As Três Marias

As Três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


233 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16


Ingrid249 31/08/2020

Um livro ou um diário?
As Três Marias acompanha a história de três amigas: Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória, desde a época do colégio. A história é contada na visão de Guta, e na primeira parte da narrativa, temos lembranças dispersas da época do colégio, sem seguir uma linearidade. Eu senti uma ambiguidade nessa parte, uma relação de amor e ódio com o colégio. Viver naquele pequeno mundo, cercada das amigas, era bom, mas ao mesmo tempo, não era. Da pra sentir a angústia de ficar preso ali, anos e anos, sem ver o mundo o real, tendo a infância prolongada, sem crescer de verdade. Essa parte carrega uma crítica ao sistema educacional da época também.
Depois disso, acompanhamos Guta se adaptando ao mundo real, crescendo, caindo na realidade de uma forma que o colégio não pôde prepará-la. Tenho a impressão de que ela passa a história inteira perdida, tentando se encontrar, que seus amores são frutos da sua imaginação, que todos aqueles anos em que ela foi obrigada a viver apenas de sonhos no colégio deixaram uma marca permanente, pois agora as experiências continuam sendo mais parte da cabeça dela. Falando em amores, muito difícil para mim situar que na época um namorado mal pegava na mão! Tem um certo encanto, talvez, mas essa repressão é triste. Em certos momentos de reflexão da personagem, me peguei perguntando quanto daquilo ali era Guta e quanto era Rachel.
Eu me senti melancólica a maior do livro. É como ler as memórias de alguém, como ler um diário, e a vida e a morte são tratadas com uma delicadeza simples. Eu estou angustiada até agora, pensando no relato daquela vida que parou ali, mas a história continua e a gente não sabe o que aconteceu.
Gostei muito de conhecer essa escritora, pretendo ler outras obras dela! Sua prosa poética atemporal ainda encantará inúmeras gerações, tenho certeza.
comentários(0)comente



Soliguetti 28/08/2020

Prosa poética
Um livro muito lírico em que a deliciosa e melancólica narrativa carrega o enredo, simples mas sucinto. Nessa obra de teor auto-biográfico, Rachel de Queiroz narra maravilhosamente a vida de Maria Augusta e suas duas outras amigas, Maria José e Maria da Glória. Os sabores e dissabores vividos por cada uma em diferentes períodos são estrinchados e apresentados ao leitor numa linda prosa poética.
comentários(0)comente



Lara.Militao 24/08/2020

O final me deixou mal
Meu deus to mal, Rachel como sempre sendo super crua nas suas escritas, é super bom de ler, fácil e gostoso mas tal hora arranhou meu coraçãozinho.
Lia Trajano 05/11/2020minha estante
Também achei o final deprimente, não é um bom livro para ler quando a pessoa estiver baixo astral.




João Bruno 24/08/2020

No ensino médio, todos somos obrigados a ler, diria até socados goela abaixo, a maioria dos clássico brasileiros, e por causa destas circunstâncias, eu por muito tempo amaldiçoei a existência da maioria dos autores nacionais.

Dentre eles, Rachel de Queiroz, que eu me lembro de ter lido O Quinze nessa época, mas tamanho era meu desgosto e minha raiva, que sequer lembro do que fala o livro.

Mas, assim como muitas coisas da juventude são deixadas pra trás ou aprimoradas com o passar do tempo, hoje indico e garanto que a literatura brasileira é uma das mais importantes e mais belas do mundo, já li, reli e conheci muitos desses autores tão odiados anteriormente, e hoje são meus preferidos.

Infelizmente, ainda tenho um resquício desse meu modo de pensar antigo, que ainda me atrapalha, tenho um certo preconceito com autores que não brilham sob os mesmos holofotes de por exemplo, Machado de Assis ou Guimarães Rosa, e ao meu ver, Rachel de Queiroz faz parte desses autores que não possuem o mesmo hype de alguns outros.

Mas, mais uma vez, eu me enganei ....

A forma como esse livro foi escrita é genial, acompanha a Maria Augusta desde sua infância até sua idade adulta, e nós não percebemos onde essa mudança acontece, simplesmente acontece, mais ou menos como a nossa vida, quando deixamos de ser criança e passamos a enfrentar o dia-a-dia da vida adulta? Quando terminamos os estudos? Alguns, sim. Quando casamos? Geralmente. Mas alguns idosos continuam crianças ao cuidar dos netos ... Então, essa transformação, essa mudança na vida, é sutil e subjetiva, exatamente o que acontece no livro, quando percebemos, aquela criança de outrora, agora lida com amores fracassados, com a depressão, com a morte ...

"Deixei de olhar para o mundo, que sempre me parecera tão bonito antes - o céu, as paisagens, as flores. Tomei horror a rosas - flores de enfeitar mortos, flores de enterro, feitas para cheirar dentro de caixões e por cima de túmulos."

Rachel de Queiroz me mostrou acima de tudo o poder que tem um livro, o poder que tem a escrita, um poder de transformação, de esclarecimento, e de dúvida também, incredulidade.

Pra mim o livro tem que ser assim, não apenas uma história "era uma vez" e "viveram felizes para sempre", isso é passatempo, mas o livro tem de ser, nem que seja nas entrelinhas, no inconsciente, um instrumento de transformação, um mapa, um professor.

Livro indicadissimo, uma história quase que real, que me fez refletir sobre como a vida passa e não nos damos conta, como damos valor ao que não deveríamos e negligenciamos o mais importante.

