Isabella658 13/04/2023
Ótimo para uma crise existencial.
Eu estava doida pra ler esse livro por dois motivos:
Taylor Jenkins Reid, minha nova escritora favorita;
Multiverso, meu ponto fraco do entretenimento.
O livro conta duas versões da vida da Hannah, alternando entre os capítulos, onde uma ela foi pra casa com o Ethan e outra ela foi pra casa com a melhor amiga Gabby e o marido. E olha, elas são bem diferentes e iguais (?) ao mesmo tempo. É basicamente aquela teoria de que quando a gente vira uma moeda, ela não cai cara OU coroa, ela cai cara E coroa, mas em realidades diferentes. Muito legal, eu absolutamente AMO esse tipo de coisa.
Ou seja, eu amei esse livro. Eu teria devorado em um dia, mas tive que fazer algumas pausas porque ele é muito reflexivo, perfeito para ter uma crise existencial. E isso já começa logo nas primeiras páginas. Algumas pessoas podem achar chato por causa disso, mas eu amo esse tipo de coisa.
Não vou dizer muito sobre o que gostei ou não na história, porque o legal foi descobrindo aos poucos. Ver como tanta coisa podia mudar com base em uma decisãozinha, como uma mesma situação poderia ser tão diferente e a mudança que as duas Hannah?s passam, mas de formas diferentes? eu achei tudo lindo demais. Não tive post it o suficiente pra marcar todas as partes bonitas.
Sobre os personagens, algo que sempre elogio muito sobre a autora, eles são incríveis aqui também. Porém, um pouco mais modestos. Quando é um livro com uma celebridade da Taylor, acho que ela cria protagonistas muito fortes e muito característicos. Nesses sobre a vida com pessoas comuns, ela da uma suavizada. A Hannah tem uma personalidade bem definida (e eu não aguento mais ouvir falar em bolinho de canela), não tem como se perder entre capítulos porque é bem característico qual Hannah está narrando. Mesmo quando tem uma mesma conversa, cada uma tem um pensamento próprio. Os secundários têm história e não estão lá como plano de fundo. Até mesmo uns que aparecem por 2 páginas eu consigo ainda lembrar, não são aqueles figurantes esquecíveis.
Então, mais uma vez, tô aplaudindo pra esse talento em construir personagens que a Taylor tem.
Além disso, adorei a Hannah, acho que ela é a protagonista da Taylor mais diferente que já conheci, porque tem uma personalidade que invejo. Ela é muito positiva, não pensa nos problemas, pensa mais em soluções. E isso é algo que nos alivia bastante, apesar de toda a agonia da história, porque se fosse diferente tudo seria muito mais pesado. Eu no lugar da Hannah estaria me afundando em depressão.
Eu já sei que a Taylor não é muito boa ou super conhecida por criar plots twist surpreendentes, de todos os livros que li sempre achei um pouco previsível. Nesse livro também é em alguns momentos, outros me pegaram de surpresa com umas reviravoltas inesperadas. Tava com medo da moral da história ser tal, o que não iria curtir muito e achar bem clichê. Tava esperando que na discussão ?eu escolho vs é o destino?, ela escolheria a que menos gosto. Porém, foi diferente. Não vou dizer qual, mas não foi exatamente como eu esperava e me surpreendeu um pouco.
Enfim, eu amei, tá no meu top 1 livros da Taylor Jenkins Reid que já li até agora, tirando Carrie Soto do pódio. Se você gosta de livros reflexivos, estilo a biblioteca da meia noite, que fala sobre crises existenciais e escolhas da vida, recomendo bastante. Sou suspeita pra falar porque é minha autora favorita, mas é realmente uma história muito linda.