Bartleby, o escrivão

Bartleby, o escrivão Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escrivão


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Flávia Menezes 11/02/2024

O LOUCO DE WALL STREET.
?Bartleby ? O Escrivão? é um conto do escritor norte-americano Herman Melville, publicado primeiramente de forma anônima na revista americana Putmam´s Magazine em duas partes, tendo a primeira parte sido divulgada em novembro de 1853, e a sua conclusão em dezembro do mesmo ano.

Neste conto, que apesar de curto é capaz de nos despertar para uma infinidade de reflexões, acompanhamos a história através dos olhos de um narrador cujo nome desconhecemos, mas de quem sabemos se tratar de um advogado sem muitas ambições, que comanda um negócio confortável no qual auxilia homens ricos a lidar com hipotecas e títulos de propriedade, em um escritório localizado no coração do Distrito Financeiro (Wall Street) da cidade que nunca dorme (Nova York).

Para auxiliá-lo em seus trabalhos, esse advogado conta com três funcionários, sendo dois escrivães, um apelidado por Nippers, que sofre de indigestão crônica, e o outro por Turkey, que vive por se embriagar no horário do almoço, e além deles, ainda há o office boy menor de idade chamado por eles por Ginger Nut.

Devido às constantes falhas cometidas por seus empregados, o narrador-advogado se vê pressionado a contratar um terceiro escrivão, e é aí que somos apresentados a Bartleby, um homem reservado e introvertido, que com a sua aparente calma traz a esperança de se tornar o exemplo para os seus indisciplinados Nippers e Turkey.

Porém, toda a fé que o advogado possuía em Bartleby começa a se converter em desilusão, quando, ao precisar do seu novo empregado em atividades que faziam parte da sua rotina de trabalho, recebe a resposta deste de um mero: ?eu prefiro não?.

A indignação era tamanha que seu assombro lhe impediu de sequer tomar qualquer atitude precipitada em relação a insubordinação deste empregado, causando-lhe um efeito inesperado de ao ouvir a sua negativa constante, a cada ordem sua com um apático e direto ?eu prefiro não?, o narrador-advogado sentia até mesmo um certo fascínio, mesclado a confusão. Afinal, como ele podia se negar a fazer algo, quando era pago exatamente para isso? Quando cada pedido do seu chefe era meramente parte das atividades que sua descrição de cargo previa?

Antes de seguir essa linha de raciocínio, gostaria de contextualizar a época em que essa história se passa.

Esse era um período em que Wall Street significava o avanço que os Estados Unidos vivenciavam, com a sua industrialização acelerando o processo de crescimento de um país com seus trens, carros e da eletricidade, em contraponto com o cenário rural, onde os dias pareciam seguir sem grandes alterações, e as famílias, para fugir desta estagnação e ter perspectivas melhores de futuro, deixavam suas raízes simples para ir com suas numerosas famílias tentar a vida nas indústrias do Norte, onde dedicariam cada gota de suor do seu rosto para trazer o sustento para a casa. Já que enriquecer mesmo, isso era algo que permaneceria nas mãos (e nos bolsos!) dos homens de negócio.

Tendo em vista o enredo da história contada por Melville, e esse contexto sócio-histórico, já podemos perceber o conjunto de disfunções aqui contadas, que são exatamente os elementos que concedem a esta trama curta todo o brilhantismo que reside por trás dessas poucas páginas, que com uma narrativa simples, que flui com muita facilidade, nos basta uma única tarde tranquila para fazer essa leitura.

Um advogado sem grandes ambições, com um escritório em Wall Street, que continua insistindo em fechar os olhos para os erros e temperamentos de seus empregados, lembrando que um sofre com sérios problemas de alcoolismo, e o outro com distúrbios gástricos que o deixam sempre de péssimo humor por um período do dia, e ainda um office boy que o pai insistiu para que trabalhasse em seu escritório, embora nem sequer tivesse idade o suficiente, e que acaba por contratar um homem que revela possuir algum tipo de transtorno psicológico (que não há como diagnosticarmos precisamente, por se tratar de um personagem ficcional), nos mostra o tamanho da desestruturação que existe nesse ambiente organizacional.

