A tirania do mérito

A tirania do mérito Michael Sandel




Resenhas - A tirania do mérito


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Felipe 13/03/2023

A proposta é boa
A proposta desse livro é muito boa e revela situações fáticas sobre a meritocracia muito importantes.

É um livro que se torna muito repetitivo. Se você ler até a página 100 já está ótimo, todo o resto é mera repetição com palavras diferentes.

Mas vale a pena a leitura, nem que seja das páginas inicias pois o tema abordado e a forma como é abordado é muito interessante, nos trás boas reflexões sobre meritocracia.
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Bruno.Defaveri 10/03/2023

A meritocracia vale a pena
O autor nos passa os pós e contras do uso da meritocracia em nossa sociedade, se é mesmo uma ferramenta de ajuste social.
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Paulo2175 07/03/2023

Se você tentar, você consegue
Esse livro veio de encontro com tudo aquilo que eu pensava ser a maneira certa, o tempo certo, para se ter uma ascensão na vida social, porém todo esforço é necessário sim, para se vencer na vida é preciso trabalhar duro, estudar e às vezes até se sacrificar , mas que consequência isso traz?
Nesse livro você vai entender que não é bem por aí, as consequências são danosas e só faz aumentar a desigualdade. Então o que acontece com o bem comum? Só lendo o livro para saber .
Uma coisa é certa, quanto mais nos conhecemos como autossuficientes, capazes de vencer pelo próprio esforço, menos temos motivos para nos sentir em dívida ou gratos por nosso esforço.
Se você tentar, você consegue? Será ?
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Romeu Felix 25/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro “A tirania do mérito: O que aconteceu com o bem comum?” é uma análise crítica do papel que a meritocracia desempenha na sociedade atual. O autor Michael Sandel, professor de Filosofia Política em Harvard, argumenta que a meritocracia, a ideia de que as recompensas devem ser distribuídas com base no mérito individual, se tornou uma forma de tirania, criando uma cultura de desigualdade, exclusão e ressentimento.

O livro é dividido em três partes. Na primeira, Sandel apresenta a origem e o desenvolvimento do conceito de meritocracia, destacando a influência da Revolução Francesa e do pensamento liberal no seu surgimento. Ele argumenta que a meritocracia é uma ideologia que, embora pareça justa e meritória, na verdade contribui para a perpetuação da desigualdade e da exclusão.

Na segunda parte, Sandel examina as consequências da meritocracia na sociedade contemporânea, com foco na polarização social e no declínio da solidariedade e do bem comum. Ele argumenta que a meritocracia criou uma cultura em que os indivíduos são julgados com base em seus próprios méritos, mas não são responsáveis pelas desvantagens e desigualdades estruturais que enfrentam.

Na terceira parte, Sandel propõe uma crítica à meritocracia e sugere um novo modelo de sociedade que coloque o bem comum no centro da política e da economia. Ele defende a necessidade de uma mudança cultural, política e moral que enfatize a responsabilidade compartilhada pelo bem-estar da sociedade e o reconhecimento da importância da diversidade, da solidariedade e da justiça social.
Por; Romeu Felix Menin Junior.
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Augusto Stürmer Caye 31/01/2023

Pelo fim da Meritocracia e dos Tecnocráticos
Este não é um livro fácil de ser resenhado pela amplitude de assuntos que são abordados. Em síntese, é uma crítica ao sistema meritocrático que temos hoje arraigado no mundo, com todos seus prejuízos na economia, no trabalho, na sensação de dignidade, na política, na desigualdade e na educação. Não vou mentir: mudou minha forma de pensar.

Mérito, na antiguidade, significava uma virtude moral e ética, que lhe conferiam uma habilidade de debater sobre o bem comum. Hoje, corresponde a sua produção econômica e habilidades técnicas, e está mais relacionado ao seu sucesso pessoal do que a sua virtude moral. Essa nova lógica sobre o mérito justifica as desigualdades sociais oferecendo a mobilidade social entre classes como razão; porém, a realidade é que as sociedades não apenas continuam muito estratificadas, como a desigualdade entre elas tem aumentado.

O princípio de igualdade de oportunidades, que tenta - fracassadamente - reparar esses danos oferece a educação como forma de ascensão social. Entretanto, o ensino superior (i) ainda tem pessoas de maior renda preenchendo mais fileiras de classe; e (ii) agrava ainda mais as desigualdades, agora entre quem tem e quem não tem um diploma superior. Não por acaso, a renda dos bachareis é hoje muito superior daqueles que não possuem um diploma universitário.