E reforçou ainda mais minha impressão de que a literatura brasileira é uma das mais incríveis do mundo.


comentários(0)comente



Grifo no Kindle 19/08/2020

Amizade
Três moças de nome Maria se conhecem em um colégio de freiras e desenvolvem - mesmo sendo três pessoas tão diferentes - uma amizade sincera que se desenvolve ao longo do tempo
comentários(0)comente



Thamara 04/08/2020

Muito bom
Um livro muito leve de ser lido, porém é uma história forte, que nos prende e nos ensina a respeito de várias questões!
comentários(0)comente



Ana 02/08/2020

Ei literatura brasileira, pq tu humilha tanto todas as outras, ein?
Devo dizer que terminei essa leitura há algum tempo, mas acho incrível como ela sempre volta à minha mente. Não deveria ficar tão surpresa, afinal, literatura nacional costuma ter esse impacto na gente mesmo.

As Três Marias envelheceu tão bem no meu coração e na minha mente, sabe? Eu amo lembrar dos momentos da Maria no Rio, em tudo que ela viveu, em sua relação com as outras Marias. Foi uma leitura muito marcante e especial para mim, além de sua escrita tão bela, característica dos nossos maiores autores. Mais um livro que eu gostaria de apagar da mente só para ter o prazer de ler de novo pela primeira vez.

site: https://www.instagram.com/_literariana/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lavinia Teodoro 16/07/2020

Ótimo livro
Uma graça! Primeiro contato com a autora.
Adorei a narrativa da Guta no livro, contando sua história de vida, que começa quando dá entrada num internato feminino, aos 14 anos.
Guta - Maria Augusta - acaba fazendo amizade com duas meninas: Maria José e Maria da Glória, e juntas são apelidadas As Três Marias, que dividem entre si confidências, sonhos e frustrações. A história continua até depois que saem do internato e crescem, e nota-se a diferença da fala da Guta enquanto criança e enquanto adulta, sua mentalidade nas diversas experiências que passa ao lado das amigas e sua percepção do que ocorre também na vida delas. É uma leitura fluida e a Rachel é sucinta e direta. Li o livro rapidinho.
Indico
comentários(0)comente



Babi 01/07/2020

Preciso ler mais Rachel de Queiroz!!
As três Marias é um romance autobiográfico de Rachel de Queiroz, que foi escrito na década de 30 (por ser um livro mais antigo, achei que a leitura não ia ser tão fácil, mas me surpreendi com a simplicidade e a objetividade da escrita). É uma narrativa sobre acontecimentos banais, mas também expressivos, da infância, da juventude e da vida adulta das três Marias: Maria Augusta (a narradora e a personagem principal), Maria José e Maria da Glória, uma amizade que começou no colégio interno Imaculada Conceição em Fortaleza. Apesar da união construída nos tempos de infância, as meninas eram bem diferentes, cada uma com sua noção singular de família, com escolhas distintas de vida e, logicamente, com destinos diversos, mas sempre mantendo aquele elo estelar. Esse é o segundo livro que eu leio da autora, mas particularmente foi um convite pra reler "O Quinze" , ler "João Miguel" e "Caminho de pedras", no mínimo!
comentários(0)comente



Felipe 30/06/2020

Rachel de Queiroz
Foi meu primeiro contato com a autora e ouso dizer que talvez seja o último. Primeiramente, antes de falar do livro, falar da autora é essencial.
Rachel de Queiroz foi uma escritora cearense e muito elogiada em sua época pela suas obras, mas uma pessoa controversa. Uma autora que se dizia contra o feminismo e também participou do Golpe Militar de 64 e alegou em entrevistas, não ter se arrependido de ter ajudado nesse processo. Juro que tento entender como essa autora poderia ser contra o feminismo e ao mesmo tempo colocar em seus livros, mulheres protagonistas fortes e contestadoras dos valores daquelas décadas de 30 e 40. Confesso que fico ligeiramente decepcionado, acho uma contradição e talvez se soubéssemos mais sobre a vida de Rachel de Queiroz, entenderíamos seus motivos.
No livro "As Três Marias", temos Guta, que muitos especialistas dizem ser como uma representação da própria Rachel quando jovem. A personagem estudou em colégio de freiras e contesta todo o ensinamento dentro dessa Escola como a hipocrisia das Irmãs em realizar ajudas que não ajudavam em nada os mais pobres e os valores de como uma mulher deve ou não se comportar em sociedade. Essa protagonista também vai questionar sobre o sexo antes do casamento, sobre o amor, sobre a independência financeira da mulher. Como falar que esse livro não é feminista?! Isso que eu não consigo entender, o porquê da autora não gostar dessa definição sobre seus livros. A protagonista, repito, é questionadora, uma mulher a frente de seu tempo e por essas questões vale a pena ler o livro para entendermos sobre o machismo impregnado na sociedade da época.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Liliane.Alves 14/06/2020

Clássico da literatura brasileira
Meu primeiro contato com a literatura brasileira, depois da adolescência onde tentei por algumas vezes ler clássico brasileiros sem sucesso
comentários(0)comente



Fernando 11/06/2020

Um pouco de Raquel
Comenta-se que o livro traz muito da biografia de Raquel : sua falta de fé, seus amores secretos, a paixão pela leitura, o feminismo não como bandeira mas como prática..uma mulher à frente do seu tempo.
Nique 11/06/2020minha estante
Vale a leitura?




Let 11/06/2020

Intimidade
Meu primeiro livro de Rachel. Queria ler fazia já muito tempo. Esse romance é um que dói de saudade, de desejo, de solidão, de tudo. Rachel descreve a intimidade de Guta tão perfeitamente que parecia às vezes que eu e Guta éramos uma (e talvez sejamos, também). Se fosse descrever este livro em uma só palavra, seria íntimo. É extremamente íntimo.
comentários(0)comente



233 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16