vinizambianco 21/04/2024
Durante a história, conhecemos Guy Montag, bombeiro que depois de passar por uma experiência acaba por repensar suas ações e do mundo do qual faz parte.
Os personagens são poucos e a história é bastante curta (pouco menos de 200 páginas), então muitas das storylines são desenvolvidas de forma bastante sucinta e rápida, porém em muitos momentos a narrativa é truncada, especialmente pelos temas com o qual o autor trabalha, é muita ?filosofia?, muitos pensamentos abstratos, e na minha concepção os personagens apesar de bem construídos não são tão interessantes pelo curto tempo.
A critica ditatorial é muito bem empregada, eu adorei o pano de fundo e imaginar um mundo em que os livros sejam proibidos é doloroso só nas fantasias, e se colocarmos numa ótima real, não é de hoje que vemos livros sendo ?proibidos? e taxados como ilegais, é algo muito perto da realidade, e suas nuances mesmo tendo sigo escrito há mais de sessenta anos atras refletem os dias de ontem e os dias de hoje.
Com uma narrativa critica e muito a frente do seu tempo, Ray Bradbury nos leva a pensar sobre um mundo de cordas e focinheiras, e consegue nos levar pra uma realidade não muito longe da nossa, uma realidade dolorida, critica, silenciosa, e principalmente muito quente, um mundo em que queimar é absolutamente maravilhoso, mas que apenas com o fogo, a terra fica boa o bastante para florescer novamente