Jenifer25 14/06/2022
Coração não tem osso. Não despedaça de
verdade
Eu estou revoltada comigo mesma por ter demorado pra ler esse livro da CoHo. Sempre pensei: é só mais um livro clichê de romance de verão numa praia paradisíaca! E é a CoHo... vai mesmo segurar essa marimba?
Esperava: dor, choro, sofrimento & associados.
Recebi: delicadeza, honestidade, perdão & amor.
Já dizia Roberto Carlos: se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.
Colleen Hoover é a autora que mais li livros na vida, mas não sei dizer se é minha autora preferida, porque gosto muito da escrita da J. K. Rowling (sim, a transfóbica do c@ralho, porém sei distinguir entre a obra, que é incrível, e a pessoa horrível que ela é) e a escrita da Stephenie Meyer. Mas dessa vez, a Hoover se superou. Dá pra sentir o quanto a escrita dela evoluiu ao longo dos anos e agora passa uma naturalidade que não existia. Muitas vezes achei que os outros livros dela, por mais intensos que fossem, também tinham uma narração muito quebrada, tudo se encerrava de forma abrupta demais e dava uma leve bugada na leitura.
Em Até o verão terminar, a narrativa em primeira pessoa da protagonista flui quase que num fluxo de pensamento, mas não de maneira caótica. A Beyah é realmente apaixonante, sua honestidade possui uma beleza desconcertante e é como um ímã e aí dá pra ver o porquê o Samson se atraiu por ela. Ele já é um dos personagens da autora que mais gostei (Ridge, se ferrou! Atlas, não se preocupa que ninguém tira o seu pódio, o Samson só quase empatou com você. CoHo, desgraçada, vê lá o que vai fazer no livro dele!). Fora que todos os outros personagens também são muito bons. Menos o Dakota. Dakota nem apareceu, mas já odeio pacas.
É um livro triste? A gente tá falando da Colleen Hoover, né! Sinônimo da bad. Precisamos lidar com as consequências que a negligência traz pra vida de uma pessoa! No entanto, não é uma tristeza visceral, como em maior parte de seus livros, que a gente vai com Deus junto com os personagens. É uma tristeza calma. É uma melancolia reflexiva que combina com as ondas da praia onde se passa a maior parte da história. Me lembrou um pouco Sem Ar, da Jennifer Niven, que também se passa numa praia, no sul dos EUA, e é sobre as autodescobertas da personagem principal.
Melhor livro da CoHo??
Taí, um pergaminho de resenha ?