Vitória 11/09/2022
Até hoje eu tinha tido duas experiências completamente diferentes com a Kel Costa. Li SS pleasury ano passado e fiquei completamente apaixonada pela história e pelos personagens mas, ao pegar procura-se uma babá esse ano, o negócio foi por outro caminho, não foi um livro ruim, mas também não foi satisfatório, no final acabei colocando a culpa disso no fato de ser um livro muito mais antigo da Kel e segui em frente. Tinha visto várias pessoas falando muito bem dos últimos lançamentos dela, então quando vi o anúncio desse aqui, pensei que seria uma boa ideia pra me destravar de vez com a autora, e cheguei até a entrar no grupo da leitura coletiva, mas esse acabou se tornando o pior livro da Kel pra mim até o momento.
Pela sinopse, eu fiquei com a sensação de que essa seria uma história muito rasa, mas tinha fé de que a Kel conseguiria trazer um brilho a mais pra narrativa. Isso não aconteceu. Tive a impressão de que já tinha acompanhado essa história trocentas milhões de vezes, e, ao contrário do que aconteceu nos outros livros dela, isso não foi algo bom. Já disse outras vezes que a escrita da Kel me parece um filme de comédia romântica da sessão da tarde, daqueles que a gente já conhece a história de cor e não se cansa de rever, mas aqui só me pareceu algo chato e repetitivo.
Não consegui me apegar com quase nenhum dos personagens, e isso também prejudicou a minha experiência. A Kel tenta desconstruir a imagem de garota mimada que a April tem em um primeiro momento, mas pra mim ela nunca deixou de ser apenas isso. Eu só conseguia gargalhar quando ela falava pros pais que sabia se virar sozinha, porque ia vender as bolsas da prada (que eles compraram pra ela) e viver sem o dinheiro deles. Resumindo, a saída dela do casulo nunca foi algo real pra mim. O Adam me agradou um pouco mais, mas também achei todo o negócio dele sair da casa dos pais e cortar totalmente a relação com eles raso demais, e até agora não entendi direito porque aconteceu. Me pareceu só um cara de 31 anos com rebeldia adolescente.
Apesar de tudo, a escrita da Kel continua muito fluida e as cenas hot são um espetáculo, mas isso não é suficiente pro livro se tornar bom ao meu ver. O crossover não teve grande impacto sobre mim, afinal nunca li Soprattuto, mas pretendo pegar o chefe da máfia em breve. Acompanhei o processo de escrita dele no Instagram da Kel, e não sei se o fato dele ter sido escrito em apenas 23 dias influenciou a minha opinião, mas acho que o maior problema aqui foi a pressa. Se alguns pontos tivessem mais atenção da autora e fossem mais bem desenvolvidos, ele poderia se tornar algo muito melhor. Ainda assim, vou insistir mais um pouco na autora, SS pleasury não pode ter sido algo tão pontual na carreira dela, acho que só estou pegando os livros que não conversam comigo, então o próximo será um calhamaço.