Pedro Páramo

Pedro Páramo Juan Rulfo




Resenhas - Pedro Páramo


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Carina 16/01/2024

Desafiador
... Levado pelas ilusões de sua mãe morta, Juan vai à Comala esperando encontrar um vilarejo alegre, com grandes árvores e um ar fresco, mas por ironia do destino tudo o que encontra é um lugar fadado ao esquecimento.

O livro foi bem desafiador, apesar de curto, Juan Rulfo usa artifícios do realismo mágico, Juan foi uma das inspirações para o meu escritor favorito (O Gabo), Pedro Páramo merece ser relido incontáveis vezes,pois é uma obra que revela-se cada releitura uma opinião nova.

Outrora, o que mais senti nesse livro foi a certeza de que os latino-americanos estão fadados a não encontrar descanso nem na vida, tão pouco na morte.


10/01/2024
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Nando 15/01/2024

Esse aqui
Esse aqui com certeza eu vou precisar reler com toda calma e paciência do mundo. Foi um empréstimo, e eu devolvi o livro com a consciência de que precisava comprar um pra mim.
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Janine 13/01/2024

Confuso
O livro traz muitos pontos de vistas e muitos personagens. Por vezes me vi perdida na troca entre personagens e de tempo presente e passado. O final deixou a sensação de inacabado.
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Nilda 12/01/2024

Pedro Páramo é um romance instigante, que desafia a compreensão, com significado plurais. 


A história se desenrola em torno de Juan Preciado, que vai em busca de seu pai, Pedro Páramo, em Comala, uma cidade fantasmagórica. O livro explora temas como solidão, morte e memória. É considerado uma influência significativa na literatura latino-americana. 


Há diferentes narradores descrevendo processos de perdas, gerando uma multiplicidade de relatos fragmentados e incompletos. As vidas em Comala vão deteriorando. Nem o povoado se salva. 

É um livro curto, em estilo poético. Não há diálogo, as personagens apenas informam umas às outras suas histórias. 
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GiihZagatto 09/01/2024

Pedro Páramo
Meu primeiro contato com essa obra foi na apresentação do projeto do TUSP de 2023. Tive a grande sorte de prestigiar tudo o que foi escrito em um formato teatral, me impactou tanto que resolvi ler da fonte.

A escrita é poética, profunda e rápida mesmo que não passe essa impressão. É uma narrativa nada linear em que não dá para saber quem está vivo e quem está morto, mas você consegue entender os pontos principais em uma primeira leitura (talvez precise de mais caso você queira entender melhor).

Achei interessante como as coisas eram abordadas, como há críticas em um cotidiano tão "simples" e como todas as histórias se cruzam a todo momento, a gente só precisa prestar atenção para entender o como isso acontece.

Me fez refletir sobre o Pedro Páramo várias vezes, sobre tudo o que ele fez e sobre seus sentimentos. E, também, sobre como os motivos influenciam em nossas visões sobre as pessoas.
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Isa 09/01/2024

Leitura de 2018 e releitura de 2024
Primeira (re)leitura do ano e não podia ter sido melhor. Que livro bom. Uma narrativa boa e que precisa ser feita com atenção, claro. Mas quando pega o ritmo e entende como funciona o jogo de ponto de vista, você entra no livro e termina muito rápido. Não tem nem o que dizer além disso: LEIAM.
Se você gosta de García Marquez e outros do realismo mágico, Juan Rulfo é uma leitura obrigatória.
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KillingMoon 06/01/2024

Quem gosta daquela leitura linear e que situa o tempo e o lugar onde se está como leitor, não vai se adaptar muito bem... Mas é só dar uma chance, apenas uma. A linha do tempo dá muitas voltas e reviravoltas, mas a poesia de Rulfo nos preenche e nos faz fechar os olhos e nos entregarmos às tantas histórias intrincadas de tantos personagens. É confuso como sonhar quando se dorme.
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Rebeca.Garcia 05/01/2024

