O pacto da branquitude

O pacto da branquitude Cida Bento




Resenhas - O pacto da branquitude


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JoAo366 04/01/2024

Este livro poderia ser passado por professores até mesmo nas escolas. Com uma escrita muito didática e leve de se ler, Cida Bento nos apresenta o conceito de "Pacto da Branquitude", que é, basicamente, um acordo não-verbalizado que existe entre os brancos que visa a manutenção de sua posição privilegiada na sociedade.

O mais interessante, na minha opinião, é como a autora sempre deixa extremamente claro que os problemas relacionados à desigualdade racial (ela fala especificamente no contexto brasileiro) estão necessariamente ligados ao nosso passado colonial, aos quase 400 anos de escravidão que tivemos em nossa história.

Outro ponto interessante é a análise da autora sobre como o discurso meritocrático afeta mais as pessoas "de cor", pois desconsidera todo o contexto social em que o indivíduo vive e, consequentemente, ignora todo o processo histórico que contribuiu para que este indivíduo tenha mais dificuldades que outros no âmbito de ascensão social/econômica.

Enfim, é um livro que deveria ser obrigatório para todos.
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thaixx_ribeiro 04/01/2024

Uma aula de conscientização
Um choque de realidade na nossa cara, onde mostra como hábitos de pessoas brancas influenciam na vida de pessoas negras negativamente mesmo q algumas vzs inconscientemente
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Emy 07/01/2024

Uma ótima leitura.
"Brasil, meu nego,/ deixa eu te contar/ a história não conta,/ o avesso do mesmo lugar [...] Desde 1500/ tem mais invasão do que descobrimento,/ tem sangue retinto pisado/ atrás do herói emoldurado" - Deivid Dômenico, Tomaz Miranda, Mama, Márcio Bola, Ronie Oliveira e Danilo Firmino.
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Tati 08/01/2024

Essencial!
Esse livro é muito importante! Revela as diferenças vivenciadas no setor corporativo, profissional, educacional, social por pessoas negras e brancas.
Eu, enquanto mulher branca aprendi muito com esse livro, principalmente sobre a parte de, muitas vezes, as pessoas que compõem essa raça (a branca) se acharem universais ou não enxergarem as desigualdades sociais.
Cida Bento demonstra com maestria, por meio de um estudo aprofundado, que todos precisam ver a questão racial de forma diferente, quebrando preconceitos e ideias que estão enraizadas em nossa sociedade, não só com a população negra, mas com os povos indígenas, pessoas LGBTQIA+, entre outros. A obra traz uma reflexão sobre a verdadeira representatividade e inclusão dessas pessoas.
A leitura desse livro é essencial!
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mimperatriz 20/02/2024

O pacto da branquitude
Livro super importante que estava na minha lista há tempos!

Cida Bento mostra, de diversas formas, como há um pacto silencioso de manutenção de privilégios entre as pessoas brancas.

Ainda que de forma subconsciente, esse pacto está lá, e conseguimos identificá-lo em várias ocasiões que vivemos diariamente.

A frase que estampa a contracapa do livro define o espírito do livro: ?É evidente que os brancos não promovem reuniões secretas às cinco da manhã para definir como manter seus privilégios e excluir os negros. Mas é como se assim fosse.?.

Um livro necessário!
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daniel.vasco.716 29/03/2024

Livro necessário. Ótima contribuição para a reflexão não só sobre o racismo mas sobre a supremacia branca e os acordos que legitimam decisões e atitudes de preconceito e suas terríveis e revoltantes consequências.
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Enio.Stanzani 19/02/2024

Uma leitura bastante necessária, que promove reflexões sobre racismo e equidade em diferentes contextos e a partir diferentes perspectivas!
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Alexya 13/01/2024

Maravilhoso
Renova as esperanças na psicanálise, aborda a questão do racismo em seus aspectos subjetivantes. Inspirador, didático, inclusivo no sentido em que é de fácil compreensão sem deixar de ser complexo.
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Aline 18/01/2024

Necessário! Livro que deveria estar no currículo escolar.
Maria Aparecida da Silva Bento é psicóloga e ativista brasileira, diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, que atua na redução das desigualdades raciais e de gênero no ambiente de trabalho.

Em 2015 foi nomeada pela revista The Economist uma das 50 pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade. Uma força intelectual necessária e que deve ser ouvida.

O livro traz muitos dados e vivências importantes da Cida tanto como psicóloga em grandes empresas como ativista e militante da causa. Reforça nossa obrigação de mapear, incluir e viabilizar a equidade em todas as esferas. Na nossa vida pessoal e profissional. Promover e cobrar políticas afirmativas e inclusivas no nosso condomínio, na empresa, a escola, na academia e em todos espaços que ocuparmos. A equidade racial é assunto de branco.

Leiam Cida Bento! É obrigatório.
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Natalia 14/01/2024

Leitura necessária...
É momento de rever privilégios e pactos, e nesta leitura, a autora Cida Bento é cirúrgica em mostrar o quanto desconhecemos nossa posição de privilégio na sociedade. Ser branco é se colocar é estar em uma posição de mais e melhores oportunidades, bem como estar inserido em um contexto em que se vê o normal e que a partir do branco se é possível equiparar os outros.
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Izaura Delfino 17/01/2024

Fácil leitura, fácil compreensão. Ninguém lê e fala que não entende ou não compreende o assunto em questão.

Precisamos de mais títulos assim, que cumpram o papel da desconstrução sem o academicismo latente de tantas obras sobre o tema.
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Raoni Pereira 18/12/2022

Um pacto de cumplicidade não verbalizado
A autora Cida Bento foi eleita em 2015 pela The Economist uma das cinquenta pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade.

