Fernand Vecci 24/05/2021
"A ampulheta contou nosso tempo desde o dia em que te conheci"
Eu ainda não digeri essa história. Teve partes lindas, partes tristes, trágicas e partes que eu não queria que tivessem acontecido.
A escrita é incrível, a diferença nas narrações é notável. Ainda assim, Gilbert e Neil têm escritas poéticas, o que dá contexto para o conto. Não é maçante, nem cheia de floreios. É muito bonita e ainda capta sua atenção.
Eu quis escrever uma resenha (minha primeira aqui) porque não queria me esquecer de como esse conto me deixou. E, bom, me bagunçou kkkkk
Gostei do desenvolvimento dos personagens, os dois relativamente aceitam a "lei dos infinitos" e mesmo assim não deixam de se amar. Nem de nutrir esperanças, e isso é o que mais dói no conto inteiro.
Os encontros e desencontros angustiam.
Se eu pudesse descrever essas partes com uma palavra, seriam amargas.
Outra coisa "legal" que aparece é que os problemas pessoais do Neil não são magicamente resolvidos com amor romântico. E isso representa bem a realidade.
"Eu não estava bem para você, porque também não estava bem para mim."
Pessoalmente falando, eu não gostei muito do final. Mas, num geral, o conto é muito bem escrito e estruturado. É melancólico. Dói. E marca quem lê e isso é o mais importante.