A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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Lana 02/09/2023

Foi um livro bem difícil de ler
Fazendo um apanhado geral, a história gira em torno de G.H., uma mulher divorciada e rica que, após demitir sua empregada, decide limpar o quarto desta. Ao mover um guarda-roupas, depara-se com uma barata, o que desencadeia uma profunda experiência de autoconhecimento. A partir desse encontro com o inseto, a protagonista embarca em uma jornada existencial, buscando compreender a sua própria essência e o sentido da vida.
É uma obra intensa, que aborda temas como a existência, a morte, o feminino e a essência humana. Clarice Lispector explora a dualidade entre o ser humano e o mundo exterior, levantando questões existenciais e filosóficas que confrontam o leitor e o convidam a refletir sobre a própria vida.
É uma experiência literária única.
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Nina 30/08/2023

"A condição humana é a paixão de Cristo"
Ler Clarice, para mim, sempre é um exercício de conter as águas com as mãos e as sentir indo embora. Eu sempre perco algo.

E talvez seja nessa falta, nessa entrega ao desconhecido, q A paixão segundo G.H (alguns dizerm ser gênero humano, mas não sei se é fic) se baseia.

Através do espanto de ver uma barata, a protagonista consegue perceber que a vida e ser é muito mais do que ter um nome, pois o mundo, assim como as batatas o são antes de termos consciência do que é e do que fazemos.

É como se G.H estivesse chegado ao âmago de tudo ao descobrir-se, junto com as baratas e tudo o que é mais antigo, alguma coisa além de humana e não atingida pelo tempo. É como se ela percebesse que toda a sua busca na vida, assim como a minha, foi a de encontrar essa grande verdade esculpida nas esfinges simples de apenas ser, sem justificativa, sem explicação e, por essa razão, descobrir Deus como o sabor insípido das coisas que só são.

A paixão de G.H, assim como a de Cristo, é a de ter no espanto diante daquilo que se é, a condição de ser: a dor de ser, a desistência de se tornar e a entrega total a uma vida que se resume a aceitar a falta e a própria insuficiência.
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skuser02844 28/08/2023

Quando eu começava a achar que estava entendendo um pouco a G.H, tudo se misturava depois me confundindo novamente. É um livro bom, mesmo complexo. Gostei e marquei bastante, mas acho que n foi o momento certo de ler, pretendo dar uma nova chance futuramente
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Brê 22/08/2023

Você tem que ler sem querer entender tudo, tentando absorver o máximo que puder de cada página.. preciso ler mais obras da Clarisse para enfim ter uma opinião sobre a autora!
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fvrelos 21/08/2023

Clarice lispector não é pra entender, é pra sentir e eu senti cada pedacinho desse livro e me emocionei com a descoberta de uma GH (assim como eu) sobre a vida e o amor, e agora vou segurar a mão dela pra também poder descobrir a verdade sobre o mundo a vida as coisas os sentimentos o neutro a alegria a tristeza a indiferença e a paixão
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Nani84 20/08/2023

Um livro difícil.
Tenho imenso respeito por Clarice, amo A hora da estrela e Felicidade Clandestina, mas essa leitura definitivamente não me pegou.

Talvez o erro tenha sido meu, de insistir nesse tipo de narrativa em fluxo de consciência. Para mim não funciona, não consigo estabelecer conexões profundas e acabo me desinteressando.

Mas embora tudo isso, o valor filosófico e altamente existencialista está presente e continua sendo uma característica marcante de sua obra.
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joão pedro 20/08/2023

É Clarice
É um livro muito bom, profundo, que abre questionamentos emocionais e psicológicos extremamente válidos sobre vários temas como identidade, amor, paixão e Deus. Entretanto, em alguns momentos, senti que a narradora se perdeu um pouco em meio ao seu fluxo de consciência.
Mas mesmo assim, o livro possui muito mais pontos positivos do que negativos, extremamente positivos, na verdade.
Por fim, é importante lembrar que esse livro, assim como várias obras da Clarice, deve ser lido de modo a tentar sentir o que ela quis expressar, e não de maneira unicamente lógica.
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apoesiamesalva 18/08/2023

Clarice é sempre genial
Esse livro é uma experiência e tanto. me fez questionar a mim e aos meus conceitos pré-estabelecidos. é uma jornada entre se desconstruir em fragmentos, se entender e se juntar novamente. é difícil classificá-lo em convenções literárias engessadas, mas é um livro para se sentir.
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yas 14/08/2023

não tenho palavras pra descrever o que foi ler esse livro. Clarice é bizarra. e eu amo ela demais. favorito da vida
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Edilinda 07/08/2023

