A guardiã da minha irmã

A guardiã da minha irmã Jodi Picoult




Resenhas - A Guardiã da Minha Irmã


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KatiaMaba 03/10/2011

Nós nunca temos filhos, apenas os recebemos. - página 404 - “A Guardiã da minha Irmã”.
Recomendo a leitura da obra “A Guardiã da minha Irmã” porquê este trabalho em minha opinião tem como objetivo principal levar há público a seguinte conclusão: “Nós nunca temos filhos, apenas os recebemos. E ás vezes não é por tanto tempo quanto esperávamos ou desejávamos. Mas ainda é muito melhor do que nunca ter tido esses filhos.” – página 404 - “A Guardiã da minha Irmã”.

Também na página de número 26 da mesma obra o leitor vai encontrar a seguinte afirmação: “Se você só tem um martelo, tudo fica com cara de prego - fundamento do sistema legal americano”.
Para um sistema legal só posso concordar com esta visão por ausência de formação na área, mas, se nós não conseguimos enxergar diferentes visões de uma mesma coisa, procure analisar qual o grau de importância desta visão em diferentes áreas da sua vida.

Abraços,
Excelente segunda-feira para você,
Kátia Regina Maba
http://katiareginamaba.blogspot.com/

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Carol Moreira 23/09/2011

Encantador. Surpreendente.
Nesse livro incrível, Jodi Picoult consegue ir fundo nos sentimentos dos personagens e nos fazer passar por tudo que passam.
A história conta o drama do casal Fitzgerald ao receberem a notícia que sua filhinha, Kate, foi diagnosticada com um tipo raro de Leucemia. Com poucas chances de cura e alternativas quase nulas, Sara - um exemplo de mãe - se vê na perspectiva de ter mais um filho para que esse possa salvar Kate.
O livro é contado por todos os protagonistas, seus depoimentos se cruzam e fazem uma ponte entre o passado e o presente, permitindo que se chegue a fundo na intimidade dos envolvidos. É possível por exemplo, sentir toda a angústia de Anna - a caçula que veio ao mundo para salvar Kate -, a confusão e o grito por atenção de Jesse - o mais velho parcialmente esquecido pela família -, to sentimento de impotência de Brian - um grande pai que se vê de mãos atadas.
Os problemas da família pioram quando Anna entra em contato com Campbell - famoso advogado que aparenta não ter coração - para processar seus pais, pedindo que possa tomar decisões em relação ao seu corpo, podendo ela decidir ou não se vai continuar ajudando a irmã, Kate.
Ao contrário do grande dramalhão que essa história poderia ser, Picoult consegue manter um ótimo ritmo salpicado por ironias de seus personagens ou até mesmo do enredo. O final é fantástico, poucas vezes me emocionei tanto com ficção como nesse livro. Mesmo se o resto não fosse bom - e é - ele merecia ser lido apenas pelo final. Acreditem!
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Adriana 17/09/2011

Surpreendente e Emocionante
http://hobbyecletico.blogspot.com/2011/09/guardia-da-minha-irma-jodi-picoult.html
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Adriana 16/09/2011

Caramba! Esse é o tipo de livro que faz você terminar chorando rios, de queixo caído e ficar pensando na história durante dias e dias. Uma obra para tocar no fundo do coração e da alma, para levantar diversos questionamentos em nossa mente e nos fazer refletir profundamente sobre o certo e o errado, sobre vida e morte.

Conheçam e se apaixonem pela trama de uma menina, uma garota de 13 anos, que nasceu e vive toda vida para salvar a irmã. Anna é uma menina saudável, mas que passou grande parte dos seus dias no hospital, já enfrentou diversas cirurgias e procedimentos e tem várias restrições por esses motivos. Tudo isso porque sua irmã Kate possui um tipo raro de leucemia e necessita de diversas doações para continuar vivendo. Anna foi concebida por inseminação, de forma a ser a doadora perfeita, totalmente compatível com a irmã, para doar o cordão umbilical. Mas as células-tronco não foram suficientes para curar Kate, e durante vários anos, outros procedimentos e cirurgias tiveram que ser feitos.

Agora, com 13 anos, Anna decidiu que não quer mais ser espetada, viver em hospitais e ser forçada a fazer coisas que certamente prejudicam sua saúde física e mental. Para isso, ela procura um advogado e entra com uma petição de emancipação médica, que lhe daria o direito de decidir sobre o que é feito com o próprio corpo.

Não julgue precipitadamente. Esqueça qualquer pré-conceito que você tenha sobre doação. Apenas pare e pense em uma criança que viveu sua vida inteira a sombra da irmã, sendo definida por ela e sem ser vista por seus pais. Uma criança cujos desejos, medos, esperanças estão relegados a segundo plano, nunca importam, porque ela tem uma irmã com leucemia. Pensem em uma família totalmente desestruturada, que há 16 anos luta contra a tristeza e contra o mal, um mal que se abateu de tal forma sobre eles que contaminou todos os integrantes.

