Espíritos de Gelo

Espíritos de Gelo Raphael Draccon




Resenhas - Espíritos de Gelo


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Dhiego Morais 11/07/2016

ESPÍRITOS DE GELO
E na minha primeira resenha para o INtocados eu lhes apresento Espíritos de Gelo, um romance de ficção de terror e suspense com elementos que beiram o contemporâneo, repleto de influências, principalmente da música – rock. Neste livro, especialmente curto em relação aos outros volumes do Draccon, o autor trabalha de forma interessante o psicológico da personagem principal (cujo nome curiosamente não é revelado em momento algum entre as viradas de páginas), de modo a tocar também no psicológico do leitor.

Temos a história de um homem que acorda em um quarto de hotel, acorrentado e sem um dos rins, sendo torturado por um trio peculiar de caras intitulados pelo cativo como: ‘baixinho ou Black Sabbath’ e a dupla ‘Ren & Stimpy’.

“— O fato é que você apareceu desmaiado com um rasgo no abdômen, dentro de uma banheira de gelo.”

Sendo obrigado a se lembrar de algo que os torturadores (bem excêntricos, aliás) desejam saber dele, ele passa por recordações que vão de fatos desde a sua infância abastada, quando era levado pelo pai para a escola, passando por uma ponte (esta mesma ponte depois é o cenário de mais um fato decisivo na vida do cativo), até o que aconteceu na noite passada, quando o encontraram praticamente em estado de hipotermia.

“Se você não se lembrar do que aconteceu nas últimas horas, nós faremos com que sofra ainda mais, como se estivesse em um dos Nove Círculos do Inferno...”

Espíritos é recheado de palavrões e cenas fortes, portanto, para quem não curte muito ler sobre alguém sendo torturado e nem linguajar expressamente vulgar, talvez não aprecie a leitura. Um dos pontos interessantes do livro é justamente a divisão da narrativa entre o que aconteceu ‘ontem’ ou simplesmente ‘antes’, e o que está havendo no cativeiro. Desta forma, entendemos os motivos dele estar ali e vamos descobrindo gradativamente, junto da personagem, o que os algozes desejam saber.

LEIA NA ÍNTEGRA EM:

site: http://www.intocados.com/index.php/literatura/resenhas/443-resenha-espiritos-de-gelo-raphael-draccon
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Acad. Literária 05/03/2015

RESENHA - Espíritos de Gelo
Um homem acorda acorrentado numa sala de tortura sem se lembrar de nada.

Um baixinho com uma camiseta do Black Sabbath o interroga, enquanto os capangas – “dois sujeitos vestidos com roupas de couro apertadas, compradas em algum sex shop de baixa qualidade para simular o mais próximo possível de um clube sadomasoquista” – o auxiliam. Eles querem que o homem conte o que aconteceu – detalhadamente – antes de chegar até ali. Querem que ele explique como foi parar dentro de uma banheira cheia de gelo.

O problema é que seu inconsciente está bloqueando essas informações por causa de um trauma.
Raphael Draccon apresenta nessa obra outra faceta de sua escrita. Aqui não há seres fantásticos, nem mundo dos sonhos, nem outras dimensões, nem nada que lembre uma narrativa fantástica. Em uma escrita mais pesada, cheia de cenas de sexo, violência e Rock and Roll (não necessariamente nessa ordem), Draccon conta a história de um cara, cujo nome não sabemos (nem ele) que acorda em uma banheira de gelo sem se lembrar de nada do que aconteceu antes daquilo. Como se aquilo não bastasse, havia um rasgo em seu abdômen. E para piorar ainda mais, três homens – um baixinho vestido uma blusa do Black Sabbath, um alto e gordo e um baixo e magrelo – estavam “ajudando-o” a se lembrar como havia acabado ali. Como forma de apoio, os três iniciam uma série de torturas em meio a indagações com a tese de que o tratamento para que ele se lembre o que aconteceu seria dar a ele um segundo choque emocional.

