O Continente

O Continente Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Continente - Vol. 1


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Laura.Sanches 21/12/2021

Atual
É muito interessante como uma obra escrita há tantos anos se mantém tão atual! Entendo o enredo como uma crítica a uma sociedade hipócrita que finge consciência política e social, mas não faz nada que não seja pra si.
Também vejo a clássica classe social alta que valoriza apenas o exterior sem explorar o local.
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dia 19/12/2021

O Tempo e o Vento ? O continente, vol. 1
O que dizer sobre Érico Veríssimo? Que escrita incrível e repleta de detalhes! Chorei, me apaixonei por Pedro Missioneiro, Ana Terra, Capitão Rodrigo e Bibiana. Não gostei de ver os indígenas sendo evangelizados, mas faz parte da história da formação do Rio Grande do Sul. Li para um componente curricular na faculdade e fiz três trabalhos sobre. Pretendo comprar a edição de ?O Tempo e o Vento? que tem tanto O Continente 1 quanto o 2, para ler no próximo ano.
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Helena 21/11/2021

Que maravilha de livro. Retrata maravilhosamente a cultura e a história do Rio Grande do Sul ao narrar a história da família Terra Cambará. Além disso, a leitura é fluida e fascinante.
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Vicky 20/11/2021

Se está ventando, você já sabe o que esperar
Na verdade, não é exatamente necessário que se faça presente qualquer fenômeno natural para que a morte se convide a entrar nas páginas deste romance. Mas não só ela. No primeiro tomo da série O Tempo e o Vento, Veríssimo encontra um ritmo ideal para enebriar seu leitor. A vida dos que nasceram e cresceram em meio às guerras têm seu valor atribuído nem sempre com base na longevidade. São os atos, heróicos, tirânicos, calorosos ou apáticos os verdadeiros donos desse jogo histórico aqui narrado com o cuidado que só parece legitimamente possível quando parte de quem é apaixonado pela sua terra, cultura e memórias. Movido por esse sentimento, o autor reconta uma história do povo Continentino sem que se percam os encantos da ficção.

* Não vejo a hora de começar o segundo tomo.
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Procyon 16/11/2021

O Continente ? Resenha:
?Uma geração vai, e outra geração vem;
porém a terra para sempre permanece.
E nasce o Sol, e põe-se o Sol,
e volta ao seu lugar donde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro
para o norte; continuamente vai girando
o vento, e volta fazendo seus circuitos.?

- Eclesiastes I, 4-6

A mais famosa saga da literatura brasileira, O tempo e o vento, inicia-se por este livro, O continente. O romance histórico percorre mais de um século da história do Estado do Rio Grande do Sul, bem como do Brasil, mas também acompanhando a história da formação da família Terra Cambará. Vê-se constantes indas e vindas, alternando-se entre capítulos do presente e do passado; o conflito entre as família Terra Cambará e a família Amaral pelo controle do poder político, juntamente com a fundação da fictícia vila de Santa Fé (elevada a povoado, e, posteriormente, a cidade); e os conflitos históricos, tais como as Missões Jesuíticas ? ao demonstrar o genocídio indígena, na Guerra Guaranítica, ocasionada pelo Tratado de Madrid, e as invasões castelhanas ?, a Revolução Farroupilha, a Guerra do Paraguai e, por fim, a Revolução Federalista.

Nesta verdadeira epopeia brasileira, vemos o nascimento de uma nação através da formação da família Terra Cambará, que, por sua vez, representa todas as famílias que ajudaram, de alguma maneira, na formação do Estado do Rio Grande do Sul, bem como do Brasil. Através de uma narrativa fascinante, Erico Verissimo brilhantemente narra uma trama fictícia, mas com uma rígida base e ambientação histórica, perpassando por diversos momentos importantes da história do país. Com seu teor pacifista e antiguerras, muito retratado no papel da mulher e de como estás moldaram o curso histórico de uma nação até então escravista e retrógrada. Verissimo traz aqui, uma leitura riquíssima, repleta de personagens interessantíssimos, como o enigmático e misterioso Pedro Missioneiro; a corajosa Ana Terra ? uma das personagens mais importantes desta obra ?; o intrépido e sedutor Capitão Rodrigo Severo Cambará; e a tenaz Bibiana Terra. Há uma excelência na caracterização e relação destes personagens com o ambiente espacial e temporal, de modo que se torna tremendamente fácil, ao leitor, imaginar e eternizar, vivos, esses personagens e a terra donde vieram.

Aqui Erico Verissimo deixa clarividente seu modernismo, a Fase de Consolidação, que fez parte da geração de 30, trazendo os temas nacionais e regionais, focando-se muito no âmbito social, cultural, econômico ? e principalmente histórico ?, a fim de causar uma concretização e afirmação dos novos valores modernos.

