As Três Marias

As Três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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rayssagurjao 14/04/2021

Fé, amor, escolhas
Três marias é um livro escrito por uma mulher e muito bem escrito, trata não só das três estudantes que se encontraram no internato de Fortaleza e tornaram-se amigas, mas também apresenta a vida de uma delas que narra todos os acontecimentos do seu ponto de vista, desde que chegou no internato até o momento que volta pra casa após muitas aventuras.

É uma narrativa que nós faz questionar a fé, as escolhas, os sentimentos e os tabus de vidas no Ceará desse período, o lugar destinado as mulheres e o quanto era imprescindível o casamento e imperdoável a "perdição".
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Frank 11/04/2021

Uma ficção que tem um que de autobiográfico, segundo entendedores de Rachel de Queiroz. Conta a história das três amigas com nome em comum que cresceram juntas em um internato de freiras. Maria augusta (narradora), Maria José e Maria da Glória. A história acompanha a infância e vida adulta das três. Apesar de recusar a alcunha de feminista, a autora entrega uam personagem forte e independente para a época, com autonomia emocional e sem amarras sexuais.
Ótima obra que dizem ser um dos livros que mais refletem a personalidade da autora.
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Grace @arteaoseuredor 04/04/2021

?As Três Marias, de Rachel de Queiroz.

?Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma escritora cearense. A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras e a primeira mulher a receber o Prêmio Camões. Foi também jornalista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance "O Quinze", ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha.

?O livro é narrado por Maria Augusta, a Guta. Ela estuda em um colégio de freiras, logo que chega ela conhece Maria José e Maria da Glória, juntas são chamadas de as três Marias. Glória se casa, Maria José se dedica a religião e Guta tenta se tornar independente, se envolve com um pintor, homem mais velho, depois vive um romance de verão, um de seus amigos se suicida, ela mesmo tem pensamentos suicidas. Guta também fala sobre outros personagens, que fazem parte de seu mundo, pode parecer assuntos corriqueiros, mas é interessante como nos anos 30, Rachel de Queiroz já pensava a frente de seu tempo.

??...nossa comparação com as estrelas foi como uma embriaguez nova, um pretexto para fantasias, e devaneios. (?) À noite, ficávamos no pátio, olhando as nossas estrelas, identificando-nos com elas. Glória era a primeira, rutilante e próxima. Maria José escolheu a da outra ponta, pequenina e tremente. E a mim me coube a do meio, a melhor delas, talvez; uma estrela serena de luz azulada, que seria decerto algum tranquilo sol aquecendo mundos distantes, mundos felizes, que eu só imaginava noturnos e lunares.?
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Ferferferfer 31/03/2021

Longe de ser um conto de fadas
O primeiro livro de Rachel de Queiroz que leio. A sinopse muito me agradou, e decidi começar por esse, e não por "O Quinze", como muito se faz. A edição deve ser enaltecida pela belíssima capa, documentos da autora digitalizados e a qualidade da Fortuna Crítica que consta no final do livro.
Gostei muito de ler mais sobre as três jovens amigas. Nessa narrativa, é impossível o leitor não se sentir contemplado por experiência similar, de poder contar com um grupo de amigos muito fielmente. Posteriormente, vamos observando mais a caminhada solitária de Guta.
O final me surpreendeu bastante, talvez porque fui iludida pelo modo inocente de levar a vida, até certo ponto, de Guta.
Fico com o gosto agridoce.
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Sayd 21/03/2021

Livro maravilhoso
Rachel de Queiroz nunca decepciona, desde o início até o fim, a história é bem amarrada e interessantes acompanhando a vida das três marias e de outras meninas do colégio.
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Sara 18/03/2021

Plangente e contemporânea.
O ano é 1936 e Rachel(mais uma vez), consegue trazer em um romance, questões tão atuais, dores, medos, alegrias e anseios e de uma maneira tão profunda, própria de Rachel. Ela não me decepciona, pelo contrário, só surpreende.

Enfim, Recomendo SIM.
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Pandora 07/03/2021

Li "As três Marias" em busca de reencontro, então, como explicar minha satisfação ao me vê diante de um livro tão autobiografico como esse?

Rachel de Queiroz foi uma das autoras marcantes da minha adolescência de leitora de biblioteca pública e escolar. O primeiro livro dela que li foi "O Quinze", mas meu coração foi arrebatado mesmo pelo "Memorial de Maria Moura", um livro preferido mesmo agora.