O personagem principal da trama passa por sessões de tortura. Uma pior que a outra para destravar a mente. Em meio às lembranças ele vai ligando os pontos e recordando os caminhos que o levaram a acordar em uma banheira de gelo. Aos poucos vamos descobrindo sua história e conhecendo novos personagens na trama, todos apresentados pelo ponto de vista do protagonista.
O livro é cheio de referências. Amantes do Rock clássico podem se encontrar nos diálogos entre prisioneiro e carrasco. Teorias da conspiração, satanismo, lendas urbanas sobre astros do Rock. Também há referências da cultura Nerd como Street Fighter, X-Men e Mortal Kombat, entre muitos outros. Se você não é um entendido em Rock, ao ler esse livro deve ficar com o Google aberto, pois no meio dos diálogos eles citam muitos nomes de bandas e astros, teorias sobre os mesmos e quem não conhece ou reconhece pode ficar perdido.

O Livro fala de relacionamento. Fala de ciúmes, traição, amor e sexo. Muito sexo. O protagonista em determinado momento da trama revela que havia se iniciado em um Templo, onde as pessoas eram ensinadas a desenvolver técnicas para expandir a concepção do sexo como sendo uma ferramenta de ascensão e não somente de prazer carnal e procriação. Talvez, leitores não acostumados com descrições e linguagens mais pesadas possam se incomodar com essa passagem do livro. Os atos são feitos no meio de um círculo de iniciados e ainda há troca de casais, enquanto um “guru do sexo” recita o que parece ser um “Manual do sexo tântrico”.

“As mãos do casal nu enfim começaram a tocar em partes mais interessantes. Os Seios dela foram os primeiros, mas não com a intenção de estimular os mamilos. Até isso era tocado por ele da mesma forma como as outras partes dela; a impressão passada era a de que o rapaz sentia tanto prazer em tocar nos seios dela quanto havia sentido antes em tocá-la nos ombros. Não havia direcionamento. Era como se ele ou ela sentissem todo o corpo do outro de uma forma inteira e mais completa, se eu não estiver aqui tentando inventar uma desculpa para um cara preferir os ombros aos seios de uma mulher”. Pág 71

A obra é narrada em primeira pessoa, pelo ponto de vista do protagonista da trama. A fluidez, apesar de ser tranquila de ler, é um tanto pesada. As descrições e falas são bombardeadas de agressões, palavrões, sarcasmos e narrativas sobre sexo. Tudo isso se encaixa na trama, mas um leitor que não gosta de uma leitura mais crua, talvez não curta o livro. A leitura não é para qualquer um, pois mexe com muitos tabus da sociedade. Os personagens são apresentados à medida que o protagonista vai se lembrando do que aconteceu. A história fica alternando entre passado e presente. Entre o que o personagem fez e o cativeiro no qual está preso. A revisão está boa, quase nenhum erro, já a formatação, por ser um livro pequeno, a editora optou por colocar uma fonte enorme, com certeza para fazer o livro ficar maior. A capa é bem elaborada e chama bastante atenção: uma mão ensanguentada contra um vidro.

Raphael Draccon é romancista, roteirista e editor. Com a marca de 200 mil exemplares, é o autor mais jovem a assinar com os braços nacionais de duas das maiores holdings editoriais do mundo. Além de integrante do RapaduraCast, é roteirista premiado pela American Screenwriter Association e chegou ao quarto lugar dos mais vendidos no México pela Random House. Responsável pela indicação da obra de George R.R. Martin, "Crônicas de Gelo & Fogo", é hoje autor da editora Rocco, estreando o novo selo de fantasia da empresa. O autor é um dos escritores mais influentes do mercado literário brasileiro e já conquistou uma verdadeira legião de leitores dentro e fora do país. Algumas de suas obras já foram publicadas em Portugal e no México, onde entrou para a lista dos mais vendidos.

