Resenhas - Claro Enigma

Lari 29/08/2020

Li porque é leitura obrigatória da lista da Fuvest, mas gostei bastante! O livro é compreensível, apesar de ser composto exclusivamente por poemas (o que pode tornar uma leitura exaustiva - a meu ver). Muitos jogos com palavras que aumentam a fluidez, dado que tornam o livro mais interessante a análise.

@acmochetti 29/07/2021

Literatura nacional
O livro em si é composto por diversas obras do autor Carlos Drummond de Andrade, com sentimentos complexos e profundos. Acredito que se tudo que foi lido fosse compreendido eu daria uma nota maior, mas ao mesmo tempo nunca sentiria o impacto profundo que o mesmo sentiu escrevendo.
Clássicos literários são tão importantes e me fazem imaginar o porquê o nosso sistema educacional não nos dá incentivo para ler nossos próprios livros (nacionais). Leiam clássicos, não apenas eles, mas leiam e entendam. É a história do nosso país querendo ou não.

sofi 07/08/2021

comecei a ler pq ia cair na prova de literatura.

adoro poesia, pois ela nos dá espaço para o ponto de vista pessoal, cada pessoa interpreta de um jeito, baseado nas suas experiências pessoais.

passei horas desvendando as palavras difíceis e os conceitos subentendidos.

Lucie 30/06/2021

Bom
No começo os poemas não me prenderam muito, mas a partir da metade comecei a gostar mais.

Dizem muito sobre existencialismo, penumbra, a vivência, esperança e algumas citações mitológicas. Alguns eu amei, outros eu não entendi nada kk
Espero ler outros livros de poemas do Drummond mesmo assim

Kaminsky 11/04/2021

"Maduro, clássico e filosófico"
Claro Enigma é um livro de coletânea de poemas, escrito em 1951, que retoma elementos clássicos da lírica brasileira. O livro têm um grande teor pessimista, mas também filosófico e questionador - um enigma.

O livro é dividido em seis partes, que falam do ser, do amor, de amizades, de Minas Gerais, de perdas e da Máquina do Mundo, poema famosíssimo.

Em seu posfácio o livro é caracterizado como "Maduro, clássico e filosófico", e configura-se bem essa descrição. É um livro de grande maturidade tanto poética quanto gramatical. É necessário uma bagagem literária para aproveitá-lo bem. Li-o sem muita bagagem e o livro permaneceu com grandes lacunas de referências, palavras e conhecimentos que só o tempo é capaz de trazer.

Contudo, analisando sua poesia, é fantástica como sempre. Sou suspeita a dizer, pois Drummond é meu poeta favorito, mas sua capacidade de escrever poesia e tocar o fundo da alma das pessoas é excepcional.

Há muitos poemas que me tocaram bastante no livro (destaque para "Memória"), e há outros que não entendi um verso sequer. Aos poucos adquiro a maturidade necessária para lê-lo completamente. Vale uma releitura daqui umas décadas.

Lucas215 14/03/2021

Um enigma não tão claro assim!
Uma ótima leitura! Admito, por vezes trabalhosa, em parte pela complexidade e profundidade que Carlos Drummond de Andrade nos traz e, também, pela minha falta de prática com os livros de poesia. Repleto de belos poemas, com as temáticas mais variadas, profundos, reflexivos e com um grande teor filosófico. Com toda certeza foi um dos livros mais desafiadores para mim! Porém foi um desafio prazeroso. Para desvendar os vários enigmas da obra e tentar adentrar na mente do autor, muitas vezes, foi necessário a ajuda do velho dicionário, pesquisas relacionadas a história, mitologia, francês...Mas, no fim, todo esse processo de análise nos ajuda a ampliar nossos horizontes e repertório, contribuindo para nosso crescimento como leitor e consequentemente como pessoa.

Fernando 09/04/2022

Enigma
Em vários momentos difícil, mas sem perder a ternura, Drummond nos apresenta uma poesia fechada, obscura, descrente.

Durante todo o livro nos deparamos com os sentimentos de ausência, angústia, desaparecimento, mas apresentados de maneira tão bela que não nos sentimos pesados.

