O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Fimbrethil Call 27/02/2012

Crônica interessante
Interessante modo de fazer uma crônica e crítica da sociedade francesa no século XIX. Vemos tudo acompanhando a trajetória de Julien Sorel, um filho de carpinteiro, mas não pobre, odiado pelo pai e e pelos irmãos, que tem a vida em duas fases bem definidas: a primeira na cidade de Verrières, na região de Franche-Comté, e a segunda em Paris. Muito interessante.
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Caiubi 27/02/2012

Preciso de uma melhor edição para melhorar a minha avaliação sobre o livro. Martin Claret sempre decepciona na Série Ouro. Leitura exaustiva.
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Brisa 26/02/2012

Nunca estamos satisfeitos
Stendhal é realmente formidável ao descrever psicologicamente personagens e situações, quando nos reconhecemos de diversas maneiras.

Mas o que mais me cativou em sua obra foi a frágil condição dos sentimentos humanos... Julien amava e deixava de amar como dormia e acordava: bastava se sentir por baixo, subalterno à Mathilde, e logo se deixava seduzir como só um louco pode. Quando sentia a segurança do amor dessa mulher, rapidamente se sentia superior e logo esquecia as causas que o tinham levado a adorá-la. O mesmo se passou com a senhora de Rênal: é como se o amor feliz tivesse a sina de não ser duradouro, já que o prazer da conquista e do sofrimento é o que davam energia a ele.

No final, acho que ele amou mesmo a sra. de Rênal, apesar de ter precisado sentir remorso para resgatar o terno sentimento.

Consigo enxergar isso nas nossas vidas: somos tomados por uma vontade de ter algo e, logo que conseguimos, a felicidade é efêmera; ou, logo que conseguimos, não nos lembramos porque desejamos tanto aquilo.

Outra ponto que me encantou foi perceber que é da condição humana ter uma autoconfiança tão instável. Precisamos a todo tempo de provas dos outros pra nos sentirmos fortes e capazes. Com a energia de Julien fica mais fácil vencer essas fraquezas. E, nesse aspecto, o caráter militar do personagem o ajuda a ser tão resoluto e fiel aos seus objetivos.

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MANO 21/02/2012

O Vermelho e o Negro
Publicado em 1830.

Um dos mais formidáveis personagens da Literatura Mundial: Julien Sorel. Um jovem francês ambicioso, simpatizante dos ideais Napoleônicos, e que vislumbrava alcançar o Poder de duas formas: Ou tornar-se MILITAR, ou CLÉRIGO da Igreja Católica. Sua inteligência e educação refinadas, apesar de sua origmem humilde, o levaram aos melhores círculos da sociedade francesa pós-napoleônica. Sua ambição, no entanto, o levaria a umm caminho sem volta.
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Fábio 29/07/2011

Eis aí o belo milagre de vossa civilização! Do amor fizestes um assunto corriqueiro – BARNAVE

O Vermelho e o Negro é a obra prima de Stendhal, romance que analisa a sociedade francesa na época da restauração. O significado do título suscita muita discussão, até hoje há divergência entre os críticos, publicado em 1830, coincide com a Revolução de Julho.

Acusado desde o começo, de sua vida literária, de plágio, Stendhal chega ao fim da vida desamparado, seus livros não alcançam mais grande sucesso, o que leva a dizer: “Posso fazer uma obra que não agrade ninguém e que será reconhecida como bela no ano 2000”

Nem precisamos dizer que atualmente, pelo menos no que tange este livro, é uma belíssima obra, acertando o presságio, este livro nos faz uma reflexão das atitudes da alta sociedade, incrustado na personagem Srta. de La Mole (Mathilde), e de um rapaz de família humilde, filho de um carpinteiro, que tenta desesperadamente subir o patamar na escala social, um completo arrivista, representado por Julien.

A volubilidade da vida faz Julien passar por várias casas como preceptor, graças a sua facilidade em latim, e seu conhecimento do Segundo Testamento da Bíblia. Por onde passa o amor arrebatador e seu orgulho exacerbado o persegue, destruindo sonhos, famílias, futuros. Na sua primeira casa onde trabalhou, conheceu a Sra. de Renal, personagem fundamental em sua vida, na qual, suas atitudes nunca mais serão a mesma depois que a conheceu.