Por que esse narrador-advogado nunca demitiu seu empregado que bebia durante o horário de expediente (Turkey)? Por que ele ainda insistia em continuar com um empregado de temperamento colérico, que em suas crises entregava um trabalho desleixado (Nippers)? Por que ele aceitou a oferta de um pai para contratar um garoto de apenas doze anos para trabalhar em seu escritório, mesmo não tendo esse garoto qualquer interesse em aprender?

O perfil desse empregador, um homem sem atitudes, sem aquele famoso ?pulso firme?, se contrapõe com o perfil Bartleby, uma vez que com suas constantes recusas insubordinadas, ele é o único que escolhe e se posiciona. Mesmo que essa escolha seja um ?não fazer?.

Em um país onde a competitividade é acirrada, e desde cedo as crianças são condicionadas de que existe apenas um único lugar a se alcançar (o primeiro!), o trabalho se tornou uma obsessão, em que é preciso trabalhar cada vez mais para se ter cada vez mais, e perder o trabalho é o mesmo que perder o significado da vida, como o que ocorreu durante a Grande Depressão, onde o desespero levou a tantos americanos a cometer suicídio.

E é exatamente essa competição desenfreada que causa tantos problemas à saúde mental de uma população, que Melville vem brilhantemente denunciar, colocando exatamente um homem com distúrbios psicológicos para se rebelar contra todo um sistema e decidir pelo seu ?não-fazer?, ao invés do ?dar o sangue? (ou até mesmo a vida!) pelo seu trabalho até a exaustão emocional/psicológica que tantos males causam.

Não tenho como esconder o quanto Bartleby me tocou nesta história. Seu comportamento apático, que escolhe se isolar socialmente (e consequentemente, afetivamente!), para se perder em um mundo estático, que um dia chegará ao fim e lhe proporcionará um fim, é de tocar o coração.

Especialmente quando vemos o quanto seus modos causam tamanho estranhamento no narrador-advogado, por desconhecer o que acontece com ele, e do quanto isso acaba por se tornar mais um atraso na vida de Bartleby do que uma ajuda!

Cada ação tomada por seu chefe, na tentativa de ajudá-lo, no fundo mais o prejudicava do que servia como um estímulo. E isso só mostra o quanto somos despreparados para reconhecer e saber lidar com alguém com qualquer tipo de distúrbio ou até uma deficiência.

Não somos preparados para entender o que nos é diferente. E muito embora hoje em dia seja tão abominado o termo ?normal? ou ?normalidade?, ainda assim, o estranhamento nos faz buscar a semelhança.

Melville, neste conto, é uma resposta a essa nossa ignorância em como lidar com as diversidades da vida, e com o diferente. É uma resposta à nossa negligência à saúde mental. É um grito de objeção a essa competição desenfreada que ainda hoje adoece a população o mundo todo.

Especialmente em ambientes organizacionais (embora particularmente, eu ainda sinta o mesmo no ambiente escolar), percebo que ainda hoje não existe muito preparo para a ocorrência das famosas ?inclusões?, que no final são apenas cumpridas porque as metas que podem até ser obrigatórias, mas que também são revertidas em benefícios às empresas. Ou seja, no final, ao tentar incluir?excluímos cada vez mais.

O quanto temos ainda que aprender!

E sabe quando isso vai acontecer (na minha humilde opinião!)? Quando os estigmas à psicologia reduzir (ou até acabar), e esses profissionais possam de fato realizar os seus trabalhos, e colocar em prática seus conhecimentos, treinando mais e mais pessoas para saber lidar com a inclusão, e com todas as outras doenças emocionais que tanto nos assolam. Porque esses profissionais estão presentes nos quadros de empregados de escolas e empresas. Só não são lhes dado o devido espaço para que façam os seus trabalhos.

Em sua resistência ficcional repleta de simbolismos, Bartleby representa esse real da exclusão que não cessa de denunciar a nossa necessidade de renunciar a semelhança para começar a aceitar as diferenças.
AndrAa58 11/02/2024minha estante
?????? Amiga, suas resenhas são prefácios. Já pensou em escrever prefácios, paratextos, releases, sinopses...?


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Amiga, você é muito boazinha! Que nada! Esse negócio de sinopse é minha maior dificuldade. Ser sucinta não é da minha natureza. ???
Mas resenhar é um exercício gostoso pra pensar no que acabamos de ler, e de poder dizer o que sentimos. Não resisto mais em não fazer.
Mas você é que é boa nas resenhas! Você busca e vai a fundo na história, amiga. Tenho aprendido muito com você!