Vê-se, aqui, a história da junção de duas famílias, dando enfoque à família Terra, que, na primeira fase das Missões, fora uma das famílias, descendentes de índios e portugueses, que vieram de São Paulo, e que começaram a povoar essa região. Com o nome proposital e metafórico, a família Terra indica o embrião, a raiz e história, de uma família e de um Estado. A ironia que Verissimo nos traz ao apresentar a relação entre os Terra com Pedro Missioneiro, onde os Terra possuem um preconceito enraizado pelo índio, mas este mesmo índio, por sua vez, ao contrário da família Terra, sabe ler e escrever; sabe das lendas que habitam aquelas terras; sabe da arte, sobre a escultura e a música, principalmente.

Em meio aos encontros e desencontros do destino, vemos personagens extremamente fortes, como Bibiana Terra, que é a personagem que conduz a história até o final, e que herda o arquétipo de Ana Terra, sua avó. A coragem de Ana Terra, em ficar e proteger a cunhada e o restante da família, através de uma cena trágica; uma escolha, de sair dessa região procurando outro local para se estabelecer, neste caso, rumando para a vila de Santa Fé, e lá selar o destino de seus descendentes. Seu filho, Pedro Terra, herdando o nome do pai, acaba também sendo uma junção entre as características deste com as de seu avô, Maneco Terra, tornando-se uma pessoa extremamente reservada e triste, mas também teimoso ? que, por sua vez, acaba refletido em seu filho, Juvenal Terra, e em seu neto, Florêncio Terra.

Em complemento, surge o Capitão Rodrigo, obstinado, que acaba desposando Bibiana Terra, filha de Pedro Terra, onde constituem a família Cambará, que cresce, gera descendência e acaba conquistando o poder político e econômico da região. Nesse sentido é que se dá a parte não velocista desta obra, mostrando as lutas e seus sacrifícios, sintomáticas da vida breve de quase todas as figuras masculinas apresentadas aqui, tais como Sepé Tiaraju, Pedro Missioneiro, Rodrigo e Bolívar Cambará, entonando, sob o prisma das mulheres, as consequências que essas lutas trouxeram, abortando a felicidade e prosperidade dessas famílias, em meio às bravuras e honrarias dos gaúchos.

O acaso é também bem explorado, como já evidenciado, elevando personagens fortes e encantadores, juntamente trazendo questões e discussões interessantes entre esses mesmos personagens ? como o Dr. Carl Winter, o médico e imigrante alemão, com o pe. Romano, ou o Capitão Rodrigo com o pe. Lara. Essas relações são muito bem escritas, que ajuda, de todas as formas a impulsionar a leitura petrificante que é O continente (e de nenhuma maneira este livro se torna arrastado).

Por último há Luzia Silva, que faz alusão a teiniaguá ? a lenda da princesa moura que foi transformada em lagartixa pelo Diabo Vermelho dos índios, se transformando, também em uma bruxa que leva desgraça aos homens ?, neta de Aguinaldo Silva, o negociante nordestino, que compra as terras da família Terra, e, lá, constrói o Sobrado. Luzia, no entanto, casa-se com Bolívar Cambará, filho de Bibiana, que, assim como o pai, caba sofrendo do destino trágico que os homens tinham naqueles tempos (?homem macho não morre em cama?, como diz o Capitão).

Em suma, O continente é uma excepcional introdução a esta saga, marcada também por simbolismos, como pelo punhal de Pedro Missioneiro, passado entre as gerações da família Terra Cambará, até chegarem aos filhos de Licurgo, filho de Bolívar e Luzia, que se torna coronel na Revolução Federalista. Voltando aos saltos temporais, eles são bem alternados e possuem uma lógica bem estabelecida. O tempo aqui é presente.

Li esta edição econômica, da Companhia das Letras, e a leitura foi bem proveitosa. O continente é um livro extraordinário e que espero ver e rever essa história tão rica.

?Em certos dias em que o minuano soprava, enrolada num xale e pedalando na roca, Bibiana pensava na avó, que costumava dizer-lhe que o destino das mulheres da família era fiar, chorar e esperar.?
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Patricia Pietro 11/11/2021

Um livro impecável. Antes mesmo de começar a ler, eu sabia que ia gostar.

Amo a escrita do Erico. Ele recheia a narrativa com tudo que há de mais brasileiro: nossas tradições, nossos costumes, nossas figuras de linguagem. Nada como ler uma estória em que os personagens se assemelham aos nossos familiares ou conhecidos e os cenários nos lembram aqueles em que crescemos. A identificação que isso gera é enorme. Para os sul-rio-grandenses, mais ainda, já que a ação se passa, majoritariamente, em Santa Fé, uma cidade fictícia situada no estado gaúcho.

Nessa primeira parte, Erico nos conduz por mais de um século de história do Rio Grande do Sul (1745 a 1895). Enquanto acompanhamos os dramas das várias gerações da família Terra Cambará que a narrativa atravessa, assistimos às diversas transformações resultantes do progresso científico e tecnológico, ao crescimento das cidades e aos inúmeros conflitos políticos e militares ocorridos dentro e fora do país.

O Tempo e o Vento é repleto de dados históricos e culturais do Brasil e do Rio Grande do Sul. É um livro realista, que descreve exatamente como viveram as pessoas no Brasil na época retratada: os colonizadores portugueses e espanhóis, os imigrantes europeus que vieram ao Novo Mundo em busca de uma vida melhor e os nossos antepassados.

