Juliana 22/08/2022resenha publicada no instagram @viagensentrelinhas"Você é uma escrava no nome, mas nunca na sua cabeça".
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Pheby é uma jovem mestiça, filha do dono da fazenda onde vive e de uma escrava. Ela sempre se agarrou na promessa que quando completasse 18 anos ela seria mandada para uma escola de meninas e seria livre.
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Mas quando esse momento está próximo a realidade muda, e após a morte da mãe Pheby é enviada para uma prisão para ser vendida.
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O dono da prisão decide ficar com ela, e Pheby e torna a companheira dele, se tornando a senhora da cadeia. A posição lhe rende uma vida melhor do que a de escrava da casa, mas com muito mais sacríficios do que imaginava. Pheby está na Terra do Diabo e nas mãos do próprio Diabo.
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Gente, que livro! Eu nunca tinha lido nenhum livro que mostrasse a época da escravidão, esse tipo de leitura amplia o olhar da gente e nos mostra um pouco do que realmente aconteceu de uma forma muito mais real do que os livros de História.
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Quem é mais sensível eu não recomendo a leitura, tem partes com bastante violência física e também sexual. É triste pensar que muitas pessoas viveram aquilo, mas o que mais me entristeceu lendo esse livro é ver que o discurso do Carceireiro e seus aliados não é tão diferente do que ainda ouvimos hoje em dia, tantos anos depois.
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Pheby é um livro que com certeza vai ficar marcado para sempre pra mim e vou recomendar muito. Inclusive lendo a revista da Tag descobri que a personagem Pheby é fictícia mas muito dos acontecimentos do livro são reais, porém foram incluídas na história da personagem. O final do livro, que não vou estragar aqui, também aconteceu de verdade, apenas com algumas mudanças.