de Osama Bin Laden. Além de mostrar muitas coisas dos bastidores da Casa Branca, Obama registra muito de seus sentimentos durante os anos mais desafiadores de sua vida.
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Leh 23/01/2022

Não é atoa que ele ganhou o Nobel da paz
Obama é um homem incrível, e como político tem um histórico muito inspirador. Pra todos que apreciam ele, ou que tem interesse sobre como funciona as engrenagens por trás da política, principalmente a externa, é leitura muito enriquecedora.
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Lucas.Augustinho 19/01/2022

Livro grande pra caramba, mas também é bom pra caramba. Obama é uma figura extremamente carismática e simbólica da política, e poder ler o seu relato sobre a sua vida, sua família, até a ascensão a presidência é demais. Sua descrição sobre os 4 primeiros anos na presidência, os principais acontecimentos, é muito interessante. O último capítulo do livro é sobre a operação que matou Bin Laden. Espero que o segundo livro, sobre o seu segundo mandato seja tão bom quanto, mas podia ser um pouquinho menor kkkk
Wagner 19/01/2022minha estante
Na fila... estou querendo mto ler. Li A Ponte que era sobre sua infância e campanhas para o senado.




Marques 18/01/2022

Bom mas prolixo.
O Livro em si é uma fonte de informações sobre um periodo que não se restringe somente a vida do Obama, mas aos fatos históricos e personagens politicos neste período da presidência.
No entanto, acho que se perde um pouco sobre informações detalhadas de funcionários ou pessoas que trabalharam com ele. O livro se torna extremamente longo e prolixo, sobretudo nas partes que fala sobre as aprovações de projetos de lei ou sobre detalhes da campanha eleitoral. Confesso que em alguns momentos foi dificil continuar a leitura.
Ponto alto sobre as partes de política
internacional: a Russia, França, Afeganistão, China, Índia, Paquistão, dentre outros e sobre os lideres e politica destes países.
O final vale pelo livro todo.
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Luciano Luíz 01/01/2022