Na época para conseguir subir de classe social tinha-se basicamente duas alternativas: os estudos teocráticos para ser padre, ou o exército. Julien opta pelo primeiro, porém, a vida no seminário não é fácil, suas notas boas, sendo o “queridinho” do professor, levanta o ódio dos outros estudantes, que por sua vez se afastam dele, levando ao isolamento.

Um ponto interessante é que cada começo de capítulo há uma frase, de algum outro autor, que resume ou faz alusão de um assunto principal do mesmo. Amor, briga, orgulho, ódio, tentativa de assassinado, julgamento, cadafalso, pontuam esta grande obra.

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Matheus Lins 20/03/2011

http://b33p.me/2011/03/20/resenha-o-vermelho-e-o-negro-de-stendhal
O Vermelho e o Negro (Le Rouge et le Noir) expõe um retrato incisivo e crítico da sociedade aristocrática francesa de 1830; retrato este que realça sobretudo a hipocrisia e a falsidade que parecem imperar sobre todas as relações sociais e pessoais da época, desnudando o caráter mesquinho, fútil e interesseiro por trás de ações com fachadas muito nobres.

Stendhal (pseudônimo de Marie-Henri Beyle) relata a trajetória de Julien Sorel, agraciado com uma extraordinária memória, o que lhe permitiu se destacar rapidamente nos estudos eclesiásticos (ele decorou a Bíblia de cabo a rabo – em latim) e, eventualmente, libertá-lo de sua existência sofrida sob a égide do pai – o qual despreza o apreço do filho pelas artes e a sua completa inaptidão para com o ofício da famíla, a carpintaria. O primeiro espasmo de liberdade advém com a chance de trabalhar, como preceptor de latim, para os filhos do importante prefeito da região. Isso lhe abre portas que, em retrospecto, deveriam ter permanecido fechadas.

Sorel, todavia, não é um refém impotente e inocente das circunstâncias, salvo pela religião, como o parágrafo acima pode dar a entender; trata-se mormente de uma pessoa astuta e ambiciosa, que almeja alcançar uma glória similar a do seu maior ídolo, Napoleão Bonaparte (que, no contexto do romance, é uma espécie de Judas para a aristocracia).

Porém, o que fica logo claro ao leitor é que o personagem, a despeito de seus dons sobre-humanos, carece da malícia necessária para lograr êxito no meio burguês de que tanto aspira fazer parte, sendo vítima de arroubos de sensibilidade e romanticismo que denunciam a sua falta de cinismo e que muitas vezes põem em risco os seus planos. Sua natureza sensível é em parte compensada pelo frio calculismo que no decorrer da narrativa ele se esforça em esmerar, não sem um grande desgaste emocional.

A partir da peculiar trajetória do personagem, que transita por diversos setores da sociedade em virtude dos seus dons mnemônicos, Stendhal ilumina os recônditos sórdidos da aristocracia e clero franceses, impingindo-lhes as suas críticas. A sua pusilanimidade prudência, no entanto, em diversos momentos o leva a um engenhoso exercício metalinguístico: longos parênteses elucidatórios quanto aos seus intentos como que emergem em meio ao texto, interpelando a narrativa, como, por exemplo:

“Um romance é um espelho que se carrega ao longo da estrada. Tanto pode refletir para os seus olhos o azul do céu como a imundície do lamaçal da estrada. Por acaso o homem que carrega o espelho em sua sacola pode ser acusado de imoral? Seu espelho mostra a sujeira e o senhor acusa o espelho? O senhor deveria acusar o longo caminho onde se forma o lamaçal e, sobretudo, o inspetor das estradas que deixa a água apodrecer e o lodo se acumular.”

Dado o modo pioneiro com que Stenhal trabalhou os seus personagens, numa narrativa impermeável a qualquer idealismos ou florecimentos da realidade, O Vermelho e o Negro é considerado um dos precursores do Realismo na literatura, antecedendo em alguns bons anos essa tendência literária, disseminada mundo afora por Flaubert e seu Madame Bovary.

