A extinção das abelhas

A extinção das abelhas Natalia Borges Polesso




Resenhas - A extinção das abelhas


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Letícia 23/01/2023

A atual extinção das abelhas
Desde que comecei a ler o livro escutei e li comentários do gênero ?o melhor livro da atualidade? ?uma das melhores leituras da minha vida? ?imperdível? e todos esses relatos elevaram minha expectativa (como é de se esperar). Só que o efeito em mim foi o contrário.. demorei para me conectar e apegar aos personagens do livro, demorei para me engajar na história.. até o momento em que começou a segunda parte.

A segunda parte foi um divisor de águas em todo o livro. É aquela parte que te permite ligar e fazer as conexões que estavam desencontradas e perdidas. E foi a partir da segunda parte que eu me liguei absurdamente a esse livro e foi a partir dai que me permiti ser tocada pela Regina e todo o enredo.

Dessas conexões vieram muitos socos no estômago, que te trazem para a atualidade e te relatam diversos episódios que até então estavam ficcionados mas que transpõem perfeitamente (e imperfeitamente) para uma realidade de desigualdade, de exclusão e de solidão.

E para além dos diversos ?chacoalhões? que a escritora nos dá, é uma crítica direta e sem muitos rodeios à atualidade brasileira - ao período negacionista, genocida e ecocida que vivemos durante quatro anos.
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Icaro 19/01/2023

Excelente livro
Um livro muito bem escrito, mas muito pesado. Assumo que passei meio mal durante a leitura. Valeu a pena!
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Flavio Rocha 15/01/2023

A solidão do fim
A humanidade caminha para a destruição. O grande colapso é o tema da narrativa impactante de Natália Borges Polesso. Crises sanitárias, ambição e desrespeito à natureza são alguns dos elementos que colocam a humanidade diante do fim. Não importa o que foi construído. Estamos sempre ameaçados pela descontinuidade.
A obra é atual e propõe discussões que partem do indivíduo para o futuro da sociedade como hoje conhecemos.
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Danielle.Nardez 13/01/2023

Ler uma distopia , para mim , é sempre perturbador ? e a extinção das abelhas não fugiu à regra .
Somos convidados a interrogar a nossa vida em comunidade , relação com a política , com o consumo e com as nossas escolhas (se é que temos realmente possibilidade de escolher) .
Regina é uma mulher de 40 anos que se vê abandonada por todos que cuidavam dela . Dessa forma , evita-se apegar a fim de não experimentar o abandono tão recorrente em
sua vida .
Há passagens incríveis , como o diálogo de dono da pequena venda sobre os preços de seus produtos e a relação com fornecedores. As passagens da segunda parte são ótimas ..
Não sei se consegui absorver tudo o que li , mas certamente fui impactada por muitos dos diálogos e frases desse livro .
Vale a leitura .. impossível sair desse livro como entrou ?
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Ana Beatriz Arruda 12/01/2023

no geral é um livro bom, tem várias relações com a nossa realidade, e por se tratar de uma autora nacional isso é retratado de forma ainda mais pesada por conta do nosso vocabulário tão vasto e nossa vida brasileira muitas vezes ser muito assustadora.
entretanto, a autora vagou muito em algumas partes, o que me fez perder um pouco da conexão com o enredo e os personagens. queria poder ter gostado mais, mas ainda assim, foi bom.
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Laura 11/01/2023

Pela economia justificam tudo
Ler distopia me causa uma certa agonia, e essa em especial, por ser passar no Brasil. É fácil criar compaixão por Regina, protagonista sincera e especial, a qual se vê imersa em solidão.
O título em si já carrega uma forte crítica ao agronegócio e todo o sistema que corrobora para o desenvolvimento¿ infinito. As abelhas morrem e nós também. O ensinamento essencial de Regina é: não seja uma pessoa c u
É um livro protesto e tem casais sáficos
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Beatriz 04/01/2023

?As pessoas vão embora, é isso é uma realidade.?
Esse é mais um daqueles livros que eu li, li, li e, no fim, não sei bem o que eu li. O livro todo foi uma confusão e, em certos momentos, até me vi gostando e presa na história.
Eu entendi toda a questão do livro e a discussão que ele quis trazer, mas ainda foi uma leitura muito confusa. Talvez eu não seja o público para esse tipo de livro.
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Gustavo Simas 03/01/2023

O fim próximo que já ocorreu
Surge da pandemia "A extinção das abelhas", com Regina sintomática de solidão, que resgata a história de sua mãe, em capítulos conectados pelas palavras finais e título, num fluxo de memória. As vozes das lembranças rompem o silêncio e o fim das abelhas é efeito de um apocalipse inescapável.