Não tenho interesse em livros políticos ou sobre os mesmos, mas confesso que sempre tive admiração por BARACK OBAMA. Gostava do seu jeito carismático e as expressões de alguém duro, competente e que queria fazer algo não apenas com palavras, mas ações.
Sou brasileiro e é muito difícil fazer alguma avaliação honesta sobre um político estrangeiro, mas aparentemente, os presidentes dos Estados Unidos sempre se tornam personas populares mundo afora. Tanto de maneira positiva quanto negativa. Em minhas visitas às livrarias é comum encontrar títulos de ex-presidentes, tanto do Brasil quanto de outras nações, mas jamais despertaram qualquer motivação para ler. No caso do Obama, foi fácil.
UMA TERRA PROMETIDA cobre praticamente quase todo o primeiro mandato, mas tem início muito antes, contando um pouco de sua história, porém, não é muito aprofundada porque Obama já havia ingressado em sua biografia em outro título, então aqui uma gama menor de informações para não ser repetitivo. Antes de ser presidente, tornou-se senador e mesmo com tão pouco campo político, obteve sucesso em disputar a vaga de presidente pelos democratas.
Há quem diga que os Estados Unidos e Brasil são países completamente diferentes em tudo. Política, cultura, etc. e por aí vai. Mas em verdade há diversas semelhanças, entre elas, as classes políticas, a eterna guerra e desacordos entre direita e esquerda. E também as famílias compostas por políticos que nunca deixam de conseguir eleger e reeleger os seus e assim um ciclo sem fim faz parte da história estadunidense. Nomes que estão há décadas no poder e que conseguem se manter graças ao seu eleitorado que ama votar nas continuações independente do resultado.
Lembro de quando eu era criança e assistia os noticiários na televisão, haviam nomes estrangeiros mencionados e estes mesmos lá do fundão continuam atuantes ou seus filhos assumiram os cargos.
O livro aborda de forma extremamente detalhada momentos importantes como mudanças na saúde, a crise financeira que acabou se tornando também uma enxurrada de desemprego, mudanças climáticas e outros fatores mais além é claro da guerra, coisa que os americanos parecem defender com unhas e dentes mesmo quando é necessária, mas consome bilhões de dólares e isso serve para provar a supremacia bélica e ponto final (única coisa que une democratas e republicanos se o resultado for positivo).
Há as visitas em países como Brasil, Rússia, China e é interessante ver os diálogos entre os chefes de estado. Obama fala muito sobre os bastidores, principalmente de situações que quando vemos em filmes são grandiosas e na realidade são simples (entenda, não salas entupidas de monitores de alta resolução e computadores e internet de altíssima velocidade, mas coisas mais pobres mesmo e que nem sempre funcionam).
Outra coisa que não pode ficar de fora é do quanto Obama desde o início era considerado um incapaz, pelo fato de ser negro, até mesmo parte da comunidade afro não acreditava nele como político. Uns diziam que ele era inteligente apesar de negro ou então votaria no negro para ver qual seria o resultado. Até mesmo sua identidade era considerada controversa. Pois se chama Obama, algo parecido com Osama, o terrorista que arquitetou o 11 de Setembro. Donald Trump afirmava na televisão que Obama não era cidadão americano, que possivelmente fora criado desde criança para se passar por americano e tomar o poder nos EUA. Enfim, Obama passou por muitas situações nada agradáveis em questão de racismo e mesmo exercendo o cargo mais poderoso do mundo, pouco ou nada podia fazer a não ser se concentrar no que tinha de fazer. O máximo com relação a isso tudo, já que eram ataques pessoais, foi provar que havia mesmo nascido no Havaí e por isso teve de mostrar sua certidão de nascimento. Também havia boatos que era muçulmano. Não pela religião, mas pelo terrorismo que provinha do Oriente Médio.
Seus diálogos, o humor e também os momentos de estresse são compartilhados com maestria nessa obra.
Não vou mais além porque o melhor é poder ler. O volume 2 deve concluir as memórias presidenciais, porém, ainda não tem uma data de lançamento.
Para quem já leu obras políticas ou gosta de biografias, esta é uma daquelas que realmente contém muito para analisar de diferentes formas.
Mais que recomendando.
Ah, quase ia esquecendo. Tem algumas fotos no miolo, mas infelizmente, devido ao tipo de papel (ou foi o arquivo das imagens mesmo) a resolução não é das melhores. E na contracapa há uma imagem do Obama de costas (com suas visíveis orelhas de abano - ele mesmo menciona) quase como uma silhueta defronte a uma janela vendo o obelisco. Uma imagem linda, que pode ser interpretada de muitas maneiras, como a solidão e o poder.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/
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Mari 30/12/2021

Obama, you rock!
Demorei para finalizar a leitura? não é um livro rápido de ser lido, mas sim um livro para ler aos poucos e se maravilhar com a riqueza dos detalhes acerca de decisões grandiosas e de como é a vida de um presidente (sério e decente) dos EUA.
Mesmo a primeira parte do livro que conta a trajetória até à presidência é fascinante. Segundo Obama ?o entusiasmo compensa uma série de deficiências? e posso acrescentar que ?nada resiste ao trabalho?.
Realmente inspirador!
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Cláudia - @diariodeduasleitoras 29/12/2021

Uma terra prometida
?Tem gente no mundo que só pensa em si. Não se interessam pelo que acontece com os outros, desde que tenham o que querem. Rebaixam os outros para se sentirem importantes. E tem gente que faz o contrário, gente que é capaz de imaginar como os outros devem estar se sentindo e se esforça para não fazer algo que possa magoar as pessoas.?

Acho que não é novidade para meus seguidores o quanto sou apaixonada e admirada pela família Obama. Ano passado, tive o prazer de ler a autobiografia da esposa, Michelle Obama, e 2021 foi a vez dele.

Barack Obama, filho de uma mulher branca e pai negro, confirmou seu favoritismo nas eleições, sendo eleito como o 44º Presidente dos Estados Unidos. O ex-presidente americano liderou a maior nação do mundo por 8 anos. Naturalmente, chegar ao cargo mais importante do planeta não é uma tarefa simples e fácil. Na primeira parte da obra sim, as + de 700 páginas foi só a primeira parte, Obama passa sua história a limpo. Os desafios, as escolhas, os ganhos e a experiência desde o primeiro mandato é o que encontramos ao longo da obra.

