nishiyama0 03/04/2024
Como comer wasabi e shoyu pela primeira vez
Digamos que não esperava muito, apenas um romance clichê mas existem muitas coisas a serem pontuadas. ao que se propõe no romance foi ótimo, o sentimento do terceirão de encontrar o que você quer pra vida. acho que seria mais interessante entender onde surge o interesse do bao, mas se me perguntassem como surgiu meus interesses, eu também acho que não saberia explicar. rs.
ah e teve bastante descrição de comida sim. talvez um dia eu teste uma receita.
agora, sobre o que em minha perspectiva acabou faltando ou ficando muito vago:
- traduções. meu deus. isso me deixou MUITO revoltado. não sei se foi erro da tradução (ing>pt-br) ou se a autora de fato não colocou, mas eu consigo contar NOS DEDOS DE UMA MÃO SÓ quantas frases vietnamitas foram traduzidas. entendo que até certo ponto elas se repetem, por serem expressões/gírias/onomatopeia, mas em nenhum momento foi apresentado propriamente a tradução, nem que seja uma nota de rodapé. acho que chegou no nível que a maior parte exorbitante de um dialógo com vietnamitas eu simplesmente não sei o que caracas foi discutido. por pouco eu não dropei a leitura.
- antirracismo: eu sou a pessoa mais a favor que pessoas racializadas não tratem sobre racismo em tudo que produzem. mas se você vai fazê-lo, faça bem feito. achei raso a forma que foi abordado o único caso de racismo, não digo forçado porque infelizmente é uma situação extremamente recorrente. mas sei lá. o texto do bao a respeito disso foi ótimo.
(começo do spoiler)
- plot twist?: qualquer um que viva em comunidade asiática-brasileira sabe que todo mundo é conectado. eu posso não conhecer todo mundo, mas o sobrenome e um parente seu já me faz ter ideia. dito isso, não me surpreendeu toda a questão da ligação da comunidade vietnamita, mas assim, qual a chance das duas famílias terem se conhecido antes? sei lá me pareceu meio encheção de linguiça kk
(fim do spoiler)
no geral é isso mesmo. se tá procurando algo levinho e divertido, recomendo.