Regis 11/02/2024minha estante
De Melville só li Moby Dick, gostei muito da resenha e adorei tomar conhecimento desse livro. Parabéns, Flávia! ??


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Regis, vindo de resenhista como você, isso é um elogio pra ganhar o dia! ?
Mas leia sim! É um conto curtinho mas rico demais em reflexões. Eu quero muito ler Moby Dick, Regis. Fico com um pouquinho de receio, pela temática não ser algo que me encante tanto, mas preciso conhecer! Vou até já dar uma ollhadinba na sua resenha. ?


AndrAa58 11/02/2024minha estante
E eu tenho aprendido muito com você ?. Se já gosto das resenhas, imagine como desejo ler mais coisas suas. Em breve será ?.


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Amiga, quero mesmo te mostrar! Será uma honra! ??


Regis 11/02/2024minha estante
Já li "Moby Dick" fãz um bom tempo, Flávia, acho que só escrevi uma breve reflexão sobre o livro, mas pretendo ler ele novamente em uma edição diferente, adoro aventuras marítimas e imagino que lê-lo agora, que acabei de ler "No Coração do Mar" (a verdadeira história da cachalote enfurecida), será uma leitura bem melhor e poderei compreender ou tentar entender de forma mais abrangente a loucura assassina do capitão Ahab.
Ah, e vou ler sim "O Escrivão", já está anotado em minha, pequena, lista interminável. Rsrsrs


Fabio.Nunes 11/02/2024minha estante
Já pensou em escrever livros? Parece até uma escritora pronta... ??
Alou folha de são Paulo, Piauí, globo, bora contratar essa mulher pra fazer colunas literárias.


Craotchky 11/02/2024minha estante
Muito bom saber das discussões que o livro propõe e como elas se inserem no contexto atual.


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Regis, então fazer essa releitura vai ser incrível. Porque se esse é um tema que você gosta?vou ficar de olho esperando, até pra poder ver sua resenha.
E sobre o ?Bartleby?, vai ser bem interessante pra você sentir a diferença da narrativa do Melville nesse para o Moby Dick. Espero que goste! ?


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Ai, Fábio!!! Só você mesmo!!! ?? Estou rindo aqui com isso do ?Piauí?!! ??????
Mas olha quem fala! O dono das resenhas incríveis e que me fazem querer ler tudo! Aliás?esse eu só adiantei de tão instigada que fiquei!! ?
Obrigada, meu querido, pelas palavras gentis de sempre! ?


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Filipe, esse livro me surpreendeu! Não imaginava essas discussões, especialmente essas questões organizacionais, que tanto nos faz refletir sobre o que Melville queria deixar com essa história. Agora até me inspiro a tentar ?Moby Dick?!


Cleber 12/02/2024minha estante
Concordo com os amigos leitores, sua resenha ficou incrível, deveria ser colocada juntamente com o livro. Adorei como contextualizou com a época em que o livro foi escrito. Obrigado pelo conhecimento.????????


Flávia Menezes 12/02/2024minha estante
Cleber, muito obrigada! Fiquei até sem palavras agora! ?
Já fazia tempos que eu queria ler esse livro, e ver o efeito que o livro teve em um amigo, me aguçou ainda mais. E valeu muito a pena, até porque é uma leitura bem rápida. E se me permite , super recomendo a leitura, Cleber. ?


Débora 13/02/2024minha estante
Uau!!!????


Flávia Menezes 13/02/2024minha estante
Débora, obrigada! ??


Vênus_Alice 13/02/2024minha estante
que resenha maravilhosa Flávia, como sempre, vou ter que ler suas indicações. Obrigadaa ?


Flávia Menezes 13/02/2024minha estante
Alice, muito obrigada por essas palavras tão carinhosas. Fizeram meu dia! ?
Mas esses últimos que eu li, e ess aqui do Melville, foram ótimas descobertas. E valeram muito a leitura. Então, tenho certeza de que vai gostar. ?


Talys 17/02/2024minha estante
Amo esse livrinho do Melville!


Flávia Menezes 17/02/2024minha estante
Muito bom mesmo, Talys! ?