A grande questão neste livro é: até que ponto você vai para salvar uma vida? É justo tentar de todas as formas, mesmo quando isso passa por cima do direito básico de um ser humano? A Guardiã da Minha Irmã não é uma leitura bonita, é um relato triste mas extremamente comovente da vida real, de uma situação que poderia acontecer com qualquer um! Vamos alternando a narrativa entre os vários protagonistas, conhecendo seus pontos de vista e suas histórias, intercalando a trama central.

Uma obra fantástica e surpreendente, com uma edição super bem revisada e de escrita impecável. Quero ler todos os livros da autora urgente!!! Mais do que recomendada, minha única ressalva é com relação à capa, da qual eu não gostei, mas que retrata bem o enredo.Cada página tinha um quote divino, uma lição de vida, mas como não poderia escrever o livro todo, selecionei três para colocar aqui.

“– Não vou mudar de ideia – garanto, rolando a latinha entre uma palma e outra – Acho que só estou dizendo que, mesmo se a gente ganhar, a gente perde.” Pg. 312

“(…) é um salto enorme da ameba para o macaco e daí para um ser humano pensante. O mais incrível de tudo isso é que, não importa em que você acredita, deu bastante trabalho ir de um ponto em que não havia nada até um ponto em que todos os neurônios certos se acendem para que a gente possa tomar decisões. E o mais incrível ainda é que, embora isso já seja natural, nós ainda consigamos errar tanto” Pg. 260

“Não é justo, mas Kate sabe disso. Não é preciso uma vida longa para saber que raramente conseguimos aquilo que merecemos.” Pg. 339

Resenha em: http://mundodaleitura.wordpress.com/2011/08/31/jodi-picoult-a-guardia-da-minha-irma/
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Lima Neto 14/09/2011

Jodi Picoult me surpreendeu mais uma vez (havia lido, anteriormente, seu livro "O Pacto").
a história, um grande dilema, um forte e marcante drama, é conduzida de forma magistral pela autora; a construção de seus personagens, sempre tão vívidos, sempre tão humanos, impressiona pelo fator psicológico; e o desfecho da história, mais uma vez, surpreende.
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FotoseLivros 14/09/2011

Incrivelmente emocionante!
Meu Deus, que coisa mais linda! Mais emocionante... mesmo conhecendo a história eu me emocionei... tanto que tive que me conter para não chorar de soluçar no final... porque todos aqui em casa já estavam dormindo e se eu chorasse como deveria... eu ia acordar todos...

A história é narrada em primeira pessoa... mas sob diversos pontos de vistas... achei isso muito bom... ora Anna (a guardiã) ... a menina de 13 anos que foi concebida para doar células tronco para a irmã Kate que sofre de Leucemia promielocítica aguda LPA, desde os 2 anos... ora a história tem o ponto de vista dos pais de Anna e Kate: Sara e Brian Fitzgerald ou Jesse o irmão mais velho (e problemático) das duas... e ainda por Campbell Alexander o advogado que Anna 'contrata' para defendê-la na causa de pedir que não seja obrigada a dor mais nenhuma parte de seu corpo para a irmã... além de Campbell temos ainda o ponto de vista de Júlia (a curadora ad litem - uma pessoa designada pelo juiz para observar Anna e sua família e realizar um relatório sobre qual deveria ser a melhor escolha do juiz...

Quando a história é narrada pela visão da mãe Sara... ficamos sabendo de todo o sofrimento e decisões da família... desde a descoberta do LPA de Kate... e vamos nos solidarizando (principalmente eu, como mãe) com toda dor pelas quais a família Fitzgerald passou e ainda passa... eles se assustam com a ação movida por Anna, mas quando vemos como a menina está dividida... sofrendo por tudo... e às vezes se achando a pior das filhas/irmã... e ora tendo certeza que deve tomar essa decisão...

Uma história de amor familiar... um história que nos faz pensar em como às vezes tomamos atitudes pensando no melhor para os filhos... mas que nem sempre é.... percebemos o quanto uma doença tão invasiva quanto triste pode afetar tantas pessoas a sua volta... vemos o pobre do Jesse que a cada internação/remissão de Kate se vê abandonado e 'renegado' a segundo plano... e que faz coisas para chamar a atenção dos pais... trazendo mais sofrimento para todos... e também vemos Anna que apesar de saber a sua importância na sobrevida e sobrevivência da irmã... se vê analisando se a família a ama de verdade ou se só a ama por tudo que ela pode e fez por Kate...

Não posso dizer nada mais... pois como todos sabem não gosto de 'spoiler'... mas posso dizer que quando eu li no 'Livros e blablablá' que o livro tinha um final diferente do filme... em momento algum imaginei que fosse aquele final... se preparem... leiam o livro com uma caixa de lenços ao lado... para quem gosta de livros emocionantes... 'A guardiã de minha irmã' é uma excelente indicação...
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Paola 10/09/2011

O melhor do ano!
Terminei hoje de ler o livro A Guardiã da Minha Irmã, de Jodi Picoult e da Verus Editora. E o livro é realmente tocante.

Para quem já viu o filme Uma Prova de Amor conhece a história e sabe o quanto ela emociona. Eu já assisti ao filme, mas, não perdi a oportunidade de ler esse livro que é realmente tocante.