Esse fascínio pelo mérito gerou, na política, a tecnocracia: o governo dos experts. Há cada vez mais uma valorização dos peritos técnicos dentro do governo. Porém, um diploma universitário não é uma garantia de que você tem a devida capacidade de discorrer sobre o que é o melhor a se fazer, dentro de uma perspectiva de bem comum, moralidade e atitudes cívicas; como exemplifica o autor: basta ver que o governo do Kennedy, dos the best and brighests, levou os EUA à guerra do Vietnã, e o governo do Attlee, no UK, que tinha mais pessoas sem educação formal e, inclusive, muitos mineiros, foi quem criou o sistema de saúde britânico que é hoje referência no mundo.

Ter um diploma lhe garante expertise para discorrer tecnicamente o assunto, não moral e civicamente. Mesmo assim, o diploma universitário no governo tecnocrático virou pré-requisito, e cada vez mais há um distanciamento entre o povo e os governos. No Brasil, apenas 17% da população tem um diploma universitário (IBGE, 2019) R$ 60 mil de patrimônio (OXFAM, 2017); em comparação com nossos deputados federais, o patrimônio médio é de R$ 3 milhões e 83% são bachareis (dados do resultado das urnas de 2022).

A meritocracia cria uma divisão entre vencedores e perdedores, onde estes se sentem humilhados e aqueles uma ansiedade e arrogância, Além disso, há uma sensação de perda de dignidade no exercício do seu trabalho que prejudica ainda mais as relações e o debate público.

Não é por acaso que houve uma ascensão do populismo totalitário. Políticos como Trump identificaram essa massa de pessoas que se sentem desprestigiadas e as deu voz. Entretanto, o caminho que eles oferecem não é o melhor e não resolve o problema meritocrático; tanto o é, que não por acaso que já estamos vendo, em 2022, um arrefecimento das tendências daquela época.

A meritocracia deve dar lugar a uma nova forma de fazer discurso. Precisamos voltar a dar valor às pessoas por serem seres humanos e a valorizar o trabalho exercido pela sua contribuição à sociedade. O livro não chega a abordar o que devemos fazer exatatamente, mas acho que é proposital: precisamos debater isso entre nós.

Muito bom, recomendo a qualquer um que goste de política, filosofia ou meritocracia.
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Vinícius 25/01/2023

Peguei para ler A Tirania do Mérito com amparo na leitura de Justiça do mesmo autor, que é um livro nota 1000, e em neste texto Michal J. Sandel, consegue apresentar uma leitura sobre a meritocracia esclarecedora, no qual, é extremamente necessário seu entendimento nos dias de hoje em que somos bombardeados por livros de coaches, ensinando formulas milagrosas de vencer na vida. Confesso que achei o livro meio massante em alguns momentos, porém é uma leitura extremamente proveitosa na atualidade.
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Eduarda 07/01/2023

Último de 2022
Encerrei o ano de 2022 com um livro que me fez questionar uma das ideias mais enraizadas em mim (e na maioria das pessoas): a da meritocracia.
Cresci ouvindo "quem acredita sempre alcança", "se você trabalhar duro, terá tudo o que sonha", "a vida é justa", "Deus ajuda quem cedo madruga". Tais frases não são inteiramente erradas, não é uma ideia que mereça ser completamente descartada, mas é essencial que compreendamos que nem todos partem do mesmo lugar e que, muitas vezes, nem mesmo garantindo a unidade do ponto de partida, nrm todos chegariam ao mesmo lugar, ao mesmo tempo.
Esse livro serviu para que eu entendesse que o problema da meritocracia não é tão simples quanto a gente costuma ouvir que é, e que as vezes acaba mais gerando do que resolvendo problemas.
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Eduardo 30/12/2022

Porque eu mereci! (?)
A ideia meritocrática pressupõe que se você se esforçar bastante, trabalhar arduamente durante um tempo de sua vida, você conquistará tudo o que quiser. Ou que seja, tudo que um indivíduo consegue na vida ou não depende exclusivamente de seu esforço. Logo, se você falhar ou ganhar, o único responsável é você mesmo. Essa ideia é tanto sedutora quanto cruel.

Michael J. Sandel, autor do livro, faz críticas concisas à meritocracia, pensamento predominante nas sociedades contemporâneas, com exemplos do liberalismo americano, entre outras situações, no país norte-americano, que podem ser comparadas facilmente com os outros países no mundo. Para ele, a política voltada ao mercado, a tecnocracia, não abre espaço para o bem comun, trazendo perdedores ressentidos e ganhadores arrogantes.