Núbia Cortinhas 17/02/2024minha estante
Uauuu!! Que resenha maravilhosa! Um aulão de história e contextualização com a leitura. Amei!! ?????


Flávia Menezes 17/02/2024minha estante
Núbia querida, muito obrigada pelas palavras! Esse é um livro tão curtinho, mas que nos faz refletir tanto? Fico feliz que tenha gostado. Obrigada por sempre vir aqui. Suas palavras sempre me deixam emocionada. ??


Ana Sá 27/03/2024minha estante
Que grata surpresa uma resenha sua bem agora!

Acabei de pegar este livro pra releitura, pois em seguida quero reler "Bartleby e cia", do Vila-Matas... Seu texto foi a melhor forma de entrar no clima! Como sempre, excelente!


Flávia Menezes 27/03/2024minha estante
Amiga, jura? Gostou mesmo?
Puxa que releitura boa. E vou ficar de olho nessa outra leitura que você falou, porque conhecia!
Obrigada, amiga! Pelas palavras! Fizeram a minha noite! ???




Fabio.Nunes 11/02/2024

Prefiro não
Bartleby, o escrivão - Herman Melville
Editora: Antofágica, 2023


Sabe aquele livro curtinho, que você lê bem rápido, com uma escrita fluida mas que não causa grande impacto à primeira vista? Sabe aquela obra que somente após finalizada vai se agigantando e mostrando que um texto curto pode gerar reflexões muito maiores? Isto é o que Herman Melville nos oferece com Bartleby, o escrivão ? uma história de Wall Street.
Um livro narrado por um advogado nova-iorquino, com escritório em Wall Street, em meados do século XIX, necessitado de contratar um novo copista para consecução de seus negócios em expansão.
Nesse instante somos apresentados a Bartleby, descrito como:

?palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado! Era Bartleby.?

O trabalho, como se pode imaginar, era comparável ao de uma máquina ? meramente copiar e revisar textos, sem quaisquer necessidades de intervenções criativas. Uma prisão de insipidez. Um trabalho anódino pelo qual inicialmente Bartleby passa a ser elogiado e exaltado. Não pode passar despercebido pelo leitor que aqui nosso personagem possui uma débil vitalidade, porém sem presença.

A história avança e de repente nosso copista passa a expressar o porquê de ser tão conhecido na literatura ao replicar ?prefiro não? para toda e qualquer solicitação apresentada por seu chefe.
Recusando-se à ação, apresentando-se cada vez mais inerte, passa a ficar imóvel, silencioso, contemplando um muro externo próximo à sua mesa de trabalho (?dead wall reveries?).
Assim, acompanhamos a perda de vitalidade de nosso protagonista, exaurido pela pura alienação de um trabalho insignificante e de uma vida sem propósitos.
Paro aqui a descrição da história para não apresentar spoilers, mas sigo com algumas considerações:

- Melville apresenta uma crítica ao trabalho no capitalismo especulativo em forte ascensão, e o faz com um personagem em total abatimento, imóvel diante de um muro ? não à toa a trama se desenrola em Wall Street.
- A alienação pelo trabalho, como hoje se sabe, é fonte de adoecimentos mentais, como depressão, burnout, ansiedade? Nosso protagonista claramente sofre do primeiro, de forma que sua apatia gera empatia no leitor.
- Seus dois colegas de trabalho (também copistas) diferenciam-se de Bartleby por apresentarem personalidades idiossincráticas, provavelmente estratégias psicológicas de sobrevivência diante da mediocridade da própria vida. Entretanto, neles vejo uma característica conformista - apesar de expressarem certa vitalidade, o fazem para perpetuar a banalidade de suas próprias vidas. Enquanto Bartleby, ainda que desvitalizado, decide expressar sua potência por meio da negativa à ação. Resistência por meio da negativa, expressão da pura potência da vontade, ainda que de forma trágica.
- Seria aceitável viver numa sociedade do desempenho, de trabalho precarizado, que gera uma epidemia de enfermidades psíquicas? É adequado se conformar com uma realidade que, em nome de uma torta filosofia do trabalho, aliena e retira dos indivíduos o que há neles de mais humano?

