O parque das irmãs magníficas (eBook)

O parque das irmãs magníficas (eBook) Camila Sosa Villada




Resenhas - O parque das irmãs magníficas


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Mari 11/05/2024

Pesado...
O livro aborda uma experiência dura, mas que é narrada com certos momentos de leveza. É interessante perceber como os dois polos oscilam.
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AleJF 08/05/2024

Impactante
Camila Sosa Villada consegue traduzir em lirismo e realismo fantástico uma história de dor e muito sofrimento: a das travestis levadas à prostituição e destroçadas pela sociedade!
Forte e emocionante!!!!
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Iza 08/05/2024

Um dos melhores do ano
Uma leitura visceral. O que a Camila faz em 200 páginas não pode ser definido como nada além de impecável. Importante e obrigatório
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Dani 07/05/2024

é mágico e é lindo
Uma leitura fluida. Uma história muito triste. Temos um vislumbre da vida dessas travestis, em condições insalubres. É triste e é revoltante. Mesmo com toda a insalubridade e violência, têm alguns momentos muito bonitos. Traz o realismo mágico em suas linhas, e é lindo.
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phpeterparker 06/05/2024

A fúria e a festa!
Que obra fascinante Camila, arrasou! Villada conta a sua história repleta de representatividade latina e com um toque de realismo mágico, fala sobre a metamorfose, a violência, o desejo, "a fúria e a festa que há em ser travesti", e as irmãs magníficas, a união e o brilho dessa irmandade, "Por que esta injustiça imensa, por que tantas misérias em nosso caminho? A dor de uma era a dor de todas", "Somos como o pôr do sol sem óculos de sol. O nosso brilho embaça, cega quem nos olha e assusta", "Alguma vez chegaram a pensar que a poesia podia ter forma tão concreta?"
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Rafaeljleite 06/05/2024

O que fazer com a vida quando parece existir uma proibição da própria existência? Em O porque das irmãs magníficas nos encontramos maravilhados, tristes, e em diversos momentos chocados com as histórias narradas nesse livro. Pra mim foi inevitável não lembrar da série ?Veneno? (hbo), pela premissas e personagens que são ao mesmo tempo cativantes e dramáticos. Nesse livro temos tempo para pensar sobre a complexidade que é ser humano, em um mundo onde as normas e a identidade cis é tida como única. Eu esperava gostar desse livro, e terminei o amando. Uma leitura que com certeza irei visitar outras vezes.
Yuri Barreiros 06/05/2024minha estante
Esse livro é sensacional e as suas palavras descrevem bem a leitura deste fenômeno literário ??




Meria Martell 04/05/2024

(Imaginar aquele meme do Patrick estrela rezando: GRACIAS A DIOS NACI EN LATINOAMERICA)
Nosso realismo mágico não perde pra nenhum outro gênero, é só minha opinião importa! Esse livro trás um misto de sensações: leveza, humor, tristeza, dor. Uma das minhas grandes amigas é uma mulher trans, e dias antes de indicarem essa leitura no meu clube do livro, tivemos uma conversa sobre a vida da mulher trans, seus amores, dores, e eu só conseguia pensar nela a cada página que lia. Leitura rápida, flui facilmente e te deixa doido pra chegar ao final.
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alex604 02/05/2024

LEIA ESTE LIVRO!!
Que livro BOM. retrata a vida da própria autora, mas da pra perceber certas metáforas que ela implementa na narrativa, que só torna ainda melhor, com um domínio INCRÍVEL da escrita

preciso ler mais livros dela, é simplesmente muito bom!!
Alexandre.Iunes 02/05/2024minha estante
Livro incrível mesmo.
Me encantou logo no prefácio citando minha poetisa favorita: Wislawa Szymborska (inclusive, leia!)