O livro é bem detalhado, Obama é bem descritivo em muitas partes, nos faz viajar pelo mundo com ele, nas lutas para exterminar os atentados terroristas, até a assinar um acordo para melhorar o clima mundial.

Em alguns momentos, o leitor pode ficar assustado com a complexidade dos temas abordados, em especial se for leigo no assunto. Mas Barack é um hábil escritor e explica cada questão com uma riqueza de detalhes incrível, o que torna a leitura fluída e de fácil entendimento.

Eu adorei me aprofundar na trajetória do Obama, pois já conhecia muito da história através da escrita da esposa. Já estou ansiosa para ler o segundo dessa duologia.
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Raphixxx 27/12/2021

Impressionante e de um aprendizado sem igual
Um deleite, cada detalhe sobre a trajetória de Obama. Posso dizer que foi uma experiência sem igual esse livro. Entrou para minha melhor leitura de 2021 juntamente com Pachinko.

Abaixo algumas passagens que considerei relevantes nas páginas finais:

"Olhando em restrospecto, às vezes me pergunto, como muitos outros antes de mim, que diferença fazem as características particulares dos governantes nos vastos movimentos da história - se aqueles de nós que ascendemos ao poder somos meros fios condutores das profundas e implacáveis correntes dos tempos ou se somos, pelo menos em parte, os autores do que está por vir".

"Nem preciso dizer que tentar convencer um déspota idoso e acuado a montar no cavalo e desaparecer rumo ao sol poente, mesmo que isso fosse de seu próprio interesse, seria uma operação delicada".
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Andreia Pi 15/12/2021

Para quem gosta
Já havia lido o livro da Michele Obama e é muito gostoso como algumas partes se encaixam nos relatos. É um livro extenso, mas de boa leitura.
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Nathalia569 14/12/2021

que livro incrível!
sinceramente, me sinto honrada pela oportunidade de ler a trajetória política do Obama. Se antes da leitura eu já o admirava, passei a admira-ló mais ainda. Super recomendo o livro, muito bom, linguagem de fácil entendimento, bem estruturado e nada monótono. só gratidão ???
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Dadá 02/11/2021

No livro ele narra os bastidores de encontros políticos e decisões tomadas durante o governp dele.

Gostei bastante...ele é muito gente como a gente..do tipo q adoraria estapear fulano pelas besteiras q diz sabe

Mas é aquela típica visão americana d q eles são o centro do universo neh..mas ok
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Pedro 28/10/2021

Yes We Can!
Me surpreendi ao ler a auto-biografia de Obama, um tanto por sua história de vida, um tanto por sua habilidade com as palavras. Sabia que era bom em discursos públicos, algo que é intrinsceco ao cargo que ocupava, mas é algo novo ve-lo descrever os eventos comp uma história fluída e instigante.
É muito interessante entender os bastidores de muitas da histórias que acompanhavamos de longe. Claro, que em minha opinião, existe um quantidade de partidarismo em suas palavras, apesar de nãp ser uma quantidade que incomode.
Vale muito a pena para os entusiastas da política, também para aqueles que desejam compreender melhor as resposabilidades do governo e as várias facetas e dificuldades que vêm junto do ofício.
É importante colocar que esse aparente ser um primeiro volume, falando apenas de seus primeiros 4 anos no governo.
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Miguel 27/10/2021

A alma dessa terra
Jamais pensei que um político pudesse ser tão versado em uma literatura agradável ao seu tempo nos dias de hoje. Não foi grande surpresa quando li o de Michelle Obama. Dela eu já sabia poder esperar um texto mais leve e intimista.

E foi exatamente essa a primeira impressão que tive de "Uma terra prometida". O ex-presidente foi intimista e, na minha opinião, para lá de ousado. Usou de suas impressões de cada um que considerou relevante, não poupando elogios ou o oposto nem mesmo aos seus colaboradores.

Sobretudo, o que tive a impressão de poder ter acessado nessas páginas encantadoras, foi a alma política, o combustível que levou aquele quarentão à liderança de uma das maiores potências da história.