Para mim o livro tem poesias que se destacam como: Dissolução, Um boi vê os homens, Tarde de maio e A mesa.

Recomendo demais a leitura.

Yas 04/07/2020

????
Um pessimismo sobre o mundo e as mazelas dele, refletem o estado de Drummond nesta fase de sua vida. Claro enigma é o oximoro perfeito para a obra!

Sara.Goncalves 16/01/2024

AMAR
Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? amar o que o mar traz à praia, o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração expectante, e amar o inóspito, o áspero, um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.


Isso é Drummond de Andrade!

Leonardo.Kayser 16/03/2023

Claro enigma
Não é necessária resenha, porque é Drummond. Sempre valerá a pena.
?A provar a nós mesmos que, vivendo,
estamos para doer, estamos doendo.?

DeboraCatanante 16/01/2023

Claro Enigma
Poemas divididos em 6 partes com temas que, aparentemente, podem se mostrar distintos.

" A provar a nós mesmo que, vivendo, estamos para doer, estamos doendo."

Shay 20/09/2022

?Pois é eterno o amor que nos une e separa,e eterno o fim?
Eu gostei até mesmo não sendo um dos tipos de livros que mais leio. Gostei de alguns poemas e outros não entendi muito bem,acredito que se eu ler daqui a uns dois anos terem um entendimento maior e gostarem mais deles.

Elania 20/08/2020

Claro enigma
Carlos Drummond de Andrade

Faz parte da terceira fase Modernista - Pós Modernismo. Lançado em 1951, é composto por 42 poemas distribuídos em 6 partes:
I. Entre lobo e cão: composto por 18 poemas, cuja proposta é apresentar o paradoxo existente entre a maldade do lobo x a bondade do cão. No poema "Sonetilho do falso Fernando Pessoa", acredito que a escolha desse título faz referência às palavras poéticas de Pessoa quando ele diz " o poeta é um fingidor finge tão completamente que chega fingir que é dor a dor que deveras sente". Pois depois que li pela primeira vez esses versos, meu encanto pela poesia foi por água abaixo. Rs
II. Notícias amorosas: composto por 7 poemas, onde o autor falará sobre o amor genuíno.
III. O menino e os homens: composto por 4 poemas onde faz homenagem a 3 grandes poetas. Mário de Andrade, no poema "Aniverário", onde cita a obra Macunaima; Manuel Bandeira, no poema "O chamado", onde cita a famosa Pasárgada e Mario Quintana, no poema "Quintana's bar".
IV. Selo de Minas: composto por 5 poemas cuja temática é o estado onde nasceu: Minas Gerais. O autor remete ao seu passado e cita grandes cidades como Ouro Preto, Vila Rica e Mariana.
V. Os lábios cerrados: composto por 6 poemas. Esse gesto de cerrar os lábios significa silêncio, que remete à morte. O autor falará daqueles que partiram, se foram, os familiares que não estão mais entre ele mas que serão sempre lembrados.
VI. A máquina do mundo: composto por 2 poemas. Dizem as boas línguas, ou seria más?....que é o melhor poema do século XX, faz referência à Camões.
Será que é por isso? Sou suspeita pra falar, pois não sei ler poesia, tanto pela subjetividade quanto pelas palavras do Pessoa que me marcaram deveras por demais. Nunca sei se isso é isso mesmo. Não importa, enquanto ele finge daí eu finjo daqui.
Curiosidades
Período Histórico - contexto- Guerra Fria. Poemas - forma clássica, com métrica ao invés de versos livres.
Análise: tristeza e frustração do poeta em decorrência do contexto histórico.
Características do estilo Barroco - fusionismo - exposição das ideias contrárias. Exemplo: CLARO ENIGMA
CLARO- se entende com facilidade
ENIGMA- difícil de decifrar.

Marcelo1145 15/07/2022

Dores e nostalgia
Confesso que li, mas não muito entendi. Complexo, perplexo nada fiz. Tentei ler e entender mesmo sem compreender. Só vi em suas palavras, medo, memórias, rancor e dor.