Um bom livro, confuso, intenso, bem escrito de maneira suave pela Clarice Lispector, leiam esse livro, a autora é feita para ser sentida.
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Mariavitoria_sf 03/08/2023

Um livro singular
Eu amo os livros de Clarice, com este não foi diferente! A história de GH te leva a refletir sobre a vida dela e sobre a sua. Leiam!
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esther 02/08/2023

Indescritível
Recomendo muitíssimo a todos.
Clarice permanece irrotulavél, indecifrável,arrebatadora.
Que leitura maravilhosa! Amei cada capítulo e li com muita atenção, já qua não é um livro de fácil compreensão. Até porque, a compreensão do mesmo é relativa, o que deixa a obra mais maravilhosa ainda.
Obrigada Clarice! Obrigada
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Isa 01/08/2023

Que experiência única que só clarice pode proporcionar, como barata e a empregada são uma metafora, como a gh é feita pra ser despersonalizada e assim ser um pouco de cada um, mas ela continua sendo única.
ela começa a carta em completo estado de confusão mental e no final ela se satisfaz com a desistência, com falta de ou resposta, ou no caso pergunta.
incrivel como tem palavras que se repetem inúmeras vezes no livro (eu sei pq não aguentava mais ver elas) e paixão mal aparece, mostrando o quanto essa palavra pequena e simples faz toda a diferença
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just.elis 29/07/2023

Uma mulher luta desesperadamente pela vida
Me perdi um pouco aqui e ali, mas me permiti demorar e voltar em alguns parágrafos. Ainda assim, acho que uma releitura seria uma experiência de primeira leitura. É tudo muito complexo e quase etéreo na narrativa de G.H. E com certeza não esperava o plot kkkkkkk de qlqr forma, tirei a estrela pessoalmente por conta de qnd o assunto começou a vaguear sobre o Deus, que não gostei. Fora isso, perfeito. Leitura incrível e tocante. Se você volta no início do livro percebe como GH amadureceu nos pensamentos até a última página, mt embora toda a trama se passe em algumas horas. É mt interessante como ela passou de não saber quem é, para se perder e então se encontrar. Mt relatável. Vi em algum lugar dizendo que um professor não havia entendido a obra de Clarice, enquanto uma adolescente a tinha como livro de cabeceira. Pq Clarice é "sentível", não entendível. Alguns trechos que grifei (entre milhares):

"... o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele."

"Eu me pergunto: se eu olhar a escuridão com uma lente, verei mais que a escuridão? a lente não devassa a escuridão, apenas a revela ainda mais."

"Quem sabe eu tive de algum modo pressa de viver logo tudo o que eu tivesse a viver para que me sobrasse tempo de... de viver sem fatos? de viver. Cumpri cedo os deveres de meus sentidos, tive cedo e rapidamente dores e alegrias ? para ficar depressa livre do meu destino humano menor?"

"(...) quanto a mim mesma, sempre me conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim. De algum modo 'como se não fosse eu' era mais amplo do que se fosse ? uma vida inexistente me possuía toda e me ocupava como uma invenção. (...) Essa imagem de mim entre aspas me satisfazia, e não apenas superficialmente. Eu era a imagem do que eu não era."

"A vida, meu amor, é uma grande sedução onde tudo o que existe se seduz."

"O que é que me havia chamado: a loucura ou a realidade? A vida se vingava de mim, e a vingança consistia apenas em voltar, nada mais. Todo caso de loucura é que alguma coisa voltou. Os possessos, eles não são possuídos pelo que vem, mas pelo que volta. Às vezes a vida volta."

"Mas eu quero muito mais que isto: quero encontrar a redenção no hoje, no já, na realidade que está sendo, e não na promessa, quero encontrar a alegria neste instante ?"

"Eu já havia abandonado a mim mesma ? quase podia ver lá no começo do caminho já percorrido o corpo que eu havia largado. Mas eu ainda o chamava por momentos, ainda me chamava. E era por não ouvir mais a minha resposta, que sabia que me havia abandonado já para fora de meu alcance."

"Perder-se é um achar-se perigoso."

"(...) pois não sou adulta bastante para saber usar uma verdade sem me destruir."

"Eu sou mansa mas minha função de viver é feroz."

"Somos livres, e este é o inferno."

"(...) minha exigência é o meu tamanho, meu vazio é a minha medida."

"alguma coisa teria sempre, sempre, que estar aparentemente morta para que o vivo se processasse?"
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