Eu adoro estórias longas, que englobam desde o começo até o fim da vida de um personagem. E esse livro conta toda a estória de vida (do nascimento à morte) de muitos personagens singulares e inesquecíveis. Meu favoritos foram Pedro Missioneiro, Ana Terra, Capitão Rodrigo, Fandango e Maria Valéria. Enfim, amei esse primeiro volume, e estou ansiosa para ler o restante da saga.

"Como o tempo custa a passar quando a gente espera! Principalmente quando venta. Parece que o vento maneia o tempo." (Página 34)

"Nada. Ninguém. Só o silêncio do casarão, o vento nas vidraças e o tempo passando... - Bem dizia a minha avó - resmunga d. Bibiana, cerrando os olhos. - Noite de vento, noite dos mortos." (Página 83)
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Mau 28/09/2021

O tempo e o vento
O continente: o primeiro livro da saga o tempo e o vento, nos mostra a história da família terra cambará através dos anos, nos apresentando personagens e acontecimentos passados no Rio Grande do Sul. Um livro bem escrito com uma riqueza de detalhes e histórias que nos prende do começo ao fim.
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Gabriel 23/09/2021

Clássico da literatura brasileira
Minha história com a série "O Tempo e o Vento" é engraçada: pensei que a narrativa do Verissimo-pai fosse parecida com a do Verissimo-filho, o qual já gostava. Eu não podia estar mais errado.

"O Continente" dá início a uma das mais importantes séries de livros da história do Brasil. Tal motivo já é o suficiente para sua leitura, mas o enredo também não deixa a desejar. Pra quem já assistiu a minissérie da Globo, que se baseia na obra em questão, sabe que tem uma boa trama em mãos (apesar desse vol. 1 ser menos retratado na série).

Recomendo.
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Di Morais 19/09/2021

O Tempo e o Vento O Continente Vols I e II
Ótimo livro. Recomendo.
Narra a formação da família Terra Cambará e a história do Rio Grande do Sul.
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Fernanda2477 15/09/2021

O Continente (I e II) é a primeira parte de O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo, e conta a história da família Terra Cambará, ao mesmo tempo em que conta a história do Brasil, mais precisamente da Região Sul. A narrativa do autor é maravilhosa, o modo como uma palavra se conecta a outra torna cada frase e parágrafo tão fluidos que o livro não se torna cansativo, muito pelo contrário, é uma leitura muito gostosa. Os personagens são todos muito bem construídos, principalmente as mulheres presentes na obra, que enfrentam tantas provações ao longo das páginas. Os personagens masculinos também são interessantes, e aqui preciso dizer que por mais raiva que as atitudes do Capitão Rodrigo nos desperte, o amor de Bibiana por ele é tão intenso que, ao final do livro, é quase (quase) possível perdoar suas faltas.
A primeira parte me cativou mais, talvez porque eu não tenha conseguido me apegar tanto aos personagens da segunda parte, exceto pela dona Bibiana e pelo Dr. Winter (com o qual é difícil simpatizar no começo), mas ainda assim é uma leitura prazerosa.
O modo como a história ficcional se mistura aos fatos históricos ocorridos na região Sul do Brasil torna a leitura muito mais interessante, contando desde a chegada dos jesuítas e suas ações nas missões, até a proclamação da República. Eu mesma não lembro de ter estudado com profundidade sobre as guerras desse período, e a leitura me permitiu conhecer muito mais sobre a história do Brasil, e entender diversos pontos. Por isso, vejo como um livro que poderia ser trabalhado de diversas formas pelas escolas. Ao longo da narrativa, também vemos como ocorre a formação do povo do Rio Grande do Sul, aprendendo um pouco sobre a cultura desse estado, que muitas vezes parece tão diferente de outras regiões do país.
Se tornou um dos meus favoritos, sem dúvida, e recomendo para todos. É um livro ótimo.
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esquadroz 24/08/2021

Tudo que eu disser sobre esse livro não será 1% do que ele representa pra mim. Apenas indico que vocês leiam e se apaixonem pelo universo de Érico Veríssimo.
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Leomar.Schwartzhau 22/08/2021

Como gaúcho, parece que estou vivenciando os acontecimentos daquele tempo, que tomei conhecimento nos livros escolares, entre outros, enquanto acompanhando os acontecimentos da família Terra/Cambará
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laurinha 01/08/2021

amei o universo, ler sobre o ambiente e entender melhor o estado q moro foi muito legal, os personagens sao únicos e muito bem construídos, principalmente as mulheres. gostei bastante do livro de vdd, a escrita do erico é impecavel me rendi
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Andre.S 09/07/2021

O vento?
Que livro espetacular!! Épico!! Escrito de
Maneira magistral, é cinematográfico. A história se descortina durante a leitura como se estivéssemos assistindo a um filme. Personagens fortes, texto marcante. Maravilhoso. Vou ler os próximos dois volumes da trilogia.
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