Bia | @psicosedelivros 01/02/2021
Uma história de recomeços
O voo 2977 com destino a Los Angeles caiu, e o único sobrevivente é Edward Adler, um garoto de doze anos que estava viajando com a família para um novo recomeço.
O livro tem uma carga mais dramática e emocional, mas não exagerada a ponto de incomodar, porém não tão leve a ponto de nos deixar passar incólumes pela leitura, esse ponto é bastante pessoal, pois vai depender de momento.
Os capítulos intercalam entre o presente, contando como está Edward depois do acontecido, e no passado, durante as horas do voo, por pontos de vista de alguns passageiros, incluindo o próprio Edward, e essas cenas são muito importantes para entender a grandiosidade que é estar vivo.
No entanto, as partes narradas pelos passageiros durante o voo se tornam cansativas, principalmente por serem meio repetitivas, apesar de serem necessárias, pois ao meu ver, a autora quis dar ênfase à importância de todas as vidas perdidas do acidente.
O livro tem quebra no ritmo na narrativa, e isso a torna mais lenta, acho que o fato de ser em terceira pessoa não me ajudou a me conectar com a dor do Edward, e por vezes não senti a emoção que a autora tentou passar.
??Quero saber o que fazer.
?Isso é fácil. A mesma coisa que todos devemos fazer. Avaliar quem somos, e o que temos, e usar isso para o bem.?
É que as vezes não existe uma fórmula para superar, mas se pode conviver com isso. O livro traz a mensagem de viver o momento, de ir atrás de seus sonhos, de não deixar pra depois o que se pode fazer hoje.
A história foi inspirada em dois acidentes de avião reais, de 2010 do voo 771 da Afriqiyah Airways, que teve um menino de nove anos como único sobrevivente. O segundo foi a queda do voo 447 da Air France, a autora utilizou os registros da caixa preta real como inspiração.