Sangue Latino
Livro maravilhoso para quem quer entender as chagas de nossa América Latina e as origens do nosso Realismo Mágico. Vale ressaltar que Gabriel Garcia Marquéz se inspirou em Juan Rulfo para escrever Cem anos de Solidão! Ou seja, os Buendía não existiriam sem Pedro Páramo. Genial! Indico muito a leitura, principalmente para quem já é fã do Gabo.
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Tiago 05/01/2024

Obra pioneira do realismo mágico
Este livro do escritor mexicano Juan Rulfo, publicado em 1955, é considerada a obra pioneira do gênero literário realismo mágico. A capa da minha edição tem até uma frase do Gabriel Garcia Marquez a respeito da obra, que diz: "A leitura profunda da obra de Juan Rulfo me deu, enfim, o caminho que buscava para continuar meus livros".

A história começa com a promessa de Juan Preciado à sua mãe, que estava a beira da morte, de ir a Colmala procurar o seu pai, Pedro Páramo. Juan chega a uma aldeia desolada e aparentemente abandonada. A leitura é bastante complicada porque, a partir daí, o livro passa a ter várias narrativas (e narradores) em paralelo e fica bem difícil acompanhar o ritmo da história. É uma leitura bastante exigente. Conhecemos a história do lendário Pedro Páramo e ao mesmo tempo as memórias daquela região (memórias não muito boas, diga-se de passagem). Temos amor, violência, e morte. Até mesmo a revolução mexicana de Pancho Villa como pano de fundo.

É um livro que preciso voltar a ler um dia pois considero que não aproveitei o máximo que pude dele. Uma edição anotada talvez tivesse ajudado a extrair mais da obra. É um caso em que vale a pena ler alguns textos de apoio antes de encarar o livro.
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Flavia 31/12/2023

Não leiam o prefácio!
Eu tinha expectativas muito altas com esse livro, pois já havia lido sobre como ele inspirou diversos autores do realismo mágico latino americano (que gosto demais), mas fui muito frustrada pelo prefácio, que dá um baita spoiler do livro.
Então não aproveitei muito bem a leitura, por isso a nota meio baixa ?
Maria 16/01/2024minha estante
Eu sempre gosto de ler esses textos em livros clássicos, mas dessa vez pulei direto pra história. Que bom, então! Obrigada pela dica.




Paty 27/12/2023

A dica é anotar quem é quem
'Pedro Páramo' é um livro curtinho, mas é meio denso e muito bom! Não à toa é considerado um clássico na literatura mexicana.

O narrador é Juan Preciado, que chega à cidade de Comala para encontrar seu pai, um homem chamado Pedro Páramo, à pedido de sua mãe que morrera a pouco tempo. Acontece que Comala é uma cidade fantasma (no sentido literal da coisa mesmo: cheia de fantasmas e de vozes de um passado cheio de dor, violência e vingança). Nesse ponto, é realmente interessante a forma como o autor faz a gente realmente se sentir no meio da confusão e das aflições que Juan Preciado passa por lá.

No meio da narrativa, se entrelaça também uma linha do tempo do passado de Pedro Páramo, nos permitindo conhecer um pouco mais sobre ele e sua influência sobre toda essa cidade.

Minha maior dificuldade foi que o autor vai jogando um monte de nomes de personagens nessas linhas do tempo que nem sempre são lineares e chegou uma hora que eu já não estava entendendo nada...
Acabei decidindo ir atrás de uma resenha e a dica que deram era que anotasse quem era quem, e com que se relacionavam cada um desses personagens, pois era confuso mesmo sem esse tipo de colinha. Aí, voltei, fui anotando e aí realmente a história começou a ficar MUITO mais clara!!