Este livro é importantíssimo para quebrar tabus e abrir a cabeça da sociedade. Famoso tapa na cara rs




Fernando.Araujo 01/05/2024

A densa e exuberante história travesti
Não é novidade a alta violência e opressão vivida pelas vidas travestis quando elas só querem existir. É nesse contexto que Camila compartilha com os leitores o seu livro. Numa visão ficcional baseada em sua própria vida, ela vai contando a história de sua personagem e seus arredores. A formação do parque, a sociedade das travestis, o que é ser travesti, as incongruências da sociedade, as alegrias e tristezas da vida humana. Os retratos de violência são densos e fortes, pois retratam a realidade. Algumas vezes era necessário parar um pouco, respirar. Coisa que nós leitores podemos fazer, mas elas não. Sosa não se resume a isso, na verdade o livro começa com um acontecimento chocante, a adoção. A partir dela, várias histórias e contextos vão sendo construídos, reflexões sobre maternidade, sobre família, sobre a sociedade. Acho fantástico como a Camila vai colocando camadas e mais camadas sobre cada parte deste livro. Os desejos, os homens da guerra, a sociedade hipócrita, os fingimentos, é tanta coisa que só lendo você entende. Acho muito importante destacar as partes mágicas, ou melhor o realismo fantástico, que a autora emprega. Ele chega em diversos momentos do livro, seja na mulher lobisomem, seja na tropa invisível, e mostra como isso deve ser feito. Tudo corrobora para uma visão complexa e densa desse livro. Apenas palmas.
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Gabriela.Santos 01/05/2024

Devastador
Que a vivência travesti pode ser cruel e triste não é segredo pra ninguém, ou talvez seja e é pra essas pessoas que indico esse livro, se estar próxima das histórias dessas mulheres não te comover ou te causar empatia saiba que você já está morto e podre por dentro, a escrita de Camila é poética e tem a capacidade de nos passar os acontecimentos mais cruéis sem tanta lástima e esse detalhe também nos comove por pensar em como elas estão naturalizadas com a desgraça. Enfim um grande livro e com um final arrebatador.
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Ranielly.Thaisy 30/04/2024

Diferente de tudo que já li
Admito que o livro foi um pouco difícil pra mim por ter pouquíssimos diálogos, mas a insistência me recompensou com uma história muito emocionante e sincera. Me afeiçoei a todas as personagens, senti suas tristezas e torcia pra que fossem recompensadas com alguma alegria. O final me fez lacrimejar, me vi muito próxima das irmãs e do menino Brilho ?
Recomendo muuuito!
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Ana Sá 29/04/2024

As travestis e as infâncias
Neste livro, a escritora argentina Camila Sosa Villada nos entrega uma espécie de autoficção que tem como eixo as experiências e os laços estabelecidos entre travestis que trabalham no Parque Sarmiento, no coração de Córdoba. As histórias dessas "irmãs magníficas" com a prostituição mesclam-se às memórias da narradora Camila sobre a descoberta de sua própria identidade de gênero e sexualidade. A meu ver, o diamante da narrativa é anunciado pelo acontecimento-chave dos capítulos iniciais: Tia Encarna, figura acolhedora que deixa sua pensão sempre aberta às travestis da região, adota (informal e corajosamente) um bebê que fora abandonado no Parque Sarmiento. O nome desta criança não poderia ser mais bonito: "O Brilho dos Olhos".

A questão das infâncias, no plural, realmente me chamou a atenção. A narradora sofre em sua infância e adolescência por não se adequar aos padrões de gênero... Tia Encarna enfrentará uma dura batalha para criar Brilho justamente porque a sociedade não consegue associar a "pureza" da infância às travestis... E eu, quando menos esperava, também me vi revisitando minha infância! Rogéria, Vera Verão, Roberta Close... Como as travestis ou mulheres trans fizeram parte da criança que eu fui?