Recomendo essa obra para quem gosta de histórias densas, que exploram um lado mais obscuro da literatura. Por essa obra não ter um toque fantasioso em sua forma mais feérica, talvez esse não seja um livro prazeroso para os fãs de Dragões de Éter, sua trilogia fantástica de estreia. Pessoas que tenham algum problema com palavrões, violência, tortura, etc. devem pensar duas vezes antes de folhear as páginas. Nem preciso dizer sobre as crianças. Para aqueles que se interessam por lendas urbanas, rock e pitadas fortes de sexo, esse é um bom livro para conhecer um outro lado do escritor das referências.

site: http://academialiterariadf.blogspot.com.br/2015/03/resenha-espiritos-de-gelo-raphael.html
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Matheus Fellipe 20/01/2015

Psicologicamente intenso!
“Quais são os limites físicos e psicológicos de um ser humano? O que ele é capaz de suportar?”

Raphael Draccon escreve muito bem e entrou para a lista dos meus autores brasileiros favoritos, mas como li apenas um livro dele, não posso dizer que ele é ótimo. Com isso, pretendo comprar e ler a trilogia Dragões de Éter, que já queria há muito tempo, e com a leitura deste livro que nem é considerado um de seus melhores escritos, fico ainda mais ansioso.

Este livro me surpreendeu tanto na escrita quanto na temática, há diversas referências a cultura pop em geral, como músicas, cinema e tv. A tortura psicológica do personagem é muito boa e nos traga para seus devaneios.

Aviso: há cenas de sexo e tortura explicitamente descritas, quem não está acostumado a ler esse tipo de literatura pode estranhar um pouco. A estória é do ponto de vista masculino, narrado em primeira pessoa o que também pode fazer com que o público feminino não se identifique. Mas não se deixe levar por esse aviso!

A edição lida (imagem abaixo) foi muito bem elaborada pela Editora LeYa, tem 176 páginas, com diagramação excelente. A capa é outra coisa excepcional, o título tem um acabamento espelhado e a imagem utilizada não podia ser outra, pois essa transmite toda a essência e obscuridade do texto.

Foram pouco mais de 3 horas de uma leitura compulsiva. Te prende muito, enquanto não terminei, não parei de ler.


site: http://coisasdeumleitor.blogspot.com.br/2015/01/3-resenha-espiritos-de-gelo-raphael.html
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Bruno Eleres 22/12/2014

"Se, por um lado, o livro é dinâmico, com um bom ritmo e com um conteúdo interessante, os maneirismos do autor e o personagem tornam a história quase indesejada, e pode explicar parcialmente essa divisão de opiniões tão sólida que se faz em torno do autor."

O resto da resenha pode ser lido no blog Un Café à Clichy.

site: http://www.un-cafe-a-clichy.blogspot.com.br/2014/12/titulo-espiritos-de-gelo-autor-raphael.html
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Matheus 06/12/2014

Mau Começo...
meio e fim... Meu Deus li as ultimas páginas três vezes e fiquei me perguntando se tinha entendido a trama, e se você viu minha nota para essa obra de Raphael Draccon pôde ver que esse livro não me agradou.
Não, é sério mesmo? é isso? sei lá, estou todo 'coisado' e me sentindo burro. Não por não ter gostado e sim por ficar com algo na cabeça como " Será que perdi alguma parte?"


A História gira em torno de um Homem- (Não tinha nome, né?) - que está sendo torturado por outros três, e um deles diz: ''Se você não se lembrar do que aconteceu nas últimas horas,nós faremos com que sofra ainda mais,como se estivesse em um dos Nove Círculos do Inferno...''
A coisa toda vai se desenrolando(Ou seria enrolando?) e vamos descobrindo que o 'homem' vai contando sobre seu passado: sobre seus pais e sua namorada, Mariana.