Segundo a autora: "fala-se muito na herança de escravidão e nos seus impactos negativos para as populações negras, mas quase nunca se fala na herança escravocrata e nos seus impactos positivos para as pessoas brancas."

Há de se lembrar que o Brasil foi o destino de 47% de todo o tráfico de escravizados no mundo entre 1501 e 1866, ou seja, este valor corresponde a 5,8 milhões de pessoas, mão de obra base de sustentação da economia brasileira. Também foi o último país a abolir o regime escravocrata
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Erika.Chada 05/01/2023

Livro importante
Cida Bento é uma psicóloga que trabalhou por muitos anos em recursos humanos de grandes empresas fazendo. Trabalhando com recrutamento percebeu como os candidatos pretos por mais excelentes que fossem não eram escolhidos e se deparou com o racismo corporativo tanto em empresas públicas como em empresas privadas.

Este livro se propõe a explorar este universo e contar através de alguns depoimentos e experiência da Cida Bento como o racismo estrutural de torna natural também no ambiente corporativo impedindo o crescimento de muitos talentos.

Um livro necessário, rápido, fácil de entender. Achei um pouco raso comprado a outros livros de mesma temática que andei lendo.
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nsantos06 19/03/2023

Ser branco é viver sem se notar racialmente, numa estranha neutralidade. É o outro que é cor.
O livro traz um conceito pensado pela sua autora, Cida Bento, que é o pacto da branquitude. Um pacto narcísico, silencioso e não verbal, feita pela branquitude como maneira de garantir, reforçar e reproduzir os seus privilégios historicamente ganhos. Esses que foram garantidos ao longo do tempo pelo processo da escravidão no Brasil e seus malefícios ainda são vistos na sociedade brasileira.

A branquitude se entende como sendo a identidade racial branca e um lugar de de privilégios simbólicos, subjetivos e objetivos, isto é, materiais palpáveis que auxiliam a construção social e reprodução de preconceito racial, discriminação racial “injusta” e racismo. A autora diz que esse pacto narcísico não é feito pela branquitude em reuniões ou em encontros secretos às cinco da manhã.

Um tema tratado pela escritora e se relaciona com o pacto, é a meritocracia. Além de ser um termo que parte de uma premissa falsa para um resultado igualmente falso, ele exclui contextos históricos, econômicos e sociais de seus grupos ou indivíduos. Ademais, a meritocracia é um tema a ser atravessado pelo debate racial. O “sucesso” de um determinado grupo “racial” é visto de maneira diferente em relação a seu oposto. Aqui, o “sucesso” da branquitude é enxergado como mérito individual, um lugar de merecimento, enquanto do indivíduo negro, sua “falha”, é enxergado como culpa do próprio indivíduo.

Ao se pensar que os brancos estão em cargos de elite, de prestígio e de mando, é compreendido pela sociedade que estão lá por que merecem, ou que deles existe um talento natural para liderança, não que seja algo que não ocorra, mas, o fato é que ter privilégios lhe faz estar mais perto do topo. Por outro lado, ao analisar a falta de lideranças negras em diversos ramos da sociedade, lê-se esse vazio como questões morais dos negros e não como questões estruturais da sociedade.

A autora também destaca algumas leis que sustentaram privilégios para suas elites e para a branquitude. Tudo isso em detrimento das péssimas e intencionais condições dos recém libertos. É mencionado a Lei do Ventre livre que previa indenização aos escravocratas. Após a abolição da escravidão, no primeiro governo republicano governado por Marechal Deodoro da Fonseca, é decretado a lei de imigração de 1890, onde esse decreto permite que conhecemos a política de embranquecimento onde o governo brasileiro pretendia realizar ao trazer imigrantes brancos para povoar sua terra.

O capitalismo é um sistema que se nutri desse conceito de meritocracia. Um sistema em que é baseado no acúmulo de lucro e no capital, existindo uma lógica de exploração e ao mesmo tempo, uma lógica de raça, etnia e gênero para a expropriação.

Dentro de todo esse pacto, não obstante, temos os agentes que propagam essa supremacia branca. A autora aborda a personalidade autoritária, a masculinidade branca e o nacionalismo e diz que movimentos como o Trumpismo, fortalece a supremacia branca, o militarismo, o desprezo por leis e instituições, o machismo e o racismo, além disso, o ódio a intelectualidade e artistas. São líderes que espalham ódio a estrangeiros e os desprezam.

O privilégio branco é algo que está ligado inerentemente ao indivíduo branco, quer ele saber ou não, usufruindo dessa condição ou não. É um estado passivo que lhes garantes facilidades durante sua vida.

“Ser branco é viver sem se notar racialmente, numa estranha neutralidade.[...] é o outro que é de cor.”

O branco ao se definir como “universal”, ao mesmo tempo define o outro, o negro, como “oposto”, como um ser contrário à sua existência. Todas as referências na sociedade serão de indivíduos e grupos brancos, os espaços de poderes serão ocupados por eles, o mundo é pensado por eles e para eles.

Ao se confrontar com a realidade, e ao perceber a ocupação do negro em espaços majoritariamente dominados por brancos, este último, sente que está perdendo um leque de privilégios garantido pela sua raça, queira ele ser nomeado de branco ou não. Um exemplo é o sistema de cotas nas universidades, que garante uma pequena faixa das vagas a alunos(a) negros, pardos e indígenas. Esse sentimento que os brancos têm, de perda de privilégio, é nada menos que a igualdade de oportunidades posta na realidade.

Definitivamente é um livro na qual a branquitude têm que ler, e repensar seus privilégios, mas não nos enganemos, eles não o farão por livre e espontânea vontade.
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