camicia 18/02/2024
Quando comecei a ler achei que seria só mais um livro bobo e superficial, porém estava absolutamente enganado. A forma com que o autor conta a história, constrói as relações me surpreendeu muito, e quando reparei já havia me apegado aos personagens e ao contexto em si, sem falar que o fato de o livro fazer uma contagem regressiva em quanto o tempo vai passando acaba gerando uma ansiedade para o ato principal do livro. Na minha experiência lendo, o final não foi tão surpreendente, pra falar a verdade até esperado. Entretanto foi uma experiência bem legal, recomendo a leitura.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi ele não ser narrado pela própria Alaska, a figura central da história. Isso contribui para a criação do mistério em torno dessa personagem, como se o mais perto que vamos chegar de conhecer quem é Alaska é através dos olhos de outra pessoa, o que naturalmente é uma visão distorcida e parcial. Além disso, o livro explora a união muito forte de um grupo de amigos com personalidades muito diferentes, mas que quando colocadas juntas, fazem muito sentido e geram uma conexão incrível, o que leva o leitor em uma jornada empolgante acompanhando suas aventuras e as maravilhas de ser jovem e poder se aventurar em vários grandes talvez.
O jeito com que o autor expressa os sentimentos confusos de Miles com relação a Alaska, faz com que nós nos sintamos em sua pele, podendo dividir todas as sensações provocadas por ela.
O fato de Alaska ser confusa e misteriosa abre espaço para múltiplas interpretações que trazem consigo teorias, tudo o que acontece no livro pode ser uma grande metáfora, algo que a própria garota adora e busca, isso faz com que o leitor se sinta mais atraído para a leitura, já que é algo que estimula a imaginação e a sua capacidade de interpretar os acontecimentos de diferentes formas.
Se eu fosse a autora dessa pérola literária, não mudaria uma vírgula sequer.
Obrigada Bia, por me apresentar está obra literária.