Lara Mélo 26/08/2021Algumas ressalvas sobre clichês "românticos"Vez ou outra, a pessoa só quer uma leitura fácil, com umas cenas hot, pra passar o tempo ou ajudar a sair de uma ressaca literária (no meu caso, de “Flores para Algernon”, Daniel Keyes).
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Então, eu assumo: foi uma decisão minha escolher um livro com um cara sem camisa na capa. E a culpa por esperar que o livro não estivesse recheado de clichês? Minha também. Mas precisavam ser tantos?
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Até achei os personagens cativantes e o enredo central interessante, com a história do cara usando pseudônimo feminino pra escrever romances e a moça sendo blogueira de livros como os que ele escreve.
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Mas quando chegou naquela coisa de “o cara mais lindo e gostoso do mundo se apaixona pela menina de óculos desastrada”? Revirei os olhos, pensei em desistir. Porque desse jeito fica parecendo que ele tá fazendo um favor ou cometendo uma loucura ao se apaixonar por ela!
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Aí vem as cenas hot, com as clássicas descrições meio pornô “ele é comprido e grosso e ela é quente e apertada”, fazendo coisas que ela nem imaginava serem verdade... Sem esquecer aquela possessividade dele na cama, tipo “você é minha, toda minha”. Gente, pra ser erótico o cara não precisa deixar a moça sem andar no outro dia nem pagar de macho alfa possessivo não! 😜
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Fora uns erros de digitação e umas frases esquisitas, talvez da tradução, que incomodaram um pouquinho a filha da professora de Português.
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Enfim, não é uma crítica do tipo “o livro é muito ruim, não leiam!” (até porque eu li o segundo livro da série, “Namorado Arrogante”, hehehe), mas tem umas coisas que não consigo pensar “ah, é só um livro”. Por mais que goste de ler romances desse tipo, alguns clichês ditos “românticos” parecem estar ficando meio batidos - pelo menos pra mim.