No fim, adorei o livro! Depois d começar a anotar, devorei o livro e acredito que vai ser um dos que eu vou querer reler no futuro! Recomendadíssimo!
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Leonardo.H.Lopes 27/12/2023

A Versão Mexicana do Limbo Dantesco
Estou cada vez mais convencido de que o enredo de todo grandioso livro é sempre simples. Deste grande clássico mexicano contemporâneo não poderia ser diferente. No leito de morte de sua mãe, Juan Preciado faz uma promessa: jura ir à Comala, local onde vivia seu pai, um tal de Pedro Páramo. Rumando para o vilarejo, o protagonista encontra um senhor que o informa que, além de Pedro Páramo já se encontrar, há muito tempo, morto, o povoado está abandonado. Entretanto, este mesmo homem, que se chama Abúndio e que o protagonista descobre que também é filho de Pedro Páramo, o indica uma estalagem em Comala para se hospedar.

Chegando à vila, Juan Preciado descobre, à primeira vista, um local aparentemente desolado e solitário, mas que aos poucos se mostra intensamente habitado pelos fantasmas das pessoas que ali viveram. A triste história de Comala e de Pedro Páramo vai se abrindo para o leitor através de uma miríade de vozes e personagens, os quais remontam, em retalhos, suas memórias, construindo uma paisagem única que colocou este livro entre os meus preferidos.

Se há dois adjetivos que ilustram bem a obra de Rulfo é “polifônico” e “silencioso”. Magistralmente, as várias vozes que o protagonista e leitor ouvem, muitas das quais nem sequer conseguimos identificar de quem são, e que permeiam integralmente o texto, às vezes interrompendo parágrafos, esporadicamente se ligando com o “presente” narrativo e muitas vezes fazendo sentido apenas páginas à frente, formam uma dança de vozes que funcionam como peças de um quebra-cabeça que o leitor atento vai ordenando de forma cronológica. Ao mesmo tempo em que ouvimos os sussurros daquelas pessoas que já morreram, percebemos o quão silencioso é o texto, como se, ao mesmo tempo que aquelas almas possuem tudo para contar e não precisam esconder sua essência, já que estão mortos, não possuem mais nada para contar, afinal o passado não pode nunca ser mudado.

Há muitas chaves de interpretação para o que Comala seria. Lendo o texto, não pude deixar de lembrar do Limbo em A Divina Comédia. No poema de Dante, o Limbo é uma espécie de antecâmara do inferno e aqueles que ali vivem foram virtuosos em vida, motivo pelo qual não estão no inferno em sentido estrito. Entretanto, por terem vivido antes de Jesus Cristo e não terem sido batizados, não poderão jamais adentrar ao Paraíso e também não podem habitar o Purgatório, já que o Purgatório é apenas uma transição e, cedo ou tarde, aquelas almas que se purgam ascenderão aos céus. Os que estão no Limbo não sofrem castigos como os condenados à danação eterna, mas vivem naqueles bosques melancólicos ansiando eternamente, mesmo sabendo que nunca alcançarão a graça divina. Assim, para mim, Comala é o Limbo de seus habitantes.

Nesse sentido, como toda análise deve partir do texto para fora, há elementos no texto de Pedro Páramo que apuraram em mim essa percepção de ser Comala o espelho mexicano do Limbo de Dante. Em meio àquelas vozes, ficamos sabendo que o Padre Rentería, pároco de Comala, vive em pecado. Ao ir se confessar com um pároco de uma cidade vizinha, este se negou-lhe a absolvição, o advertiu de que não poderia continuar consagrando os outros até se purificar e o aconselhou a confessar-se para um superior na hierarquia da Igreja. Contudo, com medo de perder seu posto e ser excomungado, Padre Rentería se recusa a tal, permanecendo em pecado.

