Kézia 01/12/2009
Como Me Tornei Estúpido
Antonie, o protagonista deste romance, é um rapaz como muitos outros. Não gosta de ser manipulado, nao gosta de explorações colonialistas, nao gosta que lhe obriguem a estudar assuntos desinteressantes, odeia a burocracia e as suas máscaras.
Traduzir o aramaico e conhecer a fundo o cinema de Sam Peckinpah e Frank Capra, no entanto nao o levaram muito longe. Por isso, um belo dia, Antonie anuncia a seus amigos mais queridos - Granja, Charlotte, Aslee e Rodolphe - um plano perfeito. Investir na idiotice, como forma de sobrevivencia.
Sua primeira tentativa de entrar no mundo é atrabes do alcoolismo, a qual faz um estudo completo sobre o assunto, mas ao tomar meio copo de cerveja ele entra em coma alcoolico. Em seguida tenta o suicidio, no hospital onde está conhece uma mulher que tentou se matar varias vezes e nunca conseguiu, ela lhe indica um curso de suicida, apos frequentá-lo chega a conclusao que nao deseja mais se suicidar. Antonie esta convecido de que so a estupidez lhe permitirá ser comletamente aceito pela sociedade em que vive.
E o que pode ser mais estupido que ganhar dinheiro, muito dinheiro, e gastar em bens de consumo inúteis??
Entao Antonie vai trabalhar em uma corretora, e por uma sorte do destino fica rico muito rico, e começa a viver uma vida inutil sempre acompanhado do seu remedio Felizac.
Manipulando imagens nonsense deliciosas, verdadeira homenagem a mestres do surrealismo e do humor francês, como Boris Vian, Alfred Jarry e Eric Satie, Martin Page oferece a seus leitores um banquete para a inteligência. Um livro leve, fácil de ler, enganosamente simples, e rico, repleto de minuciosas citaçoes e piadas ao pé do ouvido. Um livro feito sobre medidas para todos os Antoines que existem por aí...