Amanda 03/11/2021
Gostei, mas não amei
A Biblioteca de Paris tinha tudo para ser um favorito: uma trama construída no ambiente de uma biblioteca, história de resistência durante a segunda guerra e mulheres em papel de protagonismo. Mas, para mim, a história deixou um pouco a desejar.
O livro foi construído com duas linhas do tempo. Na primeira, acompanhamos a jovem Odile, uma parisiense que consegue um emprego na Biblioteca Americana pouco antes da guerra estourar. Nós acompanhamos suas angústias, seus amores e o seu relacionamento com os colegas e família nesse período turbulento e doloroso que foi a ocupação nazista em Paris.
Na segunda linha do tempo, temos a história sob o ponto de vista de Lily, uma menina de 13 anos que vive nos anos 80 em uma pequena cidade de Montana, EUA e cria um relacionamento com sua misteriosa vizinha estrangeira, a mesma Odile da primeira linha tempo.
Conforme a narrativa avança, o leitor começa a entender o que aconteceu na vida de Odile para que ela largasse tudo o que lhe era familiar em Paris para se mudar para os EUA e criar uma nova vida.
Acontece que, pra mim, essa motivação foi apresentada de uma forma um tanto corrida só no final do livro e, sinceramente, nem achei um motivo tão bom assim. Também não senti, mesmo nas partes mais tensas do livro, que os riscos eram altos o suficiente para os personagens e tampouco fiquei angustiada com o destino deles.
É um livro que gostei de ter lido, mas não leria de novo.