A autora conseguiu desenvolver um drama onde não há certo e errado. Tudo é uma questão de ponto de vista. E ninguém sai ganhando no final, muito pelo contrário.

Sara é uma mãe que vive um dos maiores conflitos, salvar a vida de uma filha, Kate, mas para isso precisa sacrificar a vida de outra, Anna. Kate é uma menina que tem câncer e apesar de passar por inúmeros tratamentos, ela sempre tem uma recaída. Anna, foi concebida por meio de fertilização in vitro, para ser perfeitamente compatível com a irmã. Sendo assim, Anna sempre esteve com Kate em todos os momentos e as salvou em muitos também.

Porém, em um certo momento de sua vida Anna decide entrar com um pedido na justiça de emancipação médica, onde ela só doaria um órgão, sangue ou qualquer outra coisa se concordasse com isso. Olhando assim vocês pensam, mas que menina sem coração. Porém, a história não é bem assim.

O livro é contato por todos os personagens envolvidos: Anna, Jesse (irmão de Kate), Sara (mãe), Brian (pai), Campbell (advogado) e Júlia (assistente social). Com isso podemos ver a história de todos os ângulos e entender o que se passa com cada um. E o livro conta desde quando Kate desenvolveu a doença e os motivos que a levaram a tomar algumas decisões.

Eu até agora estou presa ao livro. Me lembrando de cada personagem, imaginando o drama que essa família passou. Me identifiquei muito com Anna, principalmente no final. Ela mesmo sofrendo, teve que ser adulta o suficiente para encarar certas coisas que uma menina de 13 anos não assimila muito. E muitas vezes sofre calada, sente-se invisível. Há várias mensagens no livro: o que é ter uma família, o que é se doar por um ente querido, o que é tentar sempre fazer o que é melhor para salvar um filho, mesmo em algum momento tendo que prejudicar o outro. O que é guardar a sua irmã em todos os momentos e fazer com que os poucos que ela tenha fora de um hospital seja especial...

Impossível dizer que o livro é igual ao filme porque não é. O filme é tocante, sim! Mas, o livro é extremamente envolvente e comovente! Cada personagem entra dentro de si de uma forma única.
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Samantta 14/09/2011minha estante
Concordo com você Paola!!! O livro é emocionante!!
Já tem semanas que eu li esse livro, mas o personagem da Anna não sai da minha cabeça!!




Dominique 10/09/2011

Doloroso, mas extremamente humano!
"A guardiã da minha irmã" é um dos melhores livros que li esse ano, posso afirmar também que do gênero drama, ele também se destaca em minha estante. Como todo drama familiar, essa história é complexa e não existe uma resposta certa para nenhum dos casos abordados no livro.

Jodi Picoult conseguiu trabalhar muito bem as motivações de cada personagem. Se por um lado, Sara deseja salvar Kate, por outro, ela precisa sacrificar a saúde de Anna, uma menina saudável, para conseguir a saúde da primeira. No final das contas, em ambos os lados, todos saem perdendo e é nessa encruzilhada, que eu me questionei: se fosse comigo, o que eu faria?

Os capítulos são divididos, de acordo, com os personagens do livro - Anna, Sara (mãe), Jesse (irmão mais velho), Campbell (advogado), Julia (serviço social) e Brian (pai). Dentro dessa divisão, ainda há a separação pelos dias da semana, o que dá para o leitor acompanhar em quantos dias levou o processo de Anna na justiça. É interessante destacar que os capítulos referentes a Sara, a mãe das meninas, começa a ser descrito no ano em que Kate fica doente, evoluindo conforme as recaídas da menina até chegar aos dias atuais. Esse feedback do passado, mostra os motivos pelos quais Sara teve que tomar algumas providências, muitas delas dolorosas para toda a família.

Jesse foi o personagem que eu mais gostei. A forma como a doença da irmã afeta sua vida é impressionante e também muito triste. Minha vontade durante a leitura, apesar de ele aprontar muito, foi de entrar na história e abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem, apesar de tudo.

Muito mais do que um livro com tema polêmico, essa história trabalha sobre o que significa SER família, o que é TER uma amizade e como até mesmo o amor pode destruir (caso Jesse para quem leu). Impossível não refletir sobre nossos conceitos. Eu gostei do livro, mas não concordei com o final, que me decepcionou. Tinha outras maneiras de terminar, peloamordedeus, Picoult. Apesar do desabafo, recomendo o livro.

Parabéns a editora Verus por ter mantido esta capa - muito linda -, ao invés da capa do filme. Aliás, o filme já está aqui em casa e o verei ainda essa noite. Espero que seja tão bom quanto ao livro. Só não entendi o porque eles mudaram o título, já que "Uma prova de amor" não tem nada a ver com a trama.
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Carol 25/08/2011

Comprei num impulso, li a sinopse e levei para o caixa, sem nem mesmo ter que consultar o histórico do autor (que até então eu não conhecia) ou nem mesmo ter que consultar algumas resenhas para ver se valia a pena.

Uma história que jamais passou na minha cabeça que pudesse acontecer, é um caso raro, mas que envolve muito mais do que questões de saúde, envolve a saúde mental do doente, do doador e de toda uma família.