Se o Padre que dá a comunhão, celebra as missas, guia seus fiéis, realiza seus batizados, ouve suas confissões e concede a extrema unção na ora de sua morte não o pode fazer genuinamente porque vive em pecado e se recusa veementemente à purificação, todos aqueles que vivem em Comala também não se purificam verdadeiramente, já que as bênçãos, batismos, confissões, rezas e unções advindas do Padre rentería estão maculadas pelo pecado e não possuem validade. Devemos nos ater ao fato de que, para a doutrina tradicional Católica, não há um relacionamento direto entre Deus e o fiel, mas toda a salvação depende uma série de sacramentos e boas ações que são intermediados pela Igreja, que mostra ao fiel o caminho verdadeiro do qual Dante se afastou e precisou atravessar o submundo para reencontrar esse caminho. Aliás, um dos pontos que levou à Reforma Protestante foi justamente este, já que uma das pautas do movimento foi a sustentação de que as pessoas deveriam ter um relacionamento direto com Deus, assumindo a responsabilidade pessoal pela sua fé e pela sua salvação.

Dessa forma, ao morrerem sem os sacramentos que eram realizados por alguém que não poderia fazê-los, os moradores de Comala não podem ir jamais para o Paraíso e nem para o Purgatório, já que este é uma via de punição para se ingressar ao Paraíso. Também não lhes cabe o Inferno, já que percebemos que as almas, excetuando o próprio Pedro Páramo, seu filho Miguel, Padre Rentería e alguns outros, através do que nos contam, era simples e não possuíam responsabilidade por não terem seguido a doutrina da fé, sendo que muitos morreram de fome por causa da atitude de Pedro Páramo de encerrar as atividades da fazenda Media Luna, núcleo sob o qual a cidade orbitava e se sustentava, devido à morte de Susana, sua amada, situação na qual o vilarejo não guardou luto. Resta, pois, às almas de Comala a melancolia e o silêncio do Limbo, o eterno vagar pela vila repetindo as histórias de suas vidas infinitamente, sem sofrimento ou ardência na danação perpétua, mas condenados apenas a andarilhar por onde viveram e a contar o que passaram.

Outrossim, o próprio Caminho para Comala, traçado por Juan Preciado quando iniciou o cumprimento de sua promessa à mãe morta, é uma descida íngreme e o protagonista percebe que quanto mais ele anda, mais esquenta. Ao se encontrar com Abúndio na estrada, este o diz que Comala “fica em cima das brasas da terra, bem na boca do Inferno”, ou seja, a própria antecâmara do Abismo. Mais para frente, descobrimos que Abúndio era quem trazia o correio à Comala e contava como “andavam as coisas do outro lado do mundo”, segundo disse ao protagonista a dona da estalagem onde ele se hospedou. Não seria Abundio uma ponte entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, uma espécie de médium trazendo e levando as notícias de nosso plano ao Limbo? Não teria esse mensageiro conduzido Juan Preciado, já morto, ao paraíso dos fantasmas para que também cumprisse pena perpétua na Comala limbólica?

Como disse, há muitas chaves interpretativas e muitas camadas textuais que, com certeza, mostrarão novas facetas a cada releitura perspicaz. Representante também do genuíno gênero latino americano do realismo fantástico, Pedro Páramo merece o pedestal que ocupa na literatura mundial e, com certeza, está fadado a existir pela eternidade tal como Comala e seus moradores, estilhaçados e eternizados no texto de Juan Rulfo.
Otávio Augusto 14/01/2024minha estante
Parabéns pela resenha clara e profunda! Também compartilho da sua interpretação, a qual só pude compreender agora, após reler o romance. E tenho certeza que relerei muitas vezes ao longo da vida, pois cada leitura acrescentará uma nova percepção! Tive que ler bem devagar no início, riscando o livro todo para conseguir montar o quebra cabeça, rs.


Leonardo.H.Lopes 15/01/2024minha estante
Muito obrigado. Eu também só enxerguei a grandiosidade desse livro somente na releitura.




Marcela115 25/12/2023

Sendo completamente sincera, dei 3,5 estrelas porque não entendi direito a pegada do livro. Sei que é uma obra importantíssima pra literatura latino-americana, mas não me causou grandes emoções. Sinto de verdade que não entendi. Preciso reler algum dia, quando for mais velha.
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