Matadouro Cinco ou a Cruzada das Crianças

Matadouro Cinco ou a Cruzada das Crianças Kurt Vonnegut




Resenhas - Matadouro 5


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GreiceG 03/10/2021

Muito bom
Não sabia o que esperar desse livro, mas com certeza não estava preparada para o que li. Ele é um livro sobre guerra, mas é anti guerra. A maneira como o autor escreve é única, fragmentado, misturando relatos da guerra com viagem no tempo, recomendo.
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Let_almeida 03/10/2021

Ironias da vida. A simplicidade do inexplicável. Os horrores em q fomos habituados.
Esse livro não é uma leitura convencional, apresentando uma forma de linha de pensamento ao invés de um roteiro estruturado, que proporciona um tema de humor desencantado/amargurado. Tal noção acessível pareia muito bem com o lema ?é assim mesmo?, que acompanha acontecimentos e reflexões assombrosas em uma conclusão de contentamento/aceitação. Essa atitude frente à vida e aos horrores da guerra torna essa leitura bem individual e imperfeitamente perfeita, não tentando fugir das dúvidas e negações de um escritor buscando refúgio no passado.
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Paula.Moreira 01/10/2021

"É assim mesmo" - "so it goes..."
Com passagens muito boas, o livro é uma mistura de romance histórico autobiográfico com ficção científica.
No início da minha leitura, eu estava meio confusa e apreensiva para saber se alguma hora eu iria conseguir estruturar a história do livro. Mais para frente, eu peguei o ritmo e o livro ficou mais claro e bem interessante.
Gostei muito do desenvolvimento do livro, e acho que ele foi muito bem sucedido em não glamourizar a guerra. Mas ao mesmo tempo, não gostei de como as mulheres foram retratadas no livro e diminui a nota muito em virtude disso.
No mais gostei da experiência!
Guilherme 02/10/2021minha estante
Como o autor retrata as mulheres no livro?! Se tiver tempo e paciência, conta só um pouquinho... Seus comentários sobre "A Casa das Belas Adormecidas" foram bastante relevantes, pontuou coisas que eu não havia notado...


Paula.Moreira 03/10/2021minha estante
Vou te dar um exemplo! (Por mais sutil que seja, o que acaba me incomodando é o somatório de coisas sutis.) "A mulher tinha uma beleza suave e translúcida, conquistada por uma longa alimentação composta exclusivamente por batatas. O homem vestia terno, com gravata e tudo." Aqui ele faz um juízo de valor quanto a aparência da mulher e no outro ele faz apenas uma descrição. Isso sozinho não incomoda... Mas num contexto maior já é o suficiente para me irritar.


Guilherme 04/10/2021minha estante
Deu para entender bem o seu exemplo, vou me atentar para isso agora... Lembrou-me "Guerra e Paz", sinto que ele dá um tratamento diferente para as personagens femininas, você deve notar melhor do que eu quando for ler; e ele faz uma aberração literária com uma personagem feminina no fim do livro, acho que o exemplo mais claro...


Paula.Moreira 04/10/2021minha estante
Pois é... Eu acredito! Tenho uma amiga que sempre fala do machismo do tolstoi!


Guilherme 04/10/2021minha estante
Pois é... Um autor de vida controversa: como marido e como homem foi um pesadelo... Destaca-se mesmo pela literatura e outras ações...




Vanderson.Ramos 01/10/2021

Penumbra de um sobrevivente.
No início demorei para organizar as informações que o autor apresentar, mas ao colocar minha observações em uma folha, percebi o quão genial Kurt foi ao apresentar esta trema. poderia aqui discorre páginas de observações, mas um amigo(@livros13m) meu fez uma breve e completa resenha desse livro, a qual se segue:

.
É ASSIM MESMO!

📚📕Um livro genial! Kurt consegue descrever o indescritível: As mazelas de uma guerra.

De forma simples, irônica e cômica, Kurt descreve os acontecimentos sem romantizar os horrores da guerra como muitos autores fazem. O autor descreve todos os malefícios que uma guerra pode trazer para os seus combatentes, que muitas vezes nem tem a liberdade de escolher estar lá. Como subtítulo ele utiliza "A cruzada das crianças" pois jovens e jovens foram enviados para a morte, sem nenhum tipo de preparo, somente para um bem maior...

👤Billy Pilgrim é um personagem fictício que é chamado de última hora para a guerra, um homem jovem, franzino, convocado para conhecer o mundo, mas dentro de trincheiras, onde certamente ele não queria estar.