Sara, não sabe o que mais faz para salvar sua filha da leucemia, fez o impossível para lutar por mais um dia. Não é uma mãe exemplo. Esquece que os seus outros 2 filhos também tem necessidades e um coração pronto para receber o afeto materno que nunca chega.

Jesse, o filho mais velho é o caso perdido, Sara não tem tempo para as suas peripécias em busca de mostrar ao mundo que não é invisível.

Kate, a filha do meio, que necessita tanto de cuidados devido a sua doença e que vislumbra um futuro a cada gota de sangue que sua irmã lhe dá, e uma nova esperança de cura a cada doação de medula óssea que recebe de Anna. Cansada de tanto ser furada, de tanto sofrer e fazer sofrer todos que ama, Kate está prestes a parar de lutar.

Anna, a filha caçula, concebida com todos os cuidados genéticos para ser totalmente compatível com Kate e ser doadora de tudo que precisar. Isso começa a afetá-la, se Kate está internada, Anna também; se Kate é acordada de madrugada por uma crise, Anna também; se Kate fica em casa nas férias, Anna também. Porém Anna é saudável, quer ser a melhor goleira de hóquei, quer ter um futuro, quer vivenciar sua adolescência, e sente que tudo está escapulindo de suas mãos, pois sabe que para viver, Kate morre.

Determinada a ser ela mesma, Anna contrata Campbell um advogado para cuidar do seu caso e conseguir emancipação médica, o que não estava preparada era enfrentar o seu mundo por tudo que deseja ser um dia.

Este livro te faz pensar em tantas coisas, em como você ama seus filhos, em o que você faria se fosse Kate, Sara ou Anna... Esse livro te faz pensar se o que você dá para os seus filhos é o bastante, ou se erra o tempo todo... esse lindo livro fala tantas coisas, que é difícil conseguir classificá-lo em estrelas ou palavras.

Jodi Picoult, você ganhou mais uma fã.

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KKbarros82 23/08/2011

RESENHA: “A GUARDIà DA MINHA IRMÔ DA JODI PICOULT
Olá Ouvintes Leitores! Desde o anuncio do lançamento que fiz no próprio Leitor Cabuloso de “A GUARDIà DA MINHA IRMÔ da escritora Jodi Picoult e Editora Verus, estava bastante ansiosa para começar a ler e ter este livro. Quando eu e meu noivo estávamos comemorando nosso aniversário de namoro ele me presenteou com este maravilhoso livro. Sim leitores, maravilhoso, pois não existe palavra que se adeque melhor “A GURDIà DA MINHA IRMÔ.

Começo logo contando que não tinha assistido ao filme “UMA PROVA DE AMOR” quando iniciei a leitura, pois tinha em mente que se assistisse ao filme estragaria o livro. Um mero engano confesso. Para quem já assistiu ao filme e acha que não vai ter graça ler um livro com mais de 400 páginas sabendo tudo que irá acontecer, devo afirmar caro leitor que você está redondamente enganado.

“A GUARDIà DA MINHA IRMÔ e a sua versão para as telonas “UMA PROVA DE AMOR” são sim bastante diferentes. Mas como assim Serena? Não é um filme baseado no livro? Sim, mas são duas versões de uma mesma história. A versão do livro é o ponto de vista da própria autora com seu final. O filme é o ponto de vista do diretor com seu próprio final. O que quero dizer com isso? Que cada versão tem seu desfecho e seu ponto de vista. Posso até dizer que um complementa o outro em certos momentos e ambos farão você se emocionar e refletir sobre tudo que leu e assistiu.

Já falei sobre as duas versões à impressa e a cinematográfica, mas que tal agora descrever um pouco sobre a história do livro?

Tudo começa com Anna de treze anos, a terceira filha da família Fitzgerald que foi gerada com o intuito de salvar a vida da irmã mais velha Kate que sofre de uma leucemia crônica. Quando Kate precisa de um rim de Anna para continuar viva, ela entra com um processo contra seus pais. Pois, ela quer ter algo bem simples, o controle sobre seu próprio corpo e nada mais. Cruel você pode pensar leitor. Quem se negaria a doar um órgão para a sua irmã?

Mas Anna apesar de não estar doente viveu como se estivesse. Kate não precisou apenas do sangue de seu cordão umbilical quando nasceu. Precisou também de glóbulos brancos. Precisou depois da doação de medula óssea um procedimento bem mais evasivo para o doador. O que também não foi suficiente, já que Kate agora com dezesseis anos precisa urgentemente de um rim. A pergunta simples é: Quando Anna vai poder parar de doar partes de seu corpo e ter uma infância normal?

O livro é polêmico leitor e coloca pontos de vistas às vezes nunca pensados. Você vai passar páginas refletindo o que realmente é ser uma irmã ou quanto uma mãe pode fazer para salvar um filho e quanto ela também pode deixar de fazer para salvar dois.