O livro é bem escrito, mas fico me perguntando se a idéia final foi a mesma que percebi. Foram poucas páginas que passaram rápido, e a cada página ficava procurando, sei lá, um agravante ou algo que me instigasse, que me fizesse falar " Agora sim o livro começou".
Foi ruim sim, mas não vou desistir de Raphael, acho que ele ainda pode me surpreende, mas não de cara, vou deixar o tempo passar um pouco. Venho de uma sequência de bons livros e esse... foi um banho de agua fria.
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André 30/11/2014

Minha resenha
Nunca julgue um livro pela capa...
Resenha de Espíritos de Gelo, o Julliete Society brasileiro ;)
Depois desse livro, vou entoar o grito de guerra pra fazer com que o Draccon volte a escrever sobre os Dragões do Éter...

site: http://cafemacaca.blogspot.com.br/2014/11/minha-resenha-espiritos-de-gelo-raphael.html#more
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Giane 13/11/2014

Espíritos de Gelo
Conheci o Raphael Draccon através da trilogia Dragões de Éter e o adorei! Mas lendo esse livro é que pude ver o quão bom escritor ele é. Esqueça Dragões de Éter (se você já os leu), aqui você vai encontrar uma história totalmente diferente, com um novo modo de narrativa, cheio de palavrões e dor, muita dor, ou seja, totalmente diferente!
"- Carrascos? - eu perguntei talvez por supresa, talvez por sarcasmo. - A mim mais parecem dominadores de um clube de Sadomasô em que você deve ser hostess." P. 12;

O personagem principal acorda acorrentado em uma sala. Lá encontram-se um baixinho desfigurado, que mais parece um criatura em vez de um humano (o interrogador), e dois homens em roupas de couro justas que, se as respostas fossem incorretas, torturariam o pobre. Eles querem saber ao certo o que aconteceu nas últimas horas e como o nosso cara foi parar dentro de uma banheira de gelo sem um rim.
"Era a mesma ponte; a mesma ponte por onde o meu pai me levava todos os dias para a escola, antes do trabalho. A mesma ponte que me ligava a uma vida que eu antes achava completa e na qual, de repente, não encontrava mais motivação." P. 45;

Como as memórias estão bloqueadas, ele começa a contar sua história desde a infância. De como a mãe o abandonou com o pai, em que este trabalhava, como ele morreu e o deixou sozinho no mundo. Conta como achou a mulher de sua vida e assim por diante até chegar nos acontecimentos das últimas horas.
"Eu vi o chão começar a receber gotas. Vermelhas." P. 106;

Entre revelações, torturas e um pouco de amor vamos conhecendo a vida do nosso sarcástico personagem principal; o qual nunca nos é revelado o nome. O final é realmente surpreendente! Jamais havia imaginado um desfecho com algo assim.
"- Pega o eletrochoque..." P. 140.

A minha edição é essa da foto, a de capa preta e letras vermelhas, o que achei que casou super bem com o clima do livro. Suas páginas são amarelas, com letras e espaçamento bons para a leitura. Os capítulos são curtos, o que faz com que a leitura flua com rapidez. Não encontrei nenhum erro de revisão, mas pode ter sido pelo tanto que mergulhei nas páginas. Super indicado e leva cinco estrelinhas.

site: umaleitoraaquariana.blogspot.com
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Mark 11/06/2012

De tirar o folego
Nossa!! Espiritos de gelo é demais, eu adorei!
Mas Raphael Draccon não me surpreende mais, depois de Dragoes de Éter era de se esperar que o autor nos presenteasse com um livro desses.
Bom, não tenho muito para explicar só que o livro nos prende, nos deixa até um pouco perturbado, mas chamaria até de perturbação boa.
Admito que compre achando que seria um livro de ficção, estilo dragões, mas mesmo não sendo, conforme lia, o livro me cativava.
E a cada pagina eu pensava ansioso pelo que aconteceria com o personagem, e pensamos bem nas escolhas que fazemos na vida.
Sensacional!!!!













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