O livro conta o bombardeio de Dresden, um dos maiores bombardeios da segunda guerra, mas um dos menos comentados, pois todos os holofotes se concentram em Hiroshima e Nagasaki. Os traumas com certeza estão elucidados nesse livro, pois o personagem está a todo momento viajando no tempo, conhece alienígenas, viagens Espaciais, no hospital, etc. A guerra é tratada de forma "natural" sem muitos caprichos, sem muitos heroísmo, pois na guerra todos perdem. Existe uma desumanização no livro, há cenas horríveis no livro e o autor sempre termina com: É assim mesmo. Descaracteriza o homem, pois isso é o que realmente acontece em uma guerra, é necessário haver isso para haver a batalha. Pode se fazer um pequeno paralelo nos dias de hoje com a mídia sanguinária que há, sempre mostrando notícias extremamente horripilantes como um comercial infantil, pois, é assim mesmo.

É assim mesmo, isso sempre existiu, foi assim, as guerras fazem parte dos homens, infelizmente, e não há glórias, heroísmo, todos estão errados, uns mais que os outros, guerras são inúteis.

🎬📽️ Há um filme não muito famoso de 1972 de título homogêneo.

🎸🎼 Não sei referências claras na música deste livro, mas há várias músicas sobre guerras:
Master of war - Bob Dylan
Rosa de Hiroshima - Secos e molhados
Era um garoto - Engenheiros do Hawaii
Protect the land - SOAD
Soldados - Legião Urbana
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Deghety 09/09/2021

Matadouro
Matadouro Nº5 me lembrou uma mistura de
O Apanhador no Campo de Centeio com O Guia Mochileiro das Galáxias, o "desinteresse" pela vida e suas inerências do primeiro e as loucuras do segundo.
O livro conta a história de Billy Pilgrim, dentro de viagem no tempo, abdução alienígena e guerra. Na verdade é um livro dentro de um livro.
Quem descreve a história de Billy Pilgrim é o personagem Yon Yonson, que participou da segunda guerra e decidiu escrever sobre ela.
O fato histórico em destaque é o Bombardeio de Dresden, um acontecimento inacreditável dadas às proporções e que pouco se conhece. Talvez seja a razão do personagem Billy Pilgrim ser meio que esquizofrênico e Yon Yonson usar sempre a frase: "Coisas da Vida". Dando a entender de como a humanidade na maioria das vezes faz pouco caso da humildade.
As viagens no tempo feitas por Pilgrim são bem bizarras, porque são mais lembranças do que as viagens no tempo que conhecemos em outras ficções.
O livro é bastante irônico e maluco, principalmente no vai e vem temporal.
O ponto forte é o relato, mesmo dentro do estilo narrativo despretensioso, do Bombardeio de Dresden e o ponto fraco é que a gente sempre fica esperando por algo extasiante e a narrativa segue numa linha reta mediana.
3.7/5
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Luiz.Goulart 07/09/2021

Este libelo contra o absurdo das guerras
“Billy Pilgrim ficou solto no tempo”.

Assim o norte-americano Kurt Vonnegut começou o livro que o colocou no panteão dos grandes autores do século XX: o clássico moderno Matadouro Cinco.

O livro caiu como bomba ao ser lançado em 1969 bem durante a Guerra do Vietnã, sendo imediatamente abraçado pela contracultura e pelos hippies, chegando a ser banido de alguns estados norte-americanos, o que foi revertido pela Suprema Corte do país.

Este libelo contra o absurdo das guerras tem como pano de fundo a horrorosa destruição da bela cidade alemã de Dresden, conhecida como “A Florença do Elba” no finzinho da Segunda Guerra Mundial, ato covarde dos britânicos e americanos. Este episódio vergonhoso, dentro de uma guerra já suficientemente vergonhosa, mostra sua face mais amarga por ter ficado obscurecido pelas duas bombas atômicas despejadas logo depois no Japão. Mais inocentes morreram na destruição de Dresden do que em Hiroshima e Nagazaki e até hoje isto está relegado aos escaninhos da História.

O personagem central, Billy Pilgrim, sobreviveu como soldado americano à destruição de Dresden e esta marca profunda faz com que ele atravesse a sua vida alternando viagens no tempo e no espaço, abduzido por extraterrestres, navega entre passado, presente e futuro. Dá para suspeitar de uma síndrome de stress pós-traumático e fuga da cisão da mente, mas brilhantemente, o autor não deixa isso explícito nem apela para sentimentalismo, recorrendo até mesmo a pitadas de humor.

Atualmente, o livro é lançado no Brasil pela editora Intrínseca com uma bela capa dura comemorativa do cinquentenário da obra-prima, mas a edição que li é mais antiga, da L&PM, e que tem basicamente uma grande diferença na tradução, que é exatamente o bordão do livro, repetido infinitamente ao longo de cada página. O original “So it Goes” foi traduzido por “É Assim Mesmo” pela Intrínseca, mas na L&PM era traduzido por “Coisas da Vida”. Parece implicância minha, mas de tanto ser repetido, fica evidente que “Coisas da Vida” traduz mais a ideia da falta de livre arbítrio exposta do original do que “É Assim Mesmo”.

