Gabrielebn 29/02/2024
Tenho pensamentos pensantes
Ok, vamos começar.
Eu confesso que quando li a sinopse esperei algo da história e senti que recebi outra coisa. O que não é algo necessariamente ruim, é bom se surpreender as vezes, mas nesse caso, eu diria que a surpresa não foi 100% boa.
A autora constrói um mundo que é assolado por tempestades e onde a humanidade entrou declínio por causa da baixa natalidade. As mulheres são altamente controladas e suas vidas são dividas em cores, Brancas para as meninas que não menstruaram, e portanto consideradas puras, Amarelas para depois da menstruarão, quando são consideradas mulheres feitas e estão férteis e assim vai. A prota é uma Branca e está ficando sem tempo, pois ao fazer 18 anos, se sua menstruarão não descer, será considerada uma infértil, que é uma das piores coisas que pode acontecer nesse mundo para uma mulher. A mitologia também introduz alguns deuses (para ser honesta, mais uma deusa especifica) e um lance cavalos sagrados, chamados de Thunder.
O livro ele é curto, menos de 300 páginas, e eu acho que a história poderia ter tido mais páginas para ambientar melhor (teve coisa que eu só fui compreender já na parte final) e também para construir um pouco mais o universo apresentado. Um livro de fantasia não precisa ser gigante, mas você tem que conseguir apresentar e ambientar tudo no número de páginas disponíveis. Acho que aqui, algumas coisas ficaram confusas.
Agora falando de personagem. A prota é bem garota revolucionária, odeia a opressão que ela vive, passou por um trauma no passado envolvendo a mãe e a irmã, que fez crescer essa raiva dela. Ela é interessante, mas eu não consegui comprar algumas das suas decisões. A gata se envolvia em umas roubadas, tipo, vou dar um exemplo sem entrar em muito spoiler de algo que acontece no início.
A menina tem um “namoradinho” que ela está há alguns meses sem falar com ele por algo que ela fez, aí ele voltou para a vila dela por motivo X e ela passa pelo lugar que eles se encontravam (algo assim) vê um objeto e diretamente do nada, ela chega a conclusão que ele deixou aquilo lá para ela usar e esperar por ele. Obviamente, isso a leva a uma situação meio arriscada. Ai depois disso, ela descobre que tem que ir para um galpão porque naquela hora especifica, não podia ter mulher na rua e aí ela corre para lá? NOPE, ela decide que vai fazer o favor que ela tinha prometido a uma senhorinha (e que ela não fez por causa do evento antes citado), um favor completamente inútil, não era na da vida ou morte. O favor a levava para um lugar que ela precisava estar para uma cena importante acontecer, ainda assim, achei a decisão meio “????”
Sobre os interesses amorosos, a gente tem um deles que aparece mais, que eu presumo que vá ser o endgame. Tem também o namoradinho que citei antes que ela é basicamente obcecada, o cara basicamente some, então não tenho nem muito o que dizer sobre o rapaz. E tem o melhor amigo do irmão, que conhece desde a infância, que ela dava um beijinhos escondida. Tipo, para mim, acho que faltou mais cenas construído ali a relação. Também, o Ron, o primeiro que citei, tinha uns apelidos bregas viu, meu deus do céu. Nenhum deles me deu o feeling boyfriend material.
E agora citando os acontecimento da parte final. Temos uma cena bem pesada que eu nem entendi direito o que exatamente aconteceu até o fim do livro. O pior é que nesse caso, ela ir perambulando por aí em um lugar perigoso, eu nem boto tanto na conta dela, porque a gata não tinha tanta informação e o bonito do boy que estava acompanhando, devia ter deixando bem claro os tais perigos que ele ficou alertando de forma misteriosa.
O fim até me deixou curiosa para saber o que vai rolar, já que claramente teremos uma continuação. Talvez nessa segunda parte, o interesse amoroso seja melhor trabalhado, veremos.
Esse foi meu primeiro livro da autora, sei que ela tem uma outra série, acho, que é bem conhecida. Não posso comprar com outros trabalhos dela, já que realmente nunca li. Acho que a premissa tem potencial, só queria que tivesse pouco mais de construção (e que os personagens agissem de forma mais natural).