Mari Siqueira 24/04/2023Punida pelos deuses por não revelar o futuro, a bruxa Angrboda foi queimada por Odin diversas vezes e teve seu coração arrancado.
Ao renascer pela última vez, ela decide se isolar do mundo e viver uma vida simples na floresta. Loki então a encontra e diz que recuperou seu coração das chamas. É o início da história de amor entre o deus da trapaça e a bruxa mais poderosa de todos os tempos.
Contando também com a ajuda de uma valiosa amiga, Skadi, Angrboda recomeça sua vida. Loki é, como conhecemos, imaturo, irresponsável e mentiroso não consegue ser para ela um bom marido, nem minimamente um bom parceiro.
A jornada da mulher, mãe e feiticeira que faz parte da mitologia nórdica se conecta à realidade de todas nós. Todas carregamos, literalmente, o peso que a sociedade nos impõe.
É sobre ser mãe, ser esposa, ser forte, ser produtiva, ser suficiente, sozinha. Tudo isso ao mesmo tempo.
E por mais que Angrboda tente fugir do destino, o Ragnarok parece estar mais próximo do que ela imagina. Essa é uma brilhante releitura dos mitos nórdicos e me fez compreender que nós, mulheres, bruxas, fomos forjadas para sermos capazes de reescrever nossa existência com pura magia.
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