A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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Isabela 11/12/2023

A paixão de tudo...
A situação mais banal que fez vir à tona as divagações mais profundas.
E quantas vezes deixamos situações assim passarem despercebidas? Quantas reflexões pulamos ao longo da vida?

Esmagar uma barata num apartamento vazio... Quantas coisas saíram? O grito interno da paixão, das paixões, da vida.

"Se eu gritasse ninguém poderia fazer mais nada por mim; enquanto, se eu nunca revelar a minha carência, ninguém se assustará comigo e me ajudarão sem saber; mas só enquanto eu não assustar ninguém por ter saído dos regulamentos. Mas se souberem, assustam-se, nós que guardamos o grito em segredo inviolável. Se eu der o grito de alarme de estar viva, em mudez e dureza ma arrastarão pois arrastam os que saem para fora do mundo possível, o ser excepcional é arrastado, o ser gritante."
"Eu só a pensara como fêmea, pois o que é esmagado pela cintura é fêmea."

Vou lembrar sempre desse livro!
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ícaro 10/12/2023

O livro mais desafiador que já li. A angústia da existência da personagem em suas milhares de formas deixa essa narrativa divertida e complicada. Lispector trás uma profunda reflexão entre o inexistente e o existente, o que realmente seria importante em um relacionamento, o eu-importante e o eu-"mascarado". Um livro muito bom! Super recomendo.
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Vivi Rocha 10/12/2023

Clarice é Clarice
É uma leitura extremamente difícil e tenho certeza que não sou a leitora que Clarice indicaria para avaliar o seu livro, pois acredito não ter entendido mais que 10% do que foi proposto.
Mas, Clarice é Clarice! Independente de entender ou não, é fato que ela é uma escritora extraordinária e que tem algo de transcendental na sua mente.
Eu tiro uma estrela mais por não ser o meu tipo de livro e não ter entendido o quanto eu gostaria, mas dou 4 estrelas pela genialidade que esse livro e essa autora possuem!
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Isis.Borges 09/12/2023

"Toda vida é uma missão secreta".

" Já que somos pouco e portanto só precisamos de pouco, por que então não nos basta o pouco?"

Amo as reflexões de Clarisse, porém me falta inteligência e sensibilidade para compreender 90% do que ela escreve.
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Sophye.Fiori 08/12/2023

Tem muita alma nesse livro

A Clarice contempla a existência do ser e a despersonalização de uma maneira interessante. Afinal, o que sobra da gente quando se tira todas as nossas camadas?

Mas, infelizmente, não acho que esse tipo de leitura seja pra mim.
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Chelly @leiodetudo 07/12/2023

Não foi dessa vez, Clarice.
Os últimos 15% eu li na base do ódio e leitura dinâmica. Insuportável. Chato. Sem sentido. Nojento. Quem leu e entendeu explica aí o que ela quis dizer pq meu cérebro de barata não captou.
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Pedralto 06/12/2023

Acho que não sou uma pessoa de alma formada como pretendia Clarice que fosse o leitor desse livro, pois creio não ter entendido nem metade do que há para ser entendido. Porém, não acho que isso importe tanto, afinal, nem mesmo G.H. entendeu com clareza o que viveu naquele quarto.

O que importa é que aquilo que eu de fato entendi foi extremamente valioso. A busca de G.H. pela própria identidade, pelo significado real do Real e das coisas. A sua tentativa de se definir e de se reconstruir. Tudo isso ressoa intimamente com as questões existenciais de qualquer um.

Recomendo esse livro a todos. Se você não tem a alma formada, com certeza terminará a leitura um pouco mais desenvolvido.
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Lara 06/12/2023

ARREBATADOR!!!!
Um livro simplesmente mágico, em cada parágrafo foi sendo consumada por completo por esta mulher denominada Clarice, aqui, neste livro deveras peculiar, acompanhamos a rotina mórbida e comum da personagem G.H, cuja mesma resolve limpar o quarto de sua ex empregada, já que a mesma via tal como uma forma de se encontrar, no entanto, ao abrir a porta, depara-se com o cubículo inteiramente limpo e íntegro, isso acaba abalando de certa forma a moça retratada no livro, que, por sua vez, neste pontapé exímio começa uma jornada em busca de si, salientando o mundo em suas vertentes mais nuas e cruas, a solidão, amores transpassados e a metáfora da barata, cuja está se perde no nojo que sente tanto para o bicho peçonhento como para si mesma, refutando e indagando sobre ser ou não ser, o existir e o devir das alucinações constantes de sua visão deturpada e efêmera do mundo, tal qual como ele é, podendo ser ambientado na quietude inabalável de seu apartamento e na rotina de uma pessoa que seria deveras comum, se não fosse G.H, autêntica, versátil, imaginativa e icônica em meias as entrelinhas da vida e da existência humana, do ser feminino e da autenticidade própria, escrito por Clarice Lispector de forma majestral a única, sem sombra de dúvidas, o meu livro de cabeceira, que, lido em um único dia, numa ida comum ao dentista, enquanto esperei por atendimento pude ser reconstruída e compreendida neste livro tão maravilhoso e encantador. É verdade que vos digo, assim como Lispector citou no começo desta obra exímia, só quem conseguirá ler de forma aprofundada e realmente compreender suas várias vertentes moldadas radicalmente será aqueles que possuem alma construída e pronta, em meio ao caos deste mundo, assim como G.H diria, vazio e neutro. Bom, isso é tudo, se você é sentimentalista e adora algo um tanto excêntrico mas que toca no coração, este livro é para você, Clarice, você é tudo, você é luz, você é esplendorosa ?
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Analu.rosario 02/12/2023

Como assim ela comeu a massa branca da Ba***a ?? ?
O primeiro livro que li da Clarice, gostei, mas fiquei chocada, confesso.
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Mel avelar 01/12/2023

A narrativa foge ao padrão convencional ao tratar dos problemas do ser consigo mesmo e com o mundo, resultando daí o chamado romance introspectivo. Os pensamentos são transcritos conforme eles surgem à cabeça da personagem.