?Ah, a alegria corteja a luz, e pensamos que o mundo é feliz; mas a tristeza se esconde, distante, e achamos que não há infelicidade.?
AndrAa58 11/02/2024minha estante
Sabe aquela curiosidade que faz você ler a resenha do amigo, sem pretensão, apenas para saber o que anda lendo e o que achou do livro? Sabe aquela resenha que te aguça a curiosidade e faz você aumentar ainda mais a sua lista interminável de livros? Isso é o efeito que Fábio Nunes tem sobre os leitores de suas resenhas - não somos capazes de resistir à tentação. ??


Fabio.Nunes 11/02/2024minha estante
Andrea!!! Sabe qnd pessoas de sensibilidade diferenciada fazem comentários que enrubecem os amigos? Obrigado minha querida.


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Aaaah que resenha incrível! Você escreve de uma forma tão mais erudita, mas que não peca em nada na emoção. Essa história é tanta curta, mas você tem razão: causa impacto até porque, de certa forma, ela faz parte da vida de todos nós. Basta ser adulto e iniciar sua vida profissional.
Parabéns pela resenha, Fábio! Deu aula agora! ??
Obs.: só li a sua depois de ter acabado a minha! Senão não conseguiria fazer não! Que fantástica ficou a sua resenha!!


Fabio.Nunes 11/02/2024minha estante
Ah Flávia, vc tb viu! Rsrs. Eu é que nem ia esperar vc publicar a sua antes da minha. Obrigado pelo carinho de sempre.


Regis 11/02/2024minha estante
Acabei de conhecer esse livro através da ótima resenha da Flávia e agora venho aqui e encontro outra preciosidade. Parabéns, Fábio, sua resenha está maravilhosa! ??????


Fabio.Nunes 11/02/2024minha estante
Regis querida, grande abraço e obrigado pelo exagero! Rsrs


Craotchky 11/02/2024minha estante
As críticas e as reflexões fomentadas por elas parecem ser muito pertinentes até hoje. Soa como um alerta....


Max 12/02/2024minha estante
Fábio, ótima resenha, como sempre! Colocando na lista... beep?


Fabio 13/02/2024minha estante
Fabão, meu brother!
Que resenha!???
Com toda certeza, vou le-lô!




Joyce.Rabello 09/02/2024

"Prefiro não"
"Por que... você se recusa?"
"prefiro não."

"Qualquer outro homem teria me levado a uma reação passional, desprezando quaisquer outras palavras e jogando-o ignominiosamente para longe de mim. Mas havia algo em Bartleby que, estranhamente, não apenas me desarmava, mas que me tocava e me desconcertava de uma maneira maravilhosa."

Bartleby era a pessoa que eu sentia ser no meu momento mais sombrio da vida, os olhos vazios e as frases em repetição, tudo isso por não conseguir se mover e se quer conseguir. O silêncio dele é o silêncio que me ecoou conforme entendi o que o livro queria passar. Tristemente existe um Bartleby em muitos lugares do mundo e como queria que as pessoas fossem gentis com cada um deles. Nem sempre o silêncio é a chave, muita das vezes é a porta fechada mesmo. Um livro lindo. O primeiro terminado de 2024. uau
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Mikael_13 05/02/2024

Às vezes, eu gostaria de ser um pouco mais como o Bartleby, e fazer um uso maior do meu direito de dizer não.
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Rayssa 05/02/2024

Uma história muito instigante
Gostei da proposta instigante e de como somos provocados a entender o escrivão. Como isto no leva a considerar várias coisas, fora a rotina do advogado e as peculiaridades dele e dos funcionários.

Gostei bastante.
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eliabxanca 04/02/2024

A obra de Herman Melville destaca-se pela potência do ato de dizer não. O enredo, narrado por um advogado que emprega Bartleby como escrivão, instigou minha reflexão profunda sobre a recusa e o impacto desconcertante de um simples "prefiro não", principalmente em um contexto social que valoriza a proatividade como o nosso. Além disso, Melville explora a alienação, a resistência passiva no ambiente de trabalho e a natureza da obediência. A narrativa é, sem dúvida, provocativa e enigmática.
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IGuittis 24/01/2024