Me sinto em casa na companhia da Raquel, ainda mais quando ela ficciona em cima de sua própria vida de menina, de jovem, de mulher no Brasil do início do século XX, no nordeste. Do isolamento do colégio interno para a vida na cidade, os amores, os desenganos a presencia constante da amizade.

Como a Heloísa Buarque bem disse, esse é um livro de escrita sóbria, rigorosa, avessa a demagogia. Lendo isso entendo de onde vem meu amor a autoras como Michele Ginsburg, Elena Ferrante, Buchi Emecheta, Herta Muller, afinal meu olhar foi educado por esse tipo de narrativa feminina poderosa por ser capaz de narrar as minuncias íntimas das nossas complexas, castrativas e silenciosamente violentas experiências no mundo.

E sim, não passa despercebido a mim que a Raquel não fala da camada sociail nordestina a qual pertenço como neta de retirantes/pessoas faveladas. A vida das Três Marias se comparada com as das minhas avós. Jesus! São madames, apesar de não serem privadas de sofrimentos. No entanto, foi maravilhoso reencontrar essa narrativa atrozmente concisa, lúcida, implacável e, de bônus, conhecer um pouco mais sobre essa voz que me fez tanta companhia.
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mariaf.skumagai 24/02/2021

Rachel
Uma das maiores escritoras brasileiras, nordestina, tratando de temas que a sei tempo eram tabu.
Um livro leve, fluido, mas com uma profundidade constante, desde do título até a última frase.
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Christiane 17/02/2021

Rachel, a contraditória
O livro flui muito bem até o meio, mas depois fica desinteressante, não me tocou, eu não queria mais saber dos personagens, pouco me importava o que ia acontecer com eles. Talvez leia outro para tirar essa impressão ruim que fiquei da autora. Ela não me passou nenhuma emoção. Nem de raiva.
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duda 04/02/2021

As três Marias
Leitura muito boa, a escrita da Rachel é lindíssima e têm diversas partes bem impactantes, é um livro que vai ficar no meu coração. Ver a jornada das três Marias, desde crianças, foi muito interessante e emocionante, principalmente acompanhar todo o sofrimento de Maria Augusta...
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Carolina 13/01/2021

No começo foi bom
No começo foi bom, me senti na minha adolescência. No meio houve um salto no tempo das meninas. Lá pro final não foi muito bom mas ao mesmo tempo foi surpreendente os acontecimentos na vida de Guta. Grande Rachel.
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Mariana 08/01/2021

Que Mulher!
Meu primeiro contato com o trabalho da Rachel de Queiroz e não poderia ter sido melhor. Que mulher!

Confesso que no começo tive dúvidas se iria gostar de sua prosa, pois, mesmo o livro sendo pequeno, demorei um bocado para me envolver com a história. O fato de o livro ter poucas páginas, aliás, aliado aos capítulos muito enxutos, talvez tenha me dificultado entrar no mesmo ritmo que as personagens. Mas, assim que esse obstáculo foi ultrapassado, me vi cada vez mais envolvida nos causos da juventude de Maria Augusta. Maria da Glória e Maria José.

As Três Maria é um daqueles livros que nos pegam pela leveza, pela sutileza e pela prosa mansa, mas cheia de significados.
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Clarispectiana 28/12/2020

As três Marias: o que a ti pertence?
Em alguns anos me dedicando a leitura, as sensações quase sempre inexplicáveis que elas propõem, decidi-me, já com receios, registrar os meus pensamentos sobre elas - as obras, e sobre mim - os sentimentos e lembranças que me tomam.
É para dizer que nunca mais fui a mesma. Entende?