Além de surpreender tanto pela temática abordada, “A GUARDIà DA MINHA IRMÔ surpreende também pela sua narração. A Judi Picoult não apresente apenas um ponto de vista da história, mais sim, seis pontos de vistas. Além da Anna, a escritora faz você acompanhar o drama por cada membro da família Fitzgerald, pelo advogado Campbell Alexander e pela Julia que é a curador ad litem da Anna e que teve um caso no passado com o Campbell. O romance destes dois personagens vai se desenvolver paralelamente a história, que dá até um livro a parte de tão emocionante e interessante que é. E apesar de todo o drama que a família passa, me vi torcendo para que o Campbell e a Julia ficassem juntos e conseguissem seu final feliz.

A introdução do personagem Taylor Ambrose foi uma das partes mais emocionantes e marcantes para mim no livro. A relação dele com a Kate, não deixou de levar lágrimas aos meus olhos e só de relembrar sinto novamente as lágrimas querendo retornar.

Um ponto bem interessante do livro é a ausência de um teor religioso, já que seria bem comum uma história com esta temática, trazer de alguma forma uma moral voltada à religião. Mas a escritora nós surpreende ao não colocar nenhuma referência religiosa e sim, tratar o problema da maneira mais racional e científica possível sem apelar para o místico.

Com isso leitor, “A GUARDIà DA MINHA IRMÔ vai levar com sobra cinco selinhos cabulosos, pois além de uma leitura emocionante, também é uma leitura sensível, cativante, divertida, inteligente e acima de tudo surpreendente. Este é um livro mais que indicado caro leitor cabuloso, ele é necessário.

NOTA:

Avaliação: "LEITURA CABULOSA"!!!

Trechinhos que a Serena amou!

“Estrelas cadentes não são estrelas. São apenas pedras que entram na atmosfera e pegam fogo por causa do atrito. Quando vemos uma estrela cadente e fazemos um desejo, estamos pedindo algo para um rastro de detritos”.

Pag. 211

“Quando você está com seu parceiro há muitos anos, ele se torna o mapa que você guarda no porta-luvas e que já está cheio de dobrinhas e amassados, o caminho que você reconhece tão bem que poderia desenhá-lo de cor e que, por isso mesmo, você leva consigo sempre que faz uma jornada. Mesmo assim, quando você menos espera, um dia abre os olhos e vê uma rua que não conhecia, um mirante que não estava ali antigamente, e você tem que parar e se perguntar se aquele marco na estrada é mesmo novo, ou se é algo que estava ali o tempo todo e você não viu”.

Pag. 365

“Há dois mil anos, o céu noturno era completamente diferente, portanto, se você parar para pensar, o que os gregos entendiam como a relação dos signos do zodíaco com as datas de nascimento não tem precisão alguma nos dias de hoje. Isso se chama linha de procissão: naquela época, o sol não se punha em touro, mas em gêmeos. Uma pessoa que nascesse no dia 24 de setembro não seria de libra, mas de virgem. E havia uma décima terceira constelação do zodíaco, ophiucgus, o serpentário, que ficava entre sagitário e escorpião durante apenas quatro dias.

Por que é tudo tão bagunçado? O eixo da Terra se mexa. A vida é muito menos estável do que queremos que seja”.

Pag. 389

“ – E estou sempre sozinha, Campbell – Julia acrescenta. – Por que você acha que tive que aprender a ser tão independente? Eu também sou nervosinha, puxo as cobertas e tenho o segundo dedo do pé maior que o dedão. Meu cabelo é tão armado que tem CEP próprio. Além do mais, fico louca quando estou de TPM. A gente não ama uma pessoa porque ela é perfeita, ama apesar de ela não ser”.

Pag. 393

Por: leitorcabuloso.com
Link direto: http://leitorcabuloso.com.br/2011/08/resenha-a-guardia-da-minha-irma-da-jodi-picoult/
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Giovana 11/08/2011

...simplesmente o melhor

Como resenhar um livro pelo qual eu me apaixonei? A questão aqui não é ter se apaixonado por um personagem, mas sim pela história como um todo. Como falar de um livro que mexeu comigo como jamais um outro fez? Como falar de um livro que me encheu de lágrimas e embaçou minha visão ao lê-lo?
Essa é uma história de amor, mas um amor sublime: o amor de mãe. O amor que sabe ir até as últimas conseqüências em prol da vida de um filho, o amor que não sabe discernir se os limites da ética foram ultrapassado, apenas para tentar salvar um FILHO. O que mais me tocou foi saber que minha mãe faria tudo aquilo pelas filhas dela. Moveria o céu se fosse preciso, simplesmente pelo fato de que nos tornamos a vida dela.
Kate viveu por cerca de três anos uma vida saudável, até que foi diagnosticada com leucemia, o que muda a vida de toda a família. Até que Sara e Brian decidem ter um outro filho, um bebê de proveta, feito sob medida, para tentar salvar a vida de Kate. Esse bebê é Anna, que desde cedo mostrou tamanha coragem para enfrentar a vida na qual ela foi “designada”.
Porém, após 13 anos de luta contra a leucemia de Kate, Sara tem de enfrentar uma luta muito maior do que talvez esteja preparada. Agora não é mais nos hospitais. É no tribunal. Reclamante: Anna.
O advogado que defende Anna é Campbell, que tem uma história de amor não muito simples (afinal, qual história de amor é simples?) com a curadora ad litem Julia. Um romance que nos deixa intrigados e ao mesmo deslumbrados. Tem também o Jesse, um típico jovem deliquente que só quer adquirir a tão sonhada visibilidade, em uma família que se vê devastada por tantas necessidades conflitantes entre seus membros.
Esse livro é uma verdadeira obra de arte, uma história inesquecível e bela. Bela por si só. E acredite, você pode até ter visto o filme, mas o livro(com destaque para o fim) é simplesmente surpreendente. É uma história da qual levarei para sempre comigo...