Acredito que Barack Obama consegue cativar, fazer pensar com seriedade os valores e princípios que movem o ser social de cada cidadão, pertença à nação a que pertencer. Ele cumpre ao menos a promessa dela e, ao menos comigo, me fez pensar na minha terra prometida...
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Lucas 24/10/2021

"Suco" de estadismo: quando os ideais são maiores que as ideologias
Em tempos com pautas tão extremistas como os atuais, é tênue a linha entre estadismo e demagogia. A exacerbação de sentimentos radicais, o cansaço provocado por políticos que aparentemente não agem como animais irracionais, que simplesmente não falam o que sentem, são condições que criam um movimento a qual a democracia de uma forma geral nunca viu. Parece que nos últimos anos, falar o que "der na telha", expressar em discursos e ações posturas que favorecem uma parte destes radicalismos, entre outras, são ações benéficas, ilustrativas de uma honestidade caricata.

O ex-presidente norte-americano Barack Obama simboliza contrariamente tudo isso: no primeiro volume de suas memórias (A Terra Prometida, lançado em 2020), o leitor terá diante de si um "suco" de estadismo, que parece ainda mais doce na atual conjuntura, onde este ponto fundamental para um grande líder nacional é alvo de tantas ressalvas inócuas.

Narrado em primeira pessoa, é muito fácil para o leitor imaginar o próprio Obama contando suas histórias, suas dificuldades e preconceitos sofridos desde os primórdios de sua existência. Nascido no Havaí em 1961, ele foi o primeiro presidente de origem afrodescendente (seu pai era queniano) da história dos Estados Unidos. Ajuda nesta compreensão a sua narrativa leve e natural que descaracteriza boa parte daquela pompa que qualquer um pode imaginar quando se fala no ocupante do cargo político mais importante do planeta.

O rótulo de sua descendência foi, inegavelmente, o grande baluarte do seu nome e personalidade quando iniciou-se uma internacionalização de suas intenções de concorrer ao cargo, por volta de 2006. Certamente, muitos brasileiros com 25 anos ou mais ouviram este aspecto tão trivial como a cor da pele como uma característica imprescindível para aquele jovem e carismático político de Chicago (ele estabeleceu residência na cidade ao longo dos anos). De fato, num país com um passado tão segregacionista como os EUA (é chocante imaginar que há pouco mais de cinco décadas havia separação entre negros e brancos em espaços públicos numa terra que sempre foi lembrada pela liberdade), esta questão da origem era uma boa fonte de matérias jornalísticas da época. Mas Obama em A Terra Prometida não dramatiza este aspecto em nenhum momento: ele se atém aos fatos históricos e coletivos para explicar esta opressão, que existe na maioria das vezes de formas implícitas.

É importante observar isso porque, certamente, alguns brasileiros (que, espetacularmente, de uma hora para outra, viraram especialistas em política norte-americana), guiados por simples gostos políticos, podem supor uma certa vitimização do biografado em relação à sua cor de pele. Ou a sua suposta origem muçulmana. Ou ao seu viés esquerdista, o que fazia dele um enviado chinês ou russo para destruição dos Estados Unidos. Ou a lenda de que Obama não nasceu em solo americano... Um dos traços de A Terra Prometida é que nele vemos o nascimento das odiosas fake news, tão comuns no contexto atual, mas que são resultantes da velocidade de compartilhamento de informações que vem aumentando universalmente há pelo menos uma década. É curioso, para nós brasileiros, observarmos que até mesmo a maior nação do mundo possui milhares de pessoas que não sabem utilizar essa facilidade para informar, estando mais interessadas em distorcer.

Este problema das fake news não é o único elemento em comum da política brasileira com a norte-americana. Apesar de os Estados Unidos historicamente sustentarem-se basicamente em dois partidos políticos (os Republicanos e os Democratas, este último a qual Obama faz parte), e disso ser uma ferramenta para criticar a pulverização partidária absurda existente por aqui, os acordos políticos, negociações de interesses, entre outros aspectos que muitas vezes fogem dos princípios democráticos e fomentam esquemas de corrupção, também existem nas relações entre o Poder Executivo e Congresso norte-americanos. Obama, em sua narrativa, muitas vezes é obrigado a usar de artifícios contraditórios, especialmente em relação ao que ele pregava enquanto candidato, depois que assume a presidência. Estes arranjos, e ele não faz questão de esconder, são inerentes ao ato de governar, mas são condenáveis diante das perspectivas que oferecem.

