July Weiss 16/01/2024Jane não buscava independência; buscava felicidade.Pra mim, é sempre difícil fazer resenha de um clássico, então não vou me estender. Simplesmente contar como foi a minha experiência de leitura.
Jane Eyre estava na minha estante há uns bons 4 anos (se não mais). Eu pensava "não está na hora de ler ainda", apesar de ter muita vontade. Ano passado, li O Morro dos Ventos Uivantes e, em seguida, A Senhora de Wildfell Hall, ambos escritos pelas irmãs da Charlotte Brontë. Assim, senti que finalmente havia chegado a hora de conhecer o trabalho da última irmã.
Eu tinha impressões muito diferentes sobre esse livro, e também expectativas que não foram atendidas, mas em outros aspectos, foram superadas. As ideias que eu tinha a respeito da história foram desconstruídas página por página, e no final, eu estava emocionada, encantada.
A história aparentemente simples da órfã que passou por tantas provações em sua vida é, na verdade, uma importante lição de que a liberdade - que homens e mulheres buscam- está em amar e servir aos nossos. Em reconhecer o valor das pessoas, acima das coisas materiais.
Por muitas vezes li comentários sobre esse ser um livro feminista e sobre uma mulher que busca independência. É claro que Jane é uma personagem forte, à sua maneira, porque a vida assim exigiu que ela fosse. A independência era, na verdade, sua sobrevivência, já que estava sozinha no mundo.
Por isso, após terminar a leitura, e amar esse livro, a história, os personagens, compreendi; ela não buscava independência, e sim, felicidade.
E a felicidade estava no amor.