Silvio Santos, com seus erros e acertos, foi o responsável por me apresentar ao mundo das travestis. No famoso "Show de Calouros", lá estavam elas, lindas e exuberantes, dublando e dançando. Eu assistia ao programa com a minha mãe, que adorava essas performances, e me lembro muito bem de o Silvio se referir a elas como "artistas". Minha mãe não era o que poderíamos chamar de "progressista", mas ela adorava e compartilhava comigo o mundo das travestis tal qual ele aparecia no SBT da década de 1990. Quando a Rogéria ("a travesti da família brasileira") abria a boca para falar, a nossa casa ficava um silêncio. Com a Vera Verão na "Praça é Nossa" (com todos os problemas que hoje podemos identificar no humor da época) era o contrário, uma chuva de gargalhadas! E tinha ainda a Roberta Close, mulher trans, sobre quem a minha mãe não cansava de repetir "nossa, ela é linda!". Artistas, bonitas, engraçadas, inteligentes. Parece fantasioso demais, mas pra uma criança que assistia àqueles programas ao lado de uma mãe tão entusiasta de tais figuras, ficava uma imagem ingenuamente positiva das travestis. Isso, claro, até o dia em que a travesti saiu da TV...

Minha mãe me buscava no fim do dia na escolinha e a gente voltava a pé pra casa. Como ela precisava passar vez ou outra numa quitanda ou num mercado (que, na época, aceitavam Tele Senas vencidas como pagamento, vejam só!), acontecia de anoitecer e a gente estar na rua. Certo dia, ela mudou o caminho por alguma razão e eis que no meio do trajeto, numa esquina escura, eu começo a avistar algumas pessoas paradas... "Mãe, mãe... São as travestis, são as travestis!!", disse eu fascinada e feliz! De imediato, minha mãe apertou o meu braço, abaixou a cabeça e disse "Fica quieta, menina, anda logo e fica quieta!". Eu e as travestis percebemos que minha mãe estava com medo. Da minha parte, foi uma confusão só... Na minha cabeça, eu só me perguntava: "Ter medo de artistas tão bonitas, por quê?". Da parte das travestis, houve uma generosidade de dizerem algo do tipo: "Boa noite, bonitinha! Boa noite, mamãe, pode relaxar!". O resto do caminho fizemos em silêncio. Fiquei sem entender por que na TV elas eram nossas amigas, mas nas ruas se tornavam uma ameaça estrategicamente ocultada na penumbra. Uma ameaça igual às Irmãs Magníficas de Córdoba...

"Os jornais e a televisão diziam que, com a nova iluminação do Parque, acabariam a delinquência e a prostituição. Para mim sempre pareceu que nos viam como baratas: bastou acender a luz para que todas saíssemos correndo".

O livro de Camila Sosa Villada me fez entender com profundidade o apertão que levei da minha mãe naquela noite, me fez entender por que não é suposto que uma criança expresse "O Brilho dos Olhos" ao se deparar com uma travesti. Camila, autora e narradora, se mostra atenta às minúcias sociais e afetivas do processo que varre as travestis pros cantos escuros das cidades. Essas travestis que já foram crianças, essas travestis que cuidam, essas travestis que amam... Mas essas travestis que recorrente e violentamente são impedidas ou até proibidas de viverem ou sentirem tudo isso.

Apesar de ter sido impactada pela obra, não dei uma nota de leitura muito alta porque a prosa poética de Camila me cansou um pouco (ando cansada desse tipo de escrita no geral, virou questão de gosto mesmo), e também porque, pontualmente, senti falta de uma melhor articulação nas idas e vindas das narrativas do passado. Feitas essas ressalvas pessoais sobre o estilo, posso dizer que guardarei esta leitura num lugar muito especial dentro de mim, tanto pela boa construção de suas personagens quanto pela originalidade do enredo.

"Por maioria, escolhemos chamá-lo de O Brilho dos Olhos. E convinha muito bem chamá-lo assim, porque Tia Encarna e todas nós, na verdade, recuperávamos o brilho no olhar quando estávamos com ele".
Débora 29/04/2024minha estante
Resenha magnífica!!!??