Apesar disso, o aspecto tão confuso aos olhos estrangeiros das eleições para presidente dos Estados Unidos (a qual apresenta um quadro abissalmente distinto do exercício da democracia que praticamos por aqui), acaba se esclarecendo com a trajetória da campanha de Barack Obama. É interessante observar que ele, então um político meramente local, se elege ao Senado em 2004 para já em 2008 conseguir a indicação do Partido Democrata para concorrer à presidência. É diferente, por exemplo, da maioria absoluta dos candidatos a presidente do Brasil, as quais normalmente possuem uma carreira consolidada de muitos anos dentro da política, seja sendo deputado, governador, prefeito e por aí vai. A ascensão de Obama tem a ver com o mito americano, de que tudo é possível e etc., mas também denota um amadurecimento e consciência social imprescindíveis ao indivíduo que resolve se prestar a isso. E esta consciência não é fruto do marketing, é algo que deve ser a essência perene de quem se dispõe a este tipo de desafio.

Outro ponto importante neste aspecto de descrição do funcionamento das campanhas eleitorais para presidente nos EUA é a relação conflituosa que membros de um mesmo partido desenvolvem entre si nas chamadas eleições primárias, que escolhem o indicado de cada um dos dois agrupamentos políticos principais. É simbólico nesse sentido que a grande adversária de Barack Obama durante toda a campanha foi Hillary Clinton, democrata como ele e que protagonizou intensa rivalidade nas primárias (e que depois foi sua Secretária de Estado). De fato, dadas as circunstâncias daquele momento (a baixíssima popularidade do então presidente republicano George W. Bush é uma delas), acaba sendo natural que Obama dê mais destaque à campanha nas eleições primárias, as quais foram mais difíceis que as eleições para presidente (onde Obama derrotou o republicano John McCain (1936-2018)).

A trajetória de vida, o compromisso com a esposa e as filhas e sua preocupação social personificam o político, compondo a imagem da ponderação que sustenta uma pessoa que sabe utilizar a política para o bem. Obama, ao assumir a presidência em 2009 com os Estados Unidos a beira de um colapso econômico sem precedentes (o que atingiria o mundo todo também), atuando em duas guerras/ocupações (no Afeganistão e no Iraque), com uma política externa em ebulição, entre outros pontos, teve que usar muito dessa sua ponderação para, se não resolver todos estes e outros problemas, atuar com resiliência diante do poder de suas decisões.

Todos estes e muitos outros pontos constroem um livro extenso, mas de narrativa leve que deriva de uma linguagem simples e, primordialmente, com um desapego à cronologia (especialmente durante os três primeiros anos da presidência, já que o livro se encerra em maio de 2011 com a operação militar que eliminou Osama Bin Laden). Obama narra este período inicial como presidente baseado em temáticas, as quais clarificam o entendimento do leitor e não tornam a leitura em nenhum momento cansativa. Deste modo, têm-se capítulos que falam dos dilemas em termos econômicos (que ocupam a maior parte dos desafios que ele enfrentou enquanto presidente no início do seu mandato), política externa (que em se tratando de EUA sempre traz polêmicas as quais Obama faz questão de não se esquivar, especialmente em relação aos efeitos da atuação norte-americana na história contemporânea), meio ambiente, relações específicas com países como Rússia, China, Irã e Israel, entre muitos outros tópicos que vão intercalando-se entre si.

Isso tudo é significativo daquilo que Barack Obama sempre simbolizou: uma política de ideais, não de ideologias. Desse modo, essa primeira parte de suas memórias, que surge em meio a este movimento de tanto ódio e divisão, é um alento para a crença de que a política, quando utilizada para o bem coletivo, é um instrumento fascinante de mobilização para os povos democráticos e que deve ser preservada para a garantia da harmonia tão primordial para a vida em sociedade.
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