“Na minha vida, no entanto, o prédio estava pegando fogo, uma das minhas filhas estava lá dentro... e a única oportunidade de salvá-la era mandar minha outra filha, porque ela era a única que sabia o caminho. Eu sabia que estava correndo um risco? Claro. Eu sabia que talvez isso significasse perder as duas? Sim. Eu entendia que talvez não fosse justo pedir que ela fizesse isso? Sem dúvida. Mas eu também sabia que era a única chance que eu tinha de ficar com as duas. Foi legal? Foi moral? Foi uma loucura, uma tolice, uma crueldade? Não sei. Mas sei que foi o certo.”
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Mari 09/08/2011

A Guardiã da minha irmã narra de forma alternada a história complexa e delicada sobre a família Fitzgerald, representada pelo ponto de vista de seus membros: Anna, Sara, Brian e Jesse. Entretanto, logo o leitor também se habitua a acompanhar a rotina de dois outros personagens: Campbell e Julia.
Kate desenvolveu na infância um tipo muito raro e ao mesmo tempo agressivo de leucemia, mesmo passado por vários tipos de tratamento para conter o avanço da doença, os médicos sabiam que seria necessário encontrar um doador perfeitamente compatível para transplantar a medula óssea. Após um exame minuncioso, foi constatado que nenhum dos membros da família poderia ser o doador, mas haveria uma possibilidade de salvá-la caso os pais dela gerassem um filho geneticamente compatível.
Anna foi concebida por fertilização in vitro e desde o seu nascimento ficou claro que a sua grande missão era salvar a irmã, passando por inúmeras cirurgias, transfusões de sangue e internações constantes. Aos treze anos, ela passou a refletir sobre a sua verdadeira identidade e questionou o seu papel na família que sempre foi definida pelos pais em função de Kate.
À partir daí, Anna acabou tomando uma decisão muito difícil até mesmo para um adulto, e que certamente abalaria o alicerce familiar o que poderia ainda causar consequências fatais para Kate. No momento em que questionaram a necessidade de Kate passar por um transplante de rim após uma série de complicações ano após ano, Anna se deu conta da gravidade da situação ao imaginar sendo a doadora mais uma vez. Será que ela ainda não tinha idade suficiente para tomar decisões por conta própria, ainda mais as relacionadas ao seu próprio bem-estar? Que complicações surgiria a longo prazo caso ela consentisse em realizar o procedimento? Porque seus pais nunca lhe deram uma opção de escolha durante todos esses anos?
Ao longo do livro, é impossível não se comover com a instigante história dos personagens dilacerada pela doença, ao mesmo tempo em que tentam superar as dificuldades e conflitos internos ocasionados pela decisão que a Anna tomou ao levar a situação para a Justiça. Campbell passou a representá-la judicialmente na esperança de conseguir a emancipação médica, que lhe proporcionasse o poder de decisão em tudo o que fosse relacionado ao seu corpo em prol da sobrevivência da irmã mais velha. A mãe dela é a pessoa que mais tem atitudes levando em consideração apenas o que ela acha que é o certo e está disposta a tudo para prolongar a expectativa de vida da outra filha. Brian, em compensação, demonstra uma coragem incrível enquanto salva a vida de outras pessoas como bombeiro e ao mesmo tempo tenta apagar as chamas que o consomem por dentro na sua luta diária. Jesse, se comporta como um adolescente rebelde adotando uma postura inconsequente como forma de ser notado pela família, mas no fundo está se esforçando também para superar a dor provocada pela doença da irmã.
Este livro envolve questões morais e legais, mas mostra o que as pessoas são capazes de fazer para salvar a vida de quem ama e quais são as implicações das sua decisões para a sociedade. Jodi Picoult teve uma sensibilidade extrema ao construir a história de vida complexa dos seus personagens, tornando a leitura leve e emocionante a ponto de deixar o leitor se envolver nas questões com uma postura crítica. Eu só senti falta de Kate narrando a história, e pouco consegui perceber o que se passava na cabeça dela enquanto lutava contra a doença. No final das contas, foi preciso mesmo usar os personagens como narradores, cada um mostrando seus sentimentos de uma forma intensa para que o leitor pudesse entender o quão são complexas as relações humanas.
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Maju Raz 02/08/2011

Lindo!

Esqueça o final do filme “Uma prova de amor”.... Claro que o livro é melhor! Todas as partes mexem com nossas emoções. A família em conflito, as personagens secundárias em conflito e aí você fica torcendo por todos, fica com raiva da mãe às vezes, mas no fundo entende o lado de cada um...

