Lusia.Nicolino 22/03/2022
Os adultos mentem, quando começam, ninguém sabe.
Os adultos mentem, quando começam, ninguém sabe. E mentem primeiro para eles mesmos, para manter uma coerência com o que está fora, nunca com o que está dentro. E esse é o grande erro. A vida mentirosa dos adultos não é sobre o facebook, o instagram, mas poderia ser. Elena narra, com seu jeito inconfundível, uma suavidade entremeada com crueza, a vida de Giovanna. Não a vida toda, mas aquele período crítico entre os treze e os dezesseis anos. Criança, menina, mocinha, para certos assuntos jovem demais, para outros, bem grandinha para se comportar assim. Fascinada pelo pai, próxima da mãe, um casal de intelectuais que parece bem resolvido, se desconcerta ao flagrar parte de uma conversa em que a comparam com Vittória. A irmã mais velha do pai, uma megera (?), feia, mau humorada, de quem querem distância. Mas será que a história é mesmo essa? Duas Nápoles, dois extremos. O que é verdade e o que é mentira? Arrisca um palpite ou vai ler na íntegra? Imperdível.
Quote: "Tentei retrucar, mas com prudência, que meu pai era muito corajoso e, para defendê-lo, recorri ao que ele me dissera uma vez, ou seja, que os mortos são objetos que se quebraram, como um televisor, um rádio, um liquidificador, e a melhor coisa é lembrar deles como eram quando funcionavam, pois a única tumba aceitável é a lembrança."
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