spoiler visualizarvictor 17/02/2024
Cara, tô devastado. Que final profundo.
Confesso que no começo, achei que seriam aqueles romances muito clichês e previsíveis. Mas conforme os capítulos
foram se passando, fui percebendo sua profundidade e filosofia.
O final me deixou tão pensativo que não pude hesitar em olhar para a parede do meu quarto por uns 5 minutos e refletir sobre tudo o que havia lido.
O livro te faz sentir toda a intensidade que ele se propõe a fazer, por conta de todos os temas principais que ele retrata: amor, morte, luto, amizade e niilismo.
A gente se sente como Miles, procurando um Grande Talvez, e também ficamos muito pensativos quando nos deparamos com a morte de Alasca, e também ficamos perplexos como se fosse uma grande amiga próxima nossa. E é isso que faz desse livro tão profundo, ele te faz questionar suas ideias sobre a vida, a juventude, a morte, a forma como nossos pequenos atos influenciam, e possivelmente, trazem consequências a pessoas próximas à nós. Sabe, é tudo uma lição de moral muito forte, ainda mais para quem já esteve de luto ou já teve um amor platônico.
E a questão do labirinto é o que mais te deixa com a cabeça nas nuvens, e elas ficam ainda mais quando você se depara com o final do livro e a grande interpretação de Miles a respeito dele.
E é muito doido pensar que foi a própria Alasca que surgiu com essa questão e ainda deixou todos os personagens ainda muito pensativos, mesmo depois de sua morte, conseguindo até mesmo enfeitiçar os leitores.
E a maior quebra de realidade desse livro é o fato da Alasca morrer no meio dele, onde até esse ponto, vc já simpatizou com ela o suficiente para sentir um sentimento de vazio depois do livro, e se perguntando o motivo disso ter acontecido.
Quem é Você, Alasca? é sobre perda, luto, juventude, adolescência, relacionamentos, amizade, e isso tudo é uma questão do labirinto. É sobre uma luta contra o niilismo e o vazio que muitos de nós sentimos após perdermos um ser-humano.
E você, que está lendo, espero que algum dia, encontre seu "Grande Talvez" e saia desse labirinto infernal que percorre por nossa existência.
Nota: 8,5/10