O final me deixou abismada! Chorei em várias partes e me emocionei muito. Tirei muitas lições e frases dessa surpreendente história .

Jodi Picoult é demais!


"Por que é tudo bagunçado? O eixo da Terra se mexe. A vida é muito menos estável do que queremos que seja." Pág389 - Brian
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CooltureNews 01/08/2011

Por: Junior Nascimento
Repetindo o que falaram e eu concordei na resenha de Quarto, sabe aquele tipo de livro que ao terminar a leitura você se vê como uma pessoa totalmente diferente, essas palavras se encaixam perfeitamente para o livro A Guardiã da Minha Irmã, ao terminar o livro me senti devastado emocionalmente, como se todo o drama vivenciando pela família Fitzgerald aconteceu comigo. E se preparem para muitas citações do livro nesta resenha, pois se fosse viável (e legal) eu o colocaria inteiro para vocês, definitivamente é um livro indispensável, mas ao começar a leitura não se esqueça de colocar ao seu lado uma caixa de lenços.

“Depois, ele coloca a chapa no painel de luz perto do quarto. As costelas de Kate parecem tão finas quanto palitos de fósforo, e há uma grande massa cinza quase no centro. Meus joelhos ficam bambos e agarro o braço de Brian sem perceber.
- É um tumor. O câncer entrou em metástase.
O médico coloca a mão no meu ombro.
- Sra. Fitzgerald, esse é o coração da Kate.”

Página 76.

Em A Guardiã da Minha Irmã, somos apresentados a um complexo drama familiar que teve inicio quando um tipo raro de leucemia atinge um membro da família, Kate, com 2 anos. Como ninguém da família é compatível, e no caso desta doença o doador teria que ser perfeitamente compatível, Sara e Brian (pais de Kate) resolvem ter um novo filho feito sob medida para que o sangue do cordão umbilical possa salvar sua filha. Até esse ponto, nada causa espanto na história, afinal todos já ouviram falar de casos parecidos. O problema é que esse tipo de leucemia que Kate tem é extremamente agressivo, e sempre teima em aparecer, e um tratamento utilizado anteriormente se torna sem efeito para ser utilizado uma segunda vez. Nesse ponto começa o drama de Anna, a menina projetada para ser a salvação de Kate, mas se transforma em um “banco de órgãos” para a irmã.

“ – Você já escolheu o nome?
Fico espantada ao me dar conta de que não escolhi. Embora eu esteja grávida de nove meses, embora tenha tido bastante tempo para sonhar, não parei para refletir sobre os detalhes dessa criança. Pensei nessa filha apenas em termos do que ela vai fazer pela filha que já tenho.”

Página 108

Anna teve que passar por vários procedimentos desnecessários para sua saúde e que, podemos dizer, a prejudicou. Mas esses procedimentos foram essenciais para manter sua irmã viva. por mais que isso possa parecer cruel com Anna, juro que não consigo criticar as atitudes tomadas por seus pais e isso me incomodava tanto na leitura do livro que me sentia extremamente mal e perdido. Enfim, Anna entra com um pedido de emancipação médica para poder ter o controle de seu próprio corpo. Esse é um livro onde não tem o “mocinho e o bandido”, quem quer que ganhe essa batalha estará perdendo.

“ – Qual você acha que é o melhor jeito de morrer?
- Não quero falar nisso.
- Por quê? Eu estou morrendo e você está morrendo.
Quando franzi as sobrancelhas, Kate insistiu.
- Está sim, – e então sorriu – eu só sou melhor do que você nisso.

Página 143.

Esse livro foi a base para um filme, no Brasil chamado “Uma Prova de Amor” com Cameron Diaz no papel de Sara, não sei dizer se o filme foi tão bem adaptado, o que é uma raridade hoje em dia, ou se a história é simplesmente ótima que pode ser contada em qualquer meio e ainda assim manter a qualidade. Esse é um caso raro onde uma adaptação de livro para o cinema não é medíocre.

Quem assistiu ao filme, não vai estranhar a forma com que a história é contada no livro, intercalando o presente com o passado, e cada capítulo sendo do ponto de vista de um personagem, ferramenta muito usada ultimamente.

Sabe aquela pessoa que está sempre ao seu lado, que nunca vai desistir de lutar por você, que é capaz de fazer tudo para te proteger e consegue se sentir culpada quando você faz algo errado e sofre as consequências? Sim, estou falando de nossas mães. Sara é uma mãe que não consegue aceitar o destino de sua filha e luta com tudo que estiver disponível para ganhar essa batalha. E você é capaz de culpa-la por isso?

Kate e Anna tem um irmão, Jesse, o garoto encrenca. Jessie é a ovelha negra da família, mora no apartamento em cima da garagem, bebe, fuma e pelo visto se droga. Mas isso não passa de uma película protetora que ele teve que vestir para sobreviver sendo o irmão de Kate e Anna, afinal ambas estão completamente envolvidas nesse drama familiar, e Jesse?

- Pai – eu disse – quando a gente vai?
Mas ele estava concentrado em juntar papel higiênico e enfia-lo debaixo do nariz de Kate.
- Pai? – repeti.
Ele olhou diretamente para mim, mas não respondeu. Seu olhar estava sem foco, me atravessando, como se eu fosse feito de fumaça.
Essa foi a primeira vez que achei que talvez fosse mesmo.

