Queria Estar Lendo 23/12/2021
Resenha: Como o Rei de Elfhame Aprendeu a Odiar Histórias
De volta ao meu querido universo da trilogia O Povo do Ar, da Holly Black, Como o rei de Elfhame aprendeu a odiar histórias é um livro extra perfeito para matar a saudade de todos os personagens e conhecer um pouco mais sobre o passado do nosso príncipe cruel favorito.
Como o rei de Elfhame aprendeu a odiar histórias é uma coletânea com pequenas historietas sobre o passado do Cardan, nosso príncipe cruel e rei perverso, e giram em torno de um ponto em comum alé mdele; esse livro, claro, é sequencial a toda a trilogia, apesar de se tratar de um prequel, então você precisa ter lido os três volumes para entender o que está acontecendo (a abertura já é um baita spoiler do fim da trilogia).
Ele te dá contexto sobre a criação e o desenvolvimento do Cardan no mundo das fadas; como ele se tornou aquele príncipe grotescamente frio e cruel que conhecemos no primeiro volume, e por que, exatamente, Cardan escolheu a crueldade.
Desde a sua infância até a adolescência, à mudança da solidão para a aliança com Balekin, seu irmão mais velho, à aproximação com Nicasia e Locke e a criação da turminha do caos. São pequenas histórias que em muito acrescentam o que conhecemos em O Príncipe Cruel, O Rei Perverso e A Rainha do Nada. Unidas às ilustrações sombrias e deslumbrantes de Rovina Cai, esse é um livro de encher os olhos e o coração.
"- Ah, eu acho que tem uma lição na história, principezinho: uma língua perversa não é páreo para dentes afiados."
Como eu estava com saudade da perversão gélida do Cardan, e da coragem perigosa da Jude! Como o rei de Elfhame aprendeu a odiar histórias nos transporta de volta para o reino das fadas da melhor maneira possível: com nostalgia e com curiosidades extras sobre personagens que amamos.
Meu coração deu um salto quando o Cardan conheceu a Jude pela primeira vez, e quando detalhes sobre a profecia e sobre o futuro da história apareceram discretamente nas páginas.
"Jude, pensou Cardan, odiando até a forma do nome. Jude."
O ponto que une as histórias é, curiosamente, várias histórias contadas por uma troll chamada Aslog. Todos os contos que divide com o príncipe cruel falam sobre um rapaz com um coração terrível e as consequências de se entregar esse coração a um mundo ainda pior.
Essa série segue sendo uma das minhas maiores e mais queridas indicações para quem ama universos bizarros e mortíferos, com personagens de moral cinza dispostos a fazer de tudo pelo poder e para alcançar o que querem; também tem um enemies to lovers delicioso de acompanhar, o romance que começa com os dois tentando se matar e se desenvolve em uma relação de companheirismo e confiança importantíssima pro desenrolar da trama.
Como o rei de Elfhame aprendeu a odiar histórias tem uma edição belíssima, de alta qualidade; todos os detalhes da capa destacados por dourado e as ilustrações internas fazem jus à história que a Holly Black nos entrega. A tradução da Regiane Winarski, como sempre, maravilhosa em tudo.
Essa é uma obra extra mas que é, na verdade, imperdível. Enchi meu coração de saudade e de sorrisos ao relembrar desse universo e personagens caóticos e carismáticos, e ainda ganhei histórias inéditas que me fizeram amar ainda mais Cardan, Jude e Elfhame.
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