O livro tem o subtítulo de “A Cruzada das Crianças" e contextualiza a origem daquela horrível Cruzada na Idade Média. Há uma potente passagem quando o narrador se defronta com a raiva da esposa do amigo com quem lutou na Guerra: “Vocês farão de conta que eram homens em vez de crianças e suas vidas serão interpretadas no cinema por Frank Sinatra, John Wayne ou algum outro desses velhos safados e glamorosos defensores da guerra. E a guerra parecerá formidável e teremos muitas guerras mais, que serão lutadas por crianças”.

Então o autor lhe promete: “Mary, não creio que esse meu livro jamais chegue a ser terminado. Devo ter escrito umas cinco mil páginas e rasguei todas. Mas uma coisa eu lhe prometo: se algum dia eu terminá-lo, não terá papéis que sirvam para Frank Sinatra ou John Wayne. E vou chamá-lo de A Cruzada das Crianças”.

Este livro é uma preciosidade como ficção científica, como resgate da História, como exercício de literatura moderna e elegante narrativa repleta de metalinguagem. Trata-se surpreendentemente de uma leitura muito fluida, irônica e mesmo simples, artifício inteligente para ao abordar um tema tão difícil, torná-lo mais acessível a todos.

Como paralelo da destruição bíblica de Sodoma e Gomorra, Kurt Vonnegut vê-se como a mulher de Ló, que desobedeceu a ordem divina de não assistir ao horror, não olhar para trás: “Mas ela olhou. E eu a amo por isso, porque foi um ato muito humano. Aí ela virou uma estátua de sal. É assim mesmo. As pessoas não devem olhar para trás. Eu garanto que não vou fazer mais isso. Já terminei meu livro sobre a guerra. O próximo vai ser divertido. Este é um fracasso, e tinha mesmo de ser, pois foi escrito por uma estátua de sal.”.

Coisas da vida ! É assim mesmo!

site: http://chacais-sempre-espreitam.blogspot.com/
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tcharles 06/09/2021

Memorias
Muito importante lembrar pra não voltarmos a repetir. O livro pode ser pesado, leve, rápido ou lento dependendo de como você o ler. Mas acima de tudo a narrativa é boa e os acontecimentos são reais, não tem muito o que dizer além disso.
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Leonardo.Rodrigues 06/09/2021

Perfeita e diferenciada abordagem da Segunda Guerra
Ao começar a ler esse livro, eu até então, não sabia do que se tratava. Ironicamente, o coloquei na minha lista de leitura pensando, por conta do nome, se tratar de um livro de ficção infanto-juvenil. Que grande engano! Se tratava de uma das mais famosas obras da literatura mundial, sobre a qual, infelizmente eu ainda não havia ouvido falar.
De todo modo, Matadouro Cinco tem uma narrativa rápida, extremamente irônica (e a ironia é uma das características das narrativas modernas e pós modernas de que mais gosto) e conta, sob um olhar diferenciado, partes marcantes da Segunda Guerra. O autor acerta muito em criar uma nova abordagem para um tema que, à época, era revestido de sensacionalismo.

Gostei muito da leitura e, por conta do meu ledo engano, me surpreendi muito com a profundidade da narrativa e com o modo como ela é contada.
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Leya 03/09/2021

O que pensar sobre esse livro?
Eu ainda nem sei o que pensar kkkk só fiquei assim com uma outra leitura, O morro dos ventos uivantes.
Matadouro cinco e diferente de tudo que já li e eu sinto que não só por ser ficção científica, mas a maneira diferente que é narrado e a construção do personagem do livro ajudam a fazer dele um livro tão diferenciado.
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Sam173 21/08/2021

O livro faz uma crítica anti-guerra de uma forma bem peculiar: se utiliza de frases curtas e mordazes, sem se preocupar com a ordem cronológica. O que nos faz colocarmos no lugar do protagonista - que mesmo estando no presente, sempre volta para os momentos terríveis que presenciou na guerra.
Me deixou pensando em como a vida humana pode ser apenas um sopro no universo, além de me ter dado uma aula de escrita ao mostrar que você não precisa de estender muito em detalhes para que o leitor entenda a mensagem.
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Ani C 20/08/2021

Esse foi o meu primeiro contato com a escrita do Kurt, gostei muito de como utilizou ironia e sátiras, esse não é apenas um livro sobre guerra ou um SCI-FI, a leitura é bem fluída.
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gabrielsbr 15/08/2021

Esse é um daqueles livros que eu levo muito tempo pra terminar, e dou uma acelerada perto do final. Esse também é um daqueles livros difícil de resumir: guerra? ficção científica? comédia? É uma leitura incrível em todos esses pontos.

E o que eu aprendi com ele? Aprendi sobre a finitude da vida, sobre o que é a morte, sobre a falta de sentido das guerras, e talvez um pouquinho sobre saúde mental.
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