O livro abrange diversas situações, até a teologia, para embasar como é perigosa a ideia da meritocracia. Como a onda conservadora que elegeu Trump presidente dos EUA é proveniente de uma sociedade que enaltece determinados grupos em detrimento de outros, baseando-se apenas no valor, no talento e no esforço, atributos que não devem ser os únicos pontos a serem considerados ao se falar de mérito quando muitas vezes é questão de sorte de viver no tempo e no lugar certos. Isso fomenta o individualismo entre os seres humanos, minando o exercício da empatia e abrindo menos diálogo sobre o bem comum.
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Lusca 28/12/2022

Muito bom
O livro é muito legal. Comprei por conta do título, mas não fazia ideia que o contexto era voltado para os EUA.
Fala muito sobre as universidades, a competitividade entre os estudantes, os dados de pesquisa de campo. Porém não se resume a isso.
Muito do conteúdo abordado traz fortes reflexos sobre humildade, as consequências do pensamento meritocrático, o lado positivo e negativo da competitividade.

Bom, o conteúdo é instigante.
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Andrea 24/11/2022

O bem comum
O livro levanta questionamentos importantes sobre nossos ideais meritocráticos. Será que uma sociedade ideal seria aquela em que todas as pessoas realmente partissem do mesmo ponto na corrida pelo seu lugar ao sol? Será que que o valor de mercado é o melhor parâmetro para medirmos a contribuição de cada um na sociedade? Como lidar com o ressentimento e recuperar a sensação de estima e pertencimento social daqueles que ficaram pra trás? São algumas das reflexões pertinentes que o autor nos traz.
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Belle 23/11/2022

Leitura muito interessante!
O livro tem como palco principal a cultura americana, mas que torna fácil a generalização para o Brasil.

O autor vai construindo um raciocínio sobre as questões que o mérito fazem surgir na sociedade, sobretudo o bem estar social.

É um livro muito interessante, porém angustiante, pois vai nos mostrando e entendendo mais sobre a sociedade que vivemos, como vivemos.
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Leonardo.Brizida 14/11/2022

Reflexões fundamentais entre mérito e justiça
Uma leitura que me levou a refletir sobre os verdadeiros ideais meritocraticos existentes no mundo. Sempre enxerguei a meritocracia como sinônimo de justiça e um objetivo q ser seguido por todas naçoes, corporacoes e setores da sociedade. Nunca ousei proceder qualquer crítica a este modelo de ascensão, pois no meu ponto de vista, cidadãos de qualquer classes social, etinia ou crença religiosa, disputando um objetivo em condições de igualdade, consistia um modelo totalmente aceitável e justo. No entanto, percebi que o buraco era muito mais embaixo. Essa relação, muito bem detalhada por Sandel, nos traz a oportunidade de examinar diversos aspectos sociais que não são contabilizados na esfera meritocratica.

Embora os exemplos citados na obra permeiam a realidade americana, é possível traçar paralelos, guardadas as devidas proporções, com a realidade brasileira.

Leitura extremamente necessária para trazer um aprofundamento nos debates acerca do assunto.
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Ricardo.Borges 01/10/2022

Quem emerge triunfante no campo de batalha, sai ferido
Acho que nunca grifei tanto um livro como o fiz agora!
Basicamente, é um livro denso sobre a questão do mérito, associando-o a virtudes morais e cívicas e enfatizando a estrutura social e política capitalista, o papel das instituições de ensino e, ainda, o mecanismo de trabalho na sociedade contemporânea.
Há muitos dados e exemplos estadunidenses, especialmente associados a dinheiro e poder, ilustrados, inclusive, por esta pérola de Donald Trump sobre o coronavírus em 2020: ?Nós já controlamos isso muito bem [?] fizemos um trabalho incrível. Vai desaparecer?.
Poderia acabar esta resenha aqui mas, infelizmente, é fácil fazer a transposição para nossa realidade tupiniquim, (escrevo isso às vésperas da eleição presidencial de 2022).
O livro ainda dá abertura para posicionar as consultorias profissionais e os RHs atualmente, na contramão de uma renovação da dignidade de trabalho e da seguranças emocional da população, de modo geral, tratando o perfeccionismo como uma emblemática doença meritocrática, pois, mais do que exaltar aquele que atingiu seu objetivo (com suas sequelas emocionais), fica evidente como a sociedade condena e humilha aqueles tantos que não conseguiram?
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Cotoco 07/09/2022

Um choque de realidade sem soluções
Sandel elabora com muitos argumentos e propriedade sobre como a ideia de que temos o que merecemos foi construída e corrói o bem comum. No entanto, a leitura de tantos argumentos e exemplos ruins fomenta o interesse de ler possíveis soluções e, neste ponto, Sandro deixa a desejar. Quase nada é debatido sobre como interromper a tirania do mérito? cabe ao leitor refletir e imaginar possíveis soluções.
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anna v. 25/08/2022

Vale a leitura
Apesar de capítulos inteiros dedicados ao sistema americano de ingresso em universidades, que a mim pelo menos não interessa tanto, o livro é muito bom e suscita ótimas reflexões sobre mérito, sorte, talento, esforço, preconceito intelectual, ressentimento de classes trabalhadoras, política tributária, justiça e bem comum. Recomendo.
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