No Brasil a obra recebeu um tratamento bastante digno, com uma publicação em capa dura pela Cosac Naify, a qual é ilustrada por um quadro de Napoleão Bonaparte (cuja figura tanto pairou sobre a mente de Sorel) com uma expressão de enfado sombrio que em muito remete ao nosso protagonista. Tarsila do Amaral e Erich Auerbach assinam, respectivamente, o prefácio e a contracapa.
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Gláucia 15/02/2011

Quem é Julien Sorel?
Gosto de personalidades ambíguas e na literatura Julien Sorel é uma espécie de anti herói. Tem suas ambições e fará o que estiver ao seu alcance para atingir seus objetivos. Eu, particularmente, não torci muito por seu sucesso, nem lamentei tanto o fim que levou.
U.F. 24601 15/02/2011minha estante
Coitado, como você é maldosa, ele era um jovem vestibulando que não sabia o que queria fazer, se prestava vestibular pra Teologia ou Engenharia Militar




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U.F. 24601 10/01/2011

Orgulho não leva a nada, ou melhor, leva a infelicidade
“Um romance é um espelho que passeia por uma longa estrada. Ele tanto reflete ante os olhos o azul dos céus, quanto a lama dos lodaçais do caminho.”

Stendhal dizia que sua literatura era dirigida ao século XX, acertou em cheio, pelo menos neste romance ele retrata a mulher, na personagem Srta. de La Mole (Mathilde), perfeitamente nos dias atuais, uma mulher bipolar, nada está bom, tem tudo e não está contende com nada, qual homem não se fez essa pergunta: “Afinal, o que querem as mulheres?”. Contudo mais uma vez vemos o poder da mulher sobre o homem, Julien, um personagem soberbo, com um exacerbado orgulho, se transforma perante o amor, é o que eu digo: o único ente capaz de transformar o coração de um homem é a mulher conseqüentemente o amor.
Gostei da maneira que inicia cada capítulo com uma frase de outro autor que resume o capítulo inteiro, me faz lembrar de “Sagarana” do Guimarães Rosa

- Algumas frases:

"Lembrança ridícula e tocante: o primeiro
salão em que se foi, aos dezoito anos, só
e sem apoio! O olhar de uma mulher bastava
para me intimidar. Quanto mais queria agradar,
mais me fazia sem jeito. Tinha de todos
as idéias mais falsas; ou confiava sem fundamento
ou via num homem um inimigo porque
me olhara com um ar sério. Mas então, no
meio dos horríveis sofrimentos causados por
minha timidez, como era belo um belo dia!"

KANT
-

"Eis aí o belo milagre de vossa civilização!
Do amor fizestes um assunto corriqueiro"

BARNAVE

-
"Ai! Por que tais coisas e não outras?"

BEAUMARCHAIS
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joedson 19/12/2010

O VERMELHO E O NEGRO

se não se bate o pé
tanta cor dita a moda
se não vive o que se é
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Samuel Paiva 07/08/2010

Gostei bom livro, Julien Sorel é um personagem delicioso, as contradições em que ele se envolve, todos os conflitos psíquicos são extremamente realistas, o leitor normalmente se encaixa no personagem, o livro é uma aula de Restauração Francesa período que sucedeu a queda definitiva de Napoleão, época que houve um recrudescimento do sistema, a monarquia retomou o poder e tentou manter-se firme no trono, ilustra perfeitamente a sociedade francesa, onde apenas as aparências possuem valor, repleta de homens de espírito ralo, Julien é diferente, é ambicioso, febril, apaixonante e extremamente orgulhoso, do inicio ao fim da obra ele trava intensa batalha com esse orgulho, já as personagem femininas retratam a decadência do casamento burguês, onde o amor não impera, o matrimônio é mera negociação, então essas mulheres, Senhora de Rênal e Matilde, são presas fáceis para o espírito audacioso e aventureiro de Julien, além de um final magnífico, o livro é bom pra quem gosta de romance psicológico, que não gosta pode achar a leitura um tanto quanto maçante, mas é um clássico que merece ser lido por todos.