Acabei agora o livro "As três Marias" de Rachel de Queiroz, e a sensação é de vida, de vontades, desejos, amores que ficaram no tempo, amores que se conquistam com o tempo. Sinto em meses, um fulgor, uma vivacidade, de se gritar que viva!, que dance todas as coisas, que o mundo é patético, aaah... é com tanto despudor que eu grito que morra", que morra também os laços indesejados do passado, aquela alegria febril e dissimulada, que se vá tudo em um sopro. é que Augusta me mostra uma outra Viva, o som é diferente, é como o vento, após um longo mormaço. Glória pula em meu peito a liberdade, as minhas escolhas, e a solidão tão só, e minha...
As lembranças voltam, e o prazer é imenso. Quero agradecer a minha professora Liana, por me apresentar essa escritora, por me mostrar outros caminhos na literatura, outras mulheres que criam mulheres em palavras. Lembro de quando me recomentou e emprestou "o quinze", e nascia ali uma nova escritora para o meu vão de criação de sentimentos. Logo depois me embebedo de Maria Moura, e a divido - com muita glória, com Leila; é que para nós duas a liberdade é urgente, estridente.
Rachel, esse ser mulher que em palavras cria um vida tão minha, nua, que parece eu em passado, passado, da construção da matéria.
Liana, obrigada por me permitir ter uma vida com algo, simples e feroz, como a leitura.

Ao ler as três Marias, me recordei, novamente, de uma professora, um grande amiga, um ser mulher, um esplendor de amor, Jacira. As Marias me lembra você, alguém que não conheci na mocidade, mas que para mim tinha/tem toda aquela beleza presente em Augusta, aquele cheiro fresco, é como poesia cálida e brusca, inquieta e confortante. Vejo em ti toda a força das mulheres que Rachel desenha em suas palavras.


A história se passa, inicialmente, em um convento no interior do nordeste, onde três jovens meninas se encontram e viram melhores amigas: Maria Augusta (Guta), Maria Jose e Maria Glória. e eu não esperava nada, a mim não foi prometido nada, então a surpresa foi um presente. A narrativa trás a tona, para mim, as esfinges de eu por eu, e o resto é composto por um silêncio, agora leve.
E a sede de viva e a mania de morte, as quebras de laços findos, a negação de Deus e suas peripécias, e claro - sempre a insatisfação.

Porque recompor a sua própria carne/massa também é ...? Negar?!






Tudo tão simples, mas essas meninas trazem traços, gostos, desejos tão nossos, tão meus, sei que alguns são os teus também. As personas são completas e paradigmáticas, é tão explorado os vários eus femininos (?), aqui eu me pergunto, o que Ser? o que é uma mulher? o feminino?... é aqui que eu paro e não retorno. Além de distinções físicas, com o masculino, o que me torna um ser feminino?, é porque essas mulheres me agarram tanto ao fundo, ao interior de um eu degradado.
Penso que talvez, e que sá, a forma é feminina; o traço, já não sei.
então como dizer, como expressar que as Marias moram em mim e são tão mulheres na minha carne? é que a palavra 'mulher' para mim, tem um quê de dona de si, de pertencente, involuntariamente, a sua própria carne, sexo e pensamento. Não é mais um substantivo, transforma-se em adjetivo, outrora sentimento, um título, uma aura.
É a composição de uma melodia: a mim são todas letras, palavras, frases, quase sempre incompletas...porque sempre correm de mim, são o instante seguinte e já não me pertencem. De que compõe, do que ti própria é feita a tua fissura? Sei que tua carne pode também ser parte minha.


Então ser mulher é pertencer? Agora penso que sim.
Elas e eu pertencem ao quê, a quem, de onde?
- ao que não se finda.


Beatriz Braga, 02:06, 05/09/2020
Kenlegit 17/01/2022minha estante
Nice post here thanks for sharing.
https://www.kenlegit.com




Ennio 20/12/2020

Ora, direis ouvir estrelas?
Rachel de Queiroz apareceu para mim pela primeira vez nos meus longínquos 16 anos, acredito. Li O Quinze, e como havia acontecido com A hora da estrela, a leitura foi bem mecânica. Tava mais voltada ao vestibular, embora não fosse obrigatória na época. Eu não tinha a dimensão da escrita e autora.
Bom, esses dias comecei outro livro dela, As três Marias. A princípio achei que se tratasse de uma história mais pueril, voltada ao público infanto-juvenil. Ledo engano, embora o enredo traga como personagens principais três pré-adolescentes - Maria da Glória, Maria Augusta (Guta) e Maria José -, não há aqui uma simplificação, estática temporal ou banalização da faixa etária. Mais do que isso, vemos o retrato, a transitoriedade e os ritos de passagem de cada uma. O livro é narrado em primeira pessoa, pela personagem-narradora Guta (alter ego de Queiroz). Se usa de uma linguagem clara, direta e por vezes questionadora. Vale a pena!
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