Cacau 26/04/2012Muito bom!Eu tenho um fascínio pela 2ª guerra. Não sei o motivo, mas as histórias me encantam e me entristecem ao mesmo tempo.
O livro, em sua maioria, alterna entra o passado e o presente. Conta a história de Sarah Starzynski, arrancada de sua casa junto com seus pais, e levados, junto a outras milhares de famílias judias, ao Vel’ d’Hiv.
Lá, ainda com o seu coração doído por ter deixado Michael, seu irmão, para trás, ela tem ainda de ver e conviver com a dura realidade dos campos de concentração. Vê seu pai e sua mãe serem separados e levados à morte em Auschwitz. Numa fuga perfeita, com sua amiga de "campo", Rachel, encontra a liberdade e uma família que lhe dá abrigo, segurança, amor e um novo sobrenome. Mesmo sendo por eles acolhida, ela tem seu coração despedaçado, mas ainda cheio de esperanças, de rever Michael. Infelizmente, ela e sua chave chegaram tarde demais, o garoto sucumbiu à sua própria sorte e se foi sem conhecer as partes mais duras e dolorosas da guerra.
Julia Jarmond, uma americana, casada com um francês, jornalista, recebe do seu chefe a missão de fazer uma reportagem sobre o Velodróme de Hiver. E nessa busca desenfreada por saber o que aconteceu naquele julho de 1942 é que ela vê a sua vida e a de Sarah entrelaçadas, numa história que envolve a família de seu esposo, Bertrand.
Tatiana de Rosnay foi muito feliz ao escrever e publica este livro que tem uma leitura leve e rápida, num contexto pesado, e mostra que a vida de uma jornalista bem sucedida, com uma filha de 12 anos, um casamento abalado e uma gravidez inesperada aos 45 anos, lutando para tentar diminuir a dor de quem passou pelo horror da 2ª guerra.
Vale a pena lê-lo!