Trecho Interessante:
...Um caçador dispara um tiro de espingarda numa floresta, a sua presa cai, ele corre para a agarrar. O seu calçado bate num formigueiro de dois pés de altura, destrói a habitação das formigas, atira-as para longe, bem como aos seus ovos... As mais filósofas das formigas não poderão nunca compreender esse corpo negro, imenso, horrível... a bota do caçador que de repente penetrou na morada delas com uma incrível rapidez, e precedida de um ruído pavoroso,acompanhado de centelhas de um fogo avermelhado...Adicionar imagemAdicionar imagem ... Assim a morte, a vida, a eternidade, coisas muito simples para quem tivesse órgãos suficientemente vastos para as conceber...

Uma mosca efêmera nasce às nove horas da manhã nos grandes dias de Verão, para morrer às cinco horas da tarde; como é que ela podia compreender a palavra noite?

Dai-lhe cinco horas de vida a mais, ela verá e compreenderá o que é a noite.

Assim, eu morrerei aos vinte e três anos. Dai-me mais cinco anos de vida para viver com a senhora de Rênal...
( Stendhal )
Ernesto 21/08/2010minha estante
Curioso para ler...




Kézia 05/04/2010

Um fascinante Sorel
"Confesso que quando comecei o livro, ele realmente não me chamou nenhum pouco a atenção, mas era preciso vencer o desafio e lê-lo, mas com o decorrer da leitura, ela foi me fascinando, com a entrada de Julien Sorel, o anti herói romantico, jovem, mas com uma astucia e inteligência de anos, a frieza com que fazia tudo, cada palavra, cada ação pensada, a severidade, o ódio e ao mesmo tempo a admiração com que tratava os ricos e a frieza que possuia, tudo isso vinculado a uma beleza física fora do comum, que de alguma forma encatava as mulheres e até mesmo aos homens, torna-o um personagem fora do comum, fascinante e envolvente e intrigante, me apaixonei de cara por ele.
O mais curioso de toda a sua personalidade é que no amor não havia hipocrisia depois de ter certeza deste, amou de todo o coração a Sra de Renal, quando se viu seduzido por Mathilde, uma paixão avassaladora tomou conta de sua alma, fazendo-o esquecer por um determinado tempo as suas ambições, mas no final o amor que sempre sentiu pela Sra de Renal prevaleceu, mas suas paixões são repletas de escândalos e tragédias e mesmo assim não se pode odiar Julien, o desejo no final é que ele ame e que seja amado.
Amou a duas mulheres distintas e de diferentes personalidades, da alta sociedade e de uma compostura unica, confesso que Mathilde era minha preferida, a garota rica, que nasceu com tudo que poderia ter, mas que a sociedade em que vivia não conseguia satisfazer sua veia romântica por tragédias e aventuras, a personalidade forte e altiva me conquistou mais do que a delicadeza da Sra de Renal.
O livro trata severamente segundo os sentimentos de Julien a sociedade francesa, principalmente os parisienses, a corte hipócrita e as virtudes falsas de uma sociedade mesquinha, as tomadas inteligentes, o forte enlevo ao intelecto e a inteligência tornam-se constantes na narrativa.
A complexidade psicológica dos personagens, os detalhes em cada por menor com que são abordados os sentimentos humanos, as críticas sociais e o maravilhoso desenvolvimento narrativo fazem desse romance um clássico imperdível para o leitor que anseia por qualidade.
Com essa obra, publicada em 1830, o autor Henri Beyle, mais conhecido como Sthendal, marca o início do Realismo na literatura francesa, deixando de lado toda a tradição romântica, tornando O vermelho e o Negro uma das suas principais obras pimas."

http://ofantasticomundodaarte.blogspot.com/
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M. Scheibler 19/01/2010

Não me agradou muito...
Sacripanta 27/12/2010minha estante
Desenvolva sua opinião.


M. Scheibler 28/12/2010minha estante
11 meses depois? Não, obrigado




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