A inquietação da personagem e da linguagem da obra é percebida logo no início da narrativa, no momento em que a narradora está começando a escrever.

Sem nome, G.H. fala sobre todos os seres. Entre suas vias possíveis está a mística, aberta a diversos temas, como a linguagem e a arte, que se fundem na busca espiritual.

O momento maior de revelação se dá na cena mais famosa do romance. A barata, após perder sua casca, expelir a secreção branca que aparece como sua última essência. G.H., então, a come. Estaria aí a renúncia que a personagem faz a seu próprio ser como linguagem, que, logo após o ato, entrega-se ao silêncio.

Foi meu primeiro contato com a escrita da Clarice e simplesmente fiquei com necessidade de ler mais de suas obras, é de uma forma tão clara o que ela passa na sua escrita que todo leitor consegue compreender o que ela quer expressa ao longo do livro, sem dúvidas nenhuma esse livro é para aquelas pessoas que em algum momento se sentiram com G.H.
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Gabriely 26/11/2023

Simplesmente Clarice, simplesmente eu; nós.
Essa tentativa de absorção do "eu" ao longo da narrativa me encantou muitíssimo. Vemos ciclos da personagem G.H ao tentar enfrentar os seus traumas (simbolizados por diversas metáforas como a da barata), a ressignificação de sua própria pessoa, o esquecimento de normas sociais impostas pela sociedade e pelo sistema em que vivemos (ideologia, por assim dizer). É um ciclo demorado, confuso, onde achamos que nos encontramos e quando vamos ver não, começamos a nos acostumar, a ignorar, a lutar novamente.

"Quero o material das coisas. A humanidade está ensopada de humanização, como se fosse preciso; e essa falsa humanização impede o homem e impede a sua humanidade. Existe uma coisa que é mais amola, mais surda, mais funda, menos boa, menos ruim, menos bonita."

A escrita de Clarice Lispector sinceramente é a mais bela que já li até a atualidade, e diante desse fato, afirmo o seguinte: essa obra é maravilhosa, acredito que todos uma vez na vida devem ler (juntamente com "A Hora da Estrela", onde esse fluxo de consciência de G.H começa a ser percebido somente no final).

"E é inútil procurar encurtar caminho e querer começar já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo de ir. A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de se viver, nunca se pode chegar antes. A via-crucis não é um descaminho é a passagem única, não se chega senão através dela e com ela.

Sou leiga acerca o assunto filosófico, entretanto, uma coisa que notei em todo o livro é a presença do existencialismo, da liberdade individual e do fator que essa liberdade resulta: a sensação de angústia em alguns momentos, juntamente com essa de "transcender" e até mesmo o neutro da coisa. É belo, magnífico, ver o quanto podemos ser, ou melhor: não vermos, só sermos. Não transcendermos, não botarmos mais expectativas e esperanças sem realizá-las.

Clarice é sentimento: amor, paixão, tristeza... Toca no nosso mais profundo, em reflexões absurdas, Clarice é gigantesca como todos nós somos, como uma mulher é em relação às mulheres e a um homem em relação a outros homens.
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Thaís 24/11/2023

Leitura difícil, tanto na linguagem, uma vez que Lispector abusa da metáfora, quanto no tema, por desenvolver-se através do processo de redescoberta de G.H. como ser humano. Lispector sugere que seja lido por "pessoas de alma já formada", será melhor aproveitado.

Pode parecer infantil utilizar-se de uma situação cotidiana banal, mas é sabido que são eles que nos inspiram.

"A Paixão Segundo G.H." é inquietante, desconcertante, enojante e ainda assim gratificante. São as histórias que inspiram nossos sentimentos que mais me agrada.

"Se só sabemos muito pouco de Deus, é porque precisamos pouco: só temos Dele o que fatalmente nos basta, só temos de Deus o que cabe em nós."

#bibliotecadoinatel
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Bruno 22/11/2023

É um livro aterrorizante. Ele escancara verdades sobre a vida que até então pareciam óbvias e claras, mas a forma como Clarice aborda essas questões provoca inúmeros sentimentos estranhos. Ela explora a busca pelo "eu" de uma forma crua e cruel. É uma leitura difícil de mastigar e pior ainda de digerir. O fim é brando pra recompensar a angustia que segue em todo o percurso de leitura. Esse livro deu valor a cada minuto da minha vida que eu gastei lendo ele.
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enriqi 22/11/2023

É um livro aterrorizante. Ele escancara verdades sobre a vida que até então pareciam óbvias e claras, mas a forma como Clarice aborda essas questões provoca inúmeros sentimentos estranhos. Ela explora a busca pelo ?eu? de uma forma crua e cruel. É uma leitura difícil de mastigar e pior ainda de digerir. O fim é brando pra recompensar a angustia que segue em todo o percurso de leitura. Esse livro deu valor a cada minuto da minha vida que eu gastei lendo ele.
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kkkkkaren 19/11/2023

O que fica ao finalizar a leitura de clarisse lispector é sempre um misto de questionamentos, vazios e esclarecimentos. Tudo ao mesmo tempo.

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam."
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