Sarah 13/06/2014
Sarah, éis um nome lindo!
Ao analisar a capa e ler o resumo, presumi logo de cara que contava a história de alguém judia e como Sarah é um nome hebraico, portanto Judeu... Logo associei juntamente com a estrela amarela de Davi na roupa da loirinha da capa.
Acho mais do que importante ler sobre os judeus e como eles sofreram. Nos fazem refletir imensamente sobre os seres humanos e até onde suas maldades vão. Neste livro, diferentemente da maioria, conta da batida policial em Paris, ao invés da Alemanha e a personagem (Julia) retrata principalmente o pouco caso dos parisienses perante a data 16 de junho de 1942, quando Sarah, sua família e outros milhões de judeus foram tirados da sua casa em uma madrugada de quarta feira, deixando para trás todos seus motivos para sorrir, suas casas, suas vidas. A pequena Sarah, escondera seu irmãozinho em um compartimento secreto no armário durante a batida policial em sua casa. Ela jurou que voltaria. Michael estaria seguro, certo? Lá dentro continha seus livrinhos, ursinho de pelúcia, lanterna e água. Ela não iria demorar, não é mesmo? Michael ficaria seguro.
E então uma série de conflitos acontecem, barbaridades sem tamanho, a mocinha vai contando sua história, sobre a fome, a vergonha, as mortes que ela vira, o quanto ela sofreu, mas tudo a impulsionava a continuar viva por Michael. A história é completamente emocionante, te deixa com o coração na mão e é intercalada com a história de Júlia, que mesmo menos interessante que a de Sarah, é intrigante, cheia de problemas atuais, críticas da sociedade francesa e descobertas incríveis sobre o que ocorrera com Sarah. Se ela sobrevivera, se escapara do campo, se havia encontrado Michael novamente. É profundamente triste, realista, céus, é sensacional. Só acho que perde um pouco pra vida da Julia e o fim. Mas Sarah, ah, Sarah é esplendida! Eu a queria para mim.
As pessoas não podem simplesmente ignorar que houve uma guerra, um massacre verdadeiro, onde pessoas perderam tudo que tinha e impregnadas em suas mentes ficaram marcas jamais esquecidas. Coisas tão horríveis, até demais para um coração jovem.