Uma empresa de cópias, onde o dono tem dois copistas porém sua demanda está aumentando e ele está a procura de um novo funcionário e é com isso que temos a chegada do Bartleby.
O Bartleby é contratado para fazer cópias e de início se prova muito bom, porém com o passar dos dias quando é solicitado que ele ajude na conferência das cópias responde somente com “preferia não”, e a partir desse ponto temos um desenrolar do Bartleby respondendo a tudo com o preferia não, e o chefe dele simplesmente sem saber o que fazer.
No começo o chefe fica nervoso, depois tem pena, resolve ajudar, porém não consegue, e o Bartleby vai se negando para tudo, não somente trabalho. Em um domingo o dono da empresa descobre que Bartleby está vivendo no escritório. E nisso ele fica ali, para de fazer cópias, para de fazer tudo, fica somente prostrado em seu eremitério. Quando o chefe manda ele embora, ele simplesmente preferia não, e continua ali. Quando a empresa muda de local, ele simplesmente prefere não sair r fica ali, e todos em volta não sabem o que fazer.
Não sei analisar ao ponto de dizer, como vi em diversos comentários, que isso seria uma descrição da depressão em seu pior estado, não sei se era exatamente isso o que o autor queria passar, mas o livro é ótimo, você fica entretido, quer saber no que vai dar, como vão resolver o fato de ele se negar a mudar sequer de lugar.
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Glemerson 16/01/2024

Prefiro não...
Será que essa história vale uma resenha? Confesso que depois de lido, fiz algumas pesquisas para entender um pouco mais sobre as interpretações tiradas dessa história. E poderia depor aqui minhas conclusões, mas prefiro não...
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Reader Za 12/01/2024

Prefiro não
Um copista,deprimido e incompatível com o ambiente de trabalho opressor e desumano de Wall Street, resolve de forma silenciosa através da inação não fazer mais parte da rotina de trabalho. E aos poucos vai desaparecendo, preferindo não reagir, não colaborar, não resistir.

Fiquei muito pensativa e me diverti bastante em diversos momentos. Bartleby é um grande personagem de Melville, não à toa. Uma leitura muito surpreendente e tocante. Recomendo.
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Dandara 06/01/2024

Bartleby, o escrivão
Bartleby foi um escrivão, copista, de um escritório de advocacia de Wall street. De resto, "prefiro não" dizer mais nada a respeito dessa obra.
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Jamelo Leituras 06/01/2024

Não podia ter começado o ano da melhor forma
O livro é uma novela curta, mas essa edição da antofágica trouxe um algo a mais, além da diagramação q foi datilografado, dando um aspecto único, também conta com textos incríveis daquelas q trabalharam no livro, além de até duas vídeo aulas no YouTube q complementam a leitura, é simplesmente um trabalho incrível.

Indo para a história, mas sem dar os detalhes, achei ela, em vários momentos incomoda, pelo próprio Bartleby, mas não é algo ruim. A sua presença transforma aquele ambiente de trabalho, inquieta as pessoas. É uma experiência q vale muito a pena ser lida e q mostra algumas problemas q, mesmo a história tendo sido escrita a mais de 200 anos atrás, ainda possui maiores paralelos com a atualidade, o q me deixa meio cabreiro.

Talvez até posso considerar uma das minhas leituras favoritas da vida, mas acho q preciso de um tempo pra assimilar as próximas leituras.
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Satiro 04/01/2024

Que tal ler essa resenha? Prefere não?!
Após uma indicação da página da antofágica chego nesse romance curto sobre... Bem, sobre muitas e muitas coisas que ficarão definidos ao leitor deduzir! Obra de simplicidade e instigação que são acimas da média, provocando a quem a lê conjecturar os porquês que tanto almejamos. Eu elaboro alguns "evidentes": depressão, alienação do trabalho, a inação ao descobrir que você não agrega a sua vida e a dos demais.
Bom, acho que cabe a cada um elucidar o que acha melhor, pois claramente esse livro é uma das obras que devem ser com certeza lidos - ainda mais tendo apenas 100 páginas. Ou você PREFERE NÃO?
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Camila 30/12/2023

Prefiro não!
Livro sensacional, passa uma lição maravilhosa. O personagem principal causa diversos sentimentos e faz questionar muitas coisas em nossas vidas. Recomendo demais e quero reler em algum momento.
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Lu.Arbigays 25/12/2023

Uma crítica em livro
Um livro que apresenta uma figura enigmática e que trás a tona a curiosidade do leitor e do narrador.
Um livro com críticas e mais críticas que podem ser interpretadas de diversas formas
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