A primeira parte transborda reconexão e descoberta, nos dando o fio narrativo pelos labirintos da vida de Regina; a segunda parte busca trazer o contexto maior de um desastre global, em retalhos e confusão, em desesperança, luto pelo futuro e certeza de que o que resta é sobreviver a um passado urgente.
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Madson Melo 30/12/2022

Ainda bem que eu li pós eleições, caso contrário a Polesso teria me feito ter um surto? não que ler depois deixou de ser menos impactante, e eu gosto MUITO mais da forma como ela lida com a segunda e terceira parte, onde esse encontro que não existe entre laços geracionais vem a realmente funcionar.
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Valéria 30/12/2022

A última leitura do ano foi uma distopia, da escritora brasileira Natália Borges Polesso, intitulado A extinção das abelhas. Finalista do Prêmio Jabuti, a história é ambientada num Brasil marcado pela fome, pelo avanço de uma tecnologia que visa segmentar a sociedade, pela concentração de renda, pobreza, violência contra a mulher e as pessoas LGBTQIAP+, somando-se a isso, o cenário quase apocalíptico que marcou a pós-pandemia da Covid-19. É uma distopia pois ela se permitiu "exagerar" e ficcionalizar certas tramas em prol da dramaticidade, mas não deixa de ser um retrato quase que fiel da nossa sociedade. A todo instante somos confrontados com problemas diários e impulsionados a questionar e refletir sobre o nosso papel enquanto ser humano. É angustiante pois a tristeza, apatia e medo da protagonista são reflexos dos nosso próprios sentimentos diante da luta e labuta que é resistir nesse Brasil. Recomendo muito!
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Mih 25/12/2022

Qual será nosso próximo futuro distópico?
Estaremos aqui para presenciar outra catástrofe mundial? Outra pandemia? Irrealidade e medo... até quando estaremos aqui?
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leiturasdabiaprado 21/12/2022

O que é o fim do mundo?
Estamos caminhando para o fim da humanidade?
Após a pandemia muitos passaram a pensar nisso de forma mais incisiva.
O fim do mundo é algo que faz parte dos pensamentos dos homens desde sempre... Televisão, livros, músicas, cinema... todos já retrataram o fim do mundo!
Mas, uma verdade é que a cada dia nos aproximamos de um verdadeiro colapso da espécie humana... O homem é o pior inquilino e não respeita a sua hospedeira, a Terra vem dando sinais...
É hora de pensarmos numa existência mais sustentável, integrativa, harmoniosa e caridosa!
A extinção das abelhas é uma ficção, é uma distopia, mas com cara de realidade!
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Bárbara 17/12/2022

Uma história política sobre esgotar os recursos da terra, ser vítima/prisioneiro do capitalismo, escolher maus governantes. Um romance apocalíptico que me pareceu no começo um panfleto político, fiquei um pouco entediada. Mas na segunda parte achei mais reflexivo e tudo foi se amarrando e fazendo um sentido mais interessante. A voz das minorias LGBTs num mundo decadente.
É um livro desconfortável, mas porque ver o mundo colapsar é desagradável, então o objetivo foi cumprido com sucesso. De toda forma, ainda que vendo seu valor de construção, não me conquistou muito, pessoalemente.
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@literatotti 16/12/2022

Quando começou o fim do (teu) mundo?
Natália Borges Polesso em "A extinção das abelhas" resume muito bem a sensação do que foi viver os anos entre 2018 a 2022. A sensação de fim de mundo, a sensação de tentar sobreviver em meio ao caos. Este livro só poderia ter sido publicado na pandemia e resume nossas vidas durante esse período ao tentar responder à pergunta que nos rondou nesses anos: como chegamos até aqui?

O livro desconstrói o conceito de distopia ao retratar uma realidade muito próxima ao que a gente viveu. Talvez o fim do mundo não venha através de asteroides ou bombas nucleares como nos mostrou os filmes de Hollywood. Talvez, o fim do mundo esteja na invenção de um jogo em que ganha quem mata mais lésbicas e trans ou, até mesmo, na extinção das abelhas.

Este fim do mundo acontece quando os alimentos ficam tão caros que as pessoas já não conseguem pagar. Para algumas pessoas, o fim do mundo já começou há muito tempo. "Quando tu imaginou o fim do mundo, não era o fim do teu mundo que tu imaginava, era?”.

O livro apresenta algumas possibilidades de respostas a essas perguntas através da história de Regina. Ela foi abandonada pela mãe que fugiu com o circo para ser a Monga, a mulher-gorila. Diante de tantas políticas que atacam nossas vidas, Regina, assim como as abelhas, tenta sobreviver como dá.

“Aí a gente vive no medo, Regina. Não é nem com medo é no medo, enfiado no medo. Querem a gente assim, que a gente pense a partir do medo. E o foda é que isso acaba nos paralisando ou nos fazendo agir na exaustão na maior parte das vezes. Tem que parar de sentir pra poder sobreviver. Tu me disse uma vez que tínhamos que revirar o medo pra existir. É verdade. Só assim pra existir.” (p. 75)

Sem respostas fáceis, o livro de Natália Borges Polesso não se isenta de culpa. Todos nós temos parcela na construção e destruição deste mundo. Diante deste cenário, só nos resta viver, afinal, "viver é a revolução".

site: https://www.instagram.com/p/CmOrCQmLebb/
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Mariana 16/12/2022

é sempre incrível ler algo atual, com pandemia, governo genocida e tantas outras coisas em pauta. e Regina...que vida, quantas percepções, negações, humanidade, humor ácido. vou pensar nesse livro por muito tempo ainda
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