Sunny 07/11/2021
Temas pesado de forma leve
Esse livro conta a história de Jonas e de como ele lida com situações de sua vida e ter que esconder a todo custo o seu segredo: que ele é gay.
Podemos acompanhar os seus sentimentos, seus sonhos, o que ele pensa da vida, dos amigos e dos seus pais.
"É bom me sentir querido quando, na maior parte do tempo, eu sinto que sou um grande problema na vida de todo mundo."
MINHA OPINIÃO: Contém SPOILER
Esse foi um dos livros em que eu mais demorei de ler, porém não foi por ele ser ruim, porque ele não é de forma alguma. Amei a forma que eu consigo sentir e entender os sentimentos do personagem.
Há diversas coisas a se tratar nesse livro, como:
1. A questão de você ser diferente e ter medo do julgamento das outras pessoas. Quando percebia que não somos aquilo que o mundo quer tentamos nos esconder ela foi exatamente isso que percebi com a história do Jonas, ele orou tanto para ser "normal", de acordo com o pensamento de seus pais, e quando descobriu que não tinha como ele tentou esconder ao máximo o que sentia.
2. Fanatismo religioso e homofobia. Algo que percebi bastante em questão a mãe dele, ela sempre acreditava que ele iria para o inferno, isso em deixou super triste e também me fez refletir. É difícil mudar algo na sua mente que todos diziam a vida toda e vice sempre julgou como errado. Ao mesmo tempo me deu raiva que ela expulsou o próprio filho de casa, apenas pelo simples fato dele gostar de homens. Senti raiva, pena, empatia pela mãe, mesmo com tudo que ela fez, sei que ela sofreu bastante com o pai do Jonas e ele também a maltratou bastante.
3. Amizades verdadeiras. É clichê dizer, mas é tão importante ter ao seu lado pessoas que te ajudem, te aconselhem, te animem e te apoiam. O Jonas tinha o Arthur, o Dan, a Karina e a Isadora, que, na minha opinião, foram extremamente importante para o desenvolvimento pessoal do Jonas, a forma que cada um se ajudava e se entendia me deixava de coração quentinho.
4.Outros preconceitos. Por mais que eu sabia que esses outros preconceitos não são o foco pretendo falar sobre eles. Lembro do momento em que a Karina sofreu preconceitos de uma cliente, por ela ser gorda, e isso me machucou bastante, só queria guardar ela nesse momento. Com o Dan, foi o racismo, a "avó" dele falou coisas horríveis para a mãe dele sobre a cor de pele dele. O Dan era só um neném então não sabia, mas eu fiquei feliz que a mãe dele não conversou mais com essa mulher, que antes ela chamava de mãe, mas quando ela quis adotar o Dan a "avó" o julgou. Porque para esta mulher ele ser adotado não era um filho de verdade. Fiquei super triste com isso.
5. Todos têm problemas. O Arthur sempre acreditou que os problemas dele não era nada comparado aos do seu namorado, mas aquilo o sufocou até que ele não estava aguentando mais. Foi importante para ele poder conversar com alguém que o entendesse e isso foi super importante na relação desses dois.
ENSINAMENTO: contém SPOILER
Há diversos para retirar desses livro, porém a que mais me chamou atenção foi o fato de que sua família não é somente aquela de sangue. Você que escolhe sua família, é aquela que você confia, que você ama e que daria tudo para ajudá-los. Sua família pode ser seus amigos e não, necessariamente, seus pais.
"Eu nunca tive vontade de morrer, mas perdi as contas de quantas vezes desejei apenas parar de existir por um tempo."