Luigi20 08/08/2023
Até que tenhamos Rostos, sem precisar de um..
Visto que, grande parte das obras literárias de Lewis destacam-se pela apologia e fantasia cristã, como crônicas de narnia ou cartas de um diabo ao seu aprendiz, a obra "até que tenhamos rostos" trata-se da reescrita de um mito, cuja história na perspectiva e escrita de Lewis muda não só a protagonista como a mensagem que a obra transmitia, no conto "Eros e Psyque", originalmente, a história gira em torno de Psyque, a irmã mais nova do Rei de Glome, porém, na ficção de Lewis, ele explora o lado da irmã mais velha de Psyque, Orual, e nisso, embasa o conto do cupido na visão desta irmã, com uma estrutura de cenário, personagens, história e diálogos simplesmente fabulosos e intrigantes!
Particularmente, por compartilhar da fé de Lewis como um Cristão, percebi diversas semelhanças com a bíblia sagrada, contudo, isso é algo da minha parte, eu já havia lido o conto original do cupido, mas comparado com a reescrita de Lewis, não passa de uma fonte perto da grandiosidade literária! A mensagem constante que o livro nos passa é o fato do amor falho do ser humano, e que quão egoísta, egocêntrico e mesquinho pode ser.
Trato de dizer, que meu título baseou-se na grande mensagem do livro, Até que tenhamos rostos para responder todas as perguntas que fazemos de dentro de nós, é a questão de Orual, mas o problema é acharmos que precisamos de mais rostos, pois apenas com uma face, que está na nossa frente, que as perguntas se vão completamente, interprete da maneira que quiser qual face é, seja do seu amado, do seu objetivo, de você mesmo, mas pra mim, é claro, que o "deus sem nome" dito pelos gregos do passado, o único diferente dos deuses descritos no livro, é o que responde a pergunta que não tem resposta pronta! Boa leitura!