Andreza.Ramos 20/07/2018Resenha: Sociedade Secreta: Rosa & TúmuloEsse é o primeiro livro da série Sociedade Secreta da escritora Diana Peterfreund. Ele conta a história de Amy Haskel uma estudante de literatura da universidade de Eli, editora do jornal literário e pronta para fazer parte de uma Sociedade Secreta.
Ser de uma Sociedade Secreta é a vontade de muitos alunos, além de fazer parte de um “clube” onde vocês podem compartilhar e fazer amigos, portas serão abertas e oportunidades virão. Esse é o objetivo de Amy, todo seu currículo foi montado cuidadosamente para ter seu futuro assegurado e entrar na Pena & Tinta, a sociedade secreta que convoca escritores da Eli, é um de seus objetivos. A Pena & Tinta é como de costume convoca todos os editores da revista literária e Amy está pronta para ser chamada. Mas nem tudo sai como ela queria.
No dia de sua entrevista ela recebe uma ligação dizendo para estar em certo lugar na hora marcada, ansiosa para sua chamada evidente para Pena & Tinta ela vai sem receios. Mas ao encontrar uma sala escura, pessoas encapuzadas e perguntas além do conhecimento alheio Amy desconfia que algo possa estar errado.
Ao descobrir na noite de convocação que foi de que foi recrutada não pela Pena & Tinta, mas sim para Rosa & Túmulo, uma das sociedades mais famosas e poderosas da Universidade, as suspeitas de Amy vão extremo afinal a Rosa & Túmulo nunca convocou mulheres antes. A partir dessa noite Amy vai descobrir que dizer sim vai acarretar grandes surpresas pra sua vida.
A premissa desse livro foi bastante interessante, nunca tinha lido nada que envolvesse esse assunto sobre sociedades secretas entre os jovens e todo o seu funcionamento.
Os personagens é composto por um grupo bem heterogêneo e com representatividade, tem a patricinha rica, o playboy gostoso, o gay não assumido, a feminista, a religiosa e os normais (risos) e a interação deles não é nada forçada, pelo com contrário, bem divertida, e nada caricata.
Tem romance? Teeeeeeeem, mas ficou bem em segundo plano. Amy tem um não relacionamento com Brandon, seu amigo e parceiro no Jornal Literário, porém a balança do amor esta muito desigual nesse relacionamento. Como esse é o primeiro volume da série muitas coisas ainda serão desenvolvidas então vamos ver como vai desenrolar esse romance.
Eu gostei muito da Amy nesse sentido, pois ela não é o tipo de pessoa que precisa ter um homem ao seu lado para viver, ela gosta de sair, de ficar, mas não tem um sentimento profundo e não sente uma necessidade de namorar e ter um homem como suporte. O que não quer dizer que não faça umas besteiras ao longo da história por conta de garotos, todas sempre fazem, não é mesmo? (risos).
Apesar de ser um livro um pouco antigo, aborda assuntos bem atuais e que estão rolando muito na mídia. Pelo fato de Rosa e & Túmulo ser uma sociedade majoritariamente composta de homens e entrada das mulheres não foi bem aceita pelos membros mais antigos e isso gera um problema que vai ser bem discutido ao longo do livro. Ele foca bem nessa luta das mulheres em serem aceitas dentro da sociedade, tenta trazer um pensamento da igualdade entre gêneros, mostra o lado “machista” de quem é contra essa inserção das mulheres. É muito interessante ler sobre esse assunto. Diana soube abordá-lo sem marginalizá-lo e muito menos vitimizar as mulheres.
A leitura foi bem positiva apesar de ter uma linguagem bem casual e diretamente para os jovens e narrado de forma a parecer uma confissão da parte da personagem principal. Estou bastante empolgada para ler os próximos.
TRECHO:
“ – Qual é o seu problema com as mulheres? – Demetria foi direto ao ponto – A Rosa & Túmulo tem nas últimas décadas, aberto sua lista de convocados para minorias, estrangeiros, homossexuais, pessoas religiosas, credos e posições sociais diferentes. Por que não as mulheres?
– Não é preconceito contra as mulheres – um dos patriarcas falou – Só não achamos que haja nenhum motivo para começarmos a convocá-las. (…)
– Vai nos transformar num maldito clube de encontros amorosos – outro desdenhou.
– Já posso ver as acusações de estupro.”
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