spoiler visualizarMariana 11/03/2023
Livro ruim. Fico me perguntando se as pessoas realmente gostaram ou se o fato de ter sido escrito pelo Mia Couto influencia na nota. Não me entendem mal, eu adoro o Mia Couto e já é o sétimo livro que leio dele. De todos os outros seis, eu gostei. No entanto, achei a história desse livro meio sem quê nem porquê. Do nada, eles visitam alguém, apenas porque sim, e PÁ, a pessoa sabe as respostas todas que eles estão procurando. Aleatoriamente encontram com alguém que, embora eles não saibam, é essencial para o deslinde da história. O Adriano é simplesmente um babaca de marca maior que finge não ser racista e faz a mulher sofrer a vida toda com suas traições. A Virgínia inventa mil e uma desculpas pro comportamento do marido. Quer dizer, porque ele é poeta e não vive no mundo dos homens, tem licença pra ser adúltero, racista, fazer a esposa sofrer e ser um péssimo pai? ELE PASSOU DOENÇA VENÉREA PRA ESPOSA, pelamor de Deus!!! O Diogo é outro coitado que se faz tão inútil na história que a gente até esquece da existência dele. Porém, misteriosamente, todas as mulheres querem transar com ele. Toda a interação dele com o Benedito é permeada por uma culpa branca sem precedentes. É como se ele quisesse que o Benedito ficasse o tempo todo falando e esclarecendo que o perdoava por tudo, ao invés de deixá-lo seguir com a vida como era a intenção do próprio Benedito. A Liana, que caiu do céu na história, é a única que ainda salvaria alguma coisa se não fosse extremamente chata e autocentrada, só se interessa pelo que está a sua volta se disser respeito à busca pela mãe, em qualquer outra situação ela sai de cena. Por fim, as brincadeiras com as palavras nesse livro estavam do nível ?eternamente -> é ter na mente?, ?florescer -> flor e ser? ????