Kamyla.Maciel 29/04/2024minha estante
Maravilhosa a resenha!!! Que delícia é te ler!


Vania.Cristina 30/04/2024minha estante
Amei a resenha! Também tenho essas e outras recordações das travestis televisivas. Elas estão presentes na nossa mídia até mesmo antes dos anos 90.


Paloma 30/04/2024minha estante
Excelente resenha! E seu relato pessoal tornou ainda mais palpável a narrativa do livro, que ouvi em áudiolivro ano passado. Gostei da experiência, apesar do peso da narrativa.


Pablo Paz 30/04/2024minha estante
Mais uma resenha padrão Ana Sá.


Yasmin V. 30/04/2024minha estante
Que resenha linda, Ana!! ??


Dani 30/04/2024minha estante
Mas vc escreve bem hein mulher! Parece que estava lendo um dos seus contos! ?


Cleber 30/04/2024minha estante
Adoro passar por aqui e ler suas resenhas incríveis.


Ana Sá 01/05/2024minha estante
Os comentários de vocês foram como um abraço pra mim! Fiquei muito feliz, pois neste texto revisito memórias que gostei de resgastar, é bom ver que elas fazem sentido pra mais alguém! Obrigada! ?


Carolina.Gomes 01/05/2024minha estante
Amei, Ana! Gostei desse seu olhar sobre o livro. Confesso que não gostei muito da leitura, mas valeu a pena ter lido.




Ana 28/04/2024

Vi ontem que a companhia das letras publicou o novo romance de Camila Sosa Villada e já quero lê-lo. Que magnífica é a escrita dessa autora. Profunda, melancólica e visceral. Em o Parque das irmãs magníficas, seu livro de estréia, Camila caminha por seu passado, rever suas dores camada por camada, relata as dificuldades de ser uma travesti. Da invisibilidade de ser muito embora seja extremamente percebida no olhar preconceituoso e cruel, por vezes, um olhar criminoso. Esse livro é uma obra prima da literatura dos últimos tempos. Asseguro e recomendo demais.
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olivinhaon 27/04/2024

UNIVERSAL INDIVIDUAL
Existem experiências comuns a todo ser humano, mais ainda as travestis. Entrar em contato com a obra se Camila Sosa me fez perceber que somo únicas, mas que, quase sempre, experimentamos o mesmo.

Há sempre um sabor metálico sobre os nossos lábios, há sempre um peso enorme sob as nossas costas. Há sempre um olhar atento ao mundo cisgênero. Não fomos feitas para este mundo, tampouco, nascidas para vivermos nele. Somos deusas, somos ciborgues, somos o futuro.

O parque das irmãs magníficas para além de um relato autobiográfico que não faz distinção alguma dos momentos e tempos históricos impostos, é também um manifesto atemporal. Grita com as vozes de mil travestis latino-americanas. Grita com as vozes de todas as travestis e trabalhadoras sexuais. Grita com as vozes de todos os que são considerados menos que humanos.

É uma obra linda e emocionante que dilacera em pedaços o seu coração, mas que tenta, de alguma forma, reconstruir a esperança e a fé nas pessoas, sobretudo nos menores atos. Camila foi capaz de traduzir o que é ser humano em palavras, conseguiu dar humanidade a tantos, conseguiu entregar o amor que achou que jamais fosse capaz de emanar. Camila foi luz sentada em silêncio desde a primeira vez que pisou naquele parque.
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AngAlica100 26/04/2024

Um livro lindo e emocionante
De início eu tive um pouco de problemas com essa leitura, pq eu gosto de diálogos e você não encontra muitos diálogos nele. Mas é um livro tão rico em história e emocionante, também é triste as vezes.
Eu me forcei um pouco pra ler e não me arrependo, a maneira como as histórias são contadas, misturando mitologia e vida real, faz tudo ficar ainda mais lindo.
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