Página 257

O que achei mais incrível no livro é que os personagens secundários dessa trama tiveram seus passados bem relatados, como o advogado e a curadora ad litem de Anna. Com isso passamos a conhecer melhor eles e entender o porquê de determinadas decisões tomadas por eles.

Eu assisti ao filme a algum tempo atrás, e já esperava alguns acontecimentos do livro e na verdade me deliciei ao perceber que a adaptação foi muito bem feita. Mas o livro tem suas diferenças do filme, principalmente no final, eu demorei 3 dias para ler as últimas 10 páginas e me segurei para não colocar o livro no Freezer (Joey, Friends). Esse é mais um daqueles livros que quando termino a leitura, preciso de um tempo para começar a ler outro, preciso de tempo para controlar a represa que esse livro conseguiu abrir.

“Sou mãe, e o que tive que fazer como mãe nos últimos dezoitos anos é mais difícil do que qualquer coisa que já fiz em um tribunal. No começo da audiência, sr. Alexander, o senhor disse que nenhum de nós tem a obrigação de entrar em um prédio em chamas e resgatar alguém. Mas isso muda se você for mãe ou pai e a pessoa dentro do prédio for seu filho. Neste caso, não só todos compreenderiam se você entrasse para pegar seu filho… eles praticamente esperariam que você fizesse isso.”
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Andréa Bistafa 25/07/2011

Essa e outras resenhas em http://www.fundofalso.com
"Desde que nasci, sou a menina com a irmã doente. A vida inteira ganhei pirulitos extras dos caixas do banco, os diretores da escola sempre sabem meu nome. Ninguém é abertamente malvado comigo.
Isso me faz imaginar como seria tratada se fosse igual a todo mundo." pág.140


Esse é um daqueles livros em que eu não consigo resenhar como gostaria, pelo simples fato de ter gostado de mais.

A Guardiã da Minha Irmã conta a história de Anna. Ela não está doente, mas parece estar. Aos treze anos, já passou por inúmeras cirurgias, transfusões de sangue e internações, para que sua irmã mais velha, Kate, possa combater a agressiva leucemia que a castiga desde pequena. Anna nunca questionou seu papel... até agora.
Como a maioria dos adolescentes, ela está começando a buscar sua identidade. Mas, ao contrário da maioria dos adolescentes, ela sempre foi definida em função da sua irmã. Até o dia em que toma uma decisão que para grande parte das pessoas seria inconcebível, que vai destroçar sua família e trazer consequências fatais para sua irmã que ela tanto ama.

Primeiramente, leia esse livro sem qualquer forma de preconceito. Não tente julgar a irmã Anna, a mãe Sara ou o pai Brian. Todos eles tiveram seus motivos para tomar as decisões escolhidas durante a longa jornada de Kate.

"Na minha vida, no entanto, o prédio estava pegando fogo, uma das minhas filhas estavava lá dentro... e a única oportunidade de salva-la era mandar minha outra filha, porque ela era a única que sabia o caminho. Eu sabia que estava correndo um risco? Claro. Eu Sabia que talvez isso significasse perder as duas? Sim. Eu entendia que talvez não fosse justo pedir que ela fizesse isso? Sem dúvida. Mas eu também sabia que era a única chance que eu tinha de ficar com as duas. Foi legal? Foi moral?Foi uma loucura, uma tolice, uma crueldade? Não sei. Mas sei que foi o certo." pág. 416


Contada com intensidade, a história de Kate e Anna nos mostra como uma doença pode desestruturar uma família unida e feliz. Mostra as dificuldades de cada passo, a responsabilidade de cada decisão, e o mais importante, como o amor pode ultrapassar barreiras.

"Pela primeira vez na vida, começo a entender como um pai pode bater no filho - é porque você pode olhar nos olhos dele e ver um reflexo de si mesmo que desejava não ter visto." pág.176


O livro é narrado em momentos por Anna, Sara, Brian, Jesse o irmão mais velho que tem passagens rápidas mas de extrema importância para o contexto familiar, Campbell que é o advogado contratado e Julia, a curadora ad litem do caso, que tem um romance mal resolvido com Campbel.
O leitor é capturado no meio dessa tempestade de sentimentos contraditórios entre as narrativas, absorvendo cada problema e se afeiçoando a cada personagem.

"Os médicos podem ser quem decide em que frente atacar, mas são os enfermeiros que tornam o conflito suportável." pág.242


O drama médico, envolvendo a doença de Kate é muito bem explorado, mesmo com muitos termos médicos, em momento algum a autora deixa de esclarecer o leitor.
Em várias passagens senti medo, senti dor, senti até mesmo aquela atmosfera hospitalar.

Eu poderia transcrever o livro todo aqui com suas lições de vida a cada página. Espero que você tenha a oportunidade de lê-lo, pois ele mudou muitos conceitos na minha vida, e posso afirmar com toda certeza, que pela minha família, faria qualquer coisa.

Uma obra inesquecível.
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