Lola 06/11/2011Radiante – Alyson NöelWell, para começo de história, ou melhor, de resenha, logo que vi esse livro no Submarino eu surtei. Primeiro porque a capa é linda, segundo porque eu adoro temáticas que tratem de vida pós-morte e terceiro porque gostei da sinopse.
Logo que comecei a ler, confesso, me decepcionei um pouco.
A história trata do acidente de carro em que Riley Bloom, seus pais e seu cachorro, Buttercup morreram e onde apenas sua irmã, Ever Bloom sobrevive.
Riley é a típica menina que me deu nos nervos de cara. E durante um bom pouco do livro. Ela é mimada, arrogante, explosiva e muito, mas muito debochada.
“O que aconteceu com você, afinal? – perguntei. – Como veio parar aqui? Brigou com um lápis número dois recém-apontado? Enforcou-se acidentalmente com a gravata? Ou quem sabe não morreu literalmente de vergonha por usar roupas como essas?” (...) – pág. 63
Quando Riley descobre que terá que frequentar uma escola ela fica no mínimo surpresa. Só então ela começa a se dar conta que depois de morrer não é só ‘viver’ tocando harpa em cima de uma nuvem fofinha. A ‘vida’ segue e existem serviços, missões a serem cumpridas. Porém acho que a Riley nem tinha parado para pensar em como seria o amanhã.
Riley recebe sua missão em seu primeiro dia de aula. Confesso que fiquei animada, afinal pensei que a história fosse se deter bastante na missão dela.
Que nada, em três capítulos toda a missão se desenvolve, e fiquei com aquele pensamento de: ‘-Ah, mas então era isso? Apenas isso?’
Mas eu segui lendo e gente, quando terminei pensei: - Mas essa Alyson Nöel é muito serelepe! Conseguiu me surpreender *-*
Era como se ela soubesse, como se fosse realmente essa a intenção, focar tanto na missão que quando realmente acontece ficasse aquela sensação de que algo estava incompleto, como se tivesse sido tudo muito abrupto e rápido demais.
Porém a missão subsequente, a missão que é encargo de Bodhi (o seu guia/professor/treinador/conselheiro/chefe, é como Riley o define) realmente me fez dizer “UAU!” praticamente a cada parágrafo. A forma como Alyson descreve os cenários, os momentos são apavorantes. Aliás, apavorantes não. Mas é incrível o quanto se tem a sensação de estar lá, vendo e ouvindo o que ela está presenciando.
E durante a leitura fui acompanhando o amadurecimento de Riley, e até ri com seu senso de humor em certa altura ao definir Bodhi:
“Era praticamente o Zac Efron da pós-vida.”
E no geral, a leitura de Radiante está mais do que recomendada! Escrita leve que flui perfeitamente e a forma que ela transpõe os pensamentos de Riley nos faz acreditar que estamos dentro da cabeça dela, acompanhando os pensamentos surgirem. Esse livro já